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Tirei uma foto linda do Teco, sem ele perceber. Ele estava ao pé da minha cama. Sem camisa. Com o pau ainda intumescido balançado e vestindo sua calça meio atrapalhado – como sempre. Sua cara dizia tudo: tive uma noite de sexo maravilhosa! Quem sabe depois eu mandasse essa imagem sexy e expressiva para alguém... Tomei meu café tranquilamente, enquanto Teco me olhava com cara de bobo e apaixonado.
Eu, Teco, digo meu namorado e minha mãe saímos para almoçar. Teco usou a mesma calça e calçado da noite anterior e eu lhe emprestei uma blusa que eu tinha. A blusa ficou pequena e justa nele, mas marcou seu peitão gostoso e isso me agradou. Ele foi sem cueca, porque qualquer peça íntima minha viraria uma tanguinha nele, pois minhas cuecas eram bem pequenas. Realmente ele ficou bem melhor do que com aquela blusa xadrez estranha. Parecia um modelo: forte, bonito, irreverente e descontraído. Sentia orgulho dele agora. Minha mãe o aprovou o tempo todo com seu olhar gentil. Estava encantada com seu genro e com a forma educada com que a tratava e, sobretudo, com todo carinho que demonstrava por mim. Eu estava um pouco entediado, queria voltar para o meu quarto ou ir para o apartamento dele me divertir.
Na entrada do restaurante, encontramos com a família do Luís que estava saindo. Eles estão na merda, mas não perdem a pose, pensei. Mamãe os cumprimentou educadamente. O pai e a mão do Luís me ignoraram totalmente, fingiram que eu não existia. Quando o Luís viu o Teco, saiu correndo para o carro simulando que falava ao celularA baba escorria bastante do pau dele e fazia a cabeça brilhar. Eu o apertei com vontade, bem perto da base, fazendo ele soltar um gemido rouco e lento de prazer. Comecei uma punheta rápida e, a medida que os gemidos dele se intensificavam, eu aliviava a pressão e começava a bater mais de leve. Enfiava meus dedos na minha própria boca para que minha mão deslizasse melhor. O contato do meu cuspe com a quentura do seu pau dava-lhe uma sensação gostosa e o fazia gemer mais demoradamente. Eu queria me abaixar e engolir aquele pau. Queria muito. Mas, ele não deixava. Ele olhava a cada instante para os lados para ter certeza de que ninguém nos via e de que ninguém se aproximava. O lugar era apertado, mas a tensão do momento tornava tudo muito erótico e excitante. Ele acabou cedendo. Sentia que ia gozar e não quis mais se conter. Deixou a cautela de lado. Afinal, já estávamos ali mesmo, nós dois, presos num cubículo apertado e de acesso público. Puxou minha cabeça e empurrou para baixo. Nem bem encostei aquela cabeça roxa entre os lábios e comecei a chupar, fazendo uns breves movimentos de sucção, e logo veio uma grossa golfada. Era uma porra espessa. Levantei-me e, quando ia cuspir aquela gosma no vaso, ele fechou minha boca com as mãos e me olhou firme. Olhei para ele e engoli. Ele me deu algum dinheiro e saiu do reservado. Esperei alguns minutos e sai atrás. Em poucos segundos estava novamente com minha mãe e Teco almoçandoEu bebi bastante refrigerante para ocultar o bafo de porra que eu estava. Eu nem tinha feito um gargarejo com água antes de sair do banheiro. Não queria ficar muito tempo longe e, mal terminei meu serviço, voltei para a mesa.
O cara que eu chupei, que eu já tinha chupado e dado algumas vezes antes no campinho, continuou me olhando discretamente às vezes, enquanto almoçava com sua namoradinha.
O almoço foi bem agradável, mamãe é sempre uma ótima companhia e Teco estava, além de gentil, muito espirituoso. Demos boas risadas.
Deixamos mamãe em casa e seguimos para a casa de Teco. Em breve ele iria se mudar para um lugar menos decrépito e um pouco mais espaçoso. Ele ligou a Tv e se sentou no sofá. Deitei com a cabeça em seu colo e ele começou a fazer cafuné em mim. Seu toque era bom eu acabei me aninhando em seus braços.
- Cara, brigadão por tudo véi... tu tornou minha vida, pow, especial demais... – eu via a inocência de seu olhar e me senti um pouco mal por dentro. Eu gostava do Teco, talvez até o amasse de algum modo, mas sem dúvida não era um sentimento tão profundo e intenso como aquele que eu nutria pelo Luís. Por mais que eu odiasse o Luís e quisesse acabar com ele, ele foi meu primeiro amor, talvez o único.
- Cara, tu que é especial pra mim... nossa, ninguém nunca fez por mim o que você já fez mano... nossa, tu cuida de mim e faz tudo que eu peço... nunca, ninguém fez isso pra mim – falei com sinceridade e reforçando o fato de que eu precisava do apoio dele. Teco era meu namorado e precisava continuar sendo meu aliado.
Ergui-me do seu colo e, num impulso, comecei a beijar repetidas vezes sua face – até me lembrei do Tio Jorjão . Ele abraçou-me e começou a roçar seu cassete, já duro, em minha bunda. Eu sentia a pressão do seu membro e rebolava gostoso em cima dele. Comecei a chupar seu pescoço, enquanto permanecia sendo sarrado na bunda. Teco tentou abaixar minha calça, mas eu não deixei. Continuei rebolando em sua tora, por cima da roupa. Comprimia todo o meu bundão em seu colo, fazendo pressão em seu membro teso. Ele procurou minha boca e eu me esquivei. Apenas chupava seu pescoço e, às vezes, sua orelha. Ele fungava e gemia baixinho. Em dado momento, ele segurou meu quadril com força, enterrando seus dedos calosos do trabalho pesado em minha cintura frágil, devo até ter ficado marcado, e soltou um som mais profundo e gutural. Ele havia gozado, na própria calça, com o cassete ainda dentro da cueca. A calça não era muito grossa e logo apareceu a mancha deixada pela sua porra. Ele se levantou e tirou a calça, ficou ali pelado da cintura para baixo na minha frente. Eu o olhei. Ele veio na minha direção com o pau meia-bomba e babado. Segurei seu pau com a mão e o levantei. Comecei a mordiscar seu saco. Ele respirava pesado e bagunçava meus cabelos. Eu fui conduzindo minha língua, macia, molhada, quente e insinuante pela região entre seu saco e seu rabo. Senti que ele me olhou de modo diferenciado, mas eu continuei. Minha língua era grande e começou a se aproximar da sua bunda. Sua bunda era linda: não era grande, mas era firme, redonda e com alguns pelinhos bem clarinhos, da mesma cor que seus cabelos. Uma deliciosa bunda de homem. Ele achou estranho, mas não me reprimiu. Virei-o de costas e comecei a morder e beijar as bandas da sua bunda. Ele gemia mais alto e soltava o ar em grandes sopros. Segurei sua bunda e enfie a língua lá dentro, tocando seu anel. Ele soltou um gemido profundo. Virou-se depressa e enterrou sua tora, novamente dura e apontada para cima, na minha boca. Chupei com frustração. Ele torava minha boca até o fundo. Bem no fundo mesmo. Eu engolia tudo sedento. Segurava-o pelos quadris e, discretamente, fui deixando minha mão descer pela sua cintura. Cheguei em sua bunda. Apertei. Apalpei. Ele puxou minhas mãos e as levou para o seu quadril. Forcei elas para baixo de novo e procurei seu cu. Ele as trouxe de volta mais uma vez para cima. Desisti. Voltei a mamar com força, quase com raiva. Cheguei a dar pequenas mordidas na cabeça de sua pica. Ele tirou a camisa que usava- que era minha – e começou a apertar os próprios mamilos. Eu olhava para ele com cara de puta. Ele colocou a língua para fora e começou a morder e chupar o próprio braço, enquanto apertava o mamilo e fudia minha boca. Eu chupava e apertava seu saco. Ele deu os primeiros sinais de que ia gozar. Abri mais a boca e comecei a punhetá-lo com uma mão. Quando seu pau começou a vibrar, rapidamente, introduzi um dedo em seu cuzinho lacrado e, imediatamente, ele explodiu num orgasmos imensurável.
- Tu é maluco cara... pow... que doido vei... porraa, que isso lek... – eu fiz cara de desentendido – que isso véi... pow... até prazer pelo cu tu tá me fazendo sentir... pow... doido demais isso...
- Cara, você tem que, tipo, sei lá, se abrir mais... a gente tem que inovar, saca... tipo... somos namorados... temos que variar... tá ligado.
- Pode crê, mano, mas tipo... foi bom, mas, pow, sei lá se eu curto – sua expressão era confusa. Ele sentiu prazer, mas tinha vergonha de admitir. Um passo de cada vez, eu saberia ter calma. Isso me surpreendeu um pouco, pois Teco foi o primeiro cara a me chupar, foi ele que me abriu para essas novas perspectivas de prazer e agora ficava ali se reprimindo.
- Vamos pra cama... vamos terminar... – deitei-me de bruços e esperei ele se encaixar. Ele lambeu, beijou, mordeu e massageou minhas costas. E quando ficou duro novamente entrou com facilidade em meu rabo. Eu mordi o travesseiro e contive meu ímpeto de gritar alto de prazer.
Teco parecia ter atingido profundezas jamais exploradas. Eu sentia que seu pai chegou em pontos que jamais nenhum cassete tinha conseguido chegar. Parecia que ele estava mais potente. Eu me senti preenchido. E satisfeito. E quando gritei foi de puro êxtase. E quando gozei experimentei um dos orgasmos mais plenos que já tive. Teco tirou seu pau para, logo enfiá-lo de novo, e eu pude vê-lo de relance. Seu cassete estava maior que de costume, mais grosso também. Ele devia estar com um tesão muito grande. Ele voltou a bombar e logo caiu desfalecido em cima de mim, depois de gozar. Sua língua achou minha boca e nos beijamos. E ficamos assim por um bom tempo. E eu continuei olhando para sua bunda e tendo ideias...
Tomamos algumas cervejas, vimos filme, jogamos vídeo-game, nos amamos de novo e, depois ele me levou em casa. Fez questão de desejar boa noite para minha mãe. Mamãe achou isso lindo.
Corri lá para cima e na intimidade do meu quarto fiz algo inusitado. Liguei para o Cláudio e fiquei batendo papo. Talvez a “amizade” daquela bicha fosse de alguma utilidadeNum outro dia, durante a madrugada encontrei com o Cláudio na pracinha próxima a nossas casas e fomos caminhando juntos pela escuridão. Era bem tarde e as ruas pelas quais passávamos estavam desertas.
Chegamos à porta do empório e Ramiro apareceu logo. Olhou atentamente para ambos os lados, certificando-se de que ninguém nos via, e permitiu que entrássemos.
Dessa vez ele não perdeu tempo, com receio de que eu, novamente me atracasse com Cláudio e o deixasse com mero expectador, puxou-me para o chão, botou o pau para fora e me deu para chupar.
Encarei aquela tora que tão bem conhecia e mamei guloso. Cláudio se agachou também e começou a chupar o saco do segurança. Ramiro delirou ao sentir duas bocas e duas línguas explorando suas partes íntimas com tanta habilidade. Quando percebi que ele estava prestes a gozar, livrei-me de minhas calças e cueca e, com a bunda a mostra, escorei-me no freezer, abri bem as duas bandas da minha bunda e pisquei o cuzinho convidando-o a entrar. Ele, entretanto, conseguiu se conter e, ao invés de penetrar-me imediatamente, dedicou-se a lamber, beijar e morder meu rabo, fazendo-me contorcer feito uma minhoca louca, estava bom demais... Cláudio ficava olhando para a gente e se tocando. Ramiro, não gastou muito tempo no cunete, logo que percebeu que meu rabo já estava bem lubrificado com sua saliva, meteu sua tora sem preâmbulos. Seu pau não era grande, mas sabia fazer um cu se abrir e obter prazer. Seus pentelhos tradicionalmente sempre bem aparados, agora foram raspados com maquina zero, pois podia sentir sua púbis lisinha roçando em mim a cada metida. Forcei a bunda com força para frente e para trás, rebolei, mordi o pau dele com meu cu, enfim, fiz tudo que uma bicha deve fazer para acelerar o gozo do seu predador. Ele cravou seus dentes com força em meu pescoço – miserável! -, gritei de dor, ele não se importou e continuou mordendo. A porra veio pelando. Sentia-a escorrer para fora do meu cu. Depois do gozo ele me deu um tapinha na bunda e, olhou para o Cláudio:
- Agora é com você! Faz essa casseta engrossar de novo – Cláudio caiu de boca no pau do Ramiro, que já havia se livrado da camisinha e deu sua tora babada para ele engolir. Senti um prazer nefasto ao ver aquele viado chupando um pau que já tinha me enrabado, desejei que ele sentisse o gosto do meu cu.
- Cara, eu vou no banheiro dá uma limpada no estrago que você fez – fiz uma cara fingida de dor.
Ramiro que já tinha posto o Cláudio de quatro no chão, parou de linguar o cu do viado, me olhou com satisfação – todo macho adora ouvir que esfolou sua presa – e disse simplesmente:
- Vai lá, brother, mas não faz bagunça – concordei com um gesto de cabeça e pisquei o olho para Cláudio. Tudo transcorria conforme planejei.
Peladinho como vim ao mundo, carregando minhas roupas nas mãos, fingi que ia para os fundos do empório, onde ficavam os sanitários e esgueirei-me para trás do balcão. Eu sabia que ali, além da caixa-registradora, ficava um pequeno cofre digital. Há cerca de um ano eu já tinha ido ali e sido enrabado pelo Sr. Manoel, o proprietário. Eu o vi digitando a combinação do cofre para tirar o dinheiro do meu serviço. Eu olhei enquanto ele digitava. Eu memorizei a senha. Tenho boa memória. Agora eu estava lá. Catando o dinheiro que tinha ali dentro. Eu estava indo pouco ao campinho e precisava duma grana extra. De onde estava ouvia Cláudio gemer que nem uma mulherzinha e pedir para ele socar mais fundo, mais forte e com mais força. Peguei alguns maços de notas e enfiei nos bolsos da minha calça. Os gemidos dos dois cessaram. Ramiro já devia ter gozado. Voltei correndo até eles. Cláudio estava deitado de costas no chão do empório, Ramiro já começava a se vestir (ele tinha tirado a calça, os sapatos e a cueca, tendo ficado apenas de meias e a camisa aberta).
- Se as putinhas quiserem podem fazer um showzinho agora – ele comentou de um jeito muito sacana enquanto ajeitava seu pau mole dentro da cueca boxer. Cláudio olhou para mim e eu correspondi ao olhar. Desci minha calça de novo e fui até ele. Levantei suas pernas e procurei seu cu com os dedos. Ao encontrar a localização do seu buraco, conduzi meu cassete, duro e muito teso, ate lá. Era a segunda vez que comia um cu. A sensação de poder era a mesma. Uma sensação muito boa, aliás.
Vendo nós dois engatados, Ramiro desistiu de se vestir. Acomodou-se numa cadeira, tirou a cueca de novo, começou a massagear sua pica e ficou nos olhando fascinando. Enquanto eu metia no Cláudio - e aquela puta gemia alto e insaciável - meu cu certamente deve ter ficado se abrindo e fechando devido aos movimentos pélvicos que fazia. Em pouco tempo Ramiro já havia se levantado e, enquanto eu metia na bunda arrombada do Cláudio, ele veio e me ofereceu sua casseta para mamar. Aff, agora era eu que estava chupando uma pica com o gosto de outro cu, coisa que eu odiava! Enfim, chupei por falta de opção. Levei uma esporrada na boca e despejei minha porra na bunda aberta daquele viado sujo. Quando nos preparávamos para sair Ramiro ainda disse:
- Passei tanto tempo pagando pra ter esse cu e agora tenho dois putos de graça – mal sabia ele que ele foi tolamente usado. Concordamos com risinhos bobos. – Por que as meninas não se beijam para eu ver... sempre quis ver duas meninas se pegando... – Aff, agarrei no pescoço daquele viado escroto e enfiei minha língua lá dentro. Ele correspondeu e socou sua lingona na minha boca e me puxou pelo quadril. Sentia sua ereção em minha barriga. Ramiro se aproximou e, num gesto que me trouxe surpresa, introduziu sua língua em nossas bocas. Ficamos os três nos beijando. O beijo tinha gosto de cu, porra, pentelho e pinto. Foi uma experiência nojenta.
Alguns dias depois soube que Ramiro foi demitido. Ninguém soube exatamente o motivo. Eu sabia, apenas eu. Nem Cláudio sabia. Fiz tudo sem ele saber. Ele apenas foi a distração de que eu precisava pra ter acesso sozinho ao cofre. Talvez eu sentisse falta do pau do Ramiro, ele tinha um tamanho bom (nem grande, nem pequeno) e ele era até gentil comigo... Mas, ganhar um dinheiro fácil era algo que me atraía bem mais... Eu tinha agora um boa grana, talvez o suficiente para o que eu tinha em mente. E Ramiro, ah, sejamos francos, ele nem de longe tinha uma metida tão boa a ponto de justificar minha complacênciaCláudio naquele dia não pagou o lanche do Luís. E para o Luís foi como se ele tivesse deixado de existir. O pai do Luís (desempregado!) não trabalhava mais com o pai do Cláudio. E se o viado parou de molhar a mão do Luís, é obvio que ele ia ser jogado para escanteio. Gostei. Luís foi procurar outro alvo para se aproximar, mas, com sua popularidade em declínio, devido à perda moral (decorrente da surra que levou do Teco) e financeira, não sei se iria conseguir. Em alguns jogos na aula de Educação Física ele estava até ficando no banco, pois ninguém o chamava para entrar em seus times.
Fiquei com pena e, largando Bruna e Enrico, agora meus amigos de todas as horas, sentei ao lado dele.
- Vai lá escolher cara, eu te dou um lanche hoje – falei enquanto abria a carteira. Ele me olhou com interesse e raiva.
- Véi, não sou um morto de fome não...
- Tô falando na moral, pode pegar... eu tô com pena de você – falei sincero.
- Tâ me estranhando mané – ele pulou por cima da mesa e agarrou meu pescoço – vai ter pena de você, seu otário – ele começou a apertar com força e eu fiquei sem reação – eu vou acabar contigo seu merda. Vai ter perna da puta que te pariu! – e num gesto repentino ele me empurrou para trás e eu caí em cima de algumas alunas que lanchavam que soltaram gritinhos histéricos. Luís saiu do refeitório e eu fui amparado por Enrico e Bruna que ficaram falando que eu era bobo de tentar ajudar um cara tão ridículo e violento como aquele.
Dessa vez, eu não fiquei bravo, não fiquei humilhado nem nada, tudo que senti pelo Luís foi pena mesmo. Libertando-me dos cuidados excessivos dos meus amigos fui atrás do Luís. Ele ia para uma parte mais isolada da escola, nos fundos das quadras, atrás das arquibancadas, uma área distante e encoberta, de onde se podia pular o muro e chegar num terreno baldio que fazia divisa com a escola. Era ali que o pessoal se juntava para fumar, beber, matar aula, fazer sacanagem e etc. Não pensei duas vezes e fui atrás dele.
Tinha uma loira que eu conhecia de vista, era mais velha do que a gente e repetente, estava fumando e visivelmente “viajando”. Luís, sem preâmbulo, agarrou-a pela cintura e começou a beijá-la. Era um beijo ousado e quase violento. A loira se entregou ao beijo com certa letargia, parecia ter curtido a iniciativa, mas não conseguiu acompanhar o ímpeto do Luís. Luís falou algo no ouvido dela e ela sacudiu a cabeça em negativa. Ele insistiu. E ela continuou negando. Por fim, ela levantou as mãos num gesto que o repelia e voltou a fumar. Ele ficou zanzando por ali, cumprimento os caras e tentando se aproximar, mas quem estava ali não queria fazer amizade obviamente, tinham outros motivos. Assim, sua presença foi ignorada.
Subitamente, apareceu um cara musculoso e tatuado que eu não conhecia. Não era aluno do colégio. Tinha a cabeça raspada e brilhante como uma bola de sinuca. Usava cavanhaque, tinha a cara de mal, peitoral enorme, com mamilos salientes marcando a malha da blusa, calça jeans suja, tênis, braços monstruosos de tão grandes. Cochichou algo na orelha do Luís. Ele esbugalhou os olhos quando ouviu. Negou com veemência o que quer que tenha sido dito, gesticulou muito e saiu dali apressado. O cara o segurou. Luís puxou o braço e tentou sair, mas o cara voltou a falar e ia se aproximando bem lentamente da orelha do meu amor. Luís, com relutância ficou ali escutando. O cara segurou Luís pelos ombros e continuou falando sem parar. Luís foi melhorando seu semblante e falou algo. O cara respondeu. Luís disse qualquer coisa. O cara abriu sua carteira e deu algum dinheiro para ele, que guardou a grana apressado e, após olhar para os lados para ter certeza que ninguém os via – eu estava escondido atrás de um monte de escombros velhos – foi mais para os fundos do terreno junto com ele. Meu coração se acelerou. Segui-os com discrição e cautela. Eu tinha até medo do que iria ver. Será que o Luís iria comer aquele valentão ? Jamais iria imaginar que um cara tão forte, tatuado e viril gostasse de sentir um pau no cu... jamais... Estava enciumado também. Não queria o pau do Luís entrando no cu de outro macho. Ele era meu. Só meu.
Esperei um pouco e fui até lá e o que presenciei me fez levar as mãos a boca e conter um gritinho. Eu nunca, na minha vida inteira, pensei em ver aquilo. Era abominável, inconcebível, ultrajante. Era asqueroso, vergonhoso e nojento também. Eu não queria acreditar. Eu não queria ver. Eu não podia, porém, fingir que não via.
Luís estava ajoelhado no chão de terra, chupando desajeitadamente e com visível asco o pau pentelhudo, grosso e muito grande daquele homem musculoso e tatuado. Eu não tinha e não tenho palavras para descrever aquela cena. Eu tive nojo, raiva, repulsa e ciúme.
O homem segurava a cabeça do Luís com as duas mãos e enterrava sua pica até lá no fundo. Luís se engasgava e babava muito. Tentava se esquivar, mas ele não deixava. O homem o fudia como se fosse uma metralhadora. Luís engasgava, respirava com dificuldade e chupava do jeito atrapalhado que podia. Seus olhos lacrimejavam e seu nariz começou a escorrer. Os mamilos do homem pareciam mais duros e proeminentes ainda. Ele deu uma enterrada mais profunda na boca do meu amor e logo começou a esporrar. As golfadas fizeram Luís engasgar, sem ar e com nojo. O homem bateu com o pau sujo de porra na cara dele, guardou a pica dentro da calça, subiu o zíper e saiu andando com naturalidade. Luís ficou ali agachado, humilhado, com um olhar triste. Levantou-se com letargia, limpou os joelhos, cuspiu muito e ia sair... foi quando ele me viu.
- Luís... – eu falei.
- Seu viado, filho duma puta, o que você tá fazendo aqui ?
- Cara, eu tô aqui pra te ajudar... deixa eu te ajudar...
- Sai daqui, sai daqui... – ele começou a gritar- Eu não preciso de você! Eu te odeio! Te odeio! TE ODEIO!
Eu me aproximei e toquei em seu braço. Sua reação foi tão rápida quem nem percebi. Só senti minha visão escurecer e um grande manto escuro cobrir a claridade. Senti uma dor aguda. Seu murro foi certeiro e violento. Eu cai no chão assustado e com dor. Ele se jogou em cima de mim e me acertou outro soco. E depois outro. E mais outro. Eu já não o enxergava. Só via vultos. Tudo foi ficando escuro. Ele agora me chutava. Minhas costelas doíam. Minha barriga também. Era uma dor tão forte que eu perdi o controle de minhas funções fisiológicas. Urinei e defequei na roupa. Luís continuou avançando em mim. Rasgou minha blusa, pegou minha carteira, bateu mais na minha cara. Ele salivava, chorava e xingava feito um bicho. Parecia um demônio. Era próprio capeta. Eu estava ali sem reagir. Só sentia dor. Muita dor. O sangue que escorria de meus ferimentos era rubro e quente. Mas, eu não enxergava. Consegui ver o rosto do Luís me encarando, mas não visualizava suas expressões.
- Cara, porra, olha o que tu me fez fazer... porra, to fudido. – ele saiu correndo depois de guardar o dinheiro que pegou de mim. Senti uma comichão no braço e vi que uma família de formigas começava a passear nele. Depois não vi mais nadaAbri os olhos e estava num hospital. O quarto era branco, muito branco. Havia tubos e aparelhos. Olhei para o lado e vi minha mãe. Olhei para o outro lado e vi o Teco. Ambos tinham cara de choro.
- Filho, meu filho, me fala, quem fez isso com você ?
- Eu não sei, não lembro... não sei... não conhecia...
- Como que a pessoa era ? – interveio Teco – Você consegue falar ?
Fechei os olhos e respirei profundamente. Meu peito doía a cada inspiração. Minha costela doía. Minha alma doía.
- Era um cara careca, cheio de tatuagens – parei de falar por causa da dor – ele era muito forte. E malvado. Ele era malvado. Ele me atacou...
- Por que ele fez isso, meu filho?
Olhei para minha mãe com uma cara muito triste. Sussurrando falei:
- Porque eu sou gay, mãe... só porque eu sou gay.
Teco chorou. Minha mãe chorou. Eu só pensava que precisava proteger o Luís, se Teco soubesse da verdade com certeza o mataria...
Fiquei três dias internados. Bruna, Enrico e Cláudio foram me visitar sempre. Teco ficava a noite inteira ali comigo. Cuidava de mim com amor, afinco e ternura. Mamãe também passou boa parte do tempo ali... Eu tive sonhos confusos durante todo esse período. Sonhos horríveis, sonhos bons... sonhos com o Luís e com o Teco...
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Meus leitores que eu amo, começou a contagem regressiva... daqui a cinco capítulos o conto acaba. Amo vocês