A primeira vista – Cap. 13
Saí logo após o almoço e cheguei à noite na casa dos meus pais. Tudo estava sendo preparado para a ceia de mais tarde. Minha cunhada preparava sobremesas, meu pai preparava um belo churrasco, minha mãe mais comida, os parentes chegando... A casa parecia mais um hotel com tanta gente transitando. Dividi o meu quarto com um primo.
Não tive tempo nem de abraçar minha mãe direito. Todos queriam um abraço, me cumprimentavam ao mesmo tempo e eu estava com uma sensação estranha do tipo “Cadê minha casa?”
Fui pro quarto e, como disse, o dividi com um primo. Minha antiga cômoda era ocupada por muitas tralhas da minha mãe. Eu comecei a espremer minhas coisas alí. Meu primo tagarelava sem parar sentado na cama e eu continuava a me perguntar onde estava todo o espaço vazio que eu havia deixado naquela cômoda anos atrás. Tirei minha aliança do dedo por precaução. Não queria ser bombardeado de perguntas principalmente pela minha mãe. Ao tirar a aliança – primeira vez que fiz isso desde a tarde em que a coloquei há mais de um mês atrás – eu li o nome do Kaio dentro dela. Decidi ligar.
Liguei pra avisar que havia chegado bem. Eu não devia ter feito isso. Ele atendeu tão frio. Perguntou se eu havia feito boa viagem, disse que precisava desligar porque estava ocupado com o Marcos e só. Isso foi suficiente pra acabar com o resto da minha noite em plena ceia de natal.
Por livre e espontânea pressão da minha mãe eu preparei o peru como todos os anos. Ainda antes de meia noite eu saí com meu primo pra comprar umas coisas que faltavam pro jantar. Eu checava sempre o WhatsApp mas não havia mensagens do Kaio. O horário de visualização era de várias horas atrás.
Meia noite chegou, o jantar foi servido, todos brincaram muito aquela noite. Minha mãe não costuma receber muitas pessoas mas quando se trata de ceia de natal e réveillon a família já sabe que isso é de competência dela e de mais ninguém. Consegui escapar rapidinho e liguei pro Kaio pra desejar feliz natal. Ele me tratou melhor mas ainda não era como antes. Passou o telefone pro Marcos e Milena e naquela noite eu acho que passei mais tempo no telefone com o Marcos que com o próprio Kaio.
Eu não via como se tivesse feito algo errado. Ele estava me culpando de quê? De ir provar um terno numa loja de um cara que já deu encima dele e agora estava a fim de mim? Eu era culpado por isso? Eu dei espaço pro Klaus por acaso? Por que se fosse falta de confiança, eu estava honrando aquele negócio de ouro no meu dedo! Estava sim! Digo, ele só estava guardado na minha mala naquele instante.
Esse monte de perguntas me deu raiva. Eu estava sendo sacrificado por um simples capricho de ciúme do Kaio. Liguei na manhã do dia 25 de Dezembro pra botar os devidos pingos nos i’s. Se ele me tratasse diferente de novo então agora era eu que ia tratá-lo diferente. Que absurdo me fazer passar por isso!
Procurei o número na agenda e fiz a ligação já me armando de todos os argumentos possíveis pra falar pra ele. Tudo foi por água abaixo quando a voz atendeu o telefone no quarto toque.
- Alô.
Eu fiquei quieto observando a voz. Não era o Kaio.
- Marcos?
- Igor, e aí?! O Kaio saiu. Deixou o celular jogado aqui no sofá da sala.
- Ah... – senti que meus ombros se curvaram - Você sabe que horas ele volta?
- Hum... Olha, ele não falou nada pra ninguém não.
Eu tinha muita vontade de falar com o Marcos sobre o que estava acontecendo, só que antes do Marcos ser meu amigo ele é irmão do Kaio. Então não era difícil saber o time dele... Desconversei e desliguei.
Kaio sem celular? O Kaio não fica sem celular. Ele capaz de pedir o celular emprestado pra estranhos na rua só pra mandar uma mensagem, mas sem comunicação ele não fica.
Mais tarde, após almoço, eu liguei de novo e aí sim ele atendeu.
- Desculpa, eu esqueci o celular. – ele disse assim que atendeu.
- É... O Marcos me disse... Kaio, eu preciso falar com você. Eu não aguento mais isso.
- Igor... – ele disse calmo.
- O que tá havendo com a gente? Eu sinto sua falta e você não parece interessado em atender minhas ligações...
- Igoor... Escuta.
- Me trata diferente quando atende, me crucifica por algo que eu nem sei o que é!
- Pronto? Eu também pensei nisso. Sou um idiota, pronto, falei... É que... o Klaus... – ele parecia que ia finalmente desembuchar – não é confiável. – não adiantava. Ele sempre travava aqui! – Não quero você com ele pra nada. Nem pra uma simples prova de terno.
- Você precisa confiar em mim. Que crise de ciúme é essa?
- O pior é que não é só ciúme... Mas enfim, você tá aí há dois dias e eu tô com tanta saudade. Não devia ficar desperdiçando tempo brigando.
- É... Eu fiquei preocupado. Saudade do cheirinho de shampoo do teu pescoço.
A gente riu.
- Desculpa.
- Tudo bem.
Tudo havia voltado ao normal. Os dias de fim de ano foram passando. Mal saímos da ceia e meu pai já preparava a recepção pra família no ano novo. Os dias passaram mais leves. Eu me divertia com meu primo saindo de vez em quando e trocava mensagens sempre com o Kaio.
Na terça, 31 de dezembro, como já era de se esperar foi aquela coisa toda: Todo mundo de branco, um jantar bem feito, eu e minha família. Passada meia noite e novamente eu dei aquela fugida do meio de todo mundo pra ligar pra o Kaio. Desejamos Feliz Ano Novo e ele disse que ia pra um show com Marcos e Milena. Que inveja!
Esperei o feriado acabar e dia 3 de Janeiro eu estava de volta. Liguei pro Kaio avisando que já estava saindo e ele foi pra rodoviária no horário marcado me esperar. Desci do ônibus e fui recebido com o sorriso mais lindo desse mundo. Quase que beijo aquele menino na frente de todo mundo.
Fomos pra casa e lá vocês já devem imaginar o que rolou. Foram 10 dias, gente! 10 dias!
- Amor eu... acabei... de chegar. – falando entre os beijos.
- Que tem? – Já desabotoando minha calça.
Minha roupa foi tirada numa velocidade incrível e caímos na cama.
- Vem logo vai! – eu pedia rindo.
Senti tanta falta do meu lindo. Começo de namoro dias parecem anos! Aquele corpo grandão, malhado, moreninho, aquela bunda durinha, pernas grossas, o cabelo pretinho com minhas mãos cheias nele, aquela boca com lábios molhados que tanto me enlouquecia. Apertei as costas dele com força.
- Ai! – ele falou – Quer dizer que é pra ir forte assim? Se quiser eu vou, só que tem que aguentar, hein? – ele mordia o meu lábio, safado!
- Acho que posso tentar hoje.
- Vamos, vamos sim.
Ele foi descendo os beijos e deus sugadas fortes no meu pau. Massageou minhas bolas e começou a brincar com o dedo na minha entrada. Me colocou de quatro e me lambeu revezando os dedos.
- Abertinho! – ele deu um tapa na minha bunda se posicionando. – Foi você que pediu. – Senti a cabeça do pau dele na minha entrada e ele começou a forçar. Entrou e parou na metade. Ele gemeu um pouquinho e terminou de empurrar.
- AAAAH! PORRA! – doeu pra caramba! Sério gente. Lubrificante é uma coisa que todo mundo tem que ter em casa e eu criei vergonha na cara depois desse dia! Aqui não falta mais.
Ele se curvou e beijou meu pescoço.
- Com força paizinho... Foi você que pediu. – ele dizia mansinho e já se movimentando enquanto beijava meu pescoço.
Eu enfiei a cara no travesseiro. Ele entendeu.
Começou a se movimentar e logo já ia rápido. Muito rápido. O suor começou a correr porque a tara era tão grande que eu não liguei ar condicionado ou um simples ventilador. Agora sim eu estava aberto! Eu não parava.
Arfou e passou os braços em minha barriga me abraçando, me segurou forte e caiu de lado. Deitou e me colocou encima dele. Segurou minha cintura e começou a se movimentar. Depois segurou minhas pernas pra cima e foi mais rápido. As bolas dele batiam em mim produzindo aquele som excitante de sexo. Eu nunca o vi com tanta fome assim. A gente gemia descompassado.
Eu consegui sair de cima dele mas ele queria mais, muito mais. Me colocou de novo de costas pra ele de joelho na cama, eu me curvei e ele enfiou tudo de uma vez. Engatou e começou a ir cada vez mais rápido. Eu já estava quase no meu ápice quando ele tira tudo de uma vez.
Eu saí da cama, ele me puxou pela mão e me pôs na parede. Me curvou um pouquinho e ele enfiou até as bolas. Arfou quente no meu pescoço me rendendo e continuou com tudo o que ele tinha. Meu Deus, até hoje quando penso eu vejo que essa foi uma das melhores transas nossas. Mas não uma das menos doloridas! Não se pode fazer isso todo dia mas que foi bom foi... Eu já gemia quase choramingando.
Me virou de frente e me deu um beijo molhado apertando minha bunda. Peguei no pau dele e punhetei, parecia uma rocha. Olhei pra ele impressionado.
- É saudade dessa tua bundinha! – rindo
Nos beijos as mãos de Kaio foram descendo e ele pegou em minhas coxas e me levou. Me colocou no colo, eu abracei seu tronco com as pernas e fomos pro banheiro. Fomos pro debaixo do chuveiro.
Ele me encaixou no pau e foi me suspendendo e soltando. Como ele tinha força! A força da gravidade nessa hora também agiu e eu não tinha outra escolha a não ser descer de novo, de novo e de novo. Meus gemidos eram quase gritos e os deles também. Acho que meu pênis é um dos mais sensíveis do mundo. Só o atrito com o peito do Kaio me fez gozar.
Ele começou a gemer mais alto até que segurou minhas costas e me imprensou na parede. Pensei que ele fosse me soltar mas ele começou a tremer e gozou. Lambendo, beijando e mordendo meu pescoço molhado de suor e água.
- Ah, o que foi isso? – Ele ofegante me olhando.
- Não sei, mas foi bom demais! – rimos juntos.
Ele colocou mais força e ainda me suspendeu algumas vezes até se dar por satisfeito e sair de dentro de mim. O gozo dele escorria pelas minhas pernas. Fomos banhar. Comemos alguma besteira que havia no apartamento. Ficamos de cueca na minha cama.
- Igor, eu preciso falar contigo. Eu andei conversando com o Marcos e como o casamento é semana que vem eu não vou mais implicar com nada. Ajude a Milena no que for preciso, só termine logo. – disse olhando pro teto.
- É sim meu amor. É o casamento do seu irmão Kaio. Depois tudo volta ao normal.
- Eu confio em você. Não confio é no Klaus. Mas não quero ficar brigando contigo por conta disso. Faça o que tem que fazer. Só termine logo tudo isso.
Eu o abracei e mordi a orelha dele. Ele botou a mão por dentro da minha cueca e apertou minha bunda.
- Huuuummm, segundo round...
- Não! Sério! – tentei sair de cima dele, mas ele me segurou me abraçando e rindo.
A semana ia se passando e logo já era quarta-feira. Dois dias antes do casamento. O Marcos estava uma pilha de nervos, Milena então nem se fala. Kaio e eu tivemos uma ideia. Decidimos dar uma despedida de solteiro pro Marcos.
- Stripers dentro de um bolo, bebidas e uma noite só nossa! – Kaio disse na frente da Milena enquanto eu convidava o Marcos a sair com a gente.
- Como é que é? – ela disse rindo.
- Calma Milena... Se isso existisse o Kaio com certeza não iria! Eu não ia deixar. – eu disse olhando pra ele.
- O que vai ter nessa despedida então?
- Segredo. Relaxa, vamos cuidar do seu noivo. – eu disse.
Saímos os três na quarta à noite. Fomos pra uma balada no centro. Música eletrônica da boa, 4 Djs, muita gente. Eu me sentia totalmente apagado ao lado dos meninos. Eles chamavam a atenção de todo mundo por onde passavam. Isso me irrita tanto... Mas tudo bem, estávamos alí pra curtir com o Marcos. Vamos lá.
- De nós três só eu bebo alguma coisa. O que vocês estão planejando? – Marcos.
- Relaxa. Vem. – eu o levei pro bar e pedi três Martinis.
- Sério? – Marcos não acreditava. É que eu não sou de beber.
- Você não viu nada, meu filho!
Começamos a dançar e beber de pouquinho em pouquinho. A noite foi passando e a gente se animando. Logo cada um tinha na mão uma garrafa de Ice. Tocou um remix de “Chansing the Sun” do The Wanted, o Marcos se soltou e dançava parecendo um go go boy na pista. Eu não esqueço. Era muito lindo!
Eu a Kaio sempre regrando a bebida, a intenção era só relaxar o Marcos mesmo. O cara dançava e ameaçava tirar a camisa, todo mundo gritava, e eu puxava ele pro outro lado do clube e todo mundo vinha atrás. Fiquei com medo de me tomarem o Marcos e eu não saber o que dizer pra Milena.
Foi uma das melhores baladas que já fui. Marcos inventava umas coreografias loucas que só Jesus pode dizer da onde ele tirava aqueles passos. Mas ninguém ligava. Tocou “Work Bitch” e eu fazia cara de louco e menção de chicotear Kaio. Logo notei o volume na calça dele e tive que parar. Lembro que tocou um remix de “Reach Out” da Hillary Duff e Kaio dublava as partes do The Prophet na música como se fosse um rapper de verdade com microfone. Nós definitivamente perdemos toda a vergonha na cara nessa noite. Foi demais!
Eram 4h da manhã e nós três rindo num sofá da boate de qualquer coisa que se passava na nossa frente.
Logo a produção do local começou a acabar com a festa. Marcos havia exagerado na bebida e Kaio e eu ficamos preocupados. Que porra que a gente tinha feito! Se o Marcos chegasse em casa naquele estado, a gente tava ferrado com a Milena e com os pais dele. Decidimos levar ele pra minha casa. Marcos ria muito, sem parar! Que loucura!
Ao chegar no meu apartamento Marcos tomou um banho e melhorou bastante. O tempo foi passando e o dia amanhecendo. Fomos pra varanda e ficamos conversando sobre como seria a vida dele agora. Iria se mudar pra Luís Correia após o casamento, litoral do estado.Nisso acabamos dormindo na varanda do apartamento.
Acordei com o sol forte, calor, o estômago colado nas costas. Eu estava abraçando o Kaio. Estávamos sem camisas. Eu até me assustei pensando no que tinha acontecido alí. Marcos estava largado no chão, sem camisa, sem tênis, apenas de calça.
Eu acordei os meninos porque já era mais de 10h. Parecíamos zumbis. Eles tomaram banho e foram pra casa. Marcos aparentemente não tinha ressaca, graças a Deus.
Na quinta, finalmente o casamento aconteceria.
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Fala galera!
Drica (Drikita): É, talvez. Eu já acostumei tanto a morar só que eu fico perguntando pra os meus amigos como eles ainda moram com os pais! kkk
Jhoen Jhol: Concordo com tudo isso aí.
Higor Melo: Não fala nada não!!
Joshuacdc: E que bomba!
O pessoal Alê8, guisandes, prireis822, Agatha28, Irish, Mikepb, Ru/Ruanito, guigo1, esperança, LUCKASs, Geomateus, Kevina basicamente comentaram sobre a relação do Kaio e do Klaus. Então vou responder dizendo que esperem porque tá bem pertinho de vocês descobrirem. Bem perto mesmo, juro! Pra quem já sabe nada de spoillers, por favor! Vamos deixar o negócio interessante rs! Além disso eu tô tentando ser mais frequente. Amanhã eu já lanço outro.
Abraço pra todos e obrigado pelos comentários.
kazevedocdc@gmail.com
