Passei três dias a base de analgésicos. Meu corpo doía todinho. Embora o cuzinho ardido, estava ansioso pelo próximo encontro com meus PMs.
Quando atendi ao telefonema do Brancão, naquela manhã, quis fazer um pouco de manha, mas a conversa acabou tomando um curso que eu não esperava.
Ao meu alô, ele já foi direto:
— Aí putinha, amanhã vamos passar aí pra te fuder!
— Não! —Respondi, meio seco. Ele deu uma gaguejada, fazendo-me perceber que eu tinha lhe desconcertado. Ele quis continuar seu papel de dominador:
— Que isso! Putinha num tem direito de escolha, não... Tem só que obedecer...
Não deixei ele terminar:
— Meus PMs foram muito maus comigo … Me fizeram sentir muita dor… Meu cuzinho tá assadinho até agora… Não sei se merecem a atenção da putinha aqui!
Falei, esperando que ele continuasse com seu papo de dominador e me convencesse que eu tinha que obedecer, mas ele mudou o tom, em justificativa:
— Mas você gozou também... Não doeu tanto assim, então... Doeu, mas você gostou, num gostou?
Ele falava e eu fiquei um tempo mudo. Não esperava essa reação, por sua voz percebi que ele tomara a posição de defensiva. Foi meio no ímpeto que tomei a posição de ataque:
— Se eu gostei não importa. O que importa é que vocês não cumpriram com as regras e eu senti uma dor do caralho… Sabe o que vocês dois merecem? … Um castigo! Por serem tão maus com sua putinha.
— Cê não vai querer dá um gelo na gente, vai? A gente tá muito a fim de ir aí.
Ele falava, mostrando-se ainda na defensiva.
— Se vocês querem comer esse viadinho de novo, vão ter que pagar um castigo! Pra aprender! — Eu falava, mas não tinha nem ideia de como conduzir a conversa.
— Você vai nos dar um castigo, é? - A voz dele agora mostrava um interesse e um pouco de excitação.
Como já comentei, nunca curti esse negócio de dominação, mas os dois PMs incitavam a isso, por isso continuei:
— Não são vocês que querem vir aqui. Eu que quero que vocês estejam aqui amanhã sem falta! E se não cumprirem seu castigo, vão ficar na mão, ouviu?
— O que você vai fazer com a gente? — ele perguntou já dando prosseguimento ao joguinho que tinha se criado.
— Amanhã vocês vão saber… Meninos malvados, merecem ser castigados e obedecerem quietinhos, não têm direito de ficarem perguntando nada não!
— E se a gente não fizer nada, hein? Esqueceu que somos seus donos? Tá esquecendo que a gente que manda? — Ele me provocava, mas eu não me intimidei:
— Vocês perderam a autoridade sobre mim quando num cumpriram com sua obrigação de bons senhores. Se querem ser meus donos de novo, têm que pagar o castigo.
— E se a gente arrumar outra putinha, hein? Viadinho querendo dá tem de sobra por aí! — Ele me provocava. Eu não me amedrontei, na verdade arrisquei ainda mais:
— Pode até ser... Mas vou ter certeza que além de meninos maus, vocês são PMs borra botas, que não têm cu pra encarar seus erros… Fazem besteira e querem sair de fininho, é? Num honram a farda que vestem, é?
— Que viado mais filho da puta! — Ele praguejou. Eu fiquei com o cu na mão, achando que tinha passado do limite e fiquei calado, sem saber como continuar a conversa. Não sabia se pedia desculpa ou se afrontava mais. Por sorte o meu silêncio fez com que ele prosseguisse:
— Sabe o que a gente devia fazer? Devia aparecer aí, arrebentar essa sua bunda e ainda te dar uns dois pipocos nessa sua cara! … Tu tem sorte que a gente é firmeza. A gente honra nossa palavra, viu viadinho? Quer que a gente prove o valor de nossa farda, é? Vamos tá aí amanhã, pra cumprir com nossa obrigação, viu? Mas tá ligado que depois disso a gente é seu dono! Você vai ser nossa putinha do jeito que a gente quiser, viu viadinho?
— Só vocês pagarem o castigo que tá tudo certo! — Quebrei meu silêncio, sendo firme nas palavras, escondendo um pouco de medo que sentia, pois, embora seu tom de voz fosse mais provocativo, suas palavras realmente me intimidaram, não sabia em que vespeiro tinha enfiado a mão. Sua resposta, voltou a me acalmar, tive certeza que era apenas um joguinho para ver quem ganhava a conversa:
— A gente cumpre o castigo, mas vê lá o que vai fazer!
— Tá com medo é? Num é soldado macho, não? — Provoquei novamente.
— Cê é um filho da puta mesmo, né safado! … Mas sério, cara... A gente é casado. — Sua voz ficou mais séria.
—Fica tranquilo... Sei disso... num se preocupa, num vou fazer nada que deixe marca ou te coloquem em risco.
— Cara, cê num vai querer comer a gente, né?
— Amanhã vocês descobrem!
— Cara, sério, se for isso num rola não. A gente não curte mesmo. Se você tentar, vai dar merda! —Ele falava muito sério, deixando clara a situação.
Eu na verdade não tinha ideia do que ia fazer, não esperava que aquele telefonema tomasse o rumo que tomou, mas pela voz do Brancão, percebia que ele já fantasiava e gostava da situação. Então prossegui:
— Cara, vou ser camarada de vocês, mas num acostuma, não… Vai, fala aí o que num pode rolar… Mas presta atenção, que a chance é hoje, amanhã num tem frescura não, o que eu mandar vão ter que fazer!
— Pô, cara! Sei lá… deixa eu pensar, amanhã a gente decide...
— Tá querendo passar o kaô em mim, é? Num vai responder? Amanhã vale tudo então!?!
Ele deu uma risadinha:
— Kaô? Agora tu me fez lembrar esses moleques marginaizinhos!
Acabei rindo também, mas não deixei ele desviar o assunto:
— Não disfarça, não. Responde aí. O que não pode rolar no castigo? Vai decide logo, que amanhã num tem choro, nem vela.
— Comer o cu, nem pensar... nem ficar enfiando nada lá não... Nada que possa deixar marca ou cheiro... Não pode demorar muito não, porque eu e o Negão ainda vamos te pegar de jeito e a gente não pode chegar tarde em casa, pras patroas não desconfiarem… deixa eu ver… nada de mandar eu e o Negão ficar se pegando… a gente é parceiro, mas num rola não… ah, sim… nada de foto ou vídeo que possa deixar prova… sem pedir pra gente algo nojento ou humilhante… nada de mandar a gente engolir ou tomar alguma coisa… ah… e a mesma regra sua: nada de violência ou sentir dor…
— Pera aí… assim num tem como eu fazer nada! — Protestei.
— Hum… Você que disse para eu decidir, num quer seguir suas regras, é? Assim num tem castigo amanhã! E quem vai ter que pagar prenda, vai acabar sendo você!
— Não se preocupa que eu sei cumprir o que prometo! Não sou igual vocês dois não!… Fala aí, mais alguma condição para amanhã?
— Nada de coisa de criança ou frescurinha… e… pra valer a pena pagar o castigo… sua regra não vai valer mais!
— Nada feito! Isso não tem negociação! Já tem o castigo porque vocês num cumpriram a regra!
— Mas o Negão, tá louco pra fazer DP de novo.
— Sei… o Negão, né?
— Tá certo, eu também... Mas com sua regra, num dá.... Se não eu e o Negão vamos ficar o resto da vida pagando castigo.
— A regra continua... nada de violência ou sentir dor.... ou num dou mais pra vocês não... Mas a DP a gente pode negociar.
— Sabia que tu curtiu! Tá de frescura com esse negócio de castigo, mas tá louco pra levar dois paus de novo!
— Eu não disse que curti… disse que podia negociar… e o castigo é merecido... e sempre vai ser assim... senti dor, vocês dois pagam castigo!
— Ok, mas não sei se o Negão vai aceitar isso não.
— Então fala para ele que não tem mais o cuzinho aqui não. Ou é assim ou num tem nada!
— Turrão você, hein?
— Sei que você gosta assim, num é não?
— Tá certo… tá certo… Amanhã às 8 da noite?
—Isso… quero vocês fardados e com as algemas!
— Não pode usar nosso equipamento não!
— Agora não adianta mais… tinha que ter falado antes… agora só obedece o que eu mandei.
— Cara, tu tá sabendo que vai ter desforra, hein?
— Desforra de que? … Castigo é castigo… Tem que fazer tudo caladinho, pra aprender cumprir com sua palavra!
— Mas que tu vai ter desforra, tu vai ter… te prepara!
— Quer saber de uma? Cala a boca e obedece! Amanhã, 8horas, com as fardas e as algemas, e não se fala mais nisso!
Disse isso e desliguei o telefone.
Na verdade não tinha nem ideia do que fazer. Não sabia nem porque pedi as algemas. Ia ter que bolar como aplicar o castigo. Mas sempre fui criativo, saberia como fazer esse castigo se tornar muito excitante e uma ótima preliminar para mais uma noite de sexo com meus dois PMs.