Anjo Bandido - Parte 11

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1471 palavras
Data: 10/12/2014 20:52:28

Nem quis saber mais do assunto. No fundo fiquei preocupado. Eu tinha que fazer a minha família esquecer aquilo de vez. Eu nem quero imaginar o dia em que eles souberem da existência do Enzo.

**********

No dia seguinte liguei para ele, e ficamos namorando por telefone, já que eu não podia sair de casa, até terminar o meu trabalho da Faculdade. Claro que no meu quarto estavam o Victor e a Vivi, compartilhando da minha alegria.

- Beijos meu bandido lindo! – eu desliguei o telefone.

- Hummmm... “bandido lindo”? – Vivi riu da minha cara.

- Quer parar É o jeito meigo que o chamo.

- Amigo, agora falando sério. Eu estou preocupado com este namoro entre vocês dois. Seu pai não vai aceitar e ainda mais depois que souber...

- Fala baixo Victor! Você quer que a minha família saiba do seqüestro? Foda-se o que meu pai e o resto pensam! Eu estou feliz com o Enzo. Eu amo este cara, e depois da nossa noite linda de amor, só tive mais certeza deste amor.

- Ai,me conta viado como foi ontem!

- Calma Vivi. Eu vou contar tudo.- Bem, foi assim... Eu resolvi ir até a favela tirar satisfações com ele, devido ao que aconteceu.Mas depois que vi o seu sofrimento e ao mesmo tempo, um brilho nos olhos, por ter conseguido salvar a vida do seu único filho; eu nem pensei em dizer mais nada. Resolvi esquecer o assunto e ir embora. Mas... Vocês não vão acreditar! Nos beijamos e ele quis o beijo, e não só quis, como devorou a minha boca, arrancou a minha roupa,e o resto... Vocês já sabem onde termina.

- Que inveja viado! Queria eu achar um macho delicioso que me pegasse de jeito. – disse o Victor.

- Se você não fosse tão galinha, né? A Vivi sentou no tapete do quarto. – Eu espero que dê tudo certo pra vocês dois. Você sabe que acredito no amor, e mesmo sabendo da diferença social entre vocês dois, eu sei que vão conseguir passar por todas as barreiras.

- Poxa amiga, obrigado! Eu não sei o que seria de mim, sem o apoio de vocês. Claro que meus pais iriam criticar o Enzo. Ele é pobre, ganha pouco, mora numa casa humilde. Mas eu não me importo com nada disso. A minha felicidade vale muito mais do que dinheiro.

- Você ta certo. E pra comemorar este momento importante, vamos para balada ferver! – o Victor gritou eufórico.

- Boa idéia ! Vamos Gui sair pra dançar.

- Eu até topo, mas o meu amor tem que ir com a gente.

- Claro né! Agora você é um homem comprometido.

Nós rimos, e combinamos a night mais tarde. Levei meus amigos até a porta, e liguei para o Enzo. Ele topou a idéia de sairmos, e eu aproveitei para dar mais uma estudada, já que eu estava sozinho em casa. Fiz um lanche e nem me dei conta do tempo; eu precisava me arrumar pra sair. Corri para o banho, fiz a barba e coloquei uma roupa perfeita! – Você está lindo Guilherme! Lindo! – eu repeti diante do espelho. Deixei um bilhete para os meus pais e parti rumo ao centro, onde eu combinei de encontrar o Enzo e o resto da galera.

Quando o avistei, percebi que ele sorria para mim. Como ele estava lindo! Minha vontade foi de atacá-lo ali mesmo.

- Oi vida! Tava morrendo de saudades de você. – eu o abracei, contendo a minha vontade de beijá-lo, pois estávamos no meio da rua.

- Oi meu marrentinho. Eu também. Pensei em você o dia inteiro.

Em seguida chegaram o Victor e a Vivi.

- Oi Enzo. Tudo bem? – os dois disseram num coro.

- Bom, vamos entrar? – sugeri. – Nossa! A boate tava lotada. Muita música POP e eletrônica. Gente bonita dançando e bebendo... Escolhemos uma boate GLS, porque era mais amigável.

Eu nem acreditava que estava naquele lugar ao lado do meu namorado. Meu coração explodia de tanta alegria, pois foi o que sempre busquei: um cara bacana e que me deixasse apaixonado.

- Este lugar ta bombando. – gritou o Victor, que tratou de ir correndo atrás de bebida. A Vivi foi junto, e eu pude dar uns beijinhos no Enzo.

- Eu ainda não te falei o quanto você ta gato hoje nessa roupa. – o agarrei pela cintura.

- E eu ainda não te falei, que esta tua calça coladinha, desenhando essa bundinha gostosa,ta me deixando louco. Só de falar, já fico de pau duro.

- Para Enzo! Seu tarado. As pessoas vão perceber! Trate de baixar este volume. – eu ri.

- Como? Ele ta latejando na cueca imaginando a hora de entrar em você. Bota a mão e sente.

Eu fiquei arrepiado, tamanho era o meu tesão por ele. A minha vontade era e transar no meio do povo, sem me importar com nada.

- Somo loucos, sabia? Você mais ainda, que não sossega esta rola.

Dançamos muito, sempre um perto do outro. De vez em quando, o Victor e a Vivi se aproximavam, falavam uma gracinha para o Enzo, do tipo: “Pega ele de jeito”!”Ele adora frango assado”.

Eu ficava sem reação, e os expulsava de perto de nós. Já eram três da manhã!

- Seus amigos são maneiros! Marrentinho me espera aqui, que eu vou ao banheiro.

- Vai lá amor. Enquanto isso, vou ao bar pegar bebida pra gente.

- Olha só quem eu vejo por aqui... Sumiu hein rapaz?

- Douglas? – eu olhei para trás, assustado.

- Se assustou? Não se lembra de mim?

- Claro! É que eu não esperava te ver por aqui.

- Resolvi espairecer um pouco. Poxa, já faz um mês que a gente não se encontra, desde a última vez no meu apartamento... – ele alisou o pau, e eu rezei por dentro, para que ele saísse dali. Se o Enzo nos visse conversando, nada ia prestar!

- Bom, eu... Tô namorando Douglas! Inclusive, o meu namorado foi ao banheiro e já volta.

- Sério? Alguém conseguiu conquistar este coração? Hummm... Assim eu fico mais excitado sabia? Adoro caras comprometidos...

- Você não entendeu! Eu estou namorando e acho melhor você ir.

- Quê isso! Não se lembra mais das nossas fodas gostosas. Hum? – ele alisou o meu braço, e foi o tempo que o Enzo surgiu, para empurrá-lo.

- Qual é meu irmão? Ficou louco? – Enzo gritou. Apesar de não ser sarado e tão pouco marombado, ele tinha pulso firme e amedrontava qualquer um, mas não foi o caso do Douglas, que odiou ser empurrado e partiu pra cima do Enzo, dando-lhe um soco no rosto.

Pronto! Confusão generalizada, para o meu desespero!

Os dois caíram na porrada, um socava o outro e a multidão abriu espaço na pista,para que eles se matassem! Eu gritei igual um louco, pedindo para o Enzo parar, mas só fui atendido por três seguranças altos, que expulsaram a gente do local. Do lado de fora, eles ainda queriam terminar o que começaram.

- Chega! Acabou a palhaçada! Ninguém mais bate em ninguém! Porra! Vocês dois acabaram com a minha noite. Poxa Enzo, custava não ter se importado com o idiota do Douglas?

- Você acha que é simples vê o cara te alisando.

- Isso porque você não sabe o que a gente fazia antes, seu babaca. – Douglas provocou e eu tive que segurar o Enzo, para não começar tudo de novo. Victor e Vivi,saíram depois para me ajudar.

- Escuta aqui Douglas. Some da minha frente! A gente nunca namorou e o que aconteceu já se foi. Me erra! Vai embora. Some caralho!

- O que aconteceu gente?

- O que aconteceu Vivi, foi que o imbecil do Douglas me cantou, o Enzo pegou ele me tocando, partiu pra cima, eles se mataram entro da boate, e nós fomos expulsos!

- Genteee... Que babado! Tô passado! – disse o Victor. Dois bofes disputando o meu amigo...

- Não tem graça Victor! – eu disse sério. –molha só o seu rosto. A dona Maria vai me matar quando souber que não cuidei direito do filho dela.

- Já estou bem. O importante é que aquele filho da puta levou uma surra.

- Vamos galera. Entra no meu carro e vamos embora. – disse a Vivi.

Eu pedi para ela nos deixar na favela, e insistir para ficar na casa dele.

- Eu não tenho cama de casal! E meu quarto é pequeno. Se esqueceu de que durmo no mesmo quarto com o meu filho?

- Não me importo. Eu já disse que vou dormir aqui e ponto! Agora anda, vamos pro banheiro lavar este rosto e fazer um curativo.

A mãe dele estava dormindo, e aproveitei para cuidar dele. Tomamos banho, eu limpei o seu rosto com algodão, e passei uma pomada para desinchar o local. Antes de dormir, ainda fiz um cafezinho e dei para ele. Era como se eu fosse de casa. Fomos para o quarto, e o João dormia igual um anjo. Tomamos cuidado para não fazer barulho, e naquela cama pequena, dormimos agarradinhos um no outro.

CONTINUA...

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