Vaza daqui viado. Tu exagerou demais hoje – e ele não falou mais nada porque eu o golpeei com força no pescoço usando um golpe que já tinha visto tantas vezes em filmes. Quem está na vida fácil precisa saber se defender, ou tentar. Eu sabia que um dia esse aprendizado hollywoodiano seria útil. Vi-o cair desacordado. Olhei para ele e chorei. Se ele não fosse meu, não seria de mais ninguém. Entretanto, ele também precisava aprender com quem estava lidando. Eu iria ensiná-lo.
E foi assim que eu acabei comendo o cu do LuísSaí dele com o pau quase em carne viva depois de ter arregaçado aquele butão lacradinho. Sentia-me vingado, saciado e pleno. Era bom ser o ativo da relação. Era bom sentir que você podia se afundar num buraco apertado e dominar um macho com sua neca. Era uma sensação sublime. E esse sentimento se avultava quando você comia o cara que amava e, sobretudo, um cara que lhe humilhou profundamente fazendo você chupar a porra que ele despejou na buceta da sua amiga. Eu cheguei, acho que agora sim, ao fundo do poço, mas estava me vingando. A primeira parte de minha vingaça já havia sido posta em prática. Agora viria a segunda. Uma vingança secreta, não tem graça. É preciso a notoriedade. É preciso que todos saibam.
Olhei mais uma vez para o Luís e o vi apagado em cima da cama, nocauteado pelo potente e certeiro golpe que lhe apliquei. Vi a musculatura de suas costas, a montanha de suas bundas, com minha porra escorrendo pelo seu rego e chegando aos lençóis. Suas pernas estavam ligeiramente abertas e, dependendo do ângulo, talvez eu até conseguisse ver a olhota deflorada do seu cu. De sua boca escorria um fio de baba. Senti um prazer nefasto ao ver que eu havia dominado meu homem. Saí dali feliz.
O corredor e as escadas da casa de Luís mostravam um rastro discreto de sangue. Aquela vaca da Bruna além de ter dado a buceta para o meu amor, ainda sujou toda a casa dele com seu sangue de ratazana.
Quando girei a maçaneta e preparei para me colocar o pé na rua estanquei de susto. Ali, bem na minha frente, estava o pai do Luís.
Ele olhou-me com uma cara gélida. Depois percorreu meu corpo com interesse. Ele olhava com espanto para meus hematomas e deformidades. Parecia sentir pena. Não gostei de seu olhar de compaixão.
- O que fizeram com você? Quem fez essa maldade contigo?
- Seu filho – respondi objetivamente – Luís me destruiu. Ele me desfigurou e me transformou nesse monstro que você esta vendo.
- Meu filho? Por que meu filho faria isso? – ele parecia assustado e intrigado – Mas, por quê? Me diga... Por que?
- Seu filho me atormenta e me persregue de todas as formas que você possa imaginar. Eu tentei me esquivar, fugir, ignorar... e foi assim que tudo terminou... – a expressão dele era de choque e surpresa.
- Não é possível! Não pode ser! Meu filho?!
- Acha que eu te abandonei por quê? Seu filho me perseguia, me agredia, me humilhava... ele sempre soube da gente... sempre... e eu apanhei muito por isso... e hoje vim aqui para levar mais uma porrada – meus olhos começaram a lacrimejar com falsidade – é o preço que pago até hoje pelo silêncio dele.
- Silêncio?
- Sim, ele passou a me odiar desde o dia que descobriu que eu te amava – vi sua expressão de susto assumir contornos mais doces. Um sorriso se insinuou em seus lábios – Eu te amava, ainda amo... seu filho me obrigou a me afastar, a desaparecer... a sumir da sua vida... só Deus saber como eu sofri... e se hoje estou assim, desse jeito fantasmagórico, é porque eu te amo e quis manter em segredo o nosso amor...
- Não pode ser! Comigo Luís sempre agiu com naturalidade... ele nunca demonstrou ter conhecimento de que erámos... de que fomos.... de que tivemos um caso.
- Ele nunca te culpou por nada. Na cabeça dele o único culpado sempre fui eu. Seu filho é um maníaco. Ele sempre me castigou, perseguiu e me humilhou. Eu apanho há muito tempo... Mas, agora ele me deixou marcado... como você pode ver. Ele destruiu nossa história... Ele é o culpado por não termos tido um final feliz – minha voz fraquejou e eu chorei dissimulado – ele ameaçava te execrar publicamente – nossa, eu arrasei nessa palavra – te humilhar, te envergonhar... eu não podia permitir isso.
Ele me abraçou. Eu fingi que tremia. Ele me dava tapinhas nas costas em tom de conforto. Eu fungava e soluçava próximo do seu pescoço.
- Eu vou cobrar uma explicação do meu filho, agora. – ele disse furioso – Ele... ele tirou uma grande alegria da minha vida... eu nunca fui rejeitado por ninguém... NUNCA... eu achei que você tinha me renegado e sofri muito por isso... e na verdade... poxa, na verdade você preocupado com minha reputação. E eu... eu... – ele gaguejou e eu vi lágrimas em seus olhos – eu tentando te matar... - hein?! Como assim?
- Do quê você está falando? – eu perguntei atônito.
- Eu tentei de atropelar algumas vezes – ele respondeu com naturalidade – Eu nunca lidei bem com a rejeição. Eu não aceitava que você tivesse me trocado por outro homem. Eu queria o seu cu só para mim – olhei para ele assustado.
- Como... como... você teve coragem... eu não posso acreditar... você quis me matar... só porque eu te larguei... digo – retratei-me a tempo – fui obrigado... pelo SEU FILHO – frisei – a te largar... você tentou fazer maldade comigo... eu... nossa, eu fui castigado por você e pelo monstro que você chama de filho... eu querendo te defender e você querendo me ver ardendo no inferno – eu estava realmente furioso. Então F. só havia, realmente, mandando me seguir e me enviado aquelas fotos. As tentativas de atropelamento era da autoria do pai do Luís. Que desgraçado!
Levantei-me com ímpeto e caminhei resoluto em direção a porta. Ele se levantou e ergueu a voz:
- Perdoe-me – falou com humildade – eu errei – virei-me e o encarei fixamente – Podemos recomeçar de onde paramos?
- Olhe para mim! Não seja patético! Eu estou arruinado. Eu não tenho a beleza que eu tinha... – eu chorei de verdade dessa vez, sobretudo porque vi meu reflexo num espelho que ainda restava ali na sala e minha aparência era repugnante.
Ele caminhou até um pequeno bar que havia num canto da sala e serviu-se de uma generosa dose de whisky puro. Nem gelo colocou. Virou-a num só gole. E tornou a encher o copo.
- Eu nunca mais comi um cu depois que você me largou... nunca mais... – ele tonou a virar toda a bebida e soltou um grunido pois ela deve ter descido queimando – sempre fui fissurado num cu, sempre – ele encheu o terceiro copo, de longe já comecei a sentir seu hálito etílico – mas, cu nenhum é ingual o seu... – não nego que fiquei envaidecido e acabei esquecendo a raiva que senti ao descobrir que ele havia tentado me matar algumas vezes – Teu cu – ele meditava olhando o copo de bebida – teu rabo – ele afrouxou a gravata e tirou o paletó – teu rabo faz a gente querer sempre mais, deixa qualquer um maluco, pirado, doido, alucinado – ele largou o copo e começou a beber na garrafa e olhar para mim – Senta aqui, fica aqui pertinho – ele indicou um banco que havia ao lado de onde ele estava, obedeci e fui até lá – Eu nunca mais comi um cu... até tentei... um dia catei um viadinho branquinho e liso feito você numa cidade aqui perto... mas – ele tomou um gole – meu pau ficou duro, meu saco estava enorme de tanta porra acumulada... minha mulher nunca, nunca mesma, deu o cu... puta, vaca desgraçada... mas, ai quando eu ia meter no viado eu lembrei de você... e de tudo que eu sentia com você... não sei se era só tesão... não sei mesmo... só sei que nunca senti nada por mais ninguém... meu pau amoleceu na mesma hora e não subiu mais... nem aqui em casa, nem na rua, com ninguém... – eu ouvi aquilo com surpresa e satisfação, afinal sempre gostei de saber a extensão do poder e interesse que eu despertava nas pessoas, qual é o viado que não gosta?! – mas, com você tudo muda... é só você apareceu que meu cassete pulsa, baba e fica querendo entrar de novo nesse buraco quente e rosadinho que você tem... – ele me ofereceu um trago e eu tomei, olhando bem firme para os olhos dele e chupando o gargalo da garrafa com uma conotação sexual.
- E pensar que isso tudo aconteceu por causa do seu filho... o Luís me obrigou a te abandonar... disse que preferia ter um pai morto do que um pai... eu tenho vergonha de repetir... eu não devo ficar falando isso... eu já sofri muito... continuo sofrendo... até hoje ele me chantageia... me maltrata... me agride... por isso, vim aqui, para pagar pelo silêncio dele... e ele não me cobra apenas em dinheiro, como vc pode notar – falei estendendo meus braços e mostrando também meu rosto mutilado.
- Então... se não fosse por ele... a gente estaria junto ainda? – ele parecia velho, fraco, abandonado e carente ao perguntar isso. Confesso que senti um prazer mórbido ao ver a degradação daquele homem.
- É claro que sim! Não precisa ter nenhuma dúvida quanto a isso... – falei com uma entonação de emoção que eu não sentia e ri por dentro – eu, nunca tive prazer com mais ninguém depois de você – ele me olhou admirado...
- Quer dizer que...
- Eu tive outros homens. Eu fui obrigado a ter... você deve saber. Seu filho exigia que eu lhe desse dinheiro e eu lhe dava. E o dinheiro vinha do meu corpo. – eu chorei novamente – Eu vendia meu corpo e minha alma para aplacar a fúria cruel e impiedosa do Luís, para pagar o silêncio dele e não destruir sua vida – sempre assisti muitas novelas mexicanas e era bom para fazer drama – mas, prazer eu nunca mais tive... nunca mais...
Ele se levantou e começou a andar pela sala. Arregaçou as mangas da camisa e continou a beber. Eu nunca vi ninguém beber whisky puro com tanta facilidade. Ele grunia, mas engolia aquele liquido amargo e escaldante com facilidade. Ele trancou a porta da sala com sua chave e cerrou as cortinas. A sala ficou na penumbra.
- Eu quero você... de novo... eu nunca mais quero ficar sem você... eu largo tudo por você... só você faz de mim um homem... eu fiquei esse tempo todo sem conseguir ter uma ereção, sem saber o que era prazer... sem saber nada... – ele começou a cambalear enquanto falava - A gente não pode ficar junto? – ele se aproximou e me olhou com cara de súplica. Eu me levantei na penumbra e o beijei.
Sua boca tinha o gosto de bebida.Seu hálito estava péssimo e sua língua parecia podre. Ele não era feio, pelo contrário, era vigoroso e imponente, quase bonito. Mas, o bafo estava cruel. Peguei a garrafa de sua mão e dei uma tragada, depois lhe ofereci. Ele bebeu todo o resto do whisky e jogou a garrafa fora. Ele logo pegou outra garrafa no bar e voltou a beber. Seu olhar ficou escuro e distante e suas pernas estavam trôpegas.
– Minha mulher te odeia – ele afirmou direto – Ela sabe de tudo. Um dia tentado meter nela eu a chamei pelo seu nome. Ela ficou doida. Furiosa. Só não me abandonou porque gosta de grana. Mas, agora... – ele percorreu com os olhos a sala decadente, cheia de espaços outrora ocupados por objetos de certo valor – agora eu to fudido: sem dinheiro, sem nada. Nem sou mais homem. Não sobe – ele apontou para o cassete murcho dentro de sua calça – Até macumba ela fez contigo! – ele riu – matava animais, fazia rituais... coisa de mulher doida... – então foi aquela vaca que deixou aquele gato morto na minha porta e deve ter cortado as flores do jardim de mamãe... sempre achei essas atividades bem femininas mesmo. Puta. Vou dar uma coça nela, pensei. – Não adiantou. Você ocupava sempre meu pensamento. Sempre. – Ele continuava bebendo e se jogou no sofá. Sentei-me em seu colo. Beijei-o e lhe dei mais bebida.
- E essa vadia está onde agora?
- Não sei. Foi embora há alguns dias. Me largou. – bosta! Eu não ia poder me vingar dela! Ele me beijou. Eu me afastei discretamente e prendi a respiração para não respirar seu hálito. Ofereci-lhe a garrafa de novo. Ele bebeu. Eu começou a se agitar debaixo de mim. Senti-o crescer. – Está vendo? Só você me deixa assim! Só fico macho com você! – eu via agora a satisfação em seus olhos enquanto sentia sua pica dura começar a cutucar meu bumbum. E aí eu tive uma ideia.
Levantei-me e me comecei a me despir. Meu corpo era gostoso, eu sei disso. Minha bunda principalmente. Eu podia ter marcas, hematomas e deformidades na face, mas eu tinha um grande trunfo: minha desenvoltura sexual. Eu sou um bom viado. Como me disseram certa vez: eu sou um viado decente. Eu sei dar prazer para um homem. Eu sei fazer um homem descobrir e viver o prazer. E agora mais do que nunca eu tive certeza disso.
O pai do Luís não era o primeiro que me desejava apesar da minha aparência desprezível. O Teco continuava me possuindo e me querendo. O Enrico também. Não importava se eu era feio ou não. Eu tinha um rabo de primeira. E isso que importava. Virei-me de costas e permiti que ele fitasse minha bunda nua na escuridão quase que plena. Ela estava lisa e maravilhosa. As marcas de cinto já tinham sumido e suas bandas atraíram rapidamente as mãos do pai do Luís. Ele me tocou e eu soltei um gemido fingido. Ele bebia e me apalpava. Eu sussurra frases desconexas.
Ele se levantou e tirou o cinto, os sapatos e a calça. Sua cueca estava estufada na parte da frente. Apertei aquele volume. Seu pau pulou em minha mãe. Continuei apertando e ele sorriu. Sua boca me procurou. Eu me afastei. Levantei sua mão e fiz com que bebesse mais. Ele tirou a camisa. Seu peito tinha alguns pelos grisalhos, mas ainda era firme e forte. Sua barriga estava levemente flácida, mas ele ainda seria considerado um coroa enxuto. Eu desci sua cueca e contemplei sua virilidade em grau máximo. Seu pau, muito grande e duro, apontava para o céu. A cabeça estava muito inchada. As veias também. Seu saco estava duro. Havia muita porra ali dentro. Porra que clamava para ser posta para fora.
Comecei uma punheta. Ele fechou os olhos e se entregou ao prazer. Lambi-o de leve, contornando toda a extensão de seu mastro. Sua pica era majestosa e imponente. Quase colossal. Tesão reprimido aumenta as formas da genitália, pelo visto. Chupei seu saco. Ele abriu os olhos e gemeu. Ergui-me e o beijei. Ele segurou meu rosto com as duas mãos e enfiou sua língua dentro de minha boca. Tive nojo, mas aguentei. O que era um beijo para quem há poucos minutos havia chupado uma buceta. Desci novamente e coloquei seu pau suavemente na boca. A medida que o pau entrava ele gemia. Ele me agarrou pelas orelhas, com certo desespero, e se enfiou com pressa em minha boca. Fiz pressão com os lábio e iniciei a chupeta. Ele suspirou aliviado e segurou minha cabeça. Ele ficou inerete, entregue ao prazer que voltava a vivenciar. Eu o chupei com afinco, vontade e mestria. Ele apenas segurava minha cabeça e sorria. Seu pau cresceu, inchou e dobrou de tamanho. Minha boca se abriu para receber seu néctar. Ele veio forte, numa torrente impiedosa. Era um caldo grosso, gosmento, farto, quente, parecia um mingau de aveia de tão espesso. Eu sorvi aquela porra com asco. Abri a boca e deixei parte cair no chão. Ele me olhou agradecido. Sentia-me que ele me reverenciava. Eu devolvi a masculinidade daquele homem. Eu era demais!
Ele permanecia me olhando fascinado. Peguei a garrafa de sua mão e tomei um bom gole. Eu também me sentia meio estranho devido ao efeito da bebida e as últimas revelações. Mas, estava tendo ânsia de vomito e precisava de algo que tirasse o gosto daquela porra da minha boca. Ele continuou duro. E estava peladão ainda. Eu também. Ele me olhava com expectativa. Eu abaixei-me, fingindo pegar algo no chão, e o contemplei com a visão escancarada do meu cuzinho. Ele gemeu feito uma fera. Fui andando em direção as escadas. Ele ficou parado me olhando. Chamei-o com um movimento de cabeça. Ele tomou mais um trago e me seguiu.
Subi rebolando os degraus para valorizar minha bunda. Conduzi-o para dentro do quarto. Apaguei as luzes. As cortinas já estavam fechadas. Luís permanecia desmaiado na cama de bruços. A porra em seu cu já havia secado. Seu pai entrou no quarto. Eu me escondi debaixo da escrivaninha. O que seu pai viu, na penumbra do quarto e sob o efeito da bebida, foi uma bunda branca e carnuda virada para cima. Ele não pensou duas vezes e se deitou em cima daquele corpo. Começou a chupar, mordiscar e beijar o pescoço que achava que era meu.
- Eu sonhei tanto com esse dia – ele dizia entre gemidos – Você agora é meu de novo.
Eu, espremido debaixo do móvel, sem fazer barulho, assisti satisfeito o cu do Luís se contrair e receber a pica paterna. A mesma que anos antes havia despejado seu sêmen na buceta da sua mãe e lhe dado a vida. Pai e filho estavam engatados. Se o pai estranhou a imobilidade do filho, não comentou nada. O cérebro humano é fascinante: O simples fato de acreditar que estava comigo o fazia arremeter com força naquele rabo gostoso que havia deflorado um pouco antes. Bom que o deixei bem lubrificado, pensei com maldade.
Meu pau endureceu e eu comecei a tocar uma punheta. E quando o pai do Luís deu sinais de que ia gozar, eu acelerei os movimentos e gozamos sincronicamente. Sorvi minha própria porra com prazer e desespero. O pai do meu amor resfolegou, voltou a beijá-lo a nuca e se preparou para levantar.
Dei um pulo e abri as cortinas. Vi a confusão em seus olhos ao me ver de pé na sua frente. Ele olhou para mim sem entender nada. E depois olhou para a cama. E viu um corpo estirado lá de bruços. Ele foi até ele o virou e viu o rosto lindo e loiro do seu filho único. Ele me olhou com repulsa e incredulidade. Vi desespero e fúria em seus olhos.
- Nunca mais se aproxime de mim. Isso é por ter tentando me matar. Seu idiota. E a sua mulher, se um dia aparecer na minha frente, eu destruo também. – Ele me olhava incrédulo e começou a chorar feito uma criança agarrado ao corpo nu do Luís. Olhei para o pau do Luís e fiquei triste. Tinha certeza que, depois dos acontecimentos de hoje, seria a última vez, que o veria.
Sai do quarto vitorioso e vingado. Enviei o vídeo em que eu comia o cu do Luís para diversos contatos do whats. Varios alunos da nossa escola agora veriam aquele que havia sido o popular do colégio sendo enrabado pelo viadinho da escola. A enrabada que ele levou do próprio pai não deu para filmar, porque o quarto estava muito escuro. Mas eu ter assistido aquele espetáculo, não tinha preço. Ri histericamente e feliz. Eu era terrível.
Fiquei ali rindo quando ouvi um som estrondoso vindo do andar de cima. Subi as escadas correndo e assustado. Em seu quarto, Luís jazia estirado e inconsciente na cama – será que meu golpe deixaria alguma lesão, cheguei a pensar – então percorri os outros cômodos da casa.
No quarto principal, com os armários abertos e com poucas roupas – a piranha da mãe do Luís devia realmente ter ido embora – jogado no chão, próxima a uma cômoda estilo provençal que havia ali, amarrotado feito uma trouxa, banhado em sangue e com os miolos cerebrais espalhados, estava o corpo sem vida do pai do Luís. Seu olhar congelado parecia querer me engolir. Sua mão segurava um revolver pequeno. Eu gritei de susto. Eu gritei de pavor. E gritei mais ainda, quando a campainha tocou em seguida. Pensei que fosse um segundo tiro. Corri para fora do quarto, sem encostar em nada porque eu não era bobo.
- Abra logo, é a polícia! Vamos arrombar!
Meu Deus, pensei, como a polícia chegou tão rápido. Em seguida ouvi a voz de Bruna. Tinha sido aquela vadia que os levou ali. Corri para os fundos e tentei fugir. Um policial que estava ali me deteve. Debati-me inultimente. Esperniei. Gritei. Soquei. Chorei. Chutei. Tudo inútil. Fui conduzido até a presença de outros policiais. Bruna, pálida e com um grande curativo no pescoço, me encarava vitoriosa:
- Eu fiz questão de ver tudo pessoalmente – cuspiu na minha cara e saiu entrando num carro que a aguardava com o motorista.
Eu era menor e não podia ser preso. Fui levado para uma sala reservada. Minhas mãe não estava sendo localizada. Eu não tinha para quem ligar. Liguei para o Teco e ele não me atendeu. Aguardei morrendo de tédio e pavor. No da seguinte conseguiram falar com minha mãe. Ela estava longe, mas disseram-me que já estava a caminho. Teco apareceu, mas eu não tive permissão para falar com ele. Somente familiares e advogado. Eu me senti sozinho. Fui madando para um reformatório para aguardar as próximas providências. Eu havia destruído tudo que eu mais amava em minha vida e, pelo que parecia, havia me destruído também. Não tive pena de mim mesmo e nem revolta, fiz e faria tudo de novo. Sem pensar duas vezes. Aliás, tinha algo que talvez eu fizesse melhor: devia ter matado aquela vadia da Bruna!meses depois...
Minhas ações e o vídeo do Luís repercutiram muito na imprensa. Celulares sempre são contrabandeados e também tínhamos acesso a internet. Soube pelo facebook que Luís, transtornado e desorientado, com a vergonha e humilhação de ser desmoralizado publicamente, aliada a dor da perda do pai, sem contar a experiência incestuosa que vivenciou, foi morar com a mãe em uma cidade do Nordeste.
A mãe dele vendeu a casa, depois da morte do marido e - como não estavam divorciados no papel - ficou com toda a grana. Em seguida havia conseguido um emprego num hotel do Rio de Janeiro e, em poucas semanas, já havia seduzido um empresário velho e caquético de Fortaleza. Era apenas mais um caso que, com certeza, não duraria muito, mas lhes deu uma oportunidade de fuga e respresentava algum conforto. Luís e a mãe agora moravam numa casa na beira da praia. Mas, de noite sua linda genitora era obrigada a permitir que aquele velho asqueroso despisse as ricas roupas que lhe dava e usasse seu corpo. Era isso ou a indigência. Então, ela escolheu o caminho mais fácil. Luís, filosofava muitos em suas redes sociais. Tinha olheras. Demonstrava apatia e sentimetnos desconexos. Continuava lindo, porém, sempre loiro, sempre sedutor, sempre o meu amor. Agora tão longe... ele me humilhou muito, mas eu o amava. No fundo, nós dois erámos iguais... Ali eu refletia muito sobre a vida e tinha chegado nessa conclusão. Eu e Luís tínhamos os mesmos defeitos. Por isso eu o amava tanto. Eu era igual a ele. Eramos duas cópias.
Bruna foi fazer um intercambio na Ingalterra. Puta maldita. A culpada por eu estar ali no meio de todos aqueles bandidos horrorosos, tendo que dá o cu para evitar ser castigado (essa parte até que não era ruim, afinal era minha única alegria), preso, com aquele uniforme horrível e comendo uma comida péssima e insalubre, era ela! Eu a a odiava e rezava para que ocorresse um dilúvio e as Ilhas do Reino Unido afundassem. Vaca maldita. Pelo menos ficou com uma cicatriz pequena no pescoço. Mas, logo, rica como era, faria uma plástica e resolveria tudo.
Eu ficava ali só pensando na vida. Minha mãe me visitava por obrigação, eu podia sentir e perceber. Estava fria e apavorada. Tinha medo de mim, eu via em seus olhos. Estava assustada, pálida e magra. Mas, fazia seu papel de mãe e ia nos advogados, no promotor, no juiz, me levava coisas... eu a amava, muito... sabia que um dia ela me perdoaria, mãe é mãe. Ela me contou que havia recebido uma proposta para trabalhar em Nova York, quem diria... fiquei feliz por ela. Não precisaria ver meu sofrimento e agonizar junto. Dei-lhe força e disse que podia ir. Ficaria bem ali sozinho. Ela ficou aliviada e foi. Eu fiquei sozinho. Absolutamente.
Pensava muito no Teco. Em sua pureza, inocência e candura. Ninguém me deixava vê-lo, mas seria que ele queria me ver?
Tinha horas que eu lembrava do Tio Jorjão, do Enrico, da vida que eu tinha e de como ela ficou. Meus hematomas sumiram na época que passei ali, mas meu nariz continuava torto e meu rosto, próximo a mação do rosto, estava mais fundo de um lado. Mas, eu já tinha uma aparência humana agora. Meus cabelos foram raspados e eu perdi peso. Mas, estava bem. Não estava resignado, nem nada disso. Apenas aceitava minha condição e me preparava para o dia que voltaria ao mundo dos vivos. Eu não ficaria preso ali no reformatório para sempre. Ninguém nunca fica.
Meu cu, por sua vez, cada dia mais largo. Viados sempre tem aos montes nesses lugares, mas eu era especial. Eu sabia ser viado. Eu sabia agradar. Era usado constantemente. Logo passei a ter poder e influência. Eu era desejado então podia fazer exigências. Até alguns agentes socioeducativos não resistiram e me possuíram, rapidamente, com medo de que o boato se espalhasse. Eu gostava. Sempre gostei. Sexo é bom. Eu só não fazia mais sucesso que a Cleydinéia... uma bichinha que tinha posto silicone antes de ser pega e, por causa dos seus peitos, era a rainha suprema do reformatório.
Mais quatro meses se passaram...
Enrico perdeu peso e foi estudar no Rio de Janeiro. Assumiu-se homossexual. Sabia! Aquele lá... Postou várias fotos com seu novo namoradinho. Uma gracinha, aliás. Se eu saísse dali iria procurá-los para fazer um sexo a três bem gostoso...
A escola trocou de Diretor e Damião foi demitido. Descobriu-se alguns pequenos furtos que ele praticava... devem ter descoberto mais coisas também, pensei comigo.
Manuely - lembram dela? A periguete que o meu Luís comia – fez uma ponta num seriado de tv e diziam que já tinham outras propostas em vista. Sortuda.
Gilsynho continuava dando o cu para quem quisesse. No seu face tinha vários fotos na praia. Certa vez ele foi passar o carnaval em Florianopolis e foi flagrado chupado alguns homens nos fundos de uma boate. O vídeo bombava na net até hoje.
Aliás, o vídeo do Luís dando a bunda, por mais que tenha sido proibido, ainda circulava até hoje. Muita gente ainda devia gozar vendo eu comer aquele cuzinho dele.
Roberto e Cláudio continuavam fazendo farras na beira da piscina e com a vidinha de sempre. Cláudio cercado de homens e Roberto de mulheres. Era a vida frívola que eu agora invejava...
E um dia após o almoço eu tive uma surpresa. Eu tinha uma visita. E quando a vi meu coração pulou para fora do peito. Corri para abraçá-lo. Mas, ele ficou ali parado. Não me abraçou de volta. Apenas me olhou... E eu não soube interpretar o olhar do meu namorado... do Teco. Ao mesmo tempo que o achava frio eu ainda via uma fagulha de sentimento ali... Eu tive medo, mas tive esperança também...