Galera, desculpa não postar esse conto ontem, mas a internet caiu e só voltou hoje cedo =S Espero que gostem! Beijão!
*** Elias ♥ Gabriel ***: Lucão é um fofo mesmo! Assim que eu tiver um tempinho de sobra, eu leio os seus contos! Li o primeiro capítulo e curti.. Beijão!
prireis822: Hahahaha só lendo para descobrir...
Kevina: Lucão merece ser feliz. E é a correria mesmo.. Final de semestre na facul é foda =S
Drica (Drikita): Primeiro Victor tem que descobrir que não consegue viver sem o Lucas...
Ru/Ruanito: Tadinho =/
thigor_ps: Ainda tem história para acontecer ainda.. Beijão =D
Natsu421: Creio eu que todos nós queremos os dois juntos.. Abraço apertado!
Vitinho'66: Seu conto é perfeito, sem mais! As vezes eu posso não comentar, mas li todos os capítulos dele! Beijão e obg por seguir meu conto :3
Agatha28: triste mesmo, mas infelizmente acontece...
===========================
“Por que? Por que Lucão tinha que ter feito isso? Puta que pariu!” Fiquei pensando após dar aquele murro nele. Ele foi embora chorando. Eu tenho absoluta certeza que não era de dor...
Eu não sei por que motivos eu dei aquele murro nele. Eu não estava com raiva, não estava nervoso, não fiquei puto... Mas dei um murro nele. Tentei me conter mas não consegui. Eu deveria mostrar que eu era homem, homem que não beija outros rapazes.
No principio até pensei em me entregar no beijo. Algo em mim falava que eu deveria fazer isso, mas outra parte falava que era errado. Infelizmente, a parte que falava que era errado venceu dentro de mim.
Depois desse ocorrido, encostei na parede chorando. Fui deslizando lentamente até o chão. O único pensamento que me vinha a cabeça era o de falar com Lucão, mas entretanto eu não tinha forças para mover um musculo.
Minha mãe me viu naquele situação e veio preocupada falar comigo:
- Filho! O que aconteceu?
- Eu.. Briguei com Lucão mãe. Briguei feio. Perdi o meu melhor amigo hoje... – Falei pra ela chorando cada vez mais.
- Por que filho? Por que vocês brigaram? – Será que eu estava pronto para contar? Melhor não...
- Por.. conflito de idéias, coisa ridícula, mas... foi uma briga... – Minha mãe sentou do meu lado e ficou me abraçando, dizendo palavras para me acalmar. “Tudo vai ficar bem” ela dizia. Eu discordava.
Eu precisava conversar com alguém. Precisava contar para alguém o que tinha acontecido. Primeira pessoa que me veio a mente: Lucão. Pela primeira vez eu me senti solitário.
Pensei em ligar para Bruninha, mas ela era a última pessoa que eu queria ver naquela hora. Fui quase que me arrastando para meu quarto. Tentei ligar para Lucão, mas o cel dele estava desligado. Na casa dele, ninguém atendia.
Quando me dei por fim de que realmente precisava falar com ele, saí correndo para a casa dele. De chinelo, bermuda e camiseta, de madrugada, chorando, cheguei lá. Toquei a campainha, mas ninguém atendeu. Fiquei lá. Alguma hora ele deveria voltar. Mas não voltou.
No outro dia voltei para casa pouco antes da hora do almoço. Minha mãe começou a gritar comigo. Simplesmente ignorei e fiquei trancado no meu quarto até de noite. A primeira pessoa que falei no dia foi minha irmã.
- Victor, você tem que comer alguma coisa – ela me disse levando um prato de comida.
- Deixa aí, eu como quando tiver fome – Falei. Eu não tinha vontade nenhuma de comer nada.
- Victor, quer conversar? O que aconteceu? Conta pra mim. Juro que não conto nada pra ninguém? – Olhei para cara de Júlia. Ela deu um sorrisinho.
- Lucão... Era gay... – Falei para ela, pensando muito nas palavras que usava. Ela me olhou meio indiferente e disse:
- Sério? Sempre desconfiei. Mas só por isso vocês brigaram? – Acenei que não levemente com a cabeça.
- A gente brigou por quê.. por que.. ontem ele... – engoli a seco – ele me beijou e eu bati nele – Agora Júlia assustou. Ela parou, respirou fundo e me perguntou:
- Você não quer falar disso né? – Balancei a cabeça.
- Coma algo. Vou deixar você em paz agora. Mas come, senão você vai passar mal... – Esperei ela sair para comer. Estava gostoso. Era a primeira coisa que eu comia no dia.
Sem nem tomar banho nem nada dormi. Acordei no outro dia cedo, na hora da aula. Tomei um banho rápido, comi qualquer coisa na cozinha e saí correndo. Júlia já tinha ido para a aula.
Cheguei lá na esperança de Lucão estar lá, mas não estava. Depois da aula fui no treino na esperança de ver Lucão lá, mas ele não foi. Durante uma semana, todos os dias eu ia para a aula com esperança de ver ele, mas ele não foi durante uma semana.
Fui na casa dele durante uma semana também, mas ele nunca estava em casa. “Onde será que ele estava?” eu me perguntava.
No final de semana, fui no cinema com Bruninha mas tudo estava sem graça. Eu sentia falta de Lucão. Sentia falta de contar tudo o que acontecia comigo, sentia falta dele me dando conselhos. Sentia falta dele.
Segunda feira, depois do treino de handebol, fui falar com o treinador. Sem Lucão, jogar handebol não tinha graça nenhuma. Eu iria sair do time.
- Treinador, posso falar com você? - Ele estava sentado na mesa dele. Ele me indicou para eu sentar.
- Treinador, eu vim aqui para... comunicar que eu vou sair do time – Ele me olhou por cima dos óculos.
- Victor, você tem certeza disso? – Ele me perguntou.
- Tenho treinador. Acho que eu já saturei nesse time... – O trinador deu um suspiro e me pediu:
- Sente-se, filho... Precisamos conversar.
- Não, treinador. Eu não vou continuar no time, não importa o que você fale...
- Eu sei, Victor. Essa é a sua decisão e eu não tenho o direito de intervir nela. Eu só quero que você saiba que eu sei o motivo da sua saída do time – Parei e fiquei atendo as palavras do treinador.
- Lucas me contou, e contava, tudo Victor. Eu sei de tudo o que aconteceu na noite de sábado... Sei de tudo o que ele sentia, sei de todos os seus medos, todas as suas angustias.. Tudo.
- Você sabe onde ele está? – Foi a única coisa que veio a minha mente. O treinador deu um suspiro e respondeu:
- Não. Ele não me falou onde. Mas Victor... Eu quero que você saiba que Lucas sofreu muito do seu lado, muito mesmo. Cada segundo era, para ele, torturante. Deixa ele ir para seja onde ele for. Ele precisa começar uma vida nova... Ele merece ser feliz.
- Mas eu não tenho culpa, treinador... Eu não sabia! – Disse, meio que me defendendo.
- Ninguém nunca disse ao contrário, Victor... Você não tem culpa. Ninguém tem! Essas coisas apenas... acontecem... – Não respondi nada. Apenas me virei para sair. Antes de sair da sala perguntei:
- Desde quando?
- Desde quando o quê? – O treinador perguntou.
- Desde quando ele te conta tudo? E... desde quando ele me ama?
- Desde a primeira semana dele no time. Ele precisava de um “pai” e eu fui essa pessoa e sou honrado por isso. E, segundo ele, te ama desde o primeiro segundo que te viu.
- Obrigado treinador – saí, segurando o choro, da sala.
Fui direto para minha casa. Eu não sabia, mas os próximos meses, seriam os mais difíceis da minha vida.