"Que Deus proteja meus amigos. Dos inimigos, cuido eu." - Voltaire
Gabriele - Olha só quem resolveu aparecer por aqui. Estava mesmo querendo falar com você.
Eu - O que você quer? - eu disse cruzando os braços
Gabriele - Eu quero saber o que você estava fazendo com o MEU NAMORADO?
Eu - Hein?
Gabriele - Não se faça de sonso, querido.
Eu - Você enlouqueceu? Pirou de vez? Não vejo aquele... não vejo o Alexandre à meses. Desde do dia em que...
Gabriele - Que você descobriu da aposta e tal. Mas não é dele que eu estou falando. Eu estou falando do Guilherme.
Eu - Que Guilherme? - ah não me diga que é o que eu estou pensando...
Gabriele - O garoto que estava aqui com você ontem de manhã! - merda!
Eu - Ah, então ele é seu namorado? - Gente, quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece. Justo ele tinha que ser namorado daquela vaca loira?
Gabriele - É sim. Pára de enrolação e diz logo. O que foi que aconteceu aqui ontem? Por que é que seu amiguinho fracassado estava desmaiado?
Eu - Fracassado? Olha que fala! Não te devo explicação nenhuma, garota. Se está querendo saber, pergunta para o "seu namorado" - eu disse fazendo aspas com os dedos.
Gabriele - Olha só garoto, estou perdendo a paciência com você. Me diz logo, ou então...
Eu - Então o que, Gabriele? Pára de show, garota. Desce do palco porque você não é a Xuxa.
Gabriele - Você está vendo algum palco aqui? Olha, eu estou sendo educada contigo. Escuta aqui, é melhor você me dizer.
Eu - Escuta aqui digo eu, ô vagaranha. Meu tempo é valioso demais para ser perdido com uma pessoa tão fútil e sem moral como você. Você não tem ideia das coisas que eu tenho vontade de falar para você. Mas não falo porque eu não vou me rebaixar ao seu nível, não sou tão baixo como você foi naquele dia.
Gabriele - Oh, você ficou tristinho foi? Aquilo foi pouco perante o que eu posso fazer com você.
Eu - Eu só queria saber o porquê?
Gabriele - Porque você... - ela ia dizer algo, mas a campanhia da escola soou, é hora de entrar. - Nossa conversa não terminou. - disse apontando o dedo na minha cara. Se virou e já ia embora.
Eu - VACA!
Gabriele - O que você disse?
Eu - V-A-C-A
Gabriele - EU VOU TE MOSTRAR QUEM É A VACA!!!
Eu - Vem, já faz muito tempo que eu quero te ensinar uma lição - eu sei que não se deve bater em mulher, é crime... Mas ninguém nunca me disse que bater em piranha dá cadeia!!! Quando ela ia avançar em cima de mim, surgiram umas garotas (não sei de onde) e seguram ela.
Gabriele - ME SOLTA!! EU VOU ARRANHAR SUA CARA, SUA BICHA SEM AÇÚCAR!!
Eu - "Sem açúcar"??? HA HA HA HA, o que mais eu tenho é açúcar querida, sou um doce de pessoa. E outra coisa, não sou "bicha" meu amor, sou divo. - eu disse mexendo no cabelo.
Gabriele - SEU... - o segundo sinal tocou. Aqui são três: o primeiro de aviso, o segundo para entrar e no terceiro quem for encontrado vagando pela escola vai direto para sala do diretor levar suspensão.
Eu - Dá licença, eu tenho mais o que fazer. - eu disse passando por ela, mas não sem antes dar um sorriso vitorioso para aquela vaca loira. - Ah, e antes que eu me esqueça quero deixar uma coisa bem claro: eu não sou mais aquele garoto bobo e ingênuo que vocês usaram no ano passado. Eu mudei e, para o desgosto de vocês, fiquei muito pior. Então não se meta a besta comigo, não. Senão você vai pagar muito caro. Quando eu sou bom, sou ótimo; mas quando eu sou mau meu amor, sou pior ainda!! - saí com um riso maléfico na boca. Ai como é bom estar por cima!
Perdi muito tempo com aquela vagaranha, eu ainda tinha que procurar o número da minha sala. Peguei o papel que estava no meu bolso e olhei o número. Sala número 13. Merda, eu estou no corredor das salas de 23 à 27. Ninguém no corredor para me ajudar. Fui andando e virei para outro corredor. Só senti algo batendo em mim e eu caindo no chão. Olhei para frente e tinha uma garota também caída no chão.
Eu - Ficou doida, não olha por onde anda, não? - me levantei
Garota - Desculpa... - ela parou de falar e ficou me encarando - Marlon?? Negão, é você? - ué, ela me conhece?
Eu - Desculpa mas, eu te conheço? - tentei ser o mais simpático possível, mas fiquei com vontade de retirar o que eu disse. Acho que meu tom de voz foi muito grosseiro pois ela abaixou a cabeça. Ela retirou sua franja do rosto e voltou a olhar para mim.
Garota - Não está lembrado de mim? - apenas balancei a cabeça negativamente. - Não?? - ela pareceu incrédula. - Eu sou a irmã do Leonardo. Lembra do Léo?
Eu - LARISSA?? - não tinha reconhecido ela, mas depois dela ter dito isso não tinha como não lembrar. Eu ficava com o irmão gostoso dela de vez em quando. Eu tinha 14 anos. Quando me mudei para Madureira (uma cidade do Rio de Janeiro) perdemos contato. Nos abraçamos por um tempo. Até ela desfazer o abraço.
Larissa - Quanto tempo que eu não te vejo, negão?
Eu - Nossa faz muito tempo rsrsrs
Larissa - Pois é, temos que colocar o papo em dia, né? Que saudade que eu estava de você. - ela me abraçou de novo - Vai estudar aqui?
Eu - Vou.
Larissa - Em qual sala?
Eu - Sala 13
Larissa - Sério? Eu também! - ela estava bastante eufórica. Não vou negar que eu também estava. Faz três anos que não nos víamos. - Vamos, temos que achar a nossa sala. - mal acabou de dizer segurou no meu braço e saiu me puxando pelos corredores. Ela não parava de falar nem um minuto.
Eu - Eu tinha esquecido de como você falava! - sussurrei quase inaudível. Mas acabei me esquecendo que ela tem um ouvido de tuberculoso. Ela parou de andar ( e de falar), olhou para mim e começou a rir.
Larissa - Eu tinha me esquecido da sua sinceridade. - rimos e continuamos andando.
Achamos a sala, eu bati na porta e abri. Não tinha professor na sala, então entramos e nos sentamos nas cadeiras do fundo. 5 minutos depois, Larissa continuava falando. Nossa, que fôlego! Mas quando a porta se abriu eu parei de ouvi-la. É ele entrando na sala, com um sorriso lindo estampado no rosto e gesticulando com alguém que vinha com ele. Acho que a Larissa percebeu que eu não estava mais prestando atenção, parou de falar e olhou na direção que eu estava olhando.
Larissa - Pára o mundo que quero descer! Que gato!
Ele estava vestido com uma calça jeans escura justa na perna e na coxa (eu já disse que as coxas dele são maravilhosas?), a blusa da escola, tênis da Nike branco com preto e o cabelo espetado. Quando ele entrou olhou para a sala como que procurando lugar, mas logo seus olhos pararam em mim. Ele sorriu e venho andando na minha direção.
AAAIIIIIIIII QUE SAUDADE QUE EU ESTAVA DE ESCREVER PARA VOCÊS. Esses dias foram bem difíceis, provas, trabalhos... Mas agora estou de volta. Minha inspiração voltou com a corda toda e muitas ideias novas surgiram. Como vocês viram, uma nova personagem entrou na história, uma certa faladeira, e ela pode mexer com a vida, já bagunçada, do nosso querido Marlon... Ops, de novo eu falando de mais. Críticas, comentários, votos, palpites e votos serão muito bem vindos.
Até sexta feira, meus lindos :)