O caminho das borboletas. 64

Um conto erótico de MMah
Categoria: Homossexual
Contém 1663 palavras
Data: 09/12/2014 02:20:47

No dia seguinte nós acordamos cedinho. Ci havia marcado um churrasco e havia chamado a tia - mãe do Felipe -, o esposo, o filho mais velho dela também foi com a namorada, e o resto eram todos de casa. Ainda no início da manhã preparamos as carnes, e ela fez questão que eu voltasse a fazer o Escondidinho de Charque. Lá fui eu! Ci tomou algumas cervejas, fizemos caipirinhas pra quem quis e o dia passou assim, sossegado. No fim da tarde, eles se despediram e ficamos de passar lá antes de viajar. Durante o almoço, a tia comentou conosco que o Maicon, primo da Ci - eu relatei uns contos atrás fazendo comparação dele com a música I will survive - estava passando por uns problemas de identidade sexual. Meu gaydar não falha! Então assim que todos se foram, tomamos banho e fomos em direção à casa dele, e Ci iria aproveitar pra visitar o tio, pai dele. Chegamos lá e o tio estava no banho. A esposa dele ficou conversando conosco e o Maicon nos olhava com os olhinhos brilhando. O tio saiu do banho e ficamos conversando um pouco. Antes de irmos embora, fiz sinal para Ci chamar o Maicon para nos acompanhar de volta. E assim foi. Descemos a rua e eu tive uma ideia de levar ele pra comer uma pizza, assim ele ficaria mais relaxado. No caminho encontramos um o tio avô da Ci e ela acabou falando que estávamos indo a pizzaria, ou seja, ele quis nos acompanhar. Babou a conversa, pensei. Chegamos a pizzaria e Ci perguntou se eu me incomodava de ficar só com o tio pra ver se ela falava com o Maicon. Disse que não, e eles se afastaram um pouco. Ela voltou a mesa depois de uns 5min e disse: Ele quer falar com você. Levantei e fui.

Eu: E ai, cara. O que houve?

Ele: Mah, eu acho que sou gay.

Eu: Rs... acha ou tem certeza?

Ele: Estou confuso.

Eu: É normal. Fica calmo. E seus pais?

Ele: Eu contei. Meu pai quer me matar. Uma noite dessas acordei com ele apertando meu pescoço e dizendo que eu tomasse cuidado enquanto dormia, pois ele poderia me matar a qualquer hora.

Fiquei de boca aberta.

Eu: Olha, é complicado. Deixa eu te dizer uma coisa... termina seus estudos, arruma um emprego e sai de casa. Quando vc pagar suas contas, ninguém vai poder interferir na sua vida. É isso que faço! Quando falei para minha mãe que havia me envolvido com uma mulher - contei pra minha mãe apenas da D... - foi um choque. Do nada vi toda minha liberdade se perder. Mas uma coisa ela disse, e eu nunca esqueci: "Filha, vc nunca vai deixar de ser minha filha, mas vc conhece seu pai. Então estude, arrume um emprego e faça o que bem entender". E é isso que tenho feito. Contar agora sobre Ci seria viver a prisão de novo. Então quero ter os pés no chão quando for pra contar. Aconteça o que acontecer, já não vai mais importar, porque já ditarei as regras da minha vida.

Ele: Vc tem razão. É isso que vou fazer mesmo.

Eu: Agora vem que nossa pizza chegou. Mas antes, me dá um abraço aqui.

Ele me abraçou e eu disse: Conte conosco para o que vc precisar.

Ele sorriu e agradeceu.

A pizza chegou e começamos a comer, até que o pai dele aparece na pizzaria com cara de poucos amigos. Fez um sinal e chamou o moleque fora. Ele levantou assustado e foi. Ci e eu vimos ele colocar a mão no bolso e gelamos.

Eu: Amor, corre lá.

Ela levantou às pressas e foi até eles. Depois os vi sorrirem e relaxei. Voltaram para a mesa.

Eu: O que houve?

Ci: O tio lembrou que o Maicon saiu de casa sem dinheiro, mas eu disse que foi convite nosso.

Comemos entre conversas e brincadeiras. Voltamos por lá e o deixamos em casa. Ele estava visivelmente mais leve. Seguimos nosso percurso e chegamos na casa da minha sogra, finalmente. Tomamos banho e fomos deitar e não demorou muito para adormecermos.

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Bônus

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Nos levantamos e tomamos nossos café da manhã. Tomei um banho demorado e vesti uma bermuda jeans escura, e uma blusinha preta. Ci usava uma blusa listrada azul, azul bebê e azul claro, e uma legging preta. Nos despedimos da minha sogra e seguimos para a parada de ônibus. Entramos no ônibus e em mais ou menos 30min chegamos no Hospital em que o meu cunhado está internado. Chegando lá fomos falar com o médico, mas ele não havia chegado ainda. A enfermeira pediu para esperarmos na recepção e assim foi. Ci deixou comida para o irmão e seguimos pra lá.

Eu: Amor, tô com sede. Desce pra comprar água, por favor? - Estávamos no 1° andar

Ela pegou a carteira e foi. Trouxe empada e suco, além da água.

Eu: Vc não trouxe para o Lucas?

Ela: Putz. Nem lembrei amor. Vou voltar lá.

Ela voltou e trouxe uma coxinha extra. Mas eu não tinha mais fome. Levou para ele e voltamos a esperar o médico. Me bateu um sono master e ficamos ainda até quase 12h e nada do médico.

Ci: Hey, vamos embora? Ele não vem.

Eu: Vamos.

Ela: Liga pra Lucas e avisa.

Eu: Amor, estou ficando sem crédito. Vai lá e diz a ele.

Ela emburrou logo.

Viu passar umas enfermeiras e foi atrás delas, voltando com raiva.

Ela: Vamos.

Eu: Vamos.

Levantei e ela havia deixado a coxinha lá.

Eu: Hey... esqueceu sua coxinha.

Ela: Pega.

Eu: Eu não. Pega aqui.

Ela voltou furiosa, pegoh a coxinha e jogou no lixo. E isso é algo que eu simplesmente abomino, pois tenho consciência do tanto de gente que vive passando fome por aí.

Eu: É isso que vc faz?

Ela: Tô pouco me lixando. Vamos!

Eu sentei emburrada: Pode ir, se quiser.

Ela zangou: Tem certeza?

Eu: Sim, vc sabe que abomino comida jogada fora.

Ela virou as costas, apertou o botão do elevador e desceu.

Fiquei super zangada, mas lembrei que a carteira dela estava na minha bolsa e ela não teria como voltar pra casa. Desci atrás e ela seguiu rápido até a parada do Parque 13 de Maio. Eu fiz o trajeto devagar, como quem num tá nem aí com o tempo. Cheguei no Parque e pensei seriamente em descer para o Centro Histórico, mas tive dó de deixá-la sem a carteira. Então segui em direção a ela, mas para entrar no parque. Passei na frente dela andando rápido, mas foi o tempo suficiente para ela dizer: Me dá minha carteira. Ignorei geral e continuei a andar. Entrei no parque, sentei num banco e ela chegou logo em seguida. Sabia que iria funcionar.

Ela: Vamos embora.

Eu continuei em silêncio.

Ela: Estou falando com vc.

Eu: Pode ir, se quiser.

Ela: Hoje vc fez algo que eu detesto. Me fez depender de vc, prendendo minha carteira.

Eu: Ham? Acha mesmo que tenho interesse na sua carteira? Toma aqui. Agora pode ir embora.

Ela ficou em silêncio.

Ci: Não irei sem você.

Eu: Engraçado, ainda a pouco vc me deixou sozinha naquele hospital. Eu poderia ter ido para outro lugar, sabia? Não que eu fosse me perder, mas pensei em não vir atrás de vc.

Ela: E pra onde vc iria?

Eu: Seria uma questão minha.

Ela: Vc nem sabe andar aqui.

Eu: Engano seu.

Ficamos em silêncio.

Ela: Meu... vc é surreal. Já deve estar pensando em terminar comigo outra vez.

Eu fiquei em silêncio. Na verdade o que queria era dizer pra ela para não brigarmos mais. Mas ele tirava suas próprias conclusões.

Ela: É isso não é? Me olha e diz.

Eu continuei em silêncio, olhando pro nada. Ela ficou furiosa.

Ci: Meu... tô falando contigo. Me olha!

Virei pra ela

Eu: Fale.

Ela: Vc é muito teimosa.

Eu: Sou.

Ela: Putz, custava ligar pra ele?

Eu: Lhe disse que estava ficando sem crédito. Custava me ouvir?

Ela: Desculpas.

Ficamos em silêncio.

Ela: Ontem voltei aqui com a tia e o Felipinho. Ela queria demorar, mas eu insisti em voltar logo, pois detesto ficar longe de vc. Não quero estragar tudo. Me desculpa.

Eu: Tudo bem. Mas não me deixa mais.

Ela: Não deixarei. Agora vem. Quer ir ao Horto? - zoológico.

Eu: Não. Sem clima. Vamos pra casa.

Ela: Tá bom. Vem.

Levantamos e voltamos pra parada.

Eu: Mudei de ideia. Vamos ao Horto?

Ela: Vamos, então. Tô desculpa?

Eu: Mais ou menos. Vou contar tudo pra sua mãe, claro.

Ela: kkkkkkkk ela vai me matar.

Eu: Essa é a intenção, rs... Te amo!

Ela: Tbm te amoooo.

Nos abraçamos e ficamos esperando o ônibus virSizinha: Tem ainda uma outra coisa que acontece conosco, ligado a esse filme. Mais pra frente vc vai saber. Bjooo e obrigada por continuar acompanhando.

- Lois: Feliz por ter ganhando uma leitora nova. Comente mais vezes. Tbm tô lendo a sua história. Beijos

- LiahBook: Bem-vinda tbm, viu? Obrigada e beijos.

- Lola: Obrigada por ler nossa história e se sentir a vontade de contar a sua. Não pare de escrever. Beijos.

- Nanda13: Adoro os parques de Recife. E fico feliz que agora vc lembre de nós ao passar por eles. Beijos.

- Jak7: Obrigada por estar sempre por aqui. Beijos pra ti.

- Anacris2915: Minha leitora fiel, que está sempre comentando. Obrigada, viu? De verdade. E pode deixar que vou criar juízo, rs... Beijos.

- Jaiy, sentindo falta de vc por aqui, comentando e escrevendo seus contos tbm.

- Lara e Júlia: Obrigada por estarem sempre por aqui tbm. Beijos.

- Porra_daniz: Deveria voltar a escrever, viu? Adoro seus textos e lhe conhecendo pessoalmente agora, curto mais ainda. Beijos

- Driinow: Comente mais vezes, viu? Adoro os comentários e a relação que estabemos com as pessoas que lêem. Beijos.

- Blacklotus: Cadê vc, sumida? Beijos

- Laila e Carol: Obrigada pela torcida pelo meu cunhado. Ele tá se recuperando. Beijos

Pra todos: Beijos e queijos ^^

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Comentários

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Gente amo muito o jeito da mah resolver as neuras da ci não parem de escrever bjs

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Não tenho comentado tanto nas suas histórias, mas continuo lendo aqui firme e forte. Já estou viciada rs. Amo demais esse conto e espero que você continue relatando sempre aqui. Posso não comentar tanto, mas saiba que você uma leitora assídua aqui :D continue sempre

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Oi Mah, tudo bem? Bom, meu nome é Carol, sou aqui da Bahia. E a procura de um conto encontrei o seu. De início nao Tava curtindo e te peço mil desculpas por isso. Acabei me identificando muito na sua história. Tenho uma namorada que mora longe, mas sempre damos um jeitinho pra se ver. Minha mãe super apoia mas minha sogra não pode nem sonhar que eu ainda estou com a filha dela rs. Enfim, nunca fiz isso mas gostaria de conversa mais com vc se for possível. Então deixarei meu número aqui e me chama no whats por favor? (074) 9128-5738. Super beijo pra vc. Pra sua namorada, vc são lindas e se merecer. Parabéns.

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Desperdiçar comida me revolta também, podia ter levado e comido depois. Coisa feia dona CI vai ficar de castigo, nada de pegar na "coxinha" da mah kkkk. E esse Maicon não nega rsrs. To de O.O na história. Eu só sofri com namoro virtual, legal ler um que está dando certo.

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Mmah, super me identifico com sua história. Venho acompanhando desde o primeiro dia em que você publicou mas, só agora estou tendo tempo para te parabenizar. Estou em um relacionamento à quase 2 anos e sei bem o que é sofrer por conta da distância. Meu amor, minha "galeguinha" lá no Colorado (EUA) e eu aqui em Recife. Tem dias que dói muito, mas quando nos falamos e fazemos os nossos planos para as próximas férias dela, tudo passa. Estou torcendo por vocês e quando estiver em Recife eu estou convidando vocês para tomar umas cervejas lá na Rua da Moeda.Beijos

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Ahhh Mah isso nao se faz vc vai me deixar curiosa msm bom mas adoro sua isso ta melhor a cada dia bjosss

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Estou aqui..kkkk.. Problemas com a minha guria esses dias :[.. Mas adoro sua historia,vou ler sempre >< bjs bjs..amo vcs..kkkkk..

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