Acordei em uma manhã nublada em New Falls, já se passava alguns dias depois da minha volta. Bem, pelo que parece, Octavian não deu as caras pelas ruas como Miah me informou. Aquele cara era totalmente assustador e talvez um pouco... Sexy? Eu devo estar ficando maluco ou insano. Eu ainda gostava do Thomas, eu não poderia ficar afim do irmão dele. Isso é totalmente errado!
Como eu podia pensar essas? Era tão... Horrível. Só que fui acordado do meu desvaneio quando minha tia me chamou. Era domingo, mas nós decidimos ir no cemitério hoje ver meus pais.
As flores já não existiam mais lá, só que eu havia trago outras. Margaridas parecia uma ótima escolha quando eu passei pela floricultura. Me ajoelhei em frente as suas lápides. Minha tia deu um espaço para eu falar com eles, como ela sempre fazia. Mas dessa fez não tinha só duas, mas três epitáfios. A de Rebekah... Eu pisquei varias vezes para não chorar ali, não podia. Eu vim aquele lugar para desabafar um pouco, e foi isso que eu fiz.
Uma hora depois, minha mente voltou as mesmas perguntas. Oque eu faria agora depois de saber aquilo tudo? Ir atrás dele? Por onde começar? Como conhecer a nova família?
Mas isso não iria impedir um Bennet. Eu quero e vou! Aquele vampiro precisava dar uma explicação... Era nisso que quero me apegar, para ter alguma desculpa a mim mesmo.
Minha tia se reaproxima de mim, me avisando para irmos embora pois o céu já estava nublado e daqui a pouco iria chover. No carro, eu olhei pela janela e vi uma figura escura perto do rio. Correndo lado a lado com o carro, só que parecia que apenas eu podia visualizar o que era. Tentei focar mais a minha visão, porém a criatura era muito rápida e eu não conseguia alcançar.
-Tia, vou na casa da Miah, ok? - gritei da porta, pegando as chaves. A menina tinha me mandado uma mensagem falando para eu ir lá imediatamente. Algo estava para acontecer.
- Tudo bem - falou tia Vvian de outro comodo.
Andei pela rua. A casa de miah não era longe da minha. Algo estava me seguindo, eu podia sentir. Parecia um Déjà vu. A noite em que Thomas me salvou de um vampiro. Será que nunca vou parar de pensar ou fazer analogias com ele?
Andei mais rápido, eu não podia ser pego. Estava desarmado, eu cometi esse erro. Virei em uma esquina e me grudei na parede de uma lojinha esperando o que me seguia passar. Porém não passou.
-Você nunca vai aprender que cidade pequena todo mundo se esbarra? - Falou Octavian com a sua voz aveludada.
- Não acredito nisso. Por que esta me seguindo? - comecei a andar de novo.
- Talvez eu goste de seguir pessoas... Principalmente se elas tem olhos verdes. - falou o garoto. Virei na outra esquina e já estava a poucos passos da casa de Mah. O vampiro continuava a andar do meu lado.
- Tá, você pode parar de me seguir. - me surpreendi por sair tão firme. Octavian olhou para os dois lados, se certificando de algo.
- Ótimo, é sempre um prazer acompanhar um Bennet! - O menino chegou até meu ouvido. - Nos vemos por ai cunhadinho. - Saindo andando como uma pantera quando acaba de ter sua refeição. Andando pela rua só pelo prazer de andar.
Entrei dentro da casa de Miah. A menina vestia algo meio hipster, o que acabou destacando suas sardas no rosto. A menina vinha mudando constantemente a cada dia que se passava, percebi. Nem parecia mais a garotinha da 6ª série que tinha chorado por um menino ridículo que tinha dado o primeiro fora da vida dela.
- Como assim ele veio até aqui e você não fez nada?! - Gritou Miah e gesticulando.
- Eu não sei. Não tinha nada pra me defender, além do mais ele não parecia querer me ferir. - Tentei amenizar o humor da minha amiga. Seu rosto estava tão vermelho que parecia um tomate.
- Mas ele poderia! - Falou a garota - Sério nick, o que voc....
Meu telefone toca. Era Anna. Minha nova amiga da cidadezinha que eu tinha visitado. Ela também era uma caçadora. Anna tinha ficado com a pequena missão de descobrir qual família de caçadores poderia a encontrar Thomas, e quando ela encontrasse, entrasse imediatamente em contado comigo.
- Quem ? - perguntou miah
- shhhh - apertei meu celular e falei: - OI ANNA! tudo bem?...
- Tudo sim nick. - Repondeu ro outro lado da linha. - Tenho novidades.
- Fala !
- Quem é, Niccolau? - Falou miah de novo, curiosa
- Shhh caramba - apontei pro caderno para a menina pegar para mim. Miah correu para pegar o objeto e me entregar. - Fale Anna.
- Então, eu descobri a localização. - Disse Anna. - O nome deles são Cortazar. São uma das famílias mais abastada de todas. - Enquanto ela falava essas informações, eu ia anotando tudo o que podia. - E tem um pequeno problema...
- Qual? - perguntei.
- Eles não moram nem um pouco perto... Eles não de Nova Iorque - Eu tinha ficado mudo e com toda a certeza estava branco. Porque Miah perguntou o que ela tinha falado.- ... Desculpa nick
- Tudo bem - Tranquilizei a garota. - Você já me ajudou tanto, nem sei como agradecer.
- Que isso, somos quase que primos! Beijo - Se despediu e desligou.
Contei tudo para Miah para acalmar a menina. Ela ficou ouvindo toda a historia, desde o que ocorreu na fazenda até aquela hora. Minha amiga ficou me encarando e balançando a cabeça fazendo com que eu tenha coragem de contar tudo. Depois de tudo o que eu disse, Miah perguntou o que eu ia fazer agora. Bem, eu já tinha por onde começar, porém como vou fazer para me comunicar com o pessoal que mora em outro país? Eu não fazia a menos ideia.
Acabei tendo a ideia de procurar na internet, e foi o que eu fiz pelo computador de Miah. A garota ficou atrás da cadeira que eu estava sentando, olhando para o monitor tão curiosa quanto eu. Então apareceu a primeira pagina de busca com várias fotos da família. Com toda certeza eles eram ricos. Eles eram bem bonitos e não pareciam nem de longe caçadores. Eles tinham ótimos disfarces, tive que admitir. Miah e eu descobrimos o e-mail da secretaria do Sr. Cortazar. Mandamos um e-mail:
" Sr. Cortazar, lhe informo que precisa entrar em contato urgente com o Sr. Bennet. O número é XXXX-XXXX. Problemas de familia
Agradecido, Niccolau Bennet"
-Será que ele vai responder ? - Perguntou Miah.
- Não sei, mas não custa tentar. - Falei.
Miah perguntou se eu queria dormir na casa dela hoje. Eu tive que recusar, eu desejava passar mais tempo com minha tia. Mais alguns minutos se passaram , então tive que ir embora.
Quando eu já estava indo embora, vi um corvo empoleirado em frente a arvore da casa dos Rubbens. Eu passei o mais rápido possível, e tentei chegar na minha casa. Porém parecia que o corvo me seguia.
Os dias foram se passando e nada do meu telefone tocar. Eu já estava desistindo quando sinto meu celular vibrar em cima da comoda do meu quarto.
- Alô? - Falei.
-Alô? Com quem eu falo? - Perguntou a mulher na outra linha.
- Niccolau, que é?
- Ah sim! Eu sou a secretaria do Sr Cortazar. Ele pediu para que você ligasse para ele, nesse telefone XXXX-XXXX. Tenha um bom dia - Disse a mulher e depois desligou o telefone.
Meu deus! Aquilo estava mesmo acontecendo? E agora? O que eu farei? Eu não sabia, porém eu liguei mesmo assim. Foi atendido no terceiro toque.
-Alô - Falou uma voz grossa
- Oi... Er... Eu sou Niccolau Bennet - Disse meio constragido
- Ah isso... Vejo que Camille lhe deu meu telefone então. - Disse o homem com a voz um pouco melhor e menos intimidadora. - O que você queria tanto falar comigo? É algo relacionado ao que eu estou pensando?
Ai meu deus. E agora o que eu respondo? Coloquei minha cabeça para funcionar o mais rápido possível.
- Sim... - Falei timidamente. - Ah... A senhorita Anna Wood me informou que a cidade de Nova Iorque ia precisar de mim no próximo ano... Porém ela falou que eu ia precisar da sua família. Me desculpe se estou lhe importunando. Mas o senhor deve conhecer os poderes dos Wood. - Essa com certeza tinha sido a melhor mentira inventada por mim a séculos.
- Humm, entendo. Mas ela contou sobre qual era o problema? - Perguntou Sr Cortazar.
- Vampiros... - Falei. - Ela disse que vampiros iam causar.. Como ela disse? Aé, problemas.
-Entendi, bem e você planeja que minha família ajude você nisso, correto?
-Sim. - Falei
- Pois bem, verei o que posso fazer pelo senhor, senhor Bennet. Mas já fique preparado que você vai ter que se mudar. - Disse o homem. Eu agradeci e nós desligamos.
Eu não estava crendo que eu tinha conseguido. Uma parte do plano já fora concluído. Mas agora o que eu falaria para minha tia?Fiquei pensando enquanto não recebia a ligação do Sr Cortazar. Informei Miah, que histérica me deu parabéns.
Estava voltando para casa, depois de duas semanas, quando o correio deixou um pacote em cima do tapete de entrada, direcionado a mim. Peguei o pacote e levei comigo para a cozinha. Minha tia chegou mais perto perguntando o que era. Eu já sabia. Eu havia conseguido. Eu ia para Nova Iorque.
No pacote estava algo que me surpreendeu mais ainda. Era um informante que eu havia conseguido uma bolsa de intercambio para uma escola chamada Saint Louis. Onde eu ia ter que morar com uma família. E essa família era os Cortazar.
Sr. Cortazar era muito eficiente, pensei comigo.
Minha tia me olhou com cara de desconfiada e quis saber o que significava aquilo. Eu inventei uma historia, afirmando que eu tinha feito uma prova escondido para essa tal escola. Não contei a ela, porque ela era muito esperançosa e eu não queria deixar ela triste caso não passasse. Titia estava com os olhos lacrimejando já.
- Eu tenho tanto orgulho de você nicco. - Falou a mulher. - Mas, o que eu vou fazer agora? Já que não vou ter mais ninguém comigo?Eu não tinha pensado nisso. Não queria que titia ficasse sozinha e triste. Ela tinha desistido da sua vida em Chicago para cuidar de nós quando éramos menores. Agora, Rebekah tinha falecido e eu ia me mudar para longe. Ela não ia ter mais nada. - Por que a senhora não voltar a estudar o que queria? - Falei
- Oh, nick... Eu não sei se consigo. Vou ficar tão preocupada com você, além de não conseguir uma nova universidade que irá me aceitar...
- Como assim?! A senhora é uma das pessoas mais inteligentes que já conheci. Será uma pena é para eles que irão perder uma mente tão brilhante como a senhora. - Pronunciei.
A mulher me olhava carinhosamente. Já estava começando a chorar quando me abraçou e perguntou quando é que eu tinha amadurecido tanto para falar aquilo. Ela me prometeu que iria voltar a estudar depois que eu me mudasse.
Passou mais algumas semanas e recebemos outra carta, avisando que eu teria que pegar um voo para Nova Iorque dentre três semanas para poder me estabelecer com a nova família. Minha tia leu junto comigo. Vi suas marcas de expressões ficarem mais nítidas a cada linha da carta. Estava chegando a minha hora de partir.
Fui a casa de miah. A garota me abraçou tanto, e chorou aos berros. Ela não queria me deixar ir sozinho, mas era o único jeito. Passei a noite com ela, para se acalmar um pouco.
- Se lembra nanico, quando eu falei que eu era uma bruxa e você me encarou com uma cara horrível? - Falou a menina fungando.
- Lembro, como poderia esquecer? - Como poderia esquecer que foi no mesmo dia em que vi Thomas pela primeira vez? - Foi uma loucura - eu ri.
- Vou sentir tanta saudade. - Falou a menina me abraçando e quase chorando de novo.
- Calma, eu vou voltar. Eu prometo. - Afaguei os cachos ruivos, que me lembravam labaredas. - Eu não vou morrer nem nada do tipo.
- Eu sei... Mas... - Começou a chorar.
- Tudo bem... Tudo bem... - Abracei mais forte. - Eu vou ligar todo dia. Eu prometo.
Passei a noite abraçado a Miah. Ela estava arrasada.
Se passaram as semanas que antecederam o meu voo. Minha tia e Miah me levaram até o aeroporto da cidade. Miah me abraçou forte por alguns minutos.
- Nick, por favor, não esqueça quem você é. Nunca - Me abraçou de novo. - Te desejo toda a sorte na sua busca e volte para nós a salvo.
- Pode deixar minha ruivinha. - Soltei ela e abracei minha tia.
Titia Vivian estava chorando. Ela não conseguia suportar muito a ideia de me ver partindo também. Falei que a amava mais que tudo.E que ela não quebrasse a promessa.
- Eu vejo no homem que você se transformou. - Falou a mulher. - Seus pais teriam tanto orgulho de você, como eu tenho. - Depois também me largou.
Falei para as duas que as amava tanto e prometi que eu voltaria.
Fui para o avião. Sentei na cadeira determinada e escutei musica do meu celular. Acabei dormindo de cansaço, e pela minha sorte, não tive pesadelos. Acordei, chegando em outro país. Eu tinha chegado a Nova Iorque!
Fui pegar minha mala e encontrar a família Cortazar. Quando estava descendo a escada rolante, eu vi um chofer segurando uma placa com meu nome. Eu o segui até o estacionamento, onde tinha uma limousine negra nos esperando.
Uau, pensei comigo.
Entrei dentro do carro e seguimos caminho. Fiquei olhando pela janela. Era um lugar lindo! Os arranha-céus, a arquitetura do lugar. Passamos pelo Central Park e viramos na Quinta Avenida. O carro parou em frente a um prédio luxuoso.
O motorista abriu a porta para eu poder sair. Entrei dentro do prédio. O lugar era tão grande, tinha um design clássico. Me sentia entrando dentro de um palácio. Entrei dentro do elevador. Me olhei no espelho e vi que minha cara não era das melhores. Apertei o ultimo andar. Os Cortazar moravam na suíte.
Quando cheguei no andar determinado e as portas se abriram eu pude ver. O apartamento era 3 vezes maior que minha casa! Estava todo enfeitado como um clima de boas vindas. Foi quando eu os vi. Todos eles
A família inteira dos Cortazar me esperando na escada para me dar boas vindas a minha nova vida" I am back, bithes" Eu falei q ia voltar kkkkkk Gostaram do capitulo de retorno?? Sim ou não? Espero que sim. Agora vou postar toda semana. Então não percam a volta do hiatus da segunda temporada de SANGUE QUENTE. E esse foi meu presente de natal pra vocês. Desejo feliz natal a todos os meus fãs que veem lendo essa historia a tempo e que (espero) me perdoaram por ter parado de escrever. Essa é pra vocês. Se curtiu? Comenta! Se não curtiu? Também Comenta! Quero a opinião de todos, que são sempre bem-vindas.
Bj BJ Do V.
