A primeira vista – Capítulo 12
Poucas pessoas sabem mas umas das minhas personagens históricas que mais gosto é a rainha Maria Antonieta. Ela foi rainha da França e foi julgada e condenada à morte, vulgo guilhotina, em praça pública por supostamente aliciar o rei a fazer o que ela queria e desviar dinheiro que segundo os mais pobres era gasto com suas futilidades e roupas extravagantes. Além disso as pessoas a julgavam por ser casada há tanto tempo e não engravidar do rei.
Maria Antonieta rebateu todas as críticas. As roupas caras eram exatamente como ela gostava, compradas com o dinheiro de sua família que nunca foi pobre mesmo antes do reinado. Disse que jamais desviou dinheiro público e que o marido passava horas – por vezes dias - com outros homens de negócios discutindo sobre os impostos. Ela, por ser mulher, não podia tratar de economia com os homens. Quanto a não ter filhos... Bom, eu acho que o rei era gay, se encontrava com outros homens e o casamento era apenas uma fachada. Mas ela teve filhos com ele, um deles até deficiente. Pela pressão talvez...
Ela foi submetida a vários confessionários. Todos em vão. Nunca admitiu nada e ainda criticava ferrenhamente o governo. O júri – que ironicamente tanto a julgava como também a acusava –condenou Maria Antonieta por “quebrar” com as finanças do estado. E o marido dela? Continuou lá, como rei intocável. Horas antes da guilhotina seu cabelo longo foi cortado para humilhá-la em público e ela escreveu uma carta a sua irmã pedindo que cuidasse de seus filhos. E é aí que eu vejo o melhor exemplo de coragem.
Maria Antonieta poderia ter confessado e continuado viva, afinal seu “crime” não era ter matado alguém pra ser tão grave. Negou tudo até a morte e mesmo com a cabeça na guilhotina disse que toda a Paris iria se arrepender um dia. Dito e feito. O júri forjado foi descoberto, o esquema do rei desmontado e hoje temos uma capela em sua homenagem em Paris e alguns revoltados que ainda picham a cidade com frases “Paris matou a rainha!”. Ela foi forte e verdadeira. Resistiu bravamente e morreu consciente da verdade. Apenas vítima de preconceito.
Eu queria mais que tudo ser forte naquele instante. Não queria ser mais um vítima do preconceito. Queria dar a cara a tapa e mostrar a que tinha vindo. Eu ia, pela primeira vez na vida, ser apresentado como namorado de alguém. A situação já é complicada para um casal hétero. Quanto mais pra um gay. Eu não queria ser guilhotinado. Queria ser firme e assumir minha posição ao lado do Kaio. Não podia transformar aquilo num drama de novela das 9, onde os pais de uma das partes a proíbe de namorar com a outra. Bem... Vamos lá.
Uma mulher ruiva estava ao lado portão. Usava roupas bem folgadas e sujas de terra, estava com uma tesoura de jardineiro na mão e segurada algumas folhas na outra. Devia estar podando o jardim. Lembro que Kaio me disse de todo o cuidado dela com as flores. Ela ajeitou os óculos grandes e após organizar os instrumentos retirou as luvas. Veio calada até nós. Eu engoli um seco. Quando já ia chegando bem perto ela finalmente sorriu.
- Finalmente o grande Igor! – disse sorrindo gostoso. – Esse menino não fala em outra pessoa! Vem cá! – abriu os braços pra mim. Eu a abracei. Tenho que admitir que o cheiro dela não era dos melhores. Mas deveras, ela estava de joelhos no jardim!
- É um prazer dona Márcia.
- Vamos entrar meu bem, eu quero saber tudo de você.
Me acompanhou até uma parte da entrada onde haviam cadeiras embaixo de umas árvores. Era um bom terreno com sombra. Ela foi me encaminhando até o local e Kaio vinha logo atrás de nós dois. Assim que sentamos ela já se adiantou em perguntar:
- Então Igor, você parece que fisgou esse peixe, não é? – Olhou pro Kaio e piscou o olho. Ele ficou vermelho.
- Mamãe!
Eu não sabia o que dizer.
- Não seja bobo! Eu sei como vocês estão e pro Kaio querer te dar um dos meus raríssimos Carpe Diens com certeza você é um garoto especial. – ela se inclinou pra minha cadeira e falou baixinho como se o Kaio não pudesse escutar – É que saíram de linha sabe... – eu continuei sem saber o que dizer. Kaio prendeu o sorriso.
- É sim... É um ótimo perfume. – ela acenava com um sorriso esperando que eu falasse mais - Eu costumava usar com frequência.
- Mas enfim... Me conte como se conheceram!
Fui contar tudo, desde o vestibular até aquele dia. Ela começou a perguntar do curso de Direito, como era, o que estudávamos e quais eram minhas perspectivas de futuro com o curso. Falava de parentes advogados, todos bem sucedidos, que a família tinha. Falava das carreiras deles. Tentava me fazer falar o que eu planejava para o futuro. Kaio apenas observava.
- Sim, eu penso em advogar por um tempo e depois prestar concurso público. No momento eu pretendo procurar um estágio. Eu já fiz um há um tempo atrás e me rendeu um bom conhecimento da área, mas agora eu pretendo encontrar um escritório de algum advogado mesmo, uma pequena remuneração ou mesmo um órgão público que pague algum valor. Eu passei um bom tempo em um voluntário. Não dá mais pra mim.
- Eu entendo. Realmente você parece um moço esforçado. Sempre achei lindo homens advogados. Meu marido não é um, mas – de novo ela se inclinou pra minha cadeira me intimidando e falando como se o Kaio não estivesse alí - com um desses aqui, hein? – olhou pro Kaio – Quem vai reclamar? – E piscou o olho com um sorriso safado. Ela conseguia me deixar vermelho em todo comentário. – Sabe Igor, eu fico feliz de Kaio ter encontrado um rapaz que aparenta ser tão gente boa assim. Ainda por cima um futuro advogado. E bonito! – ela falou com as mãos pro ar.
Ela perguntou da minha família, minha relação com pais e irmão, se eu costumava ir vê-los com frequência. Porque eu morava sozinho, se não pensava em morar de novo com meus pais. Eu não sei o que as pessoas pensam quando digo que moro sozinho. Pra mim é tão comum. Mas de alguma forma todos que conheço estranham quando digo que moro só. Alguém pode me explicar isso nos comentários desse conto?
Com o tempo de conversa um senhor grisalho mas inteirão, cara séria, pouca barba saiu de casa. Trajava uma bermuda, chinelos de couro e uma camisa quadriculada. Parecia ter acabado de sair do banho já que os cabelos estavam molhados.
- Antônio, venha conhecer o Igor.
Ele veio em nossa direção e me cumprimentou sério.
- Olá rapaz.
- Olá senhor Antônio. – apertando a mão dele.
Ele puxou uma cadeira e sentou ao lado da mulher.
- Então, Igor? É um prazer finalmente conhecer você.
- É um prazer também. Kaio me falou bastante do senhor.
- Kaio querido, venha cá. Me ajude aqui numa coisa... – chamou dona Márcia. Kaio me olhou rápido e saiu com a mãe.
Ficamos a sós. Eu queria sair correndo dalí.
Essa era a hora que ele me ameaça ou me suborna pra largar o filho dele?
Antônio começou a perguntar algumas coisas que a dona Márcia já havia perguntado. Falou da época que Kaio trabalhou na empresa. Sem ser arrogante, mas sério. Não me parecia o tipo de conversa que eu esperava ter. Estávamos falando de... negócios?
Ele falava da empresa, de faturamento, vendedores, fornecedores e tudo mais. Eu estava prestando muita atenção, porque vai que aquilo era uma pegadinha? Eu tentava responde-lo de alguma forma.
- Igor, não me leve a mal, você é o primeiro que o Kaio namora. Digo, o primeiro... homem. Eu sou um homem ocupado, tenho muitos negócios a cuidar, Kaio deve ter lhe falado da correria da empresa. Ele me ajuda muito, viajamos com frequência.
- Falou sim.
- Eu não sou exatamente o pai mais presente do mundo, Márcia sim é que cuida dele e do Marcos quando ele está aqui, mas eu queria saber como vai a relação de vocês. – ele cruzou as mãos e me observou.
- Desculpe?
- Como vocês estão. No que vocês acham que isso vai dar. Quero saber como você encara isso. Não quero o meu filho num relacionamento sem futuro. Há muitas consequências de se ter um relacionamento gay. Meu filho vai sofrer todas elas. Espero que seja ao lado de alguém que também esteja disposto.
- Eu quero estar com ele, ele me faz bem, nós podemos ter de fato um futuro juntos. Kaio pretende seguir carreira jurídica e eu também. Modéstia à parte a média salarial pra nossa formação é muito boa, o país precisa cada vez mais de profissionais bem qualificados e o mercado é acirrado no Direito. Eu sei que tenho potencial pra ser um dos melhores e Kaio não fica atrás.
- Como assim ser um dos melhores?
- Trabalhando. Uma formação de qualidade e esforço são mais que suficientes pra se construir um ótimo e estável futuro em todas as áreas.
- Você fala como um advogado... – isso foi um deboche? - Você já domina que áreas do Direito, Igor?
- Eu tenho muita afinidade com Penal, Trabalho e Empresarial. Acho que possivelmente tanto o meu trabalho de conclusão do curso como minha OAB serão nessas áreas. Entendo bastante de Civil mas por ser uma área muito comum, não desvalorizando, não penso muito em seguir carreira. Como disse quero advogar o tempo necessário apenas para prestar concurso. Quero a estabilidade de um funcionário público bem remunerado. – ele observava tudo muito atentamente.
- Não me leve a mal mas você parece ser muito seguro de si, Igor. – Se o senhor soubesse o quanto sofri em argumentação jurídica no segundo bloco...
Ele começou a falar de casos trabalhistas que a empresa tinha. Alguns problemas com compradores internacionais e leis e tudo mais. Eu sempre o respondendo na medida do possível. Afinal eu estava no fim do quarto bloco não tinha como dominar tudo! Tinha horas que eu não fazia ideia do que ele tava falando.
Eu percebi que a intenção dele era de saber o meu porte, se eu realmente não era um zé ninguém. Eu tinha que responder a altura. Só que aquela situação já estava se perdurando por demais. Cadê o Kaio e a mãe dele?
Dona Márcia voltou com Kaio trazendo uma bandeja com café. Ficamos tomando café e conversando. Seu Antônio sempre me observando e Kaio sempre do meu lado rindo e bobo sem ter a mínima noção do bombardeio que eu tinha acabado de sobreviver. Se soubesse metade do nervosismo que eu estava...
Logo nos despedimos e Kaio me levou pra casa.
- Igor, volte sempre que quiser. Foi um prazer lhe conhecer, pode deixar que eu vou puxar a orelha desse grandão por você. – Ela disse puxando a orelha do Kaio. Eu ri.
- Ah, eu vou querer sim.
- Igor, se cuide. – Seu Antônio apertou minha mão.
- Até mais. – eu retribuí aquele aperto que quase quebra minha mão.
Fomos pro carro. Kaio me deixou em casa e foi embora. Sentei na cama analisando tudo o que tinha ocorrido naquela tarde... Que loucura!
Klaus me ligou. Klaus?
- Alô?
- Igoooor! – ele riu de forma irritante - O mês está passando e estamos cada vez mais próximos do casamento. Estou ligando pra marcar de você ir na loja na segunda, 24, pra vermos o seu terno. Aqui na lista diz que você é padrinho, certo?
- Eu mesmo vou comprar meu terno.
- Na-na-ni-na-não. Todos os padrinhos devem estar exatamente com o mesmo smoking na cerimônia.
Eu suspirei.
- Quando então?
- Dia 24. Às 10h.
- Ok.
- Vou ficar te esperando hein? – rindo. – Até.
Como eu ia me livrar desse cara? Kaio ia me matar...
Antes de dormir, como sempre, eu entro no Facebook apenas pra checar minhas mensagens e notícias de páginas que sigo. Um convite de adição do Klaus estava lá. Nem neguei nem aceitei, deixei pra lá. Fui estudar porque estava se aproximando de um concurso de estagiários do Ministério Público aqui do Piauí.
Nos dias seguintes Kaio viajou com o pai pra organizar a fazenda pra uma festa pra receber o Marcos na sexta, dia 20 de Dezembro.
Foi bem legal. Marcos chegou, fomos pra fazenda na sexta pela manhã e almoçamos lá. Marcos era lindo e muito querido por todos. Me abraçou muito forte quando fui recebe-lo.
- Agora é oficialmente meu cunhado. – ele disse no meu ouvido enquanto me abraçava.
Sinal que o Kaio contava tudo mesmo porque nos dias seguintes ao que eu conheci os pais dele, ele nunca mencionou que havia contado pro Marcos sobre aquela tarde.
Era sexta já no fim da tarde quando o Kaio me chamou com aquela cara cansada e disse:
- Amor, eu te mostro a fazenda toda direitinho na próxima vez que a gente vir. Eu já tô dormindo aqui há dias com meu pai. Quero ir pra cidade. Fica pra próxima, tá?
- Tudo bem.
Mesmo sendo rápido, eu pude perceber que a propriedade era muito grande.
No sábado o Kaio apenas dormiu o dia todo! Eu resolvi ir na casa dele pra conferir se ele não estava morto na cama.
- Igor, entre! – Dona Márcia.
- Boa noite, os meninos estão em casa?
- Marcos está na casa da Milena. O Kaio está no quarto. Acorde lá.
Eu subi e bate na porta do quarto.
- Kaio? Amor, eu preciso falar contigo rapidinho. Como você tá?
- Amor? Eu tô cansadão da fazenda. Desculpa... Meu celular tá até desligado... – se espreguiçando na cama, só de cueca. Coisa mais linda.
- Tudo bem. – eu dei um beijo nele e me sentei ao seu lado. Ele passou o braço atrás do meu pescoço e me puxou pro seu peito.
- Diz.
Expliquei que Klaus havia me ligado, sobre a condição do terno dos padrinhos e tudo mais. Ele escutou tudo calado do meu lado.
- Tô avisando porque sei que você não gosta dele então eu espero que não tenha problema pra você de eu ir lá... O que você acha?
- Eu acho que vou falar com a Milena! Isso já chega! – me soltando e passando as mãos no rosto.
- Kaio é só um terno.
- Mas você me disse que ia comprar um novo. Precisa ser justamente da loja daquele lá?
- É exigência do evento, meu amor...
- Exigência porra nenhuma Igor! – ele saiu da cama e foi procurar uma bermuda – Isso é desculpa do Klaus! Eu vou falar com a Milena. Você tá fora desse casamento desde já. Você nem deveria ter se metido com isso. Pra mim já deu! – pegando o celular.
- Ei, calma!
- Igor... Você-não-vai. Entendeu? Você vai usar um terno tão preto quanto os das outras pessoas e pronto. Eu compro um novo em Paris se for preciso! Na loja do Klaus com ele você não pisa. Tá me ouvindo?
Aquilo não era normal. Kaio tinha sim um lance com o Klaus.
- Quando você se acalmar e quiser conversar civilizadamente me procure.
Saí puto! Desci as escadas.
- Igor, eu já ia fazer um lanchinho. – dona Márcia disse.
- Não precisa... eu tenho que ir. Já está ficando tarde. Boa noite.
Seu Antônio acenou do sofá.
Liguei pra Milena e estava dando ocupado. Esperei uns 5 minutos e liguei de novo. Ela atendeu.
- Igor, eu já ia te ligar. O Kaio me ligou muito nervoso dizendo pra eu te tirar de todo o projeto do casamento. Disse que se eu não fizesse isso ele não ia e nem ia deixar você ir ao casamento. Igor, eu não sei o que faço. Se o Kaio não for é capaz do Marcos nem casar... Ai meu Deus...
- Escuta... Não me tira de nada não! Me responde, você não sabe de nada do Kaio com o Klaus? No passado? Algum rolo por aí? Eles já ficaram, Milena?
- Klaus e o Kaio? Credo, não! Aff... – ela parece que nem prestou atenção – Logo é Natal, ano novo e meu casamento! Igor, não deixa isso acontecer!
O domingo o Kaio não me ligou e eu também não liguei. Eu estava com muito ódio de como ele falou. Me proibir de ir ao casamento? Desde quando ele podia me proibir de fazer algo?
Fui pra loja do Klaus na segunda. Que se dane... Um, dois, três e...
- Igooor! – sorridente. – Venha cá! Seu terno já está pronto. É esse aqui que estou terminando de ajeitar no manequim.
Alí eu vi o porquê da exigência. O terno era preto reluzente. Brilhava! Eu só me imaginava vestindo um daqueles... sei lá... num casamento mesmo! Havia um rosa branca no peito. Os sapatos brilhavam pelo couro novo.
- É lindo! – eu falei pegando a manga do blazer.
- Lindo vai ficar é em você! Venha, vamos provar!
Vamos? Como assim vamos?
Eu entrei no provador e Klaus tagarelava do lado de fora coisas e mais coisas numa velocidade que eu não conseguia entender. Era um idioma só dele. Finalmente terminei.
- DI-VI-NO! – ele falou com a boca aberta e as mãos espalmadas de cada lado do rosto. Era incômodo. Não era um elogio de um cara gay profissional, tipo aqueles maquiadores das celebridades. Era de um cara que estava interessado em mim.
Fui pro espelho e me olhei. Eu realmente estava muito bonito. Mesmo sem maquiagem nem nada.
- Eu gostei... Mas eu tenho que ir.
- Fica mais um pouco. Tem certeza que esse tamanho está bom? – Ele passou as mãos em meus ombros – Caminhe um pouco com os sapatos pra perceber algum incômodo... Nossa, que aliança linda! – pegou minha mão – Quem é a sortuda?
- Não. Esse tamanho está perfeito. Os sapatos também. – cortei.
Ele chegou por trás, passou as mãos pelos meus ombros de novo e tirou o meu blazer. Eu entreguei e entrei de novo na cabine.
Uma coisa não saia da minha cabeça. Cara, eu tava muito ferrado com o Kaio. Mas essa birra dele era estranha. Qual é? Ciúme? Eu não ia ficar com o Klaus. Ele parecia ter tipo... 40 anos. Eu não me ligo em pessoas muito mais velhas. Mas ele tinha sim um passado com o Kaio. Aquilo não era comum.
- Klaus você conhece a família do noivo? Do Marcos?
- Hum... Muito pouco... Sou amigo de longa data da Milena. – escutei ele colocando o blazer no manequim.
- O irmão mais novo do Marcos, também padrinho, você conhece?
- O Kaio? Kaio Azevedo? – ele riu – Conheço... Eu já o vi por aí algumas vezes. Não tem como não o notar, né? Porque?
- Nada não...
Saí daquela loja imediatamente. Aquela conversa não me convenceu. Então ele conhecia mesmo o Kaio!
Cheguei em casa liguei pro Kaio. Ele estava com voz de choro.
- Oi. – Oi? Não é assim que me atende...
- Kaio... Eu queria ficar contigo. Vem aqui pra casa ou eu posso descer a rua e...
- Não. Igor, eu tô com um pouco de dor de cabeça. Acho melhor eu te ligar amanhã, ok?
- Essa hora da manhã?
- Você quer mesmo me confrontar mais ainda? Eu sei que você foi na loja.
- Como você sabe?
- Milena.
- Eu só provei um smoking e fui embora.
Ele respirou fundo do outro lado...
- Igor, eu já disse que depois te ligo. Aliás, você vai viajar hoje?
Eu havia esquecido. Eram 24 de Dezembro. Eu ia passar o Natal com minha família.
- Ah é! Vou sim. Quero chegar à noite pra poder pegar a ceia e...
- Então faça boa viagem. Espero que sua família aproveite você nesses dias de feriado.
- Como é que é?
- Boa viagem. Até depois do ano novo. Beijo. – Desligou.
Eu fiquei olhando pro telefone incrédulo.
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Meus queridos, desculpem pelo desastre que foi o capítulo passado. Eu não sei que bug doido foi esse que o capítulo saiu pela metade. Vou postar o de hoje e já vou logo conferir pra ver se ficou tudo certo. Obrigado por terem avisado rápido. Eu que só tive tempo de consertar tudo hoje a tarde.
Kevina, Agatha28, Geomateus, Alê8, thigor_ps, Ru/Ruanito, guigo1, esperança, Takahashi, prireis822 Obrigado por cada comentário.
Amanhã eu volto!
kazevedocdc@gmail.com