Assim que retornou ao escritório no final da tarde, Eduardo Freire pediu a secretária:
_ Mande preparar o apartamento de São Paulo, e ligue para o Aeroporto, pois preciso que o jatinho fique a minha disposição no final da tarde de amanhã.
_ Mas o senhor tem reuniões importantes pela manhã com o pessoal de Madri e no início da tarde com o pessoal da construtora para a aprovação do orçamento da construção do novo condomínio.
_ Por isso que não viajarei pela manhã.
_ Mas Dr. Eduardo, o prazo esta quase no final e a construtora se não começar a obra em pelo menos cinco dias, terá um novo embargo por conta de ações ambientalistas...
_ Sinto muito em lhe dizer, eu tenho um assunto pessoal de estrema importância para resolver em São Paulo e tô pouco me lixando se a obra vai ou não começar, se vão ou não embargar... Quero tudo pronto para amanhã, ok?
_ Sim senhor, tudo será como o senhor quiser.
_ Faça uma ligação para minha irmã Ceres e passe assim que completar, por favor.
Dudo entrou em sua sala, e enquanto assinava alguns documentos que já estavam em sua mesa, foi avisado pela secretária que a irmã estava na linha...
_ Olá Ceres... Tá tudo bem sim... Não preocupa mais com isso, amanhã tô recebendo aqui na sede o pessoal de Madri, acho inclusive que tudo será feito de acordo com nossas exigências... O contrato final será muito vantajoso e pelos meus cálculos uma pequena fortuna será acrescida ao nosso patrimônio... Agora minha querida irmã preciso de um favor seu... Eu sei que já estou lhe devendo um monte deles, só que à tarde tô de partida pra São paulo e não poderei presidir a reunião com o pessoal da nossa construtora. Você sabe que tivemos que refazer todo o orçamento e preciso que alguém, ou seja, você presida a reunião de amanhã e assine a papelada necessária para que a obra comece pontualmente depois de amanhã pela manhã... Outro pra você, irmãzinha... Também te amo.
A noite foi madrasta, pois Dudo não conseguiu dormir bem e ficou repetindo no pensamento o telefonema para Heitor, que agora se chamava Rick. Só em ouvir sua voz novamente, agora co um leve sotaque paulista, já bastava para acalmar todo o seu corpo. Ruins e tristes foram os meses após a descoberta dos verdadeiros assassinos de seu irmão Leonardo e Zé Lúcio. Ele jamais se perdoou por ter usado palavras duras e cheias de humilhação quando falou com o único garoto que algum dia lhe despertou um sentimento genuíno e trouxe paixão para a sua vida. Por ele foi capaz de peitar o irmãos quando da ida dos dois à casa de praia na ilha de Itamaracá. Por ele, esse lindo garoto, ele seria capaz de muito mais.
_ Você tem que pelo menos me ouvir, Heitor... Falou Dudo em voz alta, na penumbra de seu quarto em plena madrugada.
Todas as suas lembranças em relação aos dois, eram cheias de vontades e paixões. Ele sabia que precisava desse garoto, por saber que nenhum outro poderia tomar o seu lugar ou mesmo ocupar um lugar que jamais estaria vago. Sua admiração por Heitor havia crescido na mesma proporção que seu amor por ele iniciara.
Heitor não era só belo no físico, no porte elegante que tinha ao andar, no sorriso de dentes perfeitos, na sensualidade de seus beijos ou mesmo na sua entrega quando faziam amor e não sexo, ele era um diamante bruto que tinha sonhos e vontades próprias, era um lutador nato, o que só aumentava seu conceito por ele e sua beleza era muito maior do que a vista por olhos de cobiça ou desejo.
E Eduardo tinha certeza que o mundo desse garoto, depois que ele o havia conhecido, se tornara um mundo mais fácil de viver e ousava dizer que o sonho voltara a fazer parte... Aí, o destino arma uma verdadeira cilada, os dois são inseridos em lados opostos de uma peleja e deu no que deu...
_ Eu tô infeliz, garoto. E a razão é muito simples de ver agora, sinto sua falta...
Isso e muito mais ele teria que dizer assim que o encontrasse. Não importava o que ele era ou tinha sido, o que importava é que ele, Eduardo Freire Duarte o amava e esse garoto Heitor Silva Pontes teria que saber disso o mais rápido possível.
O despertador acionou pontualmente às 07:00 h de uma quente manhã pernambucana, fazendo com que Eduardo levantasse e iniciasse a sua rotina...
SÃO PAULO, ACLIMAÇÃO...
Por volta das 07:30 h da manhã, manhã essa de muito frio em São Paulo, Klaus voltava de sua corrida matinal pelas ruas já movimentadas da cidade quando abriu a porta do quarto de Rick e o encontrou ainda dormindo apenas de camiseta branca, uma cueca slip amarelinha e meias brancas com o lençol parcialmente cobrindo seu belo e desejável corpo. Há quase dois meses que os dois haviam engatado uma relação afetiva e para ambos isso havia trazido equilíbrio e paz...
Klaus apenas o admirou de longe, sorriu e saiu do quarto... Logo em seguida foi tomar seu banho, enquanto Nilo já preparava o café da manhã, por ser o seu dia de tal tarefa doméstica e antes de Rick acordar, ele já estava de volta ao quarto do novato e lentamente se aproximou da cama.
Ao curvar seu corpo sobre o do mais que amigo, ele começou a tocar sua pele com a ponta do nariz e logo em seguida com muita sutileza, com seus lábios frios por causa do banho. Rick mexeu na cama e o lençol foi afastado de vez. Klaus aproveitou e sentou praticamente em cima do amado e continuou com seus carinhos no corpo do amado que ainda estava sonolento...
_ Bom dia meu nego.. E sua língua timidamente lambeu os lábios de Rick que deu um leve sorriso antes de abrir os olhos...
_ Bom... Dia... meu meninão lindo ...E automaticamente tentou espreguiçar o corpo, só que Klaus já montara sobre ele e impediu o movimento.
_ Adoro ver você assim todo entregue em cima dessa cama...
_ Ah, você gosta disso, é? E de súbito Rick levantou, agarrou Klaus e girou, fazendo ele cair em cima da cama desarrumada.
_ Quem tá todo entregue agora, hein meninão lindo? E o olhar dos dois já denotavam mais que uma simples visão matinal, neles, havia cobiça e desejo.
_ Eu sempre me entrego a você, nego. Você sabe que eu não resisto.
A porta do quarto é aberta e Nilo pega os dois amigos no maior beijo...
_ Oba festinha matinal antes do café? Isso é o que eu...
_ Não dessa vez, Nilo... E Rick volta a chupar a língua de Klaus energicamente.
O corpo de Klaus foi milimetricamente percorrido pelos lábios e pela língua de Rick. Klaus enlouquecia de tesão ao ter os mamilos chupados fortemente e quando isso acontecia, ele praticamente se derretia todo.
_ Tá vendo, você agora tá do jeito que eu gosto, totalmente entregue a mim e vendo você desse jeito, isso me dá vontade de te virar do avesso...
_ Me vira então, nego...
Quando o corpo de Klaus foi virado, Rick caiu de boca em seu buraco, fazendo seu meninão enlouquecer...
_ Caralho nego, eu nunca fui passivo com ninguém cara... O que você fez comigo pra que eu me liberasse desse jeito? Aaaahhhhhhhhhhhhhhh... E a língua de Rick voltava a lhe perfurar o cu com vontade e prazer.
O corpo de Klaus foi completamente explorado pelo seu nego Rick. E muitas foram as vezes em que Klaus implorou que ele o fodesse...
_ Não antes de meter minha pica todinha em sua boca... Abre a boquinha pra mim, vai meu meninão lindo... Isso garoto obediente...
E lentamente Rick fazia seu mastro sumir dentro da boca de Klaus inumeras vezes... Os dois estavam num mundo particular e num momento único der suas vidas, como se nada mais existisse depois daquela porta.
Assim que terminou de chupar o grande mastro do seu nego, Klaus implorou mais uma vez...
_ Me fode Rick... Sem só, do jeito que você gosta... me fode, cara...
Rick soltou o corpo do seu meninão, pegou a camisinha na comoda, encapou a pica e ao agarrar novamente o corpo do seu namorado?!, meteu primeiro a língua toda em sua boca e depois foi fazendo seu membro sumir dentro dele lentamente, impedindo Klaus de gemer...
E um verdadeiro balé começava nos dois corpos... Um negro e um branco... Um indo e o outro recebendo... Um gemendo abafadamente e o outro enlouquecendo de prazer... Um ativo e outro totalmente passivo... Mas ambos tendo um prazer único no ato do sexo. Klaus gozou entre os dois corpos e sentiu dentro de si a camisinha encher por conta do gozo quente e farto do amado...
Só depois de gozarem e a respiração dos dois voltar ao normal é que Rick tirou lentamente sua língua da boca de Klaus, que olhou em seu olhar e sorriu...
_ Cara, você sabe que eu sou teu, né?
_ Não Klaus, você sabe que esse tipo de coisa que você tá pensando, não existe na minha vida... Não nego que adoro estar com você e que é muito bom esse envolvimento entre nós, mas não existe essa história de sou seu...
_ Eu sei nego, isso é só uma maneira de você saber que estarei aqui sempre que você quiser, beleza?
_ Assim tá melhor. Agora vamos tomar banho que o dia de trabalho vai já começar, ou você esqueceu que teremos cliente agora pela manhã?
_ Pode deixar que não esqueci não.
EM RECIFE...
O jato particular partiu de Guararapes pontualmente às 17:03 h da tarde. Eduardo tentou relaxar bebendo uma dose de vodka. Se tudo desse certo...
_ Se tudo der certo Heitor, você me dará o maior presente de aniversário nesses quase quarenta anos da minha vida.
E o voo seguiu tranquilo até o destino final.
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Quase que não vinha hoje... Trabalhei até agora em casa, e decidi escrever pelo menos o capítulo de hoje. Beijo em vossos corações e obrigado por seguirem juntinho nessa jornada, POVO DO LADO ESQUERDO. Nando Mota.
