MARC
Estava arrumando as minhas coisas dentro da bolsa quando o Stefan e o Fernando entraram no meu quarto no hospital. Era o meu último dia ali e eu apenas queria ir pra casa.
- Cadê o Eduardo? – o Stefan perguntou me ajudando a colocar as ultimas coisas na bolsa.
- Ele foi trocar de roupa. O plantão dele começa em 15 minutos.
Quando os policiais não haviam encontrado nada de suspeito no meu carro, eles liberaram as minhas coisas. O Stefan pegou o meu celular e ligou para o Eduardo informando o que havia ocorrido comigo. Como o Eduardo trabalhava no mesmo hospital onde eu estava ele sempre ficava por perto. E eu apreciava muito isso. Havia ficado feliz que ele e o meu irmão tinham se conhecido. Gostaria que tivesse sido em outro momento, mas tudo bem.
- Certo. Nós precisamos conversar com você, Marc. – o Eduardo disse se sentando na cadeira que ficava ao lado da cama.
O Stefan parecia um pouco nervoso. O que estava acontecendo aqui?
- O que foi? Encontraram o homem que me agrediu? – perguntei fechando a bolsa e a colocando no chão.
- Não e sim. – o Stefan disse apontando que eu sentasse na cama com ele.
- O que está acontecendo?
Eu vi o Stefan trocar um olhar rápido com o Fernando antes de olhar para mim.
- Eu não sei como falar isso e não parecer cruel demais. Eu quero que você saiba que estaremos aqui para lhe apoiar, ok? – ele segurou a minha mão. Olhei para o Fernando que apenas assentiu.
O Stefan começou a me contar que no dia do acidente dos meus pais, não havia apenas nós. Eles não foram os únicos que morreram. Havia outra família lá. Outras pessoas haviam morrido. Ele me contou que essas pessoas que morreram eram os pais da Violeta e o noivo dela. Me informou que não sabia nada disso até um mês atrás que ela apareceu lá na nossa casa jogando os motivos que a levaram a casar com ele. Me contaram sobre a primeira carta anônima e a associação com o boneco pegando fogo. E eles acham que a Violeta está por trás do meu acidente também.
Quando o Stefan e o Fernando terminam de falar, eu fiquei sem reação alguma. Eu havia escutado tudo, mas não conseguia mover um único musculo meu. Outros mortos? E eles eram os pais da Violeta? E como eu nunca soube disso? Por quê ninguém havia me dito isso? E a troco de que a Violeta estava fazendo todas essas coisas para nós? Vingança? Ela ia ganhar o que com isso? Não fazia sentido. Nada disso fazia sentido.
- Você está bem, Marc? – o Stefan perguntou apertando a minha mão.
Se eu estava bem? Eu estava ótimo! Eu havia sobrevivido, não? Comecei a rir, mas logo me controlei, pois ainda doía.
- Por quê você estava rindo, Marc? – o Fernando parecia preocupado.
- Porque, em anos, eu estou me sentindo bem. – eu confessei. – Sim, tudo isso é assustador, mas o que posso fazer sobre isso? Os meus pais morreram e infelizmente outros foram no processo, mas o que eu realmente posso fazer? - eu olhei para as caras de espanto do meu irmão e do Fernando. – Nada. Eu não posso fazer nada.
- Eu não estou reclamando e Deus sabe disso, mas... – o Stefan pareceu considerar alguma coisa. – Quem é você e o que fez com o meu irmão?
Tudo bem. O Stefan estava com toda a razão de acreditar que eu iria enlouquecer, e eu faria isso com certeza. Mas depois dessa surra, uma coisa mudou dentro de mim. Era como se eu tivesse visto a luz divida e havia me mostrando que eu tinha muito pra viver. Pela primeira vez na minha vida eu não sentia aquele peso que carreguei sobre a morte dos meus pais. Certo, se eu não tivesse pedido para irmos buscar o cobertor, eles provavelmente ainda estariam aqui. E os pais da Violeta vivos. E ninguém estaria sofrendo agora. Mas o que eu poderia fazer de fato? Eu não podia voltar no tempo. Depois do Eduardo e desse acidente que sofri, comecei a ver a vida de outra forma. E ter apanhado quase a morte me fez ver que a vida é muito imprevisível e preciosa para eu me privar de viver corretamente. Sabia que era uma loucura, mas eu acho que deveria agradecer ao homem que me bateu.
- Eu estou bem, Stefan. Eu acho tudo muito triste e não consigo entender porquê a Violeta estaria por trás de tudo. – eu dei um sorriso. – Eu apenas cansei de sentir pena de mim mesmo. Isso não vai trazer os nossos pais de volta e nem os da Violeta. Eu realmente sinto muito. Mas não irei mais me colocar no inferno. Eu quero viver e aproveitar o hoje.
- Uau! Apenas... – o Stefan agitou as mãos no ar. – Uau! Marc, eu estou extremamente orgulhoso de você. Eu fico muito feliz que você esteja pensando assim.
- Sim, eu também. Será que tem como a gente conversar com a Violeta? – perguntei me levantando da cama. – Será que se todos nós formos lá a casa dela, não consigamos enfiar na dela também que não existem vilões aqui. Que todos nos somos vitimas do destino?!
O Stefan e o Fernando ficaram lá olhando pra mim com expressões aturdidas. Pensei por um momento que eles iriam ficar ali pra sempre. Mas eu fui surpreendido quando o Fernando se levantou e veio me abraçar.
- Cuidado, Nando. As minhas costelas ainda doem. – ele afrouxou o aperto, mas não me soltou. Eu o abracei de volta me sentindo amado e protegido pela minha família.
- Eu não sei como vamos fazer para deter a Violeta e tentar enfiar na cabeça dela que ninguém aqui tem culpa. – disse o Fernando me soltando. – Mas uma pessoa quando tem sede de vingança, não tem razão que dê jeito.
- Vamos sair dessa juntos. – o Stefan pegou a minha bolsa. – Vamos embora?
- Sim, por favor. Eu quero ir pra casa.
Nós saímos do hospital com boas e más lembranças, mas pelo menos estávamos vivos. Não sei o que poderia ocorrer amanhã e nem se estaria vivo. Porém eu gostaria de ter muito tempo de paz com meu irmão, meu namora e o Fernando. Todos nós agora éramos uma família.
- O que foi que você disse para a polícia? – o Stefan perguntou enquanto colocava a minha bolsa no porta malas.
- Expliquei que eu havia saído da cada do Eduardo e me encaminhei para a minha casa depois. Só que depois de algum tempo na estrada o meu carro foi colidido por outro pela traseira. – o meu irmão fechou o porta malas e entramos no carro. – O que aconteceu a seguir foi só um borrão. A minha cabeça se chocou contra o volante. Me lembro de está muito tonto e ouvir passos. Pensei que fosse ajuda, mas era um homem de preto que vinha em minha direção para matar. Foi o cara que me espancou até a minha inconsciência. – estremeci lembrando-se da dor agoniante que havia sentindo. - Eu não conseguia ver o rosto dele, pois estava vestido de preto dos pés a cabeça. Mas eu sabia que era um homem pela sua força.
- Espera um pouco. – o Stefan disse ligando o carro. – Um homem de preto? Eu escutei direito?
- Sim, ele estava vestido de preto. – eu afirmei. Mas o que tinha isso a ver?
- Droga! – o Fernando xingou no banco de trás.
- O que vocês estão pensando? – olhei para o Stefan. – O que significa esse homem está vestido de preto?
- Significa muita coisa, Marc. – o Fernando disse enquanto Stefan deu partida no carro.
Eu não sabia o que eles estão escondendo, mas teriam que me contar depois. Por ora deixaria passar. No momento queria apenas chegar em casa.
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Olá, pessoas maralindas! *-* Tudo bom com vocês? Então, senti falta de postar e de está aqui com vocês. Primeiro quero deixar as minhas desculpas pelo meu sumiço e demora a postar o conto. Infelizmente eu fiquei doente e tive que me ausentar sem avisos da CDC. Eu fiz todos os exames e agora é só alegria. Ainda falta muito pra eu ficar boa 100%, mas o pior já passou. E eu agradeço a Deus por tudo. Eu sei que voltei na semana passada pra Casa, mas eu estava tendo problemas com a minha internet pra postar. E foi agora que consegui. Eeeeeeba! Enfim, me desculpem por mais uma vez está adiando e demorando tanto a postar o conto. Eu não deviria está prometendo, pois parece sempre que eu prometo algo, acontece alguma coisa que me impedi de seguir o combinado. Mas, eu sou teimosa e irei prometer. U.U Eu prometo que do dia 24 não passa pra eu concluir toda a estória. Daqui pro dia 24 eu postarei o último capítulo. Bom, eu quero agradecer a todos que oraram por mim e me apoiaram com tudo o que ocorreu. Muito obrigada pela força, meu amigos da CDC. Vocês são uma família pra mim e eu gostaria apenas de abraçar todos vocês. Eu nunca pensei que fosse ter um vinculo tão forte de amizade com pessoas que moram em outros estados. Obrigada por terem me aceitado aqui e por terem me aceitado como amiga também. Todos são importantes pra mim e eu nem sei como agradecer por tudo. Vocês não me abandonaram e me deram todo o apoio e carinho. Vocês me aceitaram como eu sou sem julgamentos. Quero dizer que o sentimento é reciproco. Obrigada! Quero também agradecer ao Netto e ao Peige que em momento algum me deixaram sozinha. Que estiveram sempre aqui por mim. Que sempre me acompanham e me apoiam em tudo o que eu faço. Vocês(Netto e Peige) são mais do que eu mereço em minha vida. Vocês dois são o meu complemento, sem vocês, eu sinto que uma parte minha tá faltando. Vocês são os meus irmãos de alma e eu amo tanto vocês. Obrigada por sempre acreditarem e nunca desistirem de mim(chorosa). Eu quero agradecer também aos meus amigos que nunca me permitiram acreditar na solidão. Que sempre me apoiaram e me deram todo o amor e carinho que uma pessoa poderia ter. Eu já disse isso pra todos vocês, mas sempre é bom falar; eu sou uma garota de sorte por ter todos vocês em minha vida. Nós brigamos às vezes e eu sempre tento manter a calma, mas eu sempre quero matar um de vocês no final do dia. Mas é assim que nós funcionamos. Como diz o Peige,”Se ficar com raiva, depois passa.” E apesar do nosso grupo ser constituído por 95% de homens e 5% de mulheres(beijos Day, Danizinha e Naty), nós formamos um grupo estranho, porém com uma amizade belíssima. Eu amo vocês, Bandicão! E por último, mas não menos importante, quero agradecer a minha mãe que disse que eu nunca desistisse dos meus sonhos e que eu sempre tratasse o próximo como igual e com total respeito. Mãe, obrigada por nunca desistir de mim. Obrigada por ter me ensinado as lições mais sábias do mundo. Você é um ser humano supremo e abençoado, minha querida mãe. Amo eternamente você, mãe! Me desculpem se alguém se sentiu incomodado com o que eu escrevi, mas eu precisa agradecer a todos vocês por tudo. Me desculpem por qualquer coisa. Eu não vou esticar muito, pois isso aqui já tá ficando maior que a bíblia. Vou parar por aqui e lá no próximo capítulo eu falo sobre a estória em si. Me desculpem por esse capítulo ser pequeno, mas foi necessário. Bom, a gente conversa mais pelos próximos capítulos. Um grande abraço em todos e obrigada por continuarem lendo. Um beijo no coração de cada um. Me desculpem os erros!