Cap.3
Ele ficou a tarde ali comigo. Nunca me senti tão bem cuidado.
- Você pode me explicar o que acontece entre a gente ?- perguntei, sentindo a mão dele em meus cabelos.
- É muito simples. Eu gosto de você :)- uma cena tão fofa que nunca mais saiu da minha cabeça.
- S-serio ?- a imagem que ele passava pra mim, era todas, menos aquela. Eu não consegui acreditar no que ele havia falado. Ele estava sendo um fofo, mas eu sabia que o que eu sentia por ele era apenas amizade. Tá, uma amizade colorida.
- Doug, eu não esperava por isso- ele respirou fundo
- Tudo bem. Eu imaginei que alguém como você não iria querer ficar com um traficante- me virei e olhei pra ele de frente.
- Olha só, nunca mais repita isso- beijei seu rosto- eu só não fico com você porque te vejo apenas como amigo. Não tem nada a ver com sua condição. Pode se dizer que não é digno, mas eu sei que você tem bom coração.
- Coração maldito- ele soltou um sorriso- vai ser bom continuar com a sua amizade.
- Digo o mesmo.
TEMPO DEPOIS
Continuava pensando seriamente se iria ou não fazer aquela ideia. Continuei procurando por alguma ajuda que me livrasse daquele ato ruim, mas foi realmente a única alternativa que me restou.
NO HOSPITAL
Fui ao hospital rever minha mãe. Ao ve-la, comecei a sentir vergonha do que iria fazer. Passei às mãos pelo seu rosto, cheio de cabos. Meus olhos ficaram marejados.
- Mãe, eu sei que o que vou fazer vai ser um desgosto pra você. Que você vai ficar com raiva. Mas eu não aguentarei viver sem você. Não aguentarei ver você morrer nesse lugar. Só peço uma coisa, me perdoe.
TEMPO DEPOIS
- E então, você tem certeza de que vai fazer isso ?- Doug perguntava, vendo eu fazer o jantar.
- Sim. É a única alternativa.
- Ok, eu posso te ajudar. Faremos amanhã. Reze pra que ninguém nos pegue.
- Espero que não aconteça nada.
NO DIA SEGUINTE
Eu estava todo me tremendo. Usava um roupa bem larga. A culpa já me corroia. Era um bairro rico. Tinha famílias importantes. Procuramos algumas casas, e achamos uma que seria mais fácil entrar. Colocamos os capuzes, e entramos
- Deus, me perdoe- respirava fortemente. Subi do jeito mais rápido que pude o muro. Andei na ponta dos pés. Na minha cabeça só se passava a frase "Eu não acredito que estou fazendo isso" .Contornamos a casa, e por um milagre, encontramos uma janela aberta. Entramos, e começamos a procurar diversas coisas de valor. Eu peguei o que pude. Tudo indicava que não havia ninguém na casa. Eu já estava querendo sair, quando do nada, alguem chuta as minhas costas, me fazendo cair.
Continua
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