EDITADO (TIRANDO O INGLÊS DE TODO O CONTO).
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Oi? Meu nome é Daniel (se lê Deniel), mas meu apelido é Dan (se ler Den) nasci no Brasil, hoje moro nos EUA em San Francisco, vim embora pra cá com 7 anos. Antes de tudo vou me descrever: Sou branco, olhos claros mais especificamente azuis ou verdes, depende da iluminação do lugar, mas a luz do sol ou bem iluminados são azuis céu, meu cabelo é loiro mel, ondulado, sou magro, não muito malhado, mas não sou um esqueleto pois pratico exercícios (natação e corrida) aqui a gente tem que praticar exercícios nas escolas, pelo menos um, faz parte das atividades extra curriculares, temos uma fama muito ruim de comermos besteira e não praticarmos exercícios mas em realidade nas escolas daqui o esporte é levado muito a sério.
Bem, acho que vcs estão se perguntando: Por que esse garoto mora em outro País e está escrevendo pra cá? Ou ainda: Como ele escreve Português e fala nossa língua com tanta desenvoltura? Vou começar pelo começo: Minha mãe era brasileira e meu pai estadunidense eles se conheceram na Universidade. Minha mãe veio fazer um curso aqui e conheceu meu pai, ambos se apaixonaram logo que se viram! Quando terminaram a Faculdade se casaram e com 23 anos minha mãe descobriu-se grávida de mim! Pediu então a meu pai para vir ao Brasil para ter seu filho aqui junto a sua mãe, ele consentiu e logo comprou um AP no mesmo prédio de minha avó (meu pai nasceu em berço de ouro e logo conseguiu também construir seu próprio império sem depender do dinheiro dos meus avós mesmo sendo herdeiro de boa parte junto aos meus dois tios.) meu avô paterno morreu antes de eu nascer, vítima de enfarte, mas minha avó está viva, saudável e linda (É alta, magra, loira, olhos azuis). Ela esperneou, mas acabou os deixando vir para o Brasil.
Minha mãe teve uma gravidez complicada, os médicos morriam de fazer exames e não encontravam nenhum problema aparente para ela passar tão mal, constataram que seus sintomas não eram da gravidez, então depois que nasci ela foi diagnosticada com câncer cerebral, um tumor inoperável e maligno, fez alguns tratamentos para retardar o crescimento do mesmo, mas viveu só até meus 4 anos. Meu pai vivia muito bem aqui, era arquiteto, minha mãe era de Curitiba, ele fazia projetos para pessoas importantes, ainda viveu mais 3 anos aqui por pedido da minha avó materna que também é muito bonita mas é mais cheinha, baixinha, também é loira e olhos mel, meu avô materno ainda vivo tem olhos verdes, é alto, magro cabelos grisalhos mas percebe-se ser de um castanho bem clarinho. Olho hoje em dia nos porta-retratos as fotos de minha mãe e vejo o quanto ela era linda: Loira (cabelos longos), alta (puxou ao pai dela), olhos verdes, magra, seu nome era Daniela e meu pai não pensou duas vezes em homenageá-la e pôr seu nome em mim (Parece até que estava adivinhando o que aconteceria a ela)... Não tem quem a olhasse e falasse que não era saudável, mas na verdade estava morrendo e nem sabia. Meu pai cuidou de mim maravilhosamente bem, e na verdade passou esses 3 anos no Brasil por medo de ir embora e não ter mais minha avó para lhe ajudar, mas chegou em um ponto que não deu mais, cuidar de uma criança com outra cultura em mente, em um País extremamente diferente, ensinar coisas que aqui não seriam bem compreendidas... Ele então decidiu vir! Mesmo após vir para cá continuei sempre mantendo contato com minha família do Brasil, mais especificamente meu avô e minha avó.
Quando o tempo foi passando fui esquecendo o português, mas meu pai logo pagou um curso para mim, meus amigos estranharam, pois aqui todos estudam mais francês ou espanhol, alemão etc... Então contei minha história a todos. Aqui o normal é você completar 18 e viver sua vida, sair da casa de seus pais para uma Universidade, provavelmente depois constituir uma família ou morar sozinho... se continuar morando com seus pais é taxado como bebezinho pelo resto de sua vida ou até sair de lá. Meu pai logo cuidou de constituir a sua, mas aconteceu essa tragédia ele então pensando em mim e com medo de errar comprou uma casa na mesma cidade em que nasceu, afastado o bastante da casa da minha avó para ter sua liberdade e privacidade e ao mesmo tempo perto o bastante para segundo ele eu ter uma família e crescer me sentindo amado.
Meu pai depois que minha mãe morreu se sentiu muito sozinho... Ele a amava muito, foi muito triste vê-lo chorando pelos cantos e hoje percebo o quanto ele se sacrificou por mim, sorria para me fazer sorrir, brincava e fingia estar alegre para me alegrar. Ele fez tudo por mim, eu só o tinha na vida e percebo que era o bastante. Ele conseguiu ser meu pai e mãe! Me colocava em primeiro lugar em tudo. Eu o amo. Esqueci-me de descrevê-lo... Ele é alto, cabelos de um loiro castanho, definido, pois malha, olhos azuis escuros (nesse quesito digo sempre que puxei a minha mãe e a ele, pois meus olhos são verdes e azuis dependendo da luz) bom, também puxei outra coisa dos dois que tenho uma certa vergonha em falar... São duas marcas de nascença, tenho um sinal em formato de estrela na nádega esquerda que puxei da minha mãe e do meu pai herdei dois sinaizinhos vermelhos do lado direito do pescoço que desde criança chamo de mordida de vampiro e ele ri bastante.
A família da minha mãe sempre foi muito doente, já perdi tios com câncer, primos com diabetes, meu avô teve câncer na próstata, mas felizmente está vivo e claro minha mãe... Por isso meu pai sempre foi muito preocupado com minha saúde, ele tem medo da minha genética, a família dele é muito forte, a grande maioria morre de velhice mesmo. Depois que minha mãe morreu ele só se dedica a mim nunca mais namorou até que completei 10 anos...
Um dia ele apareceu em casa acompanhado de uma negra muito bonita, alta, magra, malhada com pernões, olhos castanhos lindos, cabelos cacheados castanhos também... Enfim, linda. Eu logo estranhei, ela se aproximou de mim e falou: “Oi Dan? Meu nome é Ashley!” A odiei de cara, percebi que se tratava de um caso amoroso dele, então não respondi.
Meu pai disse: “Dan essa é minha namorada, trouxe a Ashley aqui porque precisava conhecê-la, pois vc é a pessoa que mais me importa.” Naquela hora eu já estava com os olhos marejados e falei: “Não. Ela não vai substituir a minha mãe. Não quero. Separa dela? Eu não gostei” Saí correndo de lá e meu pai me acompanhou. Falou barbaridades que me lembro até hoje! Disse que eu já era grandinho o suficiente para entender, que sempre se dedicou só a mim e precisava viver também e que não iria separar dela só por um simples capricho meu.
Gente eu sei que ele era homem e tinha suas necessidades, mas eu era só uma criança que havia perdido a mãe e não entendia nem queria aceitar dividi-lo com ninguém e nem que ninguém ocupasse o posto que era dela. Depois que o tempo foi passando ele tentava nos aproximar de todas as formas e sempre a trazia aqui pra casa, meu pai trabalhava muito e teve a ideia de me deixar sozinho com Ashley quando saía para o trabalho. No primeiro dia ela mostrou a que veio e seus verdadeiros interesses, depois de muito espernear e dizer que não queria ela alí como sempre fazia, ele saiu e nos deixou a sós então ela pegou forte no meu braço, apertando muito e falou: “Garoto você não vai melar meus planos, entendeu? Por enquanto eu sou uma simples secretária do seu pai, mas eu vou conseguir fisga-lo e sabe o que eu vou fazer com você? (nessa hora ela me sacudiu) vou te mandar para bem longe, para qualquer internato, vou acabar de vez com a família que nunca deveria ter existido. Sua mãe já apodreceu debaixo da terra, agora só falta me livrar de você mesmo e vai ser bem fácil.” Ela me jogou contra a parede, fui correndo chorando para o quarto! Naquele dia ela me fez sérios danos psicológicos, pois passou o resto da tarde falando da minha mãe, eu não tinha a chave do meu quarto na época, meu pai me considerava muito criança ainda, aqui nós temos uma educação diferente, várias coisas marcam a passagem de nossa infância para a pré-adolescência, adolescência e fase adulta.
Passavam-se mais dias e as coisas pioravam mais e mais. Ela começou a me maltratar fisicamente, me dava tapas, me empurrava, eu era muito branco e por isso era fácil marcar. Um dia depois que chegou em casa como sempre ouvia meu pai aos beijos com ela e fazendo mil elogios até que a mesma foi embora e ele subiu, me encontrou chorando e começou a brigar, fazia dias que não conseguia dormir a noite, não me alimentava direito e ela sempre me batia, só pensava no que ela me falava... Naquela noite meu corpo todo doía e estava me sentindo indisposto. Entrou no meu quarto e ligou a luz, pois já havia anoitecido. “Dan, o que está havendo? Você está pálido (Meu pai pegou na minha testa.) está ardendo em febre.” Ele me abraçou e eu gemi de dor então subiu minha blusa, meu corpo tinha manchas rochas de beliscões, hematomas de quando ela me empurrava e eu caía, meu braço tinha marcas de suas mãos quando ela apertava com força... “Dan quem fez isso?” eu não falei nada, tinha medo dele não acreditar e ela fazer algo pior quando ficasse só comigo. “Dan me fala, agora” então eu falei baixinho e de cabeça baixa olhando para os meus dedos: “Foi a Ashley.” Olhei para ele “pai eu juro. Por favor não me deixa sozinho com ela? Nunca mais por favor eu te suplico, eu tenho medo! Ela fala tantas coisas ruins da mamãe por favor papai...” Então tudo apagou.
Quando acordei, no outro dia, ele estava comigo com uma cara bem preocupada, me disse que eu não me preocupasse que ela não iria aparecer novamente, que eu iria ter sessões com um terapeuta e que eu era a pessoa mais importante de sua vida, para ter certeza disso sempre. Minha avó também estava lá e perguntei o que aconteceu... Ela me falou que o médico veio me examinar (minha família tem um médico que na verdade era amigo do meu avô e se tornou amigo da família) o Dr. Frederick me examinou, passou algumas pomadas para meus hematomas e constatou que minha febre era psicológica! Passei anos fazendo terapia.
7 anos depois...
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Oi gente? Volteeeeeei... E aí gostaram? Continuo?
Abração.