CAPÍTULO 6
Não sou eu quem odeia o pai da Pietra, mas é ele quem me odeia. E este ódio, começou bem antes de eu nascer, quando o pai dela ainda era estudante.
Posso ter conhecido a Pietra só aos 8 anos de idade, mas o pai dela e o meu pai, que se chama Alvaro, já se conheciam a muito tempo. Foi no último ano da escola, o pai dela gostava de uma menina que se chamava Cláudia, e estava ''ensaiando'' uma forma de dizer isto a ela. Era recreio, e o pai dela tomou coragem de falar com a Cláudia. Foi procurar ela, e quando achou, não achou ela sozinha. Meu pai estava com ela, atrás da sala de artes, se pegando feito loucos. Eles até eram amigos, mas ai começaram a discutir, e meu pai de um belo de um cruzado no queixo dele. A partir dai, os dois se odiavam, nem olhavam para cara um do outro, nem mesmo quando meu pai largou a Cláudia e conheceu minha mãe, já na faculdade.
Na primeira reunião de pais, depois que eu e a Pietra ficamos amigos, tive a genial ideia de levar minha mãe e meu pai para conhecerem ela. Pois quando o pai dela viu meu pai, pude perceber que se não fosse um ambiente familiar, um avançaria no outro. Mas ficaram apenas no ''olá, bom te rever'' e até deram um abraço. Mas conforme os anos se passaram, o pai da Pietra foi transferindo o ódio para mim, e nem mesmo depois que ele se divorciou da Dona Valéria, ele se aquietou. Pois uma vez ele foi até em casa, ''buscar'' a Pietra pra passar umas horas com ela. A Pietra queria que eu fosse junto, mas ele nem ligou para o que ela disse, e levou ela. É, ele é um cuzão...
Pietra: Sei que estará sempre aqui comigo Mah, mas eu tenho medo
Eu: Ele não vai fazer nada, eu não deixou, não sou mais aquele garotinho que ele simplesmente colocava medo.
Pietra: Por favor, não tente nada...
Eu: Se for preciso...
Dona Valéria bateu uma vez na porta, e entrou.
Pietra: Aquele mané já se foi??
D. Valéria: Sim, e tenha mais respeito com seu pai
Pietra: Ele não é meu pai, apenas fudeu contigo e depois se foi...
D. Valéria: PIETRA!!
D. Valéria: Mas não vim falar disto...
Pietra: Então??
D. Valéria: Estou muito feliz por vcs, sério. Sempre sonhei com isso. Mah, tu és um garoto fantastico, tenho certeza que fará minha filha muito feliz
Eu: Obrigado D. Valéria, prometo fazer essa princesa, muito feliz...
D. Valéria: Sei que vai...nossa, estava quase esquecendo, tua mãe acabou de ligar aqui, falei que tu vais almoçar aqui
Eu: Sabes que não vou recusar..
D. Valéria: Sei que não Mah- Ela deu um largo sorriso, era tão lindo quanto o da Pietra.
Nós almoçamos, Dona Valéria era uma ótima cozinheira. Ajudei ela a lavar os pratos e depois fui ver TV com a Pietra. Um tempo depois, Dona Valéria apareceu toda arrumada e perfumada na sala, segurando uma bolsa na mão e as chaves do carro na outra.
D. Valéria: Casal, vou dar uma saidinha tá? Tenho que ir no centro fazer uma coisas e comprar um presente para o Raphael(primo da Pietra). Se comportem okay?
Pietra: Tá mãe, a gente promete que não coloca fogo na casa...
D. Valéria: Sabes muito bem do que estou falando...deixei um dinheiro em cima da copa, se quiserem comprar algo. Tchau!!
Eu e Pietra: Tchau
Dona Valéria saiu com o carro e começamos a contar...
Eu e Pietra: 25, 26, 27, 28, 29 e...30, ELA SAAAIUUUU!!
Começamos a pular feito criança e Pietra voou no meu colo. Comecei a beijar ela, no pescoço, até pertinho dos peitos dela. Segurando ela no colo, eu perguntei
Eu: Vamos fazer o que gata?
Pietra: Huuuummm...não sei..
Eu: Também não...
Pietra: Bom, minha mãe deixou dinheiro, vamos alugar algum filme e passar no BK
Eu: Grande ideia Pê, mereces um presente
Pietra: Huuuum, o que é??
Nem terminou de falar, e eu beijei ela. Ela então retribuiu e mordeu bem de leve os meus lábios.
Mais uma vez o casal Matheus e Pietra andando na rua, eu pegava ela no colo, girava, brincávamos de pega-pega feito dois bobinhos. O BK e a locadora são a umas 5 quadras da da casa dela, e a gente demorava mais ainda com nossas brincadeirinhas.
Alugamos um filme nacional chamado "Julio sumiu''(recomendo, é ótimo) e passamos no BK. Na volta, o tempo fechou e começou a cair uns pingos, obrigando a gente a acelerar, e enfim começou a ficar mais forte. Paramos em um ponto de ônibus com cobertura e ficamos olhando a chuva, abraçadinho. Passavam vários carros, e um Citroen parou na nossa frente e buzinou. A janela do passageiro se abriu, e vi dois rostos bem familiares. Era meu primo Charles e a namorada dele, a Tamires.
Charles: Eai Mah, e ai Pietra, sobe ai.
Voamos para dentro do carro dele. Sentamos um do lado do outro e cumprimentamos o Charles e a Tamiris.
Charles: Eai, tão indo pra onde?
Pietra: Tamo indo pra minha casa, lembra onde é?
Charles: Ah beleza, lembro sim.
Eu: E tu Charles, indo pra onde??
Charles. To levando a Tami no dentista, manutenção do aparelho dela.
Rolou um silenciozinho, e o Charles meio desconfiado perguntou
Charles: Vocês sabem que eu pressinto as coisas. Essa ligação entre vcs dois está um pouco diferente do normal. Tão namorando é??
Eu: Puta que pariu Charles, como sabe??
Charles: Não sei, só senti..que lindo, dois namoradinhos.
Tamires: Parabéns viu, Deus abençoe vcs, e vê se tu cuida bem dela Mah
Eu: Pode deixar..
Chegamos na casa da Pietra, nos despedimos rápido pq eles estavam com pressa e entramos. Pietra trancou o portão, e quando entramos, fechamos a porta para dar uma diminuída no barulho da chuva.
A chuva caia forte, felizmente era uma chuva sem raios e trovões, pudemos ver o filme sem problemas. Não preciso nem dizer que estava com uma puta vontade de transar com a Pietra, e eu esperava que ela estivesse. Mais para o fim do filme, comecei a beijar o pescoço dela, e ela suspirava, parecia querer também. Comecei a acariciar os seio dela, e ela retribuía esfregando a mao dela no meu pau. Por algum motivo, ela me colocou deitado no tapete, sentou em cima de mim, e começou a rebolar. Foi tirando a blusinha dela bem sensualmente, e eu apertava a bundinha dela.
Meu celular recebeu uma mensagem, e ele estava numa mesinha do lado do sofá. Fui de joelhos até meu celular e era uma mensagem de um amigo, chamando eu para jogar bola a noite. Por algum motivo, quando eu ia responder, olhei pela janela para o lado de fora e me assustei.
Eu: Caralho, caralho...
Pietra: Que foi Mah??
Não falei nada e de joelhos ainda, peguei Pietra pelo braço e levei até a janela, e ficamos agachados. Com o dedo indicador, sinalizei para ela dar uma olhadinha para o lado de fora.
Pietra: Porra!!
O telefone toca...
(CONTINUA)
Amigos leitores, agradeço a quem está acompanhando os contos, logo posto o próximo capítulo. Feliz Natal a todos!