(Em um sábado há 23 anos).
Há muito vinha planejando aquele dia com a prima sem que que eles soubessem, não era mais aquela garotinha sapeca, era mais mulher que criança e não conseguia entender ainda aquele sentimento avassalador e o calor entre as pernas sempre que ele lhe tocava, sempre que sentia os carinhos.
– Tu deve é estar doida Ju... – Clarisse rompeu o silêncio no quarto – A tia nunca vai deixar...
Juliana virou e ficou deitada de bruços apoiando o queixo na perna da prima.
– E tu?
– Eu? – se espantou sem saber o real significado daquela pergunta.
– Sim... O que tu acha?
– Sei lá? – lá no fundo respirou aliviada – É tu quem sabe, mas... Tu tens coragem?
Juliana sorriu, claro que teria coragem de fazer ação o que sonhava quase todas as noites.
– E como fica o Tiago? – Clarisse levantou a cabeça para olhar nos olhos da prima.
– Tu sabes que ele é só brincadeira... – sorriu para a prima – Será que ele topa?
– O Tiago?
– Não sua boba, o tio Ginho...
– Tu já... – não teve coragem de perguntar se o pai já tinha feito alguma coisa – Tu já pensou se a tia Clarinha vai deixar... – mudou o mote da pergunta.
Juliana voltou a ficar deitada de papo pra cima, também já tinha pensado nisso sem conseguir ter certeza de que a mãe fosse aceitar aquela sua maluquice.
– Tem também a Tatiana...
– O Ginho é fogo... – fechou os olhos e aquelas imagens explodiram dentro da cabeça – Teu pai é um tarado... Será se a GG é mesmo tua irmã?
– Ele sempre negou, mas... – ouviu sons de passos no corredor e esperou, mas ninguém tentou abrir a porta fechada com chave – Não acho que ele seja tarado... Nossa família é que é meio doida por ele... Olha tu!
– Mas tu chama ela de mana... – olhou para ela e mudou de assunto – Tu te lembras daquela vez nos macacos?
– Isso foi uma brincadeira com ele quando ela nasceu – recordou – A mamãe ficava puta da vida quando eu dizia que tinha ganho uma irmãzinha...
– E o Ginho?
– Papai brincava só pra chatear a mamãe... – sorriu pelas recordações – Tia Cristina também não gostava, fechava a cara...
– Devia ser de ciúmes... – riu – Teve um dia que peguei eles numa foda de lascar...
– Quem sua doida?
– Ora quem? Teu pai e a tia Cris... – respirou fundo sentindo o peito estremecer – Mas eles nunca desconfiaram... Sim, e aquele dia nos macacos?
– Com a vovó?
– É... O tio não disse nada, mas coitada da vovó quase morre de vergonha...
– E tua mãe deu um jeitinho de desviar nossa atenção... – sorriu com as recordações – Sabia que sempre gostei do nosso jeito de viver?
– Também... Não tem frescura, é tudo sempre junto...
– A mamãe não gostava – suspirou tentando rememorar a mãe, mas não conseguia tornar a ver seu rosto em suas lembranças – Ainda acho que ela estava saindo de casa...
– Mamãe diz que não, que ela ia pro dentista...
– Mas ela...
– Para com isso Lissa, não adianta ficar recordando de coisas ruins... O certo é que Ginho ainda hoje lembra dela, eles se amavam de verdade...
– Pode ser, mas – virou para a prima – Mas isso não impedia que ele trepasse com tua mãe ou com a vó...
– Qual, a tua ou a minha? – riu, nunca tinha desconfiado dele com a mãe de seu pai.
– Poxa Ju, até dona Esmeralda? – estava chocada, nunca tinha pensado nessa possibilidade.
– Tô brincando, acho que com ela não... – mas lá no fundo bem poderia ser verdade, só que nunca notou nada que confirmasse – Porque será que a gente é doida por ele?
– Sei lá... Acho que é por ele ser assim mesmo, é o jeito dele tocar na gente, os carinhos gostosos e por ele sempre procurar ficar com a gente, e...
– Tu e ele...
– Tu sabe... Nunca passou de carinho, mas... – suspirou como se sentisse os carinhosos gostosos que ele lhe fazia – Mas adoro ele...
– Quem não adora? – riu.
– Teu pai...
– Esse não conta... – ficou séria – Papai nunca gostou do Ginho...
– Será que ele viu alguma coisa?
– Acho que viu, mamãe nunca escondeu que é louca varrida pelo tio...
– Tadinho, deve ser chato ser corno...
– Não acho que fosse corno, quando se casou já andava brincando com o Ginho – olhou para a prima, viu um semblante moleque – Quem foi corno foi teu pai, isso sim?
– Mamãe traía ele? – olhou espantada para a prima.
– Não, sua doida... Ele foi corno da mamãe quando ela casou com o papai... – riu deliciada com o que falara – Se a tia tinha um caso isso eu não sei...
– Não! Mamãe nunca ia ser assim... – balançou a cabeça – O vô Noël era muito duro e...
– Tá bom sua santinha, mas tu sabe que tua avó teve um rala-rala com ele...
– Não tem nada a ver... – estava incomodada com aquele assunto – Isso não quer dizer que a mamãe traia ele...
– Deixa de ser bestinha Lissa – deu numa palmada estralada na bunda da prima – Claro que não Acho que a tia Melinha meteu chifre no Ginho, a tia era certinha demais...
– O pai foi seu primeiro namorado e... – riu – Tu sabia que foi a tia Clara quem fez eles ficarem no início?
– Tem vez que não entendo mamãe, ela sempre foi doida pelo Ginho e colocou tua mãe na cama dele...
– Às vez em penso nisso... Acho que era pra ele ficar com alguém que ela confiasse – riu – Já perguntei isso pra ele...
– Tú é doida! – estava entre espantada e curiosa – E ele falou alguma?
– Tu conhece papai, sempre consegue enrolar e só responde o que quer...
– Que é que tem eu? – Jorge abriu a porta e jogou um urso de pelúcia imenso na cama – Parabéns a você...! – se jogou em cima das duas.
– Tio? – Juliana abraçou o urso – Tu chegou agora?
– Não pude vir mais cedo... – puxou a filha para cima dele – E minha gatinha saborosa?
Clarisse ria às gargalhadas tentando se livrar dele que lhe fazia cócegas, Juliana também passou a brincar com a prima e com ele.
– Para pai... Não Ju, parem com isso – ria deliciada – Espera pai... Deixa eu sair...
A algazarra imperava na cama, as duas passaram a ataca-lo naquele esfrega-esfrega muitas vezes propositais e a bagunça aumentou quando a irmã também entrou na batalha.
– Para mãe, a senhora está me sufocando! – reclamou.
– Parabens amorzinho... – rolou de lado – E esse ursão?
– Foi o tio que me deu... – abraçou o tio e deu um beijo carregado de desejos em sua boa.
– Olha a putaria em minha casa, suas depravadas! – brincou.
As duas vestiam somente calcinhas folgadas de dormir e, na algazarra, os laços da blusinha de Juliana abriram deixando seus seios à mostra e Clarisse, que não usava camisa, mostrava os peitinhos durinhos pelos contatos.
– E a senhora tia? – Clarisse puxou a bermudinha de algodão da tia que, como ela, não usava camisa.
– Opa! – Jorge tapou a vagina da irmã com a mão.
– Deixa de saliência Ginho... – mas não tirou a mão do irmão, apenas fechou as pernas prendendo e sentindo o dedo bolinas em sua xoxota.
Clarisse e Juliana notaram o semblante lívido de Ana Clara e imaginaram muito bem o que estava acontecendo.
– Assim tu mata minha mãe tio... – riu e abraçou o tio pelas costas.
Ainda ficaram brincando um bom tempo antes de levantarem e irem, abraçados, para a cozinha onde Maria Clara havia arrumado a mesa para o desjejum.
– Sim, ia esquecendo! – Jorge foi para a sala de onde voltou com dois presentes – Esse é dessa moleca e esse o meu...
Juliana se apressou em rasgar o papel de presente e agradeceu primeiro para a prima e depois ao tio.
Tomaram café sempre entre uma e outra brincadeira, Juliana estava radiante e se sentia feliz por estar com a família reunida.
– Só falta a vovó doidinha... – Maria Clara lembrou – Ele só vai poder vir para a festa...
– E a tia Tati com minha maninha – lembrou olhando para o pai.
Não demorou nem meia hora minutos para que Tatiana chegasse com Georgina, estavam todos na sala sentados no chão.
– Vixe Maria? – falou ao ver as três semi nuas – O que já está acontecendo?
Georgina correu e se empoleirou no colo de Jorge, Tatiana entregou o presente de Juliana e seguiu Maria Clara que foi para o quarto.
– Dá um abraço maninha! – puxou GG – Tu não deixa esse velho nem um instante? – brincou.
– Né velho não, não tio? – a garota voltou para o colo de Jorge – Meu tio é um gatão!
– E quem é esse teu tio gatão? – Juliana atiçou.
– Ginho.. – ia continuar, mas Juliana cortou.
– Ele é teu pai... – olhou para o tio e mudou de assunto – Vamos pro riacho?
– Ginho é meu padrinho e mamãe não trouxe roupa de banho...
– E quem falou que a gente vai de biquíni? – olhou para Clarisse – O tio vai também, não vai tio?
– Eu sou lá doido? – riu farfalhando os cabelos negros da afilhada – Um bando de mulher pelada...
– A gente não vai te atacar pai... – Clarisse entrou na brincadeira – E a gente sempre banhou assim... Vamos pai, vamos!...
– Você eu tenho certeza... – acariciou a perna da afilhada – Mas não confio na aniversariante e... Tenho que conversar com Clarinha sobre hoje de noite...
Era para o sitio Alvorada onde iam quando havia alguma comemoração ou farra em família e, no fundo do quintal imenso, passava o riacho Caneleira onde Jorge havia construído uma espécie de piscina natural e todo apoio para churrasco além de banheiro e um pequeno espaço gramado onde jogavam vôlei ou frescobol.
Foi nesse riacho onde Amélia perdeu o cabacinho para Jorge, mas naquela época não havia aquela estrutura, era apenas um riacho de águas escuras correndo por entre pés de buritis e juçara com duas centenárias mangueiras que ajudavam a deixar a água sempre fria.
– Mas tu vai, não vai tio? – Juliana vibrava imaginando ser essa a oportunidade.
– Vou... Mas vou depois levando as coisas – a mão quase entre as pernas da afilhada que estava quieta morrendo de vontade que ele lhe tocasse mais – Mas nada de sacanagem, viu dona Juliana!
As garotas correram para o quarto enquanto ele se juntou a irmã e a prima que já tinham acertado quase tudo.
– Mamãe vem com a tia... – olhou para Jorge parado na porta – O Zé vai trazer as luzes e o som... Perguntou se podia trazer o Carlos – olhou para Maria Clara preocupada – Falei que sim, fiz mau?
– Nada Tati – olhou para a irmã – Deixa o garoto trazer o namoradinho, não é dona Maria Clara?
Clara nunca gostou de verdade do primo qualhira e só o aceitava por causa do irmão e da mãe.
– Claro que pode... – levantou e abraçou o irmão – Mas ele que não venha com suas gracinhas contigo, viu se sacana...
– Tu sabes que o Zé não é disso – Tatiana defendeu o irmão e olhou para o primo – E tu sabes que o Ginho não deixa escapar...
– Mas mamãe não gosta de qualhiragem... – sem se dar em conta tinha metido a mão dentro da calça de Jorge e massageava o cacete já quase duro.
Tatiana viu e sorriu.
– Mas era tu quem dava corda... – tirou o vestido e pescou uma bermuda.
– Isso foi no tempo que a gente era novo – sorriu ao ver a prima de calcinha – Mass bem que tu gostava, né sua piranha!
– Eu?! – virou para eles ainda segurando a bermuda – Não era eu quem vivia mexendo com o coitado... E... Piranha somos todas, né mesmo seu Jorge... – vestiu a bermuda e resolveu ficar sem camisa como gostava de ficar no sítio – E não sou eu quem está com a mão no pau dele...
Clara se tocou e tirou a mão rindo por ter sido flagrada acariciando o irmão.
– E as meninas? – lembrou.
– Descera para o Caneleira – respondeu e tirou a camisa já amarrotada – Chamaram vocês...
– Puta merda, não trouxe roupa de banho...
– Roupa de banho pra que? – Jorge sentou na cama – Vão banhar peladas...
– Isso está virando putaria... – Clara ia sair – Pelo menos fecharam o portão?
– Não... – Tatiana lembrou – É bom ir fechar...
Quase sempre era assim quando se reuniam e foi em muitos desses encontros onde aconteceram alguns dois mais marcantes momentos de quase orgias e aquele dia parecia que não ia ser diferente...
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NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
...durante a festa Maria Clara cansada senta no colo do irmão e conversam... Jorge chupa o peito da irmã e a sobrinha chega e vê... Jorge recorda da primeira vez que a sobrinha viu os dois transando... No riacho do sítio Juliana senta nua no colo do tio também nu e...