(...) De manhã, quando abri a porta para atender o Teco e irmos para a escola vi que ele olhava com cara de nojo para o chão. Ali bem no caminhozinho do jardim que levava para dentro de casa estava um gato morto. Esquartejado para ser mais realista. Era uma visão horrenda. Era nojento. Era sinistro.
Teco, viu minha cara de susto, nojo e revolta e me abraçou correndo. Eu tremia muito. Tive ânsia de vômito. Ele me apertava forte e dizia carinhosamente:
- Calma cara, fica calmo... não olha... vamos entrar... vou dar um jeito nisso.
Ele foi até a cozinha e pegou tudo o que precisava para poder tirar aquela visão horrenda da porta da minha casa. Eu estava enojado. Corri para o banheiro e vomitei tudo que havia no meu estômago. Eu tremia e comecei a chorar. Agarrei-me no Teco e não queria soltá-lo.
- Cara, tu tem que ser forte vei... na boa... guenta firme... tipo é nojento, mas é só um bicho morto... pow... se controla...
Para Teco era só um gato. Para ele eu estava tendo um ataque de frescura. Mas, eu sabia que não era só isso. Era uma ameaça concreta. Eu estava com medo. Poucas vezes na vida eu senti medo.
- Eu não vou na aula hoje! Eu não quero sair de casa!
- Vai sim, cara! Pow, já deu né... vão parar com isso... – Teco foi se soltando de mim e me forçando a tomar uma atitude – Você tem que ir pra aula e eu tenho que ir pro trampo. Joga uma água no rosto e vão bora!
Obedeci. Não nego que a firmeza e praticidade com que Teco me tratou me deixou excitado. Tive vontade de descer as calças e pedir para ele me comer. Com certeza isso me acalmaria. Mas, ele diria que estava na minha casa, que respeitava o lar de mamãe e todo aquele blá-blá-blá chato.
Fomos para a escola ora abraçados, ora de mãos dadas. Não expúnhamos espalhafatosamente nosso afeto. Erámos contidos, não éramos tão afoitos como quando estávamos na privacidade, mas não fazíamos questão de esconder nada. Quem nos olhasse veria dois namorados. Era isso que nos erámos.
Teco me deixou no portão, me deu um beijo no rosto, esperou eu entrar e foi embora. Durante a aula me mandou uma mensagem perguntando se eu estava bem. Gostei da preocupação. Ele só foi duro para evitar que eu entregasse os pontos e não sucumbisse diante daquele ato horrendo. Na verdade, ele não foi duro, ele foi prático. Prático como os homens devem ser. Teco é o homem perfeito para mim... por que, meu Deus, eu não conseguia amá-lo com a mesma intensidade que amo aquele monstro do Luís?
Aliás, Luís ficou boa parte da aula me lançando olhares promíscuos. Era um misto de interesse e deboche. Na frente dos outros me ignorava, mas quando percebia que ninguém notava ele ia e me assediava. Com o Cláudio ele era bem diferente: tratava com tanta consideração (sem demonstrar afeto, claro), como se ele fosse um irmão caçula. Lembrei do pauzão do Luís me rasgando na beira da piscina, nos dois naquela posição incômoda (dá o cú em pé é funcional, mas não é o mais gostoso)... foi bom... fui fraco por ter cedido, mas foi bom... ah, que se foda, foi ótimo!
Aquela piranha do Cláudio ficou puxando conversa comigo o tempo todo. Está se achando um grande amigo meu. Iludido! Que nojo! Como eu fui capaz de beijar a boca suja daquele viado escroto? De ter comido ele eu já não posso dizer que não tenha gostado... foi diferente... bem diferente de tudo que já fiz em termos sexuais... minha primeira vez como ativo... Ah, eu gostei! Só preferia que tivesse perdido meu cabaço com outro bofe e não com aquele viadinho miserável!
Quando a aula acabou eu fiquei sem saber o que fazer... Com Luís no emprego novo, eu não tinha para onde ir, minhas idas para a oficina acabaram... Merda! Era tão bom levar uma paulada antes do almoçoDe tarde estava sozinho no meu quarto e ele apareceu. Sem fazer barulho, sem ser anunciado. Era normal ele agir assim. Às vezes ele aparecia do nada, feito um fantasma. Eu me assustava, mas já me acostumei com esse seu jeito soturno.
- Eu passava aqui por perto lindinho e não resisti – ele abriu um sorriso grandioso – precisava te ter.
Eu pensei em dizer que ele poderia tocar a campainha, era o que as pessoas normais faziam. Mas, não tive coragem. Ele representava tudo aquilo que eu venerava: dinheiro e poder. Não poderia magoá-lo.
- Fez bem, eu também sentia sua falta – levantei-me e o abracei.
- Nossa, lindinho você tem crescido. A cada dia que passa fica mais alto... – de, fato, eu já tinha observado isso; parece que meus hormônios do crescimento estavam se manifestando meio tardiamente – tenho pouco tempo. Temos que ser rápidos - como quase sempre eu pensei. Comecei a tirar minha blusa. – Não, não... – ele disse agitado – não precisa se despir. Mostra a bunda apenas – puxei minha bermuda para baixo, junto com a cuequinha que usava e expus meu bundão branco – Lindinho, eu fico maluco com esse teu rabo. – ele me tocou com vontade, sentia seus dedos bem próximos do meu cuzinho – Você tem que ser só meu! Só meu! – ele abriu a braguilha e colocou seu pintão para fora. Debrucei-me na minha cama e ele veio por trás. Pincelou um pouco antes de meter – Eu vou lembrar de você sempre! Nunca fudi ninguém igual você! – a cabeça entrou e o pau dele começou a entrar também. Comecei a rebolar. Ele bombava forte. Eu estava cheio de preocupações na cabeça ainda. Lembrava das flores cortadas, do gato morto, do Luís comendo o Cláudio...
- Ai, ai... ui... ai... ahhhhhh – eu estava gemendo alto. A metida dele era rítmica, cadenciada e muito forte. Ele devia estar com muita porra acumulada no saco para me comer tão freneticamente.
- Eu queria, meu lindinho, que você ficasse assim para sempre. Que nunca mudasse! Porque eu te quero desse jeito que você é! – ele começou a morder e chupar minha nuca. Sua camisa e gravata roçavam minhas costas. Eu me sentia uma coisa sendo possuído daquela maneira tão apressada e dentro da minha própria casa. Eu comecei a mexer, procurando uma posição mais cômoda. Ele fez pressão nas minhas costas e quadris, imobilizando-me. – Eu te quero sempre assim... sempre – suas palavras hoje estavam um pouco incomuns. Normalmente ele manifestava desejo e carinho, mas hoje estava divagando de modo mais destoante.
Ele deu uma profunda enterrada com o pau em meu cu, arrancando um gemido mais agudo, e depois tirou toda a sua vara. Meu cú fez um barulho semelhante a um peido. Era o som do vácuo que havia se formado.
Continuei de quatro virado para a parede. Ele começou a se punhetar. Fui virar-me para ajudá-lo. Ele me impediu e me fez permanecer como eu estava. Ele acelerou a punheta e, gemendo muito, despejou seu esperma na minha bunda e nas minhas costas, sujando minha roupa Ele continuou gemendo até sair a ultima gota de porra. Eu fiquei ali parado. E quando percebi ele já tinha ido embora. Olhei pela janela e vi seu carro sair acelerado. Pela janela eu também vi o Roberto falar ao celular e entrar em seu carro também. Senti-me sozinho. Peguei a porra que escorria do meu cu e a cheirei. Isso só aumentou minha solidão.
Tomei um banho e dormi. Não quis ir ao campinho naquele dia. Aquilo lá estava muito frustrante. Quando acordei vi que tinha várias mensagens e ligações do Cláudio. Que saco! Havia uma do Luís também: “Quer?” A mensagem era somente essa pergunta. Fiz o download da foto que veio junto. Mostrava seu pau e seu saco. Olhei para aquela foto com adoração. Era um senhora mastro. Enviei, porém, uma imagem que achei na net como resposta. Era a imagem de uma tesoura de poda.
Troquei de roupa e fui à pracinha tomar um sorvete. Encontrei a bicha do meu vizinho.
- Amigaaaaa! Por que a senhora não me atende, não me liga e me ignora desse jeito?- Continuei andando e passei direto por aquele viado. Estava sem paciência.
- Amigaaa, para! Deixa disso! Ahhh... poxa! – ele me segurou pelo braço e eu fui forçado a parar – Gata, por que me trata desse jeito? O que eu te fiz? Poxa, sempre quis ser amiga da senhora...
Se eu parasse para pensar racionalmente, realmente, não encontraria muitas razões para odiar o Cláudio. Ele existia e isso já era um bom motivo. Ele tomou posse de vários homens que eram meus e isso também era um bom motivo. Mas, o principal era o fato do Luís ficar usando ele para me fazer ciúme. Sim, porque eu tinha certeza que, no fundo, o Luís me amava e só queria me fazer ciúmes.
- Tem razão... você tá certo... tô sendo muito duro com você! – falei falsamente.
- Ahhh, ao menos reconhece... tipo, eu pensei que depois daquele dia lá em casa a gente ia ser os maiores best friend....
- Olha, eu vou tentar, ok? Mas, não me pressione...
- Amigaaaaa, se tiver alguma coisa que possa fazer por você, me falaaa gata... eu tô falando sério, eu quero sua amizade... eu... eu... sou muita sozinha... tem coisas que só outro viado entende, não é? – ele sorria agora.
Enquanto conversávamos, Roberto passou com suas habituais roupas de corrida e nos acenou de longe. Eu fiquei olhando para ele e para seu filho. Será que aqueles dois putos brincavam? Que pensamento malicioso! Dei um jeito de me livrar do Cláudio e fui tomar meu sorvete em paz.
Os pais do Luís também passaram ali bem pertinho de casa. O pai dele me lançou um olhar direto. Eu sabia o que aquele olhar dizia. A mãe dele também me olhou. O olhar dela foi mais cruel. Percebi também que ela usava os cabelos soltos e menos enfeites. Tomara que tenha vendido algumas joias! A família do Luís sempre foi perdulária. O pai ganhava bem e gastava muito. A mãe, uma ex-modelo, só gastava. Certamente as economias deles eram pequenas. Com certeza a vida deles devia estar bem difícil... Olhei para o pai do Luís e minha mente voltou no tempo...
Eu tinha 14 anos, já dava o cu direto para o Tio Jorjão, já não era mais bobinho... Um dia, andando na rua eu senti que alguém me olhava. Era um homem mais velho, porém nem de longe tão velho quanto o Tio Jorjão. Era um homem até bonito - e sóbrio, pois usava um terno elegante. Ele me encarou com lascívia. Eu, que já não era ingênuo, percebi.
As semanas se passaram e sempre que me via ele me encarava. Seu olhar era preciso e penetrante. Eu já notava que era o mesmo olhar de desejo que o Tio Jorjão me lançava quando me via peladinho em cima da cama, esperando o abate.
Um dia ele passou de carro e me convidou para um passeio. Ele tinha o olhar penetrante, mas, agora, possuía um sorriso nos lábio. Ele me olhava e seu olhar me dizia tudo que suas palavras não expressavam: ele queria me comer. E comeu. E não foi uma vez só. Ficamos metendo por alguns meses, três ou quatro eu acho. Sempre que eu conseguia fugir da vigília do Tio Jorjão e ele, o pai do Luís, arrumava tempo, rolava um sexo gostoso. Foi meu segundo homem.
Aí apareceu o Luís... eu já conhecia o Luís, é claro. Eu já achava ele bonito. Eu só não sabia que o garanhão da escola, o mais popular, o mais lindo, curtia viado. Depois que o vi comendo um garoto no banheiro, acabei me insinuando e consegui que ele me enrabasse também. E, aos poucos, fui conseguindo ser o único na vida do meu amor.
Para manter o amor do Luís eu precisava de dinheiro e, para tanto, eu me vendia para outros homens. Eu sentia prazer, não nego. Mas, o fundamento de tudo, era o Luís. Eu só me entregava para os outros para poder conservar o Luís. O pai do Luís nunca me deu dinheiro, só prazer. Mas, era impossível eu continuar dando para o pai e para o filho... tudo tem limite. Luís jamais me perdoaria se soubesse que sua mãe havia sido trocada por um viado e o que o viado era eu...
Terminei tudo com o pai do Luís. Ele nunca soube do amor que eu e o filho dele tínhamos. Nunca entendeu meu rompimento. E, pelo visto, nunca me esqueceu. Sempre que ele me via, ele me olhava do mesmo jeito. Com o mesmo olhar de desejo penetrante que ele me lançava no passado... seu olhar era igualzinho... hoje poderia até se parecer com um olhar de raiva, mas, ainda havia o brilho do desejo.
Por que a mãe dele me odiava eu não sabia... mas, mulher sempre tem um sexto sentido desenvolvido. Até eu, como viado, tenho... Um daqueles dois era bem capaz de ter acelerado o carro e tentado me atropelar... um deles também era capaz de ter sacrificado um pobre gatinho para me assustar...
Eu iria descobrir tudo! Eu não ia ser intimidado e nem assustado. Teco tinha razão eu precisava ser forte e corajoso. Mandei uma mensagem para o Teco: “Saudades demais. Hoje depois da sua aula vou no seu apê!” Enviei junto com alguns coraçõesEsparramado na cama do Teco, no meio dos seus lençóis baratos, os quais tinham o cheiro de colônia de barbear, eu olhava para o teto. Estava encostado no peito grande e forte do meu namorado, já saciado porque havíamos transado três vezes. Enquanto o chupava, num dado momento, até tentei encostar minha língua bem leve na portinha dele, ele fez uma expressão enigmática e eu parei. Tomei um decisão e falei:
- Minha mãe ficará esse fim de semana em casa e eu quero passar mais tempo com ela. Tem muito tempo que a gente não se vê...
- Pow cara, eu entendo na boa... sem problema mano....
- Eu não quero ficar longe de você também...
- Curte sua mãe cara, a gente se vê sempre, tem que aproveitar tua coroa...
- Teco, eu quero ficar com minha mãe e com você! Eu quero que você vá lá pra casa! Eu quero que vocês se conheçam! – Teco me olhou abobado. Seus olhos denotavam surpresa e ternura. Havia um pouco de gratidão também em seu olhar. Eles lacrimejaram. Uma lágrima escorreu. Ele me beijou e abraçou.
- Obrigado mano, obrigado por ser tão bom pra mim... cara, eu te amo, te amo muito leke...
Eu o beijei e fiquei calado. Já havia lhe dito outras vezes que o amava também. Não vi sentido em repetir.
Fui embora sozinho de taxi. Não quis que Teco me levasse porque ele estava cansado da aula e do trabalho e amanhã cedinho ele já iria me buscar e me acompanhar até na escola
Quando desci do táxi vi Cláudio entrando sorrateiramente no empório. Estava escuro e era de madrugada. Ramiro olhava para os lados para se certificar de que ninguém os via. Ele percebeu que eu vi, mas me ignorou e fechou a porta. ~
Instantes depois a porta se abriu de novo. Cláudio saiu, correu até onde eu estava e me chamou para ir lá para dentro também. Eu estava com sono e tinha aula amanhã cedo, mas... acabei indo.
Quando entramos, ficamos parados bem no centro da mercearia, onde de dia os clientes transitavam livremente. Ramiro nos secava com um olhar fascinado. Estava inebriado por ter dois viadinhos a sua disposição. Ele colocou o pau para fora e iniciou uma lenta bronha. Cláudio foi até ele. Puxei-o e mandei ele se ajoelhar. Desci minha bermuda e enfiei na sua boca. Ele chupou com sofreguidão. Babava bastante. Era bom. Comecei a bater com a pica na cara dele. Tirava e enfiava com força naquela boca de vadia. Agarrava a franja de seu cabelo e enterrava minha tora até o fundo da sua garganta. Era uma sensação boa. Eu estava no controle. Eu era o macho da relação. Sexualmente falando eu preferia chupar. Era bem melhor. Não que ser chupado fosse ruim, mas era diferente. Mas, estar no comando era uma sensação que eu estava gostando. E, enquanto aquele viado chinfrim me mamava, eu comecei a lembrar do Teco... e daquela bundinha linda que ele tinha. Gozei naquela boca suja e fiz o viado engolir. Ramiro esporrou na própria mão. Estava excitado e desapontado por ter desperdiçado sua gala. Subi minha bermuda e ia sair.
- A senhora anda tãooo dominadora... eu adoro isso... nunca poderia imaginar, sabe.... – Cláudio disse.
- Eu faço coisas que realmente você nunca poderia imaginar!
- Amiga, eu sou seu fã! – abri a porta e para sair. Ele veio para me dar um beijo. Desviei o rosto e dei um tapinha de leve na sua cara.
- Eu não beijo puto na boca – e ri. Ele riu também.
- Voltem aqui seus viados, não foi pra isso que chamei vocês aqui! – Ramiro estava começando a ficar bravo.
- Vai lá, “amiga” – falei com ironia – vai lá atender seu bofe – pisquei o olho e sai. Antes de chegar na rua ainda ouvi o Ramiro resmungar:
- Era só o que faltava, esse viado resolver virar homem! – resmungou Ramiro meio enfurecido enquanto fazia sua piroca mole endurecer novamente na boca do CláudioFui para a aula sonolento e mal humorado. Dormi pouco e não tive tempo de tomar meu café da manhã. Peguei uma carona com Roberto. Cláudio não reclamava mais de eu me sentar no banco da frente. Durante o caminho ele massageou meus ombros e trapézio. O pai dele nos olhava e ria. Seu terno estava meio amarfanhado por causa do cinto de segurança e sua barba um pouco crescida. Ele apertava o pau descaradamente. Cláudio percebeu que rolava uma tensão sexual entre a gente e achou graça. Baixinho no meu ouvido ele disse:
- Ia adorar ter a senhora de madrasta, minha vida ia ser um conto de fadas! – nós dois rimosas das poucas coisas boas que eu fiz na vida foi ter aproximado o Enrico e a Bruna. Os dois agora viviam se falando, lanchavam juntos, estudavam juntos... será que já estavam transando? Bruna, tinha uma cara de virgem... sei lá... Só sei que é bom fazer o bem de vez em quando.
O problema é o que o Enrico ficava sarrando a Bruna e olhando para mim... Cara, na boa, eu acho que o Enrico é viado mesmo! O cara era cabaço até pouco tempo, agora arrumou uma menina até que jeitosinha e continua me querendo... ai, ai...
Saímos para almoçar juntos depois da aula. O casalzinho ficou todo cheio de dengo e beijinhos na minha frente. Bruna estava mais feminina e segura. Eu estava orgulhoso, como a mãe dela já tinha percebido, eu transformei um monstro numa pessoa, quase numa mulher.
Pagamos a conta e fomos para o cinema. Enrico tentava me tocar no escurinho, sem ela perceber. Eu acabei dando umas patoladas na sua pica disfarçadamente. Seu pau cresceu na minha mão. Bruna pediu licença e foi ao banheiro... que providencial.
Quando pensei que Enrico ia força minha cabeça na direção da sua pistola, o gordinho me surpreendeu: veio na minha direção e me beijou. Seu beijo agora estava bem melhor... eu até gostei... Dois caras que estavam atrás da gente perceberam e começaram a nos xingar. Enrico ficou assustado, eu os ignorei. O filme acabou e o motorista da Bruna foi nos buscar – nada como ter uma amiga rica – e deixou cada um na sua casa. A cada dia eu adorava mais minha amiga!
(...)
No fim do dia eu esperei até tarde minha mãe chegar. Ela estava com uma aparência cansada e um pouco pálida. Sua saia continuava um pouco curta, mas elegante e sofisticada.
- Meu filho, boa noite! – ela beijou cada lado do meu rosto.
- Mãe, precisamos conversar! – ela me olhou séria – Amanhã, vou trazer alguém para você conhecer! Alguém especial!
- Ora essa, que boa surpresa... – vi seus olhos brilhares de alegria – quem é essa pessoa?
- Mãe, eu nunca falei claramente, mas você já deve ter percebido... – ela fez uma cara compreensiva – eu sou gay, você sabe.
Ela me puxou para um abraço, fez carinho na minha cabeça e olhando bem nos meus olhos disse:
- Eu sempre soube. E sempre compreendi. E sempre te amei. É algum menino que você mais me apresentar?
- Ahh mãe, você é tão maravilhosa, tão boa para mim! É sim! É um menino lindo! Vocês já se conhecem, na verdade... mas, agora será diferente! Vou te apresentar meu namorado! – mamãe bateu palmas emocionada – Faremos um jantar... quero dizer... eu não sei cozinhar, então...
- Deixe tudo comigo, meu querido! Irei caprichar! – Ficamos abraçados bem juntinhos e tomamos um chá antes de nos recolhermos.
Antes de dormir pensei bastante no passo que estava dando na minha vida e fiquei tentando imaginar qual seria a reação do Luís ao saber que assumimos publicamente o namoro... no fundo, isso era tudo que me importavaMamãe estava com um vestido estampado alegre, jovial e elegante. Eu estava de calça jeans, camisa e tênis; despojado e com estilo. A campainha tocou. Mamãe foi atender.
- Seja bem-vindo, meu querido! Sinta-se em casa!
Teco entrou visivelmente tímido. Segurava um grande buquê de rosas que entregou desajeitadamente para minha mãe. Mamãe cheirou as rosas, agradeceu e foi providenciar um vaso para colocá-las.
Olhei para Teco, ele estava ridículo: seu cabelo estava emplastado de gel, usava uma camisa xadrez de manga comprida enfiada toda torta dentro da calça social e botas de trilha. Seus olhos brilhavam de felicidade. Sua testa suava um pouco e suas mãos também. Ele me olhou e tudo que vi em sua expressão foi amor. Caminhou até mim e me deu um abraço e um beijo na testa. Sentamos de mãos dadas no sofá da sala. Mamãe veio até nós, ele se levantou e quando ia abrir a boca eu o interrompi.
- Não fala nada cara, já falei o que minha mãe precisava saber. Ela entende e... – ele começou a suar mais. Parei de falar.
- Eu entendo e os abençoo – ela concluiu.
- Eu amo seu filho, amo muito... eu vou cuidar bem dele – o sorriso de mamãe era radiante. O do Teco também. Eu também sorria, mas não mostrava tanto os dentes.
Tiramos muitas fotos e postei as mais bonitas nas minhas redes sociais e atualizei meu status de relacionamento em tempo real.
Teco se atrapalhou como sempre com os talheres e copos e eu ri em pensamento.
Mamãe, em determinado momento, muito sensata, pediu licença e nos deixou sozinhos.
- Cara, eu fiquei nervoso demais... pow, será que tua mãe me aprovou?
Não respondi. Não tive paciência para responder.
- Lembra o que minha mãe falou “sinta-se em casa” – empurrei ele para o sofá. Abri sua braguilha e chupei seu cassete. Ele cresceu ao toque da minha língua.
- Cara, aqui... pow, aqui é foda...
- Aqui sim Teco, agora. Essa casa é sua também agora.
- Mas, tua mãe tá lá em cima... tu tá doido...
- Cala a boca, Teco. Aproveita e relaxa – e voltei a chupar.
Teco teve dificuldades para gozar. Estava nitidamente nervoso. Carreguei-o para o meu quarto. E ali, apertados na minha cama de solteiro, eu me entreguei para ele, para o meu namorado.
Teco dormiu por ali mesmo. Eu não dormi. Faltou espaço na minha cama. Não via a hora de me levantar. Era domingo e, geralmente, eu ficaria até tarde deitado. Mas, Teco estava ali ocupando todo o espaço e eu estava desconfortável. Sai da cama e deixei-o lá cochilando. Olhei para seu corpo semi- encoberto pelos lençóis e tive desejá-lo de acordá-lo com malícia. Contive-me, porém.
Peguei meu celular e tinha varias mensagens. Ignorei praticamente todas. Li a única que me interessava. “Você vai se arrepender”. Era uma mensagem do Luís. Sorri satisfeito e voltei para cama. Acordei meu macho e exigi que ele me possuísse. Ele não se fez de rogado. De manhã ele sempre tinha um ímpeto sexual impressionante. Transamos loucamente. Reclamei que estava com fome e ele correu lá embaixo, preparou uma bandeja e me serviu na cama. Parecíamos um casal apaixonado em lua de mel... Teco era a corporificação da felicidade. Eu estava satisfeito também.
Tirei uma foto linda do Teco, sem ele perceber. Ele estava ao pé da minha cama. Sem camisa. Com o pau ainda intumescido balançado e vestindo sua calça meio atrapalhado – como sempre. Sua cara dizia tudo: tive uma noite de sexo maravilhosa! Quem sabe depois eu mandasse essa imagem sexy e expressiva para alguém... Tomei meu café tranquilamente, enquanto Teco me olhava com cara de bobo e apaixonado.