UM LUGAR CHAMADO PARAÍSO
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No episódio anterior...
A tia Vera conversa com o sobrinho no açude e Sueli senta no colo do primo, a mãe fala que aquela brincadeira não ia dar certo, mas a menina insiste até sentir o pau duro forçar na xoxotinha...
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(Há 14 anos em uma terça-feira no pasto da fazenda)
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Silvia saiu do quarto e nem foi preciso ir no das filhas para saber que Aline estava tomando café com o pai, sempre foi assim desde que a moreninha deu os primeiros passos.
— Bom dia boiadeiros? – parou olhando os dois conversando como se tivessem a mesma idade – Cadê tua mãe Dinho?
— Saíram cedinho mãe... – a filha respondeu pelo pai – Foram pra cidade, hoje é dia de acerto na cooperativa.
— Não estão atrasados? – sentou no colo do marido que lhe beijou a boca – Tenho que ir ver o colégio das meninas... Se soubesse tinha ido junto...
— E o anjinho ainda dorme? – acariciou o ventre da mulher levantando a camisola – Vamos lá moleca, estamos mesmo atrasados.
No princípio não queria que a filha lhe acompanhasse, achava que deveria dormir mais, mas a garota sempre foi meio geniosa e não gostava quando ele não a levava. A moto triciclo já estava abastecida, José nunca deixava por menos antes de sair na outra para a fazenda Boqueirão.
Naquela terça-feira havia uma aragem fria que empinava os pelinhos do corpo, mas a filha se empoleirou atrás do pai.
— Porque não leva a outra Aline? – Silvia ajeitou a filha na garupa – Tua irmã vai comigo para a cidade...
— Quero não mãe, gosto de ir com papai...
— Eita cegueira! – riu e beijou a filha e novamente a boca do marido.
Já era quase onze horas quando, finalmente, conseguiram arrebanhar o último bezerro teimoso.
— Tô toda melada pai... – riu tirando a camisa enlameada – Vamos pro açude?
— O Nhô ainda não terminou... – colocou as cordas no cesto – Mas a água do poço deve estar quentinha... Pega, leva você...
A filha sorriu e sentou no selim da frente, Roberto sentou na garupa e abraçou a filha que arrancou jogando lama na costa do pai aos risos moleques.
— Sua moleca, de novo? – mas não ficou com raiva, desde que começou pilotar ela sempre aprontava alguma – Agora você vai ter que me banhar, viu safada?
Afastou os cabelos castanhos e beijou o cangote da filha(1), Aline sentiu os pelinhos do braço eriçar(2) e o biquinho do peito intumescer(3), sentia isso há algum tempo, mas tinha vergonha de falar para o pai. Já havia conversado com a mãe e ela falou que era normal quando alguém, que a gente gosta muito, faz carícias ou toca em um ponto do corpo. Acelerou e desceu a ladeiras parecendo que ia parar dentro do açude e quando parou desceu correndo para fazer xixi.
— Epa! Vai fazer aqui mesmo? – Roberto sorriu ao ver a filha baixar a bermuda e calcinha – Tem vergonha não?
— Deixa de ser bobinho pai... – acocorou e mijou, o jato alvo jorrou da vagina já começando a emplumar – Tu tá cansado de me ver pelada... Tira o olho siô!
Roberto não parava de se espantar com o amadurecimento precoce da filha primogênita que, além de ser ótima aluna e filha ajuizada ao contrário de Bruna a maluquinha da família, em nada negava ser uma autentica Mendes Rochedo, mais Mendes que Rochedo.
— Não vai parar de olhar minha bichinha, seu danadinho? – recebeu o guardanapo que o pai lhe estendeu e limpou a vagina molhada – Vou falar pra mãe que o senhor fica olhando com cara de bobão... – tirou a roupa e correu para as águas límpidas do açude – Vumbora(4) pai!
Também ele tirou a roupa e mergulhou atrás da filha que nadava com braçadas firmes para a croa, ultrapassou a garota pouco antes de chegarem aos risos naquela competição costumeira.
— Quase ganho pai... – se jogou em cima dele – Um dia ainda te ganho...
Brincadeiras, mãos passando pelo corpo e beijos estralados, depois o silêncio quebrado pelo piar dos pássaros ou mugido do gado.
— Tu não falou sobre como tu e a tia foram morar em São Godofredo... – acariciou o tórax do pai.
Roberto abraçou a filha e olhou para ela sem olhar de verdade, o pensamento voou ligeirinho para um certo dia há quase vinte e nove anos.
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(27 de fevereiro de 1983, domingo (há 30 anos) – O apartamento)
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— Quieta menina! – Claudia estava perdendo a paciência com a filha – Já estamos chegando, dobra naquela rua Dinho...
Roberto dirigia sentindo um formigamento estranho na espinha, iam conhecer o apartamento que a mão havia alugado para morarem enquanto cursavam a faculdade. Era um conjunto de quatro torres de nove andares, pararam em frente ao bloco azul.
— É aqui... – Claudia desceu e tirou as chaves da bolsa – Mas ainda está vazio...
No elevador Roberta era quem deixava transparecer o anseio, o irmão parecia alheio à mudança talvez sofrendo a separação com a mãe e tudo o que lhe era importante na fazenda. A porta abriu no nono andar, Claudia sorriu para o filho e abriu a porta pesada do apartamento.
— Foi o melhor que consegui – entrou e abriu a porta de vidro da varanda – Não é grande, mas vai dar para não ficarem na chuva...
Rio e abraçou os filhos já sentindo saudades, andaram pelos cômodos: dois quartos amplos com banheiros e um menor onde seria a biblioteca e local de estudo, sala ampla e ventilada, uma copa e cozinha, área de serviço com quartinho de empregada, banheiro de serviço, lavanderia e banheiro social. A varanda ampla, quase do mesmo tamanho da área útil com uma pequena piscina redonda, churrasqueira e um jardim florido.
— Puta merda dona Claudia? – Roberta beijou a mãe – Pensei que era menor...
— Não filha, eu sei como são as coisas e... Para que economizar se posso dar um pouquinho de luxo para meus tesouros? – sentiu o pau do filho estrebuchar na bunda – Só tenho medo do que vocês podem aprontar aqui
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— E era grande mesmo pai? – Aline sentou no peito de Roberto – A tia Sueli falou que era pequeno...
— Não era do tamanho da casa grande, mas deu pro gasto... – sorriu e cariciou a perna da filha – Mas a doida de sua avó caprichou...
— Tu tinha quantos anos?
— Dezoito... Tua tia também!
— Claro! Você são gêmeos – riu – Tu é mesmo um bobinho seu Dinho... E vocês ficaram logo lá?
— Não filha, não haviam móveis... – sentou, a filha ficou sentada escanchada em seu colo – Tua tia parecia ter ganho uma casa de bonecas... Andamos discutindo quando compramos os móveis, Roberta queria tudo cor de rosa...
— Mas ela podia comprar os móveis dela da cor que queria...
— Sim e não! – apoiou o corpo nos braços para trás – Mamãe tinha pensado diferente da tua tia... Eu ficaria com um quarto e Roberta e Sueli no outro, mas...
— Já sei, ela quis ficar contigo... – sorriu – Ela contou que tu não queria...
— Você conhece sua tia... – suspirou – Só mudamos para lá no final da semana depois de, finalmente, conseguirmos decidir quais móveis íamos comprar.
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— Tu é um chato Dinho... – Roberta entrou e se trancou no banheiro.
— Se for para ficarem brigando devolvo tudo! – Claudia tirou os sapatos e sentou no tapete na sala – Vocês não são mais crianças Dinho...
— Pô! Mãe? – sentou do lado dela – Bertinha fica com essas coisas...
— Deixa que eu converso com ela... – Sueli sempre foi a corta-fogo da família – Preocupa não tia que eu dou um jeito nessas duas crinçonas...
— Ainda bem que você veio... – Claudia olhou para a sobrinha também imaginando do que seria os três sozinhos – Mas nada de gandaia, vocês vieram para estudar...
— Vai ficar tudo bem dona Claudia... – puxou a mãe para seu colo – Bem que a senhora poderia ficar com a gente...
— E a fazenda? – sorriu acariciando o rosto do filho – Não é tão distante, quando bater saudade corro pra cá e vou querer os três a partir das sextas na fazenda, viu dona Sueli?
Não seria a primeira vez que ficavam distantes, mas as outras vezes sempre sabiam que logo estariam juntos outra vez.
— O tempo passa rápido filho... – abraçou o filho e a sobrinha foi para seu quarto – Serão quatro ou cinco anos e... Quando bater saudade é só pegar o carro e correr pra cá...
— Já estou morrendo de saudades, dona Claudia... – acariciou a costa da mãe – Tu vai ficar sozinha...
— Tem a Mundica e... – não desviou a boca quando ele procurou e o beijo foi carregado de sentimentos – E quando der vontade te ligo e tu vai ligeirinho...
O filho acariciou o seio por cima do vestido, ela sentiu a vagina minar.
— Hoje não filho... Minha bichina está chorando... – sorriu e novamente se beijaram – Tu tens duas...
— Nenhuma é minha Claudia gostosa... – sussurrou ao ouvido e ela se arrepiou.
— Tenho que ir filho... – suspirou – Não quero dirigir de noite...
Naquela mesma noite Claudia ligou avisando que tinha chegado bem e antes de saírem para jantar outra vez.
— Que é agora mãe, estamos saindo para jantar! – Roberta atendei irritada.
— Nada filha, só lembrei de vocês... Mundica fez cuscuz com de arroz... – Claudia sentiu o coração apertado – Teu irmão já saiu?
— Já mãe... – havia um sorriso no rosto, já não estava irritada – Diz pr’essa preta que viu querer também...
Não foram de carro, queriam conhecer as cercanias do condomínio e jantaram em um restaurantezinho caseiro a poucas quadras. Para os três tudo era novidade, cada esquina uma admiração e sentaram no banco de uma pracinha arborizada com chafariz no centro.
— Mamãe está triste... – deitou no colo do irmão, Sueli acariciou a perna da prima – Mundica fez cuscuz de arroz...
— Fica assim não prima, logo ela se acostuma... – abaixou e beijou o umbigo da prima – Ela... A gente precisa mesmo de uns tempos longe da barra da saia da tia...
— Tu não sente saudades da tia?
— Às vezes sinto... Mas minha família de verdade são vocês... – acariciava a perna da prima – Tenho os dois irmãos mais gostosos que uma garota pode ter.
Olhou para o primo que olhava para o infinito sem prestar atenção ao que falavam, o pensamento estava longe. Não demoraram muito para voltar para o apartamento.
— Amanhã cedo temos que ir na faculdade... – Roberto deitou no tapete – E no colégio da Su...
— A gente pode deixar isso pra depois Dinho... – Sueli saiu da cozinha com uma jarra de suco – Mamãe vai ter que ir junto.
— Mamãe não resolveu tudo? – Roberta saiu do banheiro enxugando os cabelos – Porque a tia tem que vir?
— Fiquei de ir lá levar teus documentos... E a tia tem que assinar a matrícula mana... – a irmã sentou peto dos dois, estava nua – Tia Vera nunca aceitou que mamãe assumisse a prima...
— Isso é frescura da mãe... – Sueli levantou e tirou a camisa – Ela acha que vou deixar de ser filha dela...
— Ela está certa Su... – Roberta intercedeu – Nunca ia deixar um filho meu ser adotado...
— Não é adoção Bertinha, é só um compromisso de responsabilidade – Sueli resolveu tomar banho – Por mim não vejo nada de mais nisso...
— E quando a tia vem? – Roberto puxou a irmã para cima dele.
— Segunda-feira... – a prima respondeu.
— A gente tem que botar umas regras aqui em casa mana... – acariciou o corpo frio da irmã – Assim vira putaria...
— Qual’é Dinho, só porque estou nua?
— Não mana, a gente pode ficar do jeito que a gente quiser, mas... – a irmã beijou a ponta de seu nariz – Mas só quando estivermos só...
— Tá com medo que a gente dê pros garotos daqui, é? – sorriu.
— Não... Isso também a gente tem que conversar... – beijou a boca sedenta da irmã – É o seguinte, nada de trazer namorados para cá...
— Então lascou! – riu – Quer dizer que tu vai ter que sair?
— Tô falando sério mana...
— Não quero ninguém Dinho... – suspirou – Só quero você, só você me interessa...
— Hi! Virou sacanagem... – Sueli voltou vestida em uma calcinha folgada – A gente tem que pensar numa tabela...
— Tabela de que sua doidinha? – Roberta saiu de cima do irmão e jogou uma almofada na prima – Vai te catar menina, Dinho é meu... Vai logo tomar banho mano...
— Quem vai me ensaboar? – brincou e a irmã deu um tapinha de brincadeira em sua costa.
Aquele clima de brincadeiras descontraídas nada mais era senão o medo que cada um tinha das responsabilidades que tinham de assumir. Na véspera do Festejo de São João Roberta entrou no quarto da prima e deitou do lado dela.
— Se isso é liberdade não gostei... – riu – É só lavar, lavar roupas, varrer casa, Argh!
— Tu reclama de tudo Bertinha... – girou o corpo e ficou de frente para a prima – Dona de casa é assim mesmo...
— Não é isso prima, estou cansada...
— Já? – a prima riu – E o Dinho, que ainda pega no batente depois das aulas?
— Isso também... Mamãe deveria fazer ele parar com essa besteira, a gente não precisa,,,
— Foi ele quem quis, menina – abraçou a prima – Tu sabes que tia Claudia não queria... Ele chegou...
— Cadê minhas gatinhas? – Roberto entrou no quarto e se jogou no meio das duas – Já arrumaram os panos de bunda pra zarpar?
— A gente poderia era ficar Dinho, tu tá muito cansado...
— Quem disse? – riu e beijou a bunda da irmã enquanto tirava a camisa suada – Já reservei o hotel.
— Mas a gente não ia ficar na pousada? – Sueli levantou e ajudou tirar a calça – A turma toda vai ficar lá...
— Não tinha mais vaga... – puxou a prima que deitou em cima dele – Vai ser legal...
— Para com isso Dinho, tô menstruada... – riu e rolou de lado.
— E esse bode não tem cu?
— Vai comer o cu de tua mãe, seu moleque... – riu e tirou a mão de entro da calcinha – Essa droga desceu hoje no colégio... – abaixou a calcinha e ele viu o absorvente.
Roberta sentiu uma pontada de ciúmes e saiu do quarto, os dois olharam paa ela e sorriram.
— Vai conversar com ela... Ela tá meio preocupada contigo...
— Comigo? O que foi?
— Vai lá e conversa...
A lourinha geniosa tinha ido para o banheiro, o irmão ouviu a descarga do sanitário e entrou sem bater.
— O que foi amor?
— Nada não mano... – tirou a roupa e encostou na pia para escovar os dentes – Só estou meio cansada... Tu não vai tomar banho?
— A Su falou que tu estais preocupada comigo... – abraçou a irmã pelas costas e acariciou a barriga – O que foi?
— Nada Dinho... – fechou os olhos, gostava cada vez mais dos carinhos que o irmão lhe fazia – Não sei porque tu tem de trabalhar... – sussurrou entre gemidos de prazer.
— Alguém tem que botar as coisas em casa... – mordiscou o lóbulo da orelha – E não é trabalho de verdade, só estou estagiando...
— Tu não precisa... A gente... Hun! Hun! A mamãe... Devia... Hun! Hun! Ai! Dinho... Hun! – sentiu o pau duro pressionar a bunda – Tu te... Tu te... Hun! Hun! Tu passa... O dia fora... Hun! – a bunda arrebitada espremia o cacete duro – Tá gostoso Dinho... Hun! Meu maninho... Meu homem... Hun! Hun! Ai Dinho... Mete, mete amor, mete... – sentiu a ponta do pênis fremir a portinha do prazer – Te amo amor... Ai! Hun! Mete... Ui! Ui! Ui!... – ele meteu, ela levantou a bunda e ele estava agasalhado na vagina sedenta – Hun! Hun! É muito... Gostoso... Hun!... Hun!... Isso mano, isso... – jogou o corpo para trás, o pau atolado dentro dela, os poros eriçados e ele metia e tirava lento como ela gostava – Ui, Dinho... Ai! Hun! Hun! Mete mano, mete... Ai! Tô, tô... Ui! Ai!.
E gozou quando ele gozou, a vagina cheia de esperma, o corpo mole e a vontade de que aquele gozo continuasse por toda a vida.
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— E vocês moravam juntos? – Aline acariciava o tórax do pai.
— Lógico... Eu, tua tia e Sueli... – riu – Depois Suzana também foi estudar em São Godofredo...
— E não rolava sacanagem?
— Que sacanagem minha doidinha?
— Tu sabe pai... A tia Suzana sempre foi muito atiradinha pro teu lado – sorriu, e se esfregou sentindo o cacete entre as pernas – Mamãe falou que tu era o comilão da faculdade...
— Isso eu não sei... Nunca comi gente... – segurou a cintura da filha e fez ela parar.
— Ora não? Tu comia a tia, não comia?
— Não sou antropófago(6) e está na hora de voltar...
— Poxa pai?!
Mas Roberto sabia que não poderia deixar que a filha continuasse com aquele esfrega-esfrega e saiu, vestiu a bermuda e voltaram.
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Leia o episódio anterior, no próximo...
Escolheram a Praia da Pedra para comemorar o aniversário, Roberto e Roberta não queriam muita folia,... Aline e Bruna conversam com o pai que lhes conta como conheceu a mãe... Silvia e Roberta colocam pólvora na fogueira e Roberta vê a mãe e os tios transando na beira da praia...
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Glossário:
1. Cangote: (Substantivo, masculino singular); 1. Palavra nordestina que significa pescoço. 2. Nuca, parte de trás do pescoço.
2. Eriçar: (Verbo, infinitivo 1a pessoa singular); 1. Encrespar, arrepiar, ouriçar. Arrepiar-se, excitar-se.
3. Intumescer: 1. (Verbo, infinitivo 1a pessoa singular); Inchar; aumentar de volume.
4. Vumbora: Modo simples e diretor de falar “Vamos embora”.
5. Pardieiro: Edifício velho, em ruínas; Local muito bagunçado.
6. Antropófago: (Substantivo, masculino singular); Aquele que come carne humana.