Meu quebra cabeça-2

Um conto erótico de Andy e P3dr0r!ck
Categoria: Homossexual
Contém 3669 palavras
Data: 26/12/2014 22:56:55

BERNARDO...

Após afastar-me do beijo de Carina e ver Rafael,me fitando com um olhar triste e se afastar correndo em seguida,deixou-me extremamente transtornado,confuso e ansioso para saber,qual o motivo deste ato.Olhei para Carina e dei uma desculpa qualquer,que precisava chegar em casa o quanto antes,ela pareceu aceitar a contra gosto,despedimo-nos e fui ao encontro do carro,onde o motorista me aguardava.Ao chegar em casa,fui direto á cozinha e não encontrei ninguém,nem mesmo Joana,ela deveria estar em casa preparando o jantar para seu marido e claro,para Rafael.Sua atitude de mais cedo deixou-me curioso,era quase como se ele não tivesse gostado de ver-me beijando Carina,como se ele estivesse com,ciúmes?Não,não poderia ser isso.Ele não sentia nada por mim,nos odiávamos,sempre foi assim...

Subi as escadas e tranquei-me no quarto,tirei meu uniforme jogando-o por todos os lados,entrei no Box e liguei o chuveiro,deixando cair uma água morna deliciosa,fiquei por cerca de meia hora,quando ouvi meu celular tocando.Desliguei o chuveiro,dirigi-me a meu quarto e joguei a toalha em cima da cama,peguei meu celular e vi que era apenas um mensagem de meu pai,avisando que estava em uma viagem a negócios.Não dei muita importância,pois,essa era a rotina dele,sempre viajando para não ter que me encarar por muito tempo.Sempre fugindo,fugindo daquilo que ele odeia!

Abri meu guarda roupas e procurava uma blusa,afastando os cabides de um lado para o outro,quando elevei meu braço um pouco,fazendo uma pequena caixinha de madeira,pequena,antiga cair aos meus pés.Sentei-me no chão com a caixa entre as pernas,não lembrava-me daquela caixa,então puxei a tampa para cima e olhei o conteúdo,deparando-me com uma foto de uma mulher,era minha mãe,antes de ficar grávida de mim,antes de morrer,não consegui encarar a foto por muito tempo,então coloquei-a ao meu lado direito no chão.Em seguida,olhei novamente a caixa e nela haviam pequenas cartinhas de felicitações de dia dos pais,pequenas colagens e desenhos,que nunca foram entregues,porque meu pai nunca estava presente,nunca me dando chances para entregar os presentes.Vasculhei mais no fundo da caixa,tinha uma foto no fundo,o fundo branco estava para cima,escrito nela o seguinte dizer “Meus pequenos,R&B”.Achei aquilo estranho e uma leve curiosidade se apoderou de mim,fazendo-me pegar a foto e olhá-la de frente,o choque inicial foi tremendo,na foto haviam duas crianças pequenas,um garotinho com no máximo 5 anos de idade,com cabelos grandes e cacheados,olhos brilhantes e chamativos,um calção vermelho pequeno,surrado dando um ar de pureza a ele,ao seu lado abraçado a ele,havia outro garoto,branco e de cabelos num tom alaranjado na altura dos ombros,com no máximo 7 anos,ambos estavam abraçados em cima de uma cama,rostos colados um no outro,os braços entrelaçados um ao outro,as pernas de um sob a do outro,estavam serenos,calmos e pareciam amar-se,pareciam estar em um momento único e mágico.Os garotinhos da foto,eram Rafael e eu,não consegui segurar o choro que veio repentino e avassalador , não sabia porque estava com um aperto gritante no peito,uma dor no âmago do meu ser que me fazia querer abraçá-lo naquele exato momento,poder tocá-lo e nunca mais deixá-lo sair de meus braços.As lágrimas rolaram por sob minha face,deixando-me num estado de soluços constantes,um choro que estava preso a um tempo consideravelmente grande,meus olhos ardiam,meu peito estava acelerado,a primeira lembrança baqueou-me com força.

Dez anos antes...

Rafael tinha ganhado um carrinho do meu pai,pois,o mesmo havia feito aniversário semanas antes.Eu estava com raiva de Rafael por isso,meu pai nunca me dava presentes pessoalmente,sempre deixava na porta do meu quarto ou pedia para Joana entregar-me,nunca abraçava-me e vê-lo no dia do aniversário de Rafael,segurando-o nos braços e apertá-lo com tremenda força e carinho,fez-me pela primeira vez querer que aquele garoto tímido e irritantemente bonzinho,morresse.

Ele estava de costas,de joelhos com a mão esquerda sustentando seu corpo,enquanto a direita empurrava o carrinho para a frente e pra trás.Em um rompante de fúria,corri até ele que não havia percebido minha presença,chutando seu braço esquerdo com força,fazendo-o cair com o rosto no chão,eu pude ouvir o som de seu queixo em atrito com o chão de cerâmica branca reluzente,sendo manchada em seguida por um filete de um liquido vermelho,que foi alargando-se,crescendo,formando uma poça de cor carmesim,olhei para a porta da cozinha e não vi ninguém por perto,olhei novamente para o chão e Rafael estava imóvel,o carrinho em sua mão direita,a esquerda estava molhada de sangue,junto com o restante de sua blusa.Chamei-o e ele não respondeu,foi quando todo o meu corpo arrepiou-se e um repentino pânico me assaltou a mente,meus olhos arregalaram-se e minhas pernas ganharam uma força e agilidade sem igual,enquanto corria para o jardim,gritando enquanto acelerava as passadas,clamando por socorro.Procurando alguém para aliviar a dor e impedir a morte dele,da única pessoa que mesmo eu odiando muito minutos atrás,me fazia querer segurá-lo no colo e pedir perdão,pelo que fiz.Eu já possuía oito anos de idade,Rafael com seis,eu já tive muito contato com perdas,minha mãe eu nunca nem havia visto,apenas por fotos.Perder Rafael,por um ato de inveja e ciúmes,seria o meu fim!

Após Gabriel socorrer Rafael e levá-lo ao hospital,fiquei em casa aos prantos.Chorando convulsivamente,enquanto Joana abraçava-me e perguntava-me o que havia acontecido.Eu,com medo de falar a verdade e ela,por proteção e amor ao filho decidir afastar-me de Rafael,não contei nada.Deixaria ele falar,acusar-me de tentar matá-lo e quase conseguindo,chorei a maior parte da noite,adormecendo nos braços de Joana pela madrugada.Meu pai,estava viajando para a Europa neste dia,ele nunca soube desta história,se soube apenas serviu para condenar-me mais na mente dele,no outro dia,Rafael estava voltando para casa,eu não parava sentado em lugar algum,andava de um lado para o outro nervosamente,somente quando vi a porta da sala abrir-se e Rafael,entrar por ela,com sua mão esquerda engessada e sua mandíbula,envolta por uma atadura,foi que dei-me conta da tamanha dor que causei aquele pequeno garoto,apenas por ciúmes,então um culpa destruidora ficou em minha cabeça,em meu peito,em meu coração.Daquele dia em diante,prometi a mim mesmo que nunca o machucaria fisicamente de novo,jamais!

Joana após deitar Rafael,no sofá.Virou-se para mim e mandou-me sentar perto de Rafael,que olhava-me desconfiado,com medo aparente no olhar.Fui até ele e peguei em sua mão direita,apertei-a e sorri,ele olhou-me nos olhos por alguns segundos,quando pensei que não seria correspondido,belos dentes brancos brilharam seu sua face,com o mais lindo sorriso.Naquela tarde,brincamos de todas as formas que não o machucassem de alguma forma,mas,no dia seguinte brigamos novamente,pois,ele havia ganhado uma maça de Gabriel e eu não!

Atualmente...

RAFAEL...

Aquela manhã,havia levantado cedo.Meu pai precisaria de ajuda,para aparar a grama e organizar o Jardim do senhor Augusto,pai de Bernardo,fui ao banheiro e tomei um longo banho,vesti apenas um short branco,era velho e por isso apertava um pouco minhas coxas,mas,eu iria sujar-me então pouco importava,vesti uma blusa qualquer de regata e penteei meus cabelos,mas,eles não podiam mudar muito eram cacheados.Modelei da melhor forma e fui rumo a casa de Bernardo,na frente já que éramos apenas os empregados e morávamos atrás da imensa mansão chamada de casa,fui para a cozinha abraçar minha mãe,o dia estava quente logo pela manhã.Vi-a na cozinha,preparando o café,estava coando-o quando abracei-a por trás e ela pulou para cima assustando-se.Gargalhamos,tomei meu café da manhã e logo,fui de encontro ao serviço com meu pai,eu ajudava-o a cortar algumas folhas e galhos de algumas árvores,podamos algumas flores e logo o horário passou-se,com ele o calor aumentou.Tirei então minha blusa,deixando-a na casinha de ferramentas,onde peguei o aparador de grama e levei-o até meu pai,ele ligou o aparelho,fazendo um grande barulho.Mas,era necessário já que a grama estava tremendamente alta,os minutos passaram-se e eu estava juntando algumas folhas velhas,quando senti que alguém me olhava,virei de costas e encontrei com aqueles lindos olhos,olhos únicos,olhos que pareciam ser de duas pessoas em um só,duas personalidades,duas almas.Era ele,era o Bernardo,ou,era o Beh,um apelido que eu dei a ele,mas,que ele jamais ouviria de minha boca.Meu corpo todo pulsou em uma explosão de adrenalina,como se tivessem-me injetado labaredas de fogo,ele me olhava com um olhar estranho,um olhar que vasculhava meu corpo,admirando-o,um olhar que denotava um certo...desejo.Então com essa súbita esperança de que ele poderia sentir,desejos por mim,um sorriso instintivo formou-se em minha face,não importei-me em esconder a felicidade por esse pequeno momento e foi quando ele fechou o semblante,encarando-me,como se eu estivesse com uma arma apontada para ele,como se eu fosse a pessoa mais desprezível e repugnante para ele,ele olhou-me com tanto ódio e rancor,que eu simplesmente abaixei minha cabeça,deixando a tristeza invadir-me e destruir a esperança velada em meu coração,esperança essa de que um dia,eu teria Bernardo em minha vida,não como o “filho do patrão dos meus pais”,mas,sim como namorado.Como o garoto que acordaria toda manhã comigo,como o garoto que me tornaria a pessoa mais feliz do mundo,se estivesse ao meu lado.Meus sentimentos foram levados como uma enxurrada,destruída e despedaçada,ele me odiava,sempre foi assim,raros os momentos de carinho e amizade que tínhamos,mesmo sendo as duas únicas crianças da casa,mesmo nos dois sendo os únicos amigos que tínhamos,muitos eram os momentos onde ele me batia,xingava,irritava-se e surtava comigo.Então,eu levantei novamente a cabeça e o vi,pulando na piscina,eu poderia detalhar cada centímetro do corpo do Bernardo,aquelas coxas grossas,braços musculosos e sua barriga deliciosa,mas,no momento eu apenas sentia vergonha,um sentimento de ilusão e de tristeza.Não poderia ficar ali,tinha que sair dali ou choraria na frente de meu pai,não poderia dizer porque meu coração doía tanto dessa forma,não poderia explicar que amava um garoto,que amava Bernardo.Corri para dentro da casa de Bernardo,especialmente para um lugar,a cozinha,onde minha mãe cozinhava algo,ela virou-se quando ouviu meus passos pesados e meus soluços que iam aumentando conforme aproximava-se dela,ela simplesmente abriu os braços e abraçou-me,deixando que eu chorava-se,livremente.Sem perguntas,desconfianças ou julgamentos,ela deixou-me chorar e ser acalentado,pelo abraço reconfortante dela.

Após o choro ter cessado,fiquei abraçado a ela por alguns minutos.Logo,o horário de ir para a escola havia chegado,com isto,fui para minha casa,era meu primeiro dia de aula em uma escola nova,escola essa que era particular,eu havia ganhado uma bolsa de estudos lá,meus pais ficaram extremamente orgulhosos,o único problema,era que esta escola é a que Bernardo estuda.Como eu poderia agüentar conviver com ele durante o dia,tarde e a noite?Eu precisava sanar este sentimento por ele,bloqueá-lo de minha mente,precisava livrar-me dessa dor que corroia-me ao vê-lo e não poder tocá-lo.Queria Bernardo,mas,o ódio dele era maior por mim,que meu amor por ele.

Fui para a parada de ônibus,esperei por longos minutos,olhava no relógio impacientemente,o uniforme começava a grudar-se ao meu corpo,estava suando e ficando impaciente,quando estava prestes a desistir,o ônibus parou e minha frente e pude seguir viagem,não tão confortavelmente,mas,mesmo assim conseguiria chegar aonde queria.Quando cheguei no ponto de ônibus próximo a escola,poucas eram as pessoas que estavam na frente da escola,apenas alguns alunos saíram do ponto de ônibus,na verdade,somente dois garotos.Fiquei aflito,uma escola particular geralmente não recebe bem bolsistas,conhecendo os tipos de amigos que o Bernardo tinha e que estudavam nesta escola,com toda a certeza eu manteria a máxima distância deles,olhei no relógio e percebi que estava dez minutos atrasado.Apressei meu passo e procurei perguntar para alguns alunos,que andavam pelos andares,alguns nem me respondiam,outros afirmavam não saber,quando então,olhei para o relógio e estava bastante atrasado.Corri,já tinha encontrado meu andar e quando estava prestes a chegar na porta,acabei esbarrando em um garoto,eu cai e ele permaneceu em pé,eu cai de joelhos e reclamei de dor,quando eu resolvi levantar e encarar o autor de minha queda,embasbaquei pois o garoto era simplesmente muito lindo.Ele tinha olhos extremamente azuis,fiquei fascinado,pois,ele era extremamente parecido com Bernardo em alguns aspectos,seus cabelos eram de um tom louro bem claro,eles eram meio arrepiados,como os de Bernardo,seu porte físico era forte,musculoso,com uma pele muito branca,o uniforme ficava perfeitamente lindo nele,como ficava em Bernardo.Eu devo ter admirado seu corpo por muito tempo,pois,não havia percebido que ele estava com a mão estendida para mim e um sorriso branco na boca,com uma boca vermelha como uma cereja,igual a de Bernardo.Por alguns minutos,pensei que ele era o clone louro de Bernardo,levantei minha mão e apertei a do garoto a minha frente,era uma pele quente,uma sensação boa me compeliu a sorrir,ele então falou:

Lucas – Cuidado ai o lindinho! –Disse gargalhando –Quase se quebrou todo,com tanta pressa porque?

Quando o ouvi falando a palavra “Pressa”,lembrei-me que estava atrasado.Então,falei apressadamente:

Rafael –Desculpa,não posso falar agora...-Disse nervoso –Estou extremamente atrasado,desculpa pelo esbarrão.Thial!

Antes que ele respondesse,sai de lá correndo.Não olhei para trás,apenas corri avistando ao longe o numero de minha sala,cheguei bem a tempo,pois,a porta ainda estava aberta e alguns alunos ainda entravam no recinto.Ao entrar na sala,olhei e achei um lugar vazio no fundo da sala,do lado esquerdo.Haviam umas três cadeiras vazias,então escolhi a bem do canto,coloquei meu material em cima da carteira e olhei ao redor,a maior parte da sala era composto por meninas,todos eram muito bonitos naquela sala,eu estava olhando para o rosto de cada um,quando vi algum entrar na sala,um garoto alto e que quando olhou para onde eu estava sentado,rapidamente sorriu,fazendo todos da sala olharem para mim.Era Lucas!

A aula passava tediosamente devagar.Lucas havia sentado ao meu lado,mas,não havíamos falado mais que duas palavras “Oi e Oi” .Porque,quando íamos falar mais,o professor entrou e então,passamos a prestar atenção na aula.Quando o sinal anunciou o inicio do intervalo,vários alunos levantaram-se apressadamente das carteiras,formando um aglomerado na porta,eu levantei aos poucos,Lucas em seguida,percebi que ele olhava-me a todo momento,como se quisesse puxar assunto,mas,não tivesse coragem.

Olhei pare ele e ele sorriu,sorri em seguida,então ele falou:

Lucas –Vamos lanchar juntos? –Disse tímido –Não conheço ninguém aqui e voce me deve por tentar me derrubar-Disse sorrindo.

Eu pensei por alguns segundos e resolvi aceitar,afinal,não conhecia ninguém ali e eu não poderia recusar amizades no momento,além do que,ele era muito lindo.Falei então:

Rafa-Mas é claro!-Disse sorrindo –só que voce,paga...

Caminhamos pelo lentamente pelo longo corredor,muitas pessoas andavam para todos os lados,eu estava perdido e confuso ali,Lucas parecia também estar assim,só que a diferença é que ele era muito alto,já eu,parecia sumir dentre as pessoas.Haviamos conseguido chegar até a cantina,enfrentamos uma fila enorme,mas,conseguimos nossos lanches,então ficamos olhando ao redor e foi quando ouvimos,duas garotas falarem, “...Vamos para a parte de trás da escola,sentar nos bancos.Aqui está lotado de gente...”

Lucas e eu nos entreolhamos e sorrimos,ambos haviamos tido a mesma idéia de seguir as garotas,no caminho fomos nos conhecendo melhor,nossos gostos,tanto musicais como outros,nossas idades,ele também tinha 15 anos,morava apenas com sua mãe,ele não era bolsista como eu,mas,pareceu não se incomodar com este fato.Ao longe avistamos os bancos,decidimos então,sentar em um mais afastado dos outros alunos,pois,a conversa era a seguinte:

Rafa –O que? –Disse espantado –voce é gay?

Lucas –Fala baixo! –Disse rindo –Até parece que voce não me ouviu te chamar de lindinho,mais cedo...

Rafa –Só que pensei que voce estava brincando e ...-Disse sendo interrompido.

Lucas –E voce? –Disse curioso.

Rafa –Eu estou bem,obrigado! –Sorriu.

Lucas-Voce sabe o que quis dizer...-Disse impaciente –Voce é gay?

Rafa –Eu...-Disse sendo interrompido pelo sinal tocando. –é melhor irmos logo para a sala,não podemos nos atrasar.

Lucas –Espera! –Disse sério –Desculpa pela pergunta,isso não me diz respeito...

Rafa –Não esquenta não! –Disse sorrindo –Vamos logo.

Ambos voltaram para a sala de aula,no ultimo período de aula,Lucas havia entregado um bilhetinho dobrado para Rafa,que abriu e leu a seguinte frase :

“Vamos sair,depois da escola?Tem uma sorveteria muito boa que conheço,prometo não te fazer perguntas indiscretas.Não aceito,não como uma resposta!”

Rafael,pegou a caneta e então,respondeu:

“Vou pensar,não sei se posso.Tenho que falar com meus pais,tudo bem?”

Lucas leu e devolveu com a resposta:

“Tudo bem,se eles deixarem.Me liga avisando...”

Lucas me deu seu numero de celular,eu o salvei e fiquei duvidoso em aceitar ou não.Ele poderia confundir as coisas e eu não estava a procura de mais problemas do que eu já possuía em minha mente.Ainda bem que eu não havia visto o Bernardo na escola,não sei se agüentaria encará-lo novamente,ainda mais depois de hoje de manhã,sai de meus pensamento com o sinal tocando,avisando que a aula havia encerrado-se,recolhi meus materiais e segui ao lado de Lucas que reclamava da nova professora de literatura,ele era engraçado e eu estava gostando de ter ele como meu mais novo amigo,ao chegarmos na frente da escola,ele despediu-se de mim e entrou no carro de sua mãe,que lhe esperava.Eu,por outro lado teria que virar-me com o transporte público,andei então um pouco,quando vi mais ao longe,no muro da escola,Bernardo encostado no muro,com uma garota na sua frente,eu então percebi que eles não estavam apenas conversando,quando ele abaixou-se um pouco e tomou a boca dela para si,beijando-se por alguns minutos,eu simplesmente senti o impacto.Doeu muito ver esta cena,eu nunca havia o visto beijando alguém e ao presenciar isto,meu corpo todo ficou imóvel,lágrimas saíram automaticamente de meus olhos,meu coração palpitou e eu o senti,quebrar-e dentro de mim.

A cena de Bernardo beijando aquela garota se repetia como em um filme,na minha cabeça.Corri para casa,chegando lá fui direto para o meu quarto,ignorando as perguntas de meu pai,sobre meu primeiro dia de aula,me joguei na cama em meio a soluços que não cessavam por nada.Fui para um banheiro e contemplei um emaranhado de cachos,após um banho repleto de choro,retornei para meu quarto e peguei uma camisa gola em v,de cor verde água,com uma bermuda cinza e calcei meu tênis básico.

Sequei meus cabelos,passei-me perfume e peguei meu celular,liguei para o Lucas que atendeu no primeiro toque.

Lucas –Oi rafa!

Rafa –Olá Lucas,a proposta ainda está de pé?

Lucas –Claro,passo na sua casa já.Beijão!

Eu estava completamente nervoso,mas,ao lembrar a cena de mais cedo,consegui uma força inexplicável.Fui para a frente de casa,mas,antes avisei aos meus pais que iria sair.

Em menos de cinco minutos,Lucas chegou com uma regata preta que evidenciava seus músculos e uma bermuda Jeans vermelha que evidenciava suas coxas grossas,corei ao vê-lo sorrir para mim.Lucas olhou para mim e falou:

Lucas-Voce é bonito Rafael! –Disse sorrindo.

Meu rosto esquentou violentamente com o que ele falou,então para disfarçar dei uma risada tímida.

Rafa –Obrigado Lucas...-Disse sorrindo.

Após falar isto,demos mais um passo.Ele então,levantou meu rosto com seus dedos firmes em meu queixo,mas,carinhoso ao mesmo tempo.

Lucas –Seus olhos são lindos...-Disse fitando-me – E essa sua boca...

Então ele me beijou,um beijo doce e calmo.Este havia sido o meu primeiro beijo!Senti sua mão segurando minha nuca,mas,o barulho de vidro quebrando fez-me assustar.Me separei de Lucas e olhei em direção ao barulho,percebi que vinha da casa de Bernardo,logo após o vi lá,com seus cabelos em tom alaranjado esvoaçando ao vento,cabelos que lembravam-me do pôr do sol,sendo tão lindos quanto.Ele estava lá,descalço em frente ao jardim,estava apenas com um pijama,mas,o seu olhar foi o que me chamou atenção.Estavam marejados...Porque?

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Olá pessoal.Aqui quem fala é o Andy!Queremos agradecer pela visualização e comentários dos queridos leitores e amigos.Ficamos muito gratos,esperamos eu e o Pedro que continuem comentando,sumimos esses dias,pois as festividades de natal,impediram-me de postar esta parte da historia.Este capítulo foi escrito pelo Pedro,o primeiro foi por mim(Andy).Espero que curtam esta parte e digam o que acham,críticas construtivas são aceitas,palpites principalmente.Um feliz natal atrasado e uma boa noite,amigos. Andy^^

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Comentários

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Ale.blm - Muito obrigado,boy.Estamos felizes que voces estejam acompanhando^^

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Esperança-Muito obrigado,lindinha.Voce sempre acompanhando e sendo um incentivo a mais,para escrevermos. ^^

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Ru/Ruanito-Sem beijos e sexo hetero aqui!É totalmente um romance "GAY" ^^

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Muito bom o conto de vcs! Curti demais! Ansioso para o prox cap.

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