Penúltimo gente! o ultimo só postarei na sexta. Pq vai ser enooooome e ainda não decidi que fim darei a nosso triangulo amoroso. #duvidacurel Até. (Não postei um teaser do novo conto por que não recebi os 10 comentários que tinha pedido. (E sinceramente esse foi um dos motivos de encurtar o conto)
MAS OBRIGADO AQUELES QUE SEMPRE COMENTAM. OBRIGADO MESMO!
BJOS E ATÉ SEXTAO FRUTO Cap. 29 Penúltimo.
- Tem certeza? – Caius perguntou—me.
- Eu acho. – Falei com a voz fraca.
Olhei para o por do sol e afastei as mangas do meu moletom. Limpei as lagrimas que insistiam em descer pelo meu rosto. Eu não estava com o melhor do rosto, isso era um fato. O grande defeito em ser tão branco como eu era essa, qualquer coisa em minha pela ganhava proporções épicas. Eu havia me olhado no espelho naquela manhã e olheiras enormes se sobressaiam. “Isso é o resultado de dormir sempre chorando.” Me repreendi.
Segurei a caneca de chocolate quente e respirei, fazia chuva e um pequeno chuvisco caia sobre a propriedade. “Mas espera aí”?! Como eu estou vendo o por do sol no horizonte se está chovendo aqui?”. Olhei incrédulo para os muros e percebi que só havia chuva dentro da propriedade.
- Mas como? – Perguntei alto, mas para mim mesmo.
- Culpa sua. – Uma voz forte e firme respondeu. – Mas isso não é um problema tão grave. – Finalizou com a voz amigável.
- Minha culpa? – Perguntei o encarando.
- Sim! – Caius respondeu.
- Como? – Perguntei.
Caius sentou-se ao meu lado. Soprou um pequeno copo que segurava e olhou para a propriedade.
- Você está quase no ápice do seu poder, meu filho. – Falou. – E pelo que vejo está triste. – finalizou como se aquilo bastasse. Virou-se percebendo meu olhar de quem não havia entendido nada.
- HAHAHAAHA – Seu sorriso era forte, mas agradável. – Você está triste e como é um ser superior à natureza sucumbe ao seu humor. – Falou.
- Mas eu não fiz por querer. – Falei na defensiva.
- Eu acredito. – Suspirou. – E não se preocupe você só está regando as plantas da mansão.
Dei um sorriso fraco e no mesmo instante à chuva diminuiu.
- Viu? Você está um pouco melhor, portanto a chuva sessou. – Falou apontando com o copo.
- Que isso? – Perguntei olhando para o copo.
- Chá. – Falou me encarando. – Me ajuda a pensar, e me acalma. – Finalizou.
- Tudo bem?- Ele continuou.
- Não mesmo. – falei fazendo birra. – Estou em prisão domiciliar, lembra? – Perguntei levantando a minha sobrancelha. A visita à casa da minha tia tinha sido há três dias e desde então eu estava na mansão. Eu não podia mais nem ir à escola, Eu estava quase no máximo do meu poder e não havia mais como esconder minha presença dos Darcos.
“Pelo menos eu já estou livre da escola.” Pensei triste.
- Você tem certeza?- Perguntou.
- Não. – respondi sincero.
Eu tentava a todo custo acreditar que eu estava fazendo o certo, mas uma voz dentro da minha cabeça sussurrava que eu estava errado. Mas qual a outra a se fazer? Eu não podia ser egoísta, nem conseguiria viver com esse peso em minha consciência. Não podia destruir o amor entre eles... Eu não tinha esse direito. Suspirei triste e minha visão começou a ficar embaçada.
A chuva voltou.
Cauis se aproximou e puxou minha cabeça colocando em seu colo. Foi inevitável não me sentir melhor.
A chuva voltou a diminuir.
- Assim você parece mesmo meu avô. – Comentei enquanto ele me fazia um cafuné.
- Mas você é meu netinho. – Falou ele com um sorriso simples. – Um neto que está com a cabeça cheia de pensamentos pelo que eu posso vê. – Falou ficando sério.
Desviei o olhar e tentei fingir que estava tudo bem. Mas Caius percebeu e falou-me:
- Você sabe que não precisa se fingir de indestrutível, não é? – Me olhou sério. – Você é só uma criança, você tem todo o direito do mundo de se sentir triste ou até mesmo com raiva do seu destino. Não guarde isso aí dentro. – Apontou para meu peito. – Faz mal. – voltou a encarar o por do sol.
- Eu não... – Falei, mas fui interrompido.
- Você sabe que sempre há outra escolha, meu jovem. – Falou.
Levantei-me do seu colo ficando de frente para ele.
- Você acha mesmo? – Perguntei e imediatamente me arrependi.
Fui tomado por uma onde de esperança: “E se eu puder escolher um deles?”. “Será que eles vão realmente vão se odiar?” “Ou isso é só uma ideia boba minha?”. Tentei não focar nisso, eu já havia pensado em todos os prós e nos contras da minha escolha. E na verdade u não sabia responder a pergunta mais simples de todas.
“Qual deles eu amo mais?”
Porque por mais que eu odiasse admitir, eu já havia aceitado esse fato. Eu amava ambos. Não sabia como havia acontecido, ou como eu havia deixado isso acontecer. Lembrei-me do meu sonho na noite passada::::::::::::::::::::::::::::::::::XXXXXXXXXX:::::::::::::::::::::::::::::::“Estava sentado em uma praia. O calor do sol era agradável e eu estava observando o mar, buscando por algo. Alguém. Levantei-me e fui em direção ao mar, quando o vi. Matheo vinha só de sunga preta, se aproximou de mim e foi impossível não observar seu corpo. Seu corpo era a ilustração da palavra perfeito, cheio de músculos, mas sem nada exagerado. Sua pele era um branco saudável “O contrario de mim, que sou quase pálido.” Seus pelos loiros e seu cabelo escorriam pequenas gotas de água. Por um momento queria passar minha língua para sentir o gosto de sua pele misturada com o sal do mar.
Ele segurou meu queixo fazendo com que nossos olhares se encontrassem.
-Eu te amo. Ele falou sorrindo.
- Eu também. – Uma voz firme falou atrás de mim.
Sim. Ele. Marcus.
Tão lindo como o irmão, tão parecido e tão diferente ao mesmo tempo. Ele estava com uma camisa polo de cor branca e também de suga, só que esta era verde. “Minha cor favorita” seu volume era surpreendentemente grande.
- Desvia o olhar. – Marcus falou-me sorrindo.
Eu também os amo. – Falei sendo abraçado por ambos.”Voltei para a realidade.
- Droga! – Despejei.
- Sim, droga. – Caius falou. – Por mais que isso seja uma merda, você pode escolher... Ninguém vai julgá-lo por isso.
- Você acha que é possível amar duas pessoas? – Perguntei tremulo.
- Sim, a gente pode amar mais de uma pessoa. Amigos por exemplo, sempre temos amor por vários. – Falou serio.
- Não... É que... – Gaguejei. – Deixa pra lá. – Falei tentando esconder o nervosismo.
- Ah sim! – Ele pareceu ter percebido sobre o que falava. – Sim meu jovem. Mas no seu caso isso só torna mais difícil sua escolha. Ou mais simples. – Sorriu.
- Simples? – Falei espantado.
- Sim. Mas isso você terá que descobrir. – Levantou-se. – Pense em tudo e depois reflita. Você quer mesmo morrer amanhã? – Não esperou minha resposta e simplesmente saiu para dentro da casa.
- Ótimo! Agora mais essa! – Revirei os olhos. Mas no fundo oque ele havia dito estava repercutindo em minha cabeça.
...
Na hora da janta eu tive uma ótima e uma péssima surpresa.
- Cara, isso sim é que é um banquete. – Marcelle falou enchendo um enorme prato.
- Como você não engorda? – Gutto parecia incrédulo.
- Por que monstros tem um metabolismo diferente. – Alice cortou.
Sim minha gente. Alice. Minha arqui-inimiga na mesma mesa que eu! E para piorar ela não tiha sido convidada por Mahteo, mas sim por Daniel. Confesso que me senti traído. Muito traído.
Revirei os olhos e voltei alguns minutos antes::::::::::::::::::::::::::::::::::XXXXXXXXXX::::::::::::::::::::::::::::::::::Convidei seus amigos para jantar e dormir aqui. – Caius falou assim que escureceu.
- Por quê? – Perguntei surpreso.
- Você precisa se alegrar. – Falou. - E pelo visto você não disse a eles. – Caius me encarou buscando algo em meu rosto.
- Falar oque? Que eu vou ser entregue em sacrifício em uma arvore que provavelmente vai suar minha vida? – Levantei indignado. – Mas que eles não se preocupem, pois eu os amo e isso foi escolha minha. – O encarei. - Não mesmo! Eles nunca aceitariam isso.
Daniel surgiu sabe-se lá de onde.
- Vô. Telefone para o senhor, os anciões querem saber como vai ser feito o sacri... – Ele não terminou de falar.
Era difícil para ele, tanto quanto era pra mim.
- Desculpa. – Falei abraçando ele.
- Eu não aceito. – Ele falou com lagrimas em seus olhos.
- Tudo bem. – Caius falou apertando o braço dele. – Acho que muita coisa ainda vai acontecer até amanhã à noite. – Falou saindo e me deixando com meu novo melhor amigo.
- O que ele quis dizer com isso? – Daniel perguntou-me.
- Nem eu sei. – Respondi sinceramente.
- Hum... – Daniel me olhou encabulado.
- Oque foi? – Perguntei.
- Bem... Eu conheci uma garota e meio que a convidei para o jantar. – Despejou tudo de uma vez.
- Tudo bem. – Falei.
Ele continuou a desviar o olhar.
- E? – Perguntei já desconfiado e levantando uma sobrancelha.
- Você e ela não se dão bem. – Ele falou baixo.
- Não me lembro de não me dar bem com ninguém. – Rebati.
- É a Alice. – Ele falou.
- OQUE?! COMO É? TU TÁ DE BRINCADEIRA, NÉ? – literalmente gritei.
- Não estou. – Ele respondeu sincero.
- Mas como... Por q... Como? – Ainda não conseguia entender.
Voltei a sentar porque tinha perdido a confiança em minhas pernas.
- Bem. – Ele começou. – Eu e ela começamos a conversar e acabou rolando. – Ele sentou-me ao meu lado. – Eu sei que ela foi um monstro com você, mas eu sei que ela é uma boa garota. Eu sei. – falou firme.
- Amigo. – Falei colocando a mão em seu ombro. – Eu estou surpreso, admito. Mas é que eu nunca vi a palavra “boa” e “Alice” na mesma frase. Ela sempre foi ruim... Eu estou preocupado é com você.
- Eu sei, tá bem!- Respirou e continuou. – Só que comigo ela é legal, a gente conversa e eu sinto que ela é autentica comigo. – Seus olhos brilhavam e eu percebi uma coisa.
- Você gosta dela! – Acusei rindo.
- Eu não sei. Tá legal? Não sei. – Ele olhou para o chão. – Mas se você não quiser eu posso desconvidá-la. – Ele emendou rápido.
- Não amigo, pode deixar que ela venha. – Só controle a fera.
Rimos.
:::::::::::::::::::::::::::::::::XXXX:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
- David! – Marcelle me despertou.
Oi. Desculpe eu viajei aqui. – falei olhando para minha amiga que estava sentada ao meu lado. Na mesa estávamos: Eu, Marcelle, Gutto, Alice e Daniel, isso do lado esquerdo. Do direito estavam os gêmeos (que ainda me ignoravam) Irina e Igor junto com Math.
- Posso estragar uma taça jogando na cara da minha irmã? – Marcelle perguntou-me.
- NÃO! – Todos responderam juntos.
Percebi que Daniel falava alguma coisa para Alice que abaixou o olhar.
- Desculpe irmãzinha. – Alice falou – Sabe como é? Força do habito te tratar mal. – Desculpou-se.
Marcelle e eu trocamos um olhar. Sim Alice havia se desculpado. Acho que nunca havia a visto fazer isso. Nem mesmo Marcelle parecia acreditar no que tinha acabado de acontecer.
O resto do jantar aconteceu normal. Considerarmos minha vida normal.
....
Já na hora de dormir todos pareciam realmente cansados. Meu quarto estava ocupado por todo lado com colchonetes e cobertores no chão, até mesmo os gêmeos brigavam por um lugar perto da minha cama. Risadas eram ouvidas por toda a mansão e eu tinha me esquecido que esse era meu ultimo dia vivo. Antes mesmo que pudesse ficar triste alguém bateu na porta.
- Boa noite. – Caius nos saudou.
- Boa. – A resposta foi em coro.
- Só vim pedir para que vocês tenham juízo. Principalmente os casais. Falou olhando para todos nós. – Igor, como meu filho, eu espero que você mantenha todos na linha. – Falou isso ignorando o fato do garoto está totalmente agarrado a Matheus que escondia o rosto em seu pescoço.
- Tudo bem David? – Perguntou virando-se para mim.
- Tudo sim! – Respondi com um sorriso sincero.
- Agora todos dormindo! Amanhã vocês tem aula. – Falou.
- Menos o David. Que é um sortudo isso sim! – Marcelle se queixou.
- Ele está doente. – Caius me defendeu.
Nesta hora eu percebi que Math me encarou com um olhar estranho.
- Boa noite. – Caius falou.
- Vô. – Falei tímido. – Obrigado. – sorri tímido.
- De nada meu neto. – Um sorriso brotou dos lábios do velho.
Após algumas brigas para decidir a temperatura do quarto todos foram se arrumando e o silencio reinou. Eu ainda não conseguia sequer fechar os olhos levantei a cabeça e percebi como eles dormiam. Matheus de costa para Igor que o Abraçava. Daniel fazia o mesmo com Alice (ainda não tinha acreditado nessa de que ela mudou, mas daria uma chance a ela.). Irina que dormia tranquilamente abraçada a um enorme travesseiro. Movi meus olhos para os gêmeos e tive uma surpresa. Ambos estavam com a cabeça levantada e me encaravam.
Em um momento de fraqueza, não resisti e os chamei para minha cama. Eles vieram e se deitaram Marcus a minha frente, pegando minhas mãos e enlaçando nossos dedos e Matheo que se deitou em minhas costas colando nossos corpos. Dormir tão rápido que nem dei conta.
Acordei no meio da noite e percebi que eu estava ainda entre eles. Minha testa estava colada com a de Marcus e ele suspirava tranquilamente. Matheo bufava em meu pescoço me fazendo cocegas. Senti-me feliz por alguns momentos, mas lembre-me que hoje seria meu ultimo diaContinua...