Liguei para Phillip aflito...
Phil: Oi?
Eu: Phil? – Funguei.
Phil: Peter, você está chorando?
Eu: O Dan sumiu, pelo amor de Deus eu estou desesperado!
Phil: Como assim?
Eu: Ele não está aqui, as roupas dele sumiram, eu não estou bem, estou passando mal...
Phil: Fica calmo, estamos indo aí.
Eu ainda estava ajoelhado no chão, estava me sentindo um caco, só queria meu filho... algum tempo depois Phil veio com minha mãe, ele me levantou do chão, eu não parava de chorar, eles olharam as coisas do Dan e concluíram o que eu não queria ouvir...
Phil: Ele fugiu.
Eu: Não, não, eu quero ele aqui, quero ele comigo...
Phil me abraçou mas eu não conseguia me acalmar.
Longe dali...
Dan narrando...
Paul: Olha você pode ficar neste quarto.
Eu: thanks.
Paul: Você quer conversar?
Eu: Paul não me leva a mal mas eu só quero dormir.
Naquela noite dormi muito mal, sabia que minha famíla provavelmente estaria louca naquele exato momento, mas sabia que aquilo foi o melhor a se fazer.
No dia seguinte levantei, apliquei minha insulina, escovei meus dentes e desci...
Paul estava na cozinha preparando seu café da manhã...
Eu: Bom dia?
Paul: Dormiu bem?
Eu: Mais ou menos…
Paul: Sente-se.
Sentei e peguei uma fruta.
Paul: Estou fazendo outras coisas.
Eu: Obrigado, mas não posso...
Paul: Esqueci, desculpe.
Eu: Sem problema.
Ele sentou-se ao meu lado – Dan, você não quer se abrir comigo?
Eu: Eu já disse que fugi de casa por causa da nova namorada do meu pai.
Paul: Eu sei, mas queria saber porque você não me dá uma chance.
Eu: Não posso, não gosto de você desse jeito.
Paul: Mas isso pode mudar?
Olhei para ele sério... – Não sei Paul...
Levantei e fui para o quarto, ai como estava com saudades do meu pai. Deitei, fui até minha bolsa, tirei uma camisa dele e cheirei para matar a saudade.
Longe dali...
Peter narrando...
Eu tinha passado a noite acordado, acionamos a policia, levei uma foto do Dan, estava aflito, não parei de chorar um só minuto...
Phil: Peter você precisa descansar.
Eu: Descansar? É seu filho que está desaparecido? Não. Então vai descansar você.
Minha mãe: Peter, o Phil está querendo ajudar.
Eu: Mãe como você quer que eu fique calmo? O Dan passou a madrugada longe de casa, na rua, já ligamos para todos os amigos dele e nada, virou caso de polícia. Como vocês querem que eu fique calmo? Eu estou achando que vou surtar, o Dan é a única coisa que tenho na vida, é o meu bem mais precioso, eu acho que vou morrer.
Ela: Calma Peter, a gente vai encontra-lo. – Ela me abraçou e chorou junto a mim, munha mãe amava o Dan, ela sempre me disse que era o neto que mais ama, Phil sempre foi um pouco triste com isso, mas sempre se mostrou entender, pois minha história de vida é muito forte e triste, o Dan e eu já passamos por coisas muito duras.
Os dias iam se passando e nada de noticias, não fazia ideia de onde o Dan estava, abandonei minha casa, pois minha mãe não me queria só, estava ficando doente, não comia, não saía, nada... só pensava nele, em onde ele poderia estar, se estava bem, se estava comendo, se estava aplicando sua insulina certinho... Aquilo era um martírio para mim. Certo dia levantei e desci, eu estava um caco, não fazia mais minha barba, não me arrumava mais, não dormia mais e tinha olheiras fundas... Ia passando pela sala e vi uma foto do Dan, peguei ela e passei minha mão, meu Deus, Meu bay, eu quero meu baby, sentei no sofá e abracei o porta-retratos forte, como se fosse ele, mas abri os olhos e vi que não era, peguei um jarro de vidro que estava ali e joguei na parede, depois cai de joelhos chorando e gritando...
Jimmy: Tio? - Me ajudou a levantar e me abraçou.
Eu: Eu quero meu filho.
Jimmy: Eu sei, ele vai aparecer, calma.
Eu: Espero que ele apareça logo porque eu não vou aguentar mais, não vou...
Longe dali...
Dan narrando...
Fazia quase um mês que eu estava na casa do Paul, ele era legal mas eu precisava sair dalí, meus planos era passar apenas um tempo.
Paul: E para onde você vai?
Eu: Tenho família em New York.
Paul: Mas para viajar não é tão simples.
Eu: Por isso ainda não fui.
Paul: Dan... Eu sei que pareço um disco arranhado, mas gostaria mesmo de saber, porque você não me dá uma chance... Sabe, eu gosto mesmo de você, de verdade...
Eu: Paul, eu...
Paul: Você gosta de alguém não?
Eu balancei minha cabeça afirmando... – E você?
Paul: Eu o quê?
Eu: A Penny...
Paul: Minha namorada?
Eu: Sim Paul... Vocês formam um casal lindo, sei que você não estava nem cogitando a possibilidade de se separar dela, mas quero que saiba que eu não sou apenas de ficar, até hoje ainda não me entreguei a ninguém, o primeiro beijo que dei foi em você, sabia? Você achava mesmo que eu iria ficar com você namorando a Penny?
Paul: Desculpe!
Eu: Não, não tem problema... Só queria esclarecer as coisas, eu sei o que é amar de verdade, e sei que isso que você sente por mim é apenas atração, mas não tenho raiva nem nada, só queria te mostrar que pelo menos por enquanto não estou preparado para ter uma relação com ninguém, minha vida está uma verdadeira bagunça, se começasse uma relação com você agora, iria entrar em outro rolo, e já estou com muitos problemas para arranjar mais ainda.
O abracei... – Você é um ótimo amigo Paul, te adoro muito, e por enquanto é só isso, obrigado por me ajudar nesse momento.
Paul retribuiu o abraço sem dizer nada.
Dias depois...
Longe dalí...
Peter narrando...
Mais dias se passavam e nada dele, quanto mais dias se passavam mais angustiado eu ficava, tinha pesadelos com ele morto, com fome, no frio, sei lá, eram muitos...
Acordei com mais um desses, não aguentava mais, fui até o banheiro e peguei o vidro de calmantes, eles já não resolviam nada, peguei muitos, coloquei na boca e engoli, eu só queria dormir, esquecer tudo aquilo, esquecer todo aquele pesadelo e sentir Dan nos meu braços, estava ficando louco, não aguentava mais, voltei me arrastando para a cama, meu corpo foi ficando pesado...
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