Gente, vou dar uma pausa na história pra deixar vocês informados da nossa situação.
Como vcs sabem, desde a nossa briga no dia 02/11 nos falamos muito pouco. Ela me ligou inúmeras vezes, mandou mensagens, whats, recados... Eu em silêncio. Nos encontramos no velório do pai de uma amiga, mas eu mal falei. Ela ainda tentou puxar assunto, mas não era a hora. A noite soube que durante a semana ela convidou uma moça para ir a sua casa, comeram pizza, e na volta pra casa pós-velório, voltaram no ônibus num clima super descontraído, com direito até a cócegas. Resolvi então pular essa parte de tempo, e acabar de vez. Ela já estava com outra. Então a chamei no whats e acabamos definitivamente. Mais tarde ela ligou, e como a hora era avançada, pensei ter acontecido algo grave e atendi. Ela chorava muito, e dizia coisas desconexas. Pedia para voltar, mas eu estava irredutível. Iria trabalhar no outro dia, então a dispensei e fui dormir. Acordei com milhões de mensagens no whats. Desativei a ultima visualização e fui trabalhar. Cheguei meio doente, minha garganta inflamou e por volta das 22h uma amiga nossa em comum, me chamou no whats.
Marisa: Mah, dormiu?
Eu: Não, Marisa. Ainda não. O que houve?
Ela nunca me chama a essas horas, então estranhei.
Marisa: Mah, soube que uma moça desmaiou lá no centro hoje. E pelas características, era Ci. Falei com ela e confirmei. Ela estava no hospital tomando soro. A pressão dela estava altíssima. Mas por algum motivo ela não quer que vc saiba.
Eu: Marisa, obrigada por avisar. Verei o que posso fazer. Bjoo
Marisa: Bjoo
Liguei pra ela.
Ci: Oi - Chorando.
Eu: Ci, o que houve?
Ela: Mah, eu não tô bem. Minha pressão está alta. Passaram ums exames e fui medicada. Estou chegando em casa agora.
Gente, Ci teve problemas do coração na infância. Na verdade, ela foi tida como morta pelos médicos. Ninguém dava um pingo de esperança pra familia dela. A mãe conta que ela assistiu a morte de muitas crianças que dividiam o quarto com ela, e como num milagre, ela ficou curada. Os médicos passaram uma dieta, repouso e ela voltou a ter uma vida normal. Sempre fui muito atenta com a saúde dela, e apesar da minha mágoa, não poderia deixar ela desamparada. Ela mora sozinha, a mãe e os irmãos moram em Pernambuco e a vó recentemente viajou para São Paulo. A única pessoa mais próxima sou eu.
Eu: Entendo. Vai ficar tudo bem.
Ela: Mah, só vou ficar bem quando você voltar pra mim.
Eu não caio em chantagem emocional. Pode ser minha mãe.
Eu: Ci, nossa situação não mudará, mas eu não vou lhe desamparar.
Ela chorou, chorou, chorou, chorou, chorou um pouco mais, e voltou a chorar. Me despedi e disse que qualquer coisa ela me ligasse.
Acordei ontem e fui direto almoçar. Era quase meio-dia. Estava me preparando pra ir ao banco, quando ouço o barulho do whats.
Ela: Mah, tá ai?
Eu: Sim.
Ela: Tá fazendo o que?
Eu: Me arrumando pra sair.
Ela: Vai pra onde?
Eu: Resolver umas coisas.
Ela: Que coisas?
Eu: Coisas pessoais.
Ela: Quais coisas?
Eu: Ci, não quero ser grossa, mas vc me força a isso. Não lhe devo mais satisfações da minha vida.
Ela mandou áudios chorando, pedindo pra voltar. Ignorei e sai. Não nos falamos mais o dia todo. A noite eu tinha aula, e quando cheguei em casa, por volta das 22:30, o celular sinalizou um whats. A mensagem prévia mostrava que era a Marisa.
Marisa: Mah, sei que vc deve estar dormindo. Mas não sei pra quem recorrer. Ci voltou a ir para o hospital. Ela não está bem.
Eu: Obrigada, Marisa. Vou tentar resolver. Se não tiver jeito, terei que falar com a familia dela.
Liguei, e desligado.
Liguei, e desligado.
Liguei, e desligado.
Já estava aflita. Chamei no whats.
Eu: Assim que visualizar essa mensagem, me ligue.
Ela: Oi
Eu: O que houve? Seu celular só dá desligado.
Ela: Voltei pro hospital. Tô usando a WiFi.
Eu: Com vc está?
Ela: Vou ficar bem, Mah. Não se preocupa.
Eu: Claro que me preocupo, Ci. Se vc não melhorar, terei que avisar à sua familia.
Ela: Vai me ameaçar? Vc sabe que eu não gosto de preocupar ninguém.
Eu: Você tem razão. Já me meti demais na sua vida. Você é adulta. Quer se matar? Se mate.
Ela: Tô chegando em casa. Vou te ligar.
Nem esperei. Sai do whats e liguei.
Ela: Oi - voz de choro.
Eu: Está melhor?
Ela: Mais ou menos. Queria que você viesse me ver. Preciso pelo menos da sua amizade, Mah.
Eu: Se der, essa semana eu passo aí.
Ela: Quando?
Eu: Verei. Tô meio sem tempo.
Eu tava morrendo de sono, mas ela não me deixava desligar. Até que às 3h da manhã eu consegui finalmente ir dormir. Não consegui acordar pra ir a aula. E quando despertei vi que a prova de amanhã havia sido cancelada. Ela me viu on no whats e me chamou.
Ela: Mah, quando vc vem?
Eu: Ci, vou ver.
Ela: Mah, por favor, estou tão mal.
Eu: Tá bem, Ci. Vou me trocar e em 2h no máximo eu chego aí.
Joguei na mochila algumas coisas, peguei um táxi, outro, e por fim, cheguei. A encontrei sentada numa cadeira na varanda. Vestia um pijama e estava enrolada numa toalha. Estava visivelmente mais magra e abatida. Os olhos vermelhos de tanto chorar, e quando me viu, tornou a fazer isso.
Cheguei e nem a cumprimentei. Joguei minha mochila na cama, lavei as mãos e fui preparar algo pra ela comer. Coloquei um pouco de arroz na panela, e deixei lá cozinhando. Peguei uma banqueta, pus no banheiro. Ela estava chorando no sofá. Fui até ela e disse.
Eu: Hey, que horas vc tomou banho?
Ela: Era quase 12h.
Já era quase 15h.
Eu: Vamos tomar um outro?
Ela começou a chorar.
Eu: Está tudo bem. Vamos. Levante.
Ela: Obrigada - chorando.
Eu a levei para o banheiro, tirei sua roupa e a sentei na banqueta. Liguei o chuveiro e ela continuava a chorar, agora mais alto que antes. Seu queixo tremia de tanto frio. Coloquei um pouco de shampoo nas mãos e passei nos seus cabelos. Peguei o sabonete e passei no seu corpo. Ela chorava desesperadamente.
Eu: Vai passar, tá? Já tá acabando.
Desliguei o chuveiro e a trouxe para o quarto. Passei creme de pentear nas mãos, espalhei sobre seus cabelos e os pentiei. Peguei o desodorante dela, passei também. Ela tremia de tanto frio e de tanto chorar. Peguei um casaco no guarda-roupas, ela vestiu e colocou uma calcinha também. A levei para o sofá e a cobri com um cobertor grosso. Fui até a cozinha, fritei um frango, e coloquei num prato, já cortado, juntamente com o arroz. Segui para o sofá e pedi pra ela sentar. Ela disse que não estava com fome, mas eu disse que ela iria comer sim, e não tinha acordo. Garfada a garfada, eu soprava a comida e lhe dava na boca. Ela comia e chorava. Chorou mais quando se deu conta de que eu não estava de aliança, nem com a libélula no pescoço. Quando ela não quis mais de jeito nenhum, levei o prato pra cozinha e voltei para o sofá. A chamei para deitar no meu colo. Ela deitou e desatinou a chorar novamente. Eu secava suas lágrimas e tentava acalmá-la. Ela me abraçava forte, e eu mexia nos seus cabelos. A chamei para virmos para o quarto e viemos. Deitei, e lhe estendi o braço. Ela entendeu, e se encaixou no meu corpo chorando.
Ela: Mah, volta pra mim. Desde que você foi embora, minha vida é vazia. Você não faz ideia do quanto eu cresci nesses 10 dias. Eu quero minha Mamah de volta.
Eu: Ci, estou aqui em nome da nossa amizade. Mas não me peça pra voltar.
Ela: Mah, não faz assim. Você sabe que eu te amo mais que tudo.
Chorou
Chorou
Chorou
Chorou
Ela: Volta pra mim.
Eu permanecia em silêncio.
Ela deitou exausta de chorar, mas continuava chorando.
Eu: Tire a mao da boca.
Ela: Pra que?
Eu: Porque vou lhe beijar.
Ela começou a chorar e me abraçou.
Ela: Mah, me perdoa, minha branquinha. Você não faz idéia do quanto és especial pra mim.
Eu a beijei e disse para passarmos uma borracha sobre isso. Mas que eu não toleraria mais mentiras. Ela chorou muito, abraçada a mim.
Eu: Maaaas... Vai ficar sem sexo um bom tempo agora.
Ela caiu na risada. Eu a beijei. Era gostoso vê-la sorrir novamente.
A beijei, num beijo calmo e sereno. Logo se transformou num beijo cheio de desejo e saudade. Sua mão já percorria meu corpo. Logo eu estava sem roupa e ela com a língua na minha intimidade. Estava prestes a gozar, quando disse:
Eu: Amor, quero ficar de 4 pra vc.
Nos arrumamos, ela se encaixou atrás de mim e me penetrou. Eu estava doida de prazer.
Eu: Sentiu saudades disso?
Ela: Você não faz idéia. Pensei que nunca mais iria ter a minha branquela novamente. Eu te amooo, Mah. Você sempre vai ser o amor da minha vida.
Cai no choro. Ela nem terminou o que estava fazendo. Todos esses dias eu só havia chorado no dia da briga. Nos outros, eu guardei tudo. Mas agora não dava mais.
Eu a abracei e disse: Amor, nunca mais faz isso. Nunca nunca.
Minhas lágrimas molhavam todo o seu colo. As dela, molhavam minha cabeça.
Ela: Não farei, vida. Já aprendi todas as lições. Minha vida sem você não tem sentido.
Ficamos chorando ali, mas logo lembrei que estávamos no meio de uma transa. Então eu que estava no seu colo, já fui tratando de encaixar minha boca nos seios dela. Ela gemeu baixinho. Desci para sua intimidade, e ela nem quis esperar. Pediu que eu a invadisse rapidamente. Coloquei meus dedos dentro dela, ela me apertou forte, gemeu baixinho. Fiz movimentos bruscos e rápidos, e quando ela estava perto de gozar, caiu no choro, como eu. Desengatei meus dedos e a abracei. Ela chorou muuuuito. Me pediu perdão outra vez. E eu lhe dei colo. Quando ela se acalmou, tornei a lembrar que ainda estávamos numa transa, rs... Já tava ficando sem graça, essa de quase gozar e cair num pranto de choro. Então falei que agora era sem lágrimas e pra valer.
Ela sorriu e disse: Então vamos.
Nos amamos por completo, dessa vez. Sem choro.
Depois de 10 dias, ela finalmente está dormindo em paz, bem aqui, do meu lado.
Gente, muito obrigada pelos desejos de reconciliação. Perdoar, é você continuar amando, apesar do que aconteceu. E a verdade é que eu amo essa menina muito. Não voltei por pena do estado dela. Voltei porque eu não queria acabar o nosso conto. Eu quero ter sempre histórias para contar, sobre nós. Sei que nem sempre terá finais alegres, mas felicidade a gente conquista e aprende a administrar diariamente. As coisas boas dela, ainda são maiores do que as ruins. Enquanto há vida, sempre há tempo para criar seu próprio final feliz.
P.s.:
- Não consegui dar o castigo da greve de sexo.
- Ela tá roncando já, rs... Ô sina. Mas é amor, neh? Rs...
Bjoos e queijos.