Por volta das 02:40 h da madrugada quando chegamos em casa, D. Rosália ainda estava acordada, acredito que nos esperava...
_ Não precisam me dizer nada. Sei que a noite foi boa para todos vocês, financeiramente falando e que apesar do que te aconteceu, meu filho, isso não mais vai povoar a tua mente e tão pouco te deixar pra baixo. O bom é que Você agora, saberá o que fazer diante de situações iguais ou não a essas. Senti inclusive que você pensou no conselho que te dei, e se portou como um verdadeiro vencedor.
Jean e Denis pediram a benção e se retiraram para os fundos da casa e eu aproximei mais dessa querida avó e lhe disse:
_ Eu tive muito medo vó, só que já estava no fogo e não tive mais forças pra voltar, é como se eu quisesse que acontecesse tudo o que vivi dentro daquele quarto, e isso me deixa muito envergonhado. A senhora viu tudo?
_ Meu querido, não precisa ficar envergonhado com nada, isso inclusive faz parte de você há muito tempo, né mesmo? Aquele a quem você chama, ou chamou de pai, esse sim é que deveria sentir vergonha pelo que lhe fez.
Baixei a minha cabeça e não tive forças de levantá-la. Minha querida D. Rosália disse:
_ Já disse a você, meu menino, levanta essa cabeça e nunca mais se sinta assim, não há razão para isso. Agora vá tomar seu banho, já deixei preparado, as ervas inclusive tem poderes restauradores e você tá precisando se sentir limpo.
_ Vó - a chamei assim pela primeira vez num impulso - quero que a senhora fique com meu dinheiro. Assim que fiz menção de pegar a carteira no bolso da calça jeans ela disse:
_ Nem pense em fazer isso. O meu pago é saber que aqui você se sente amado e protegido. Há muitos anos atrás, você fez a mesma coisa por mim, estou apenas retribuindo. Naquele dia em que eu o meu neto te encontramos, eu fui avisada da sua chegada. meu net ficou louco porque lá em frente a rodoviária, é um lugar ruim pra vender porque tem muita concorrência, só que finquei pé e ele teve que ir comigo. Foi um dia realmente abençoado, triplicamos às vendas e achei você. Já pro banho meu amor.
_ Sua benção minha vó.
_ Você a terá sempre.
Saí e fui tomar meu banho como ela mandara.
O resto da semana foi quase todo igual a esse primeiro dia. O lugar era fascinante e apesar de ser um novato na coisa, fiquei junto com outros garotos que tinham o físico muito parecido com o meu. A única coisa que demorei a acostumar era a uniforme de trabalho, uma sunga minuscula que contrastava com a cor de nossa pele, a minha branca.
O lugar era bem frequentado quase que todo santo dia. Atores em temporada no recife, políticos, jogadores de futebol, homens da sociedade local na maioria casados, empresários que estavam na cidade a negócios, e os habitués do local que sempre marcava presença nem que fosse uma vez por semana.
Na quinta-feira, eu estava me vestindo pra poder ir embora numa sala onde nos trocávamos quando o Gerente me chamou e disse:
_ Seu envelope, Jimmy. Não esqueça que amanhã você não virá, pois seu final de semana já esta reservado para o senhor Leonardo Freire. Não esqueça de ligar naquele numero do cartão que ele mesmo lhe deu pontualmente as 08:00 h da manhã. Nesse envelope amarelo esta seu pagamento que ele mesmo mandou liberar, geralmente faço isso só no final de semana com o apurado geral. Não esqueça que tudo o que lhe for solicitado deverá ser feito, entendido?
_ Sim senhor. E peguei os dois envelopes que ele me entregou, saindo em seguida.
Jean e Denis já me esperavam na entrada quando os encontrei...
_ O que a bicha velha queria? Era assim que eles se referiam ao Gerente.
_ falar sobre o final de semana na companhia daquele cara que ficou comigo no primeiro dia em que cheguei e insistiu para que fosse cuidadoso e fizesse de tudo pra agradar o cara... Leonardo Freire.
Jean foi o primeiro a falar...
_ Tu tem noção Jimmy de quem é esse cara? Esse tal Leonardo Freire?
_ Não faço a menor ideia.
_ Um dos homens mais ricos desse País. Rapaz, se esse cara ta tão interessado e você, tu ganhou a sorte grande.
_ Ele ficou comigo logo que eu cheguei por lá, só que rapidinho a coisa esfriou. Agora com você, parece que a coisa é mais séria, né?
_ Amigos se é séria ou não, nem sei, só sei que tenho que fazer esse cara andar nas nuvens no próximo final de semana. E podem estar certos de que vou fazer o que tiver ao meu alcance pra que isso aconteça.
Antes de dormir, era certo pensar em casa todas as noites. O que estaria acontecendo lá na minha cidade, meu deus? Essa pergunta não me saía da cabeça. E o Tony, o que tá fazendo agora? Será que D. Rosália havia falado dele, ou do Fernando? Daria tudo o que tenho pra que fosse do Tony. Nunca tive coragem de dizer nada. Um ara cheio de estudo. Rico. Família boa da cidade. Imagina se esse cara ia querer um pobre negro e sem estudo do lado dele. Era só pensar na minha mãe Auxiliadora e uma lágrima vinha dançar no canto dos meus olhos... E o sono vinha mais leve e cheio de forças para o que tivesse que ser no final de semana.
A sexta-feira pra mim começou às 06:00 h em ponto. Meu celular, que havia comprado com o primeiro dinheiro ganho com o suor do meu corpo, despertou pontualmente no horário programado. Tomei um banho frio no fundo do quintal e após tomar café preto sem açúcar e com leite e comer dois pedaços de bolo de batata doce e um iogurte natural, fui me arrumar. Faltando exatamente 20 minutos para às 08:00 h da manhã, meu celular começou a tocar. Olhei o visor e lá registrado estava um numero que desconhecia...
_ Bom dia, disse a voz desconhecida, O Sr. Jimmy, por favor?
_ Pode falar, sou eu.
_ O Sr. Leonardo Freire pede que o senhor saia de casa e venha ao seu encontro nesse exato momento.
_ Sem problema, só que onde irei encontrar com ele?
_ Estamos em frente a sua casa, senhor. E a ligação foi finalizada.
Minha avó já estavam com a minha camiseta na mão e a entregou a mim. me fez um carinho na face e disse:
_ Muita luz pra você meu querido. Siga e não esqueça, cabeça erguida.
Saí de casa com bastante confiança e sem maiores preocupações, afinal de contas já havia ganho muito dinheiro por mais este serviço e nada de ruim poderia me acontecer, caso contrário minha avó Rosália, me diria. Fechei acerca que fazia as vezes de portão e um carro grande todo branco e vidros muito escuros estava me esperando no lugar em que a voz disse. Ao me aproximar, um homem vestido de preto abriu a porta de trás para que eu entrasse e logo em seguida fechou a porta.
_ Não me contive Jimmy. Preciso de você. O homem estava completamente nu dentro do carro e seu enorme membro era massageado por sua mão esquerda.
Eu olhei para o vidro que nos separava do motorista e nesse momento o carro se pôs em movimento.
_ Não se preocupa com isso não, estamos só nós dois aqui. Agora trás essa boquinha aqui e come essa jeba como só você sabe fazer.
E esse foi o final de semana mais louco e intenso que vivi em toda a minha vida. Fui usado e abusado pelo tal Léo Freire de tudo que foi jeito e maneira. Fiz uma espécie de curso intensivo de sexo com o cara. Ele sempre dava um jeito de me foder a boca, o cu, a boca e o cu ao mesmo tempo quando metia sua jeba em minha boca e dildos enormes em meu buraco. Eu devo confessar que achava tudo excitante e revelador. Eu dormia com seu enorme membro dentro de mim e quando acordava as vezes amarrado na cama, acho que me dopava pra poder me amarrar, era fodido sem dó por ele e por outro cara, que tenho certeza ser o motorista que nos levou para aquela linda casa numa praia linda do litoral sul de Pernambuco.
Os dois se revezavam em meu corpo sem piedade nenhuma e várias foram as vezes em que chupava um enquanto era enrabado pelo outro, ou, chupava os dois ao mesmo tempo, enquanto um gigantesco vibrador era enfiado em mim. Os dois sempre falavam durante a transa:
_ Tá vendo como ele aguenta... Chupa o cacete todo puto safado... E minha boca era totalmente preenchida por um enorme cacete duto e babão.
_ Olha só que cu delicioso, patrão... Dizia o outro, por isso que acho que era o motorista.
_ Então aproveita e fode muito ele, só vou deixar você fazer isso e mais ninguém, e não esqueça, os dois me pertencem, ouviu bem?
_ Claro chefe, pode deixar que não esqueço... E a grande pica do cara era metida o mais fundo que ele podia em mim pra deleite do Léo Freire.
No final da tarde de domingo, eu me encontrava amarrado no quarto em que dormia e enquanto era espancado por um, o outro me fodia o cu sem piedade. Eu tava completamente extasiado com o que me acontecia e pensei que se escapasse desse final de semana, estaria pronto pra qualquer coisa.
Depois do gozo dos dois em cima de mim e de gozar enquanto os dois me chupavam freneticamente e dividiam minha porra, fui solto e mandado tomar um relaxante banho na grande banheira que havia dentro da suíte, me vestir com a roupa que estaria no cabide e os esperasse na varanda que dava pra piscina da casa.
Léo Freire chegou todo arrumado e na companhia do motorista...
_ Jimmy, disse olhando diretamente no meu olho, tem um ditado que diz o seguinte: o que acontece em Vegas, fica em Vegas... Dá mesma forma vou dizer pra você, o que acontece aqui nesta casa, fica aqui, entendeu?
_ Cada palavra Senhor.
_ Por isso garoto, que você virá aqui por muito tempo. Não sei se você me ouviu falar durante uma de nossas brincadeiras, você é meu, ouviu?
Eu não sabia o que dizer, só que lembrei do meu Gerente... E a resposta saiu automática:
_ Cada palavras senhor... E pensei... Só que não pertenço a filho da puta nenhum... Só então sorri para agradá-lo mais ainda.
EM FORTALEZA...
Tony todos os dias dava um jeito de encontrar com D. Auxiliadora e a pergunta era quase sempre a mesma...
_ Ele mandou algumas notícia, Tia Auxiliadora?
_ Ainda não meu querido, só que meu coração me diz que ele tá bem e nada de ruim vai lhe acontecer.
Ele podia ao menos dizer que esta bem, está vivo, sei lá...
_ Você sente a falta dele né Tony?
_ A senhora não sabe o quanto. O Heitor não era só o meu melhor amigo não Tia...
_ Eu sei meu filho, não precisa dizer mais nada. Assim que eu tiver alguma notícia, eu repasso pra você.
_ Só o endereço me basta. Tchau Tia.
_ Tchau meu querido.
" O jeito que tem é meter a cara nos estudos"... E foi o que o Tony fez.
Em Jaboatão...
O grande carro branco parou novamente em frente a cerca da humilde casa em que Heitor/Jimmy morava e o motorista saiu para abrir novamente a porta...
_ Aguarde o meu contato... Espero que você goste do meu presente. Agora saia pois tenho que voltar pra casa. Boa noite meu garoto tesudo.
_ Obrigado por tudo senhor. Boa noite.
Saí de dentro do carro com uma nova pergunta na cabeça: " Que presente?".
D. Rosália veio me receber assim que ouviu meus passos no chão de terra batida... Após o abraço inicial ela disse:
_ Parece que as coisas estão indo bem pra você, esse cara tá realmente apaixonado, só que ele vai sofrer por não ser correspondido. Tem um presente pra você na sala, vai lá meu querido.
Uma moto Honda 250 CC na cor vermelha estava ocupando grande parte do cômodo onde dormiam umas 5 pessoas. No saco plástico havia a documentação já preenchida com meu nome, segundo a instrução que tive, bastava assinar e levar na concessionária. Eu não tive quase nenhum tipo de reação, a única coisa que eu pensava era como fazer esse linda moto virar dinheiro.
Naquela noite decidi escrever pra casa.
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Querido POVO DO LADO ESQUERDO, o meu carinho a todos. O final de semana foi de praia e devo confessar que mal tive estrutura para postar essa quinta parte. Tô muito cansado e feliz, por ter visto as postagens de todos vcs e saber que o amor, o carinho, o respeito e admiração continuam na mesma intensidade... Isso é o que me faz voltar. Um grande, um enorme, um gigantesco beijo em todos vcs. Nando Mota.
