Eu: Por favor, me larga... Por favor...
Ele me cheirava e continuava se esfregando em mim, não podia gritar ou minha avó ouviria e não quero isso, ela está doente...
Continuava: Peter como você é perfeito...
De repente sinto alguém puxando-o para longe de mim, era o papai...
Ele: Phil eu já disse para deixar o Dan em paz.
Ele deu um soco no tio que caiu no chão...
Eu corri para o quarto, deitei na cama chorando, estava confuso...
Ele veio logo após... - Dan você está bem?
Eu: Não, não estou. Ele... Ele me agarrou me chamando de Peter, porque ele chamou seu nome pai? Pode me responder? Ele dizia que te amava.
Papai ficou pálido de repente, sentou na cama com as mãos na cabeça...
Ele: Chamou por meu nome?
Eu: Falava que te amava e que você era perfeito!
Ele: Dan tenho uma história para te contar. Por favor não me jugue.
Peter narrando...
Contei toda a história da minha vida ao Dan, em detalhes, não o escondi nada.
Ele não falava nada, não demonstrava nenhuma expressão...
Eu: Dan, fala alguma coisa.
Ele levantou, veio até mim e me deu um tapa na cara, foi a primeira vez que Dan teve uma atitude dessas comigo, desde criança sempre me respeitou...
Ele falava enquanto me esbofeteava e me dava murros no peito...- Como pôde ter escondido isso de mim? Eu até agora não entendia o porque dele está me perseguindo, estava assustado e você escondia isso de mim.
Eu o abracei: Dan calma!
Ele começou a chorar...
Ele: Ele estava tentando abusar de mim e você me escondia o tempo todo essa história.
Eu: Desculpe, eu não sabia como te falar.
Ele: Você não amava a mamãe. Porquê casou?
Eu: Está enganado Dan, eu sempre amei sua mãe, depois de você ela foi a pessoa mais especial da minha vida.
Ele: Dúvido muito, eu estava correndo riscos, com medo, assustado e este tempo todo você me ocultou a verdade.
Eu: Dan só estava tentando te proteger.
Ele riu...- Sério? Eu não sei mais o que pensar.
Eu: Eu te amo.
Ele: Vou dormir com o Jimmy.
Eu: Dan, por favor, você não pode fazer isso, vou passar a noite com medo que ele te faça algum mal.
Ele: Seria ótimo, não ligo mais, tudo que eu quero é morrer logo de vez, não aguento mais isso tudo.
Ele saiu.
Mas que droga, Phil está mesmo conseguindo afastar Dan de mim.
Fui atrás dele com ódio...
Eu: Com que direito você contou todo nosso passado ao Dan?
Phil: Eu não contei nada, o problema é que quando estou com ele perco a cabeça, não o vejo sabe... Vejo aquele Peter, então o chamei de Peter sem querer.
Eu: Seu doente! Olha, não quebro sua cara novamente porque tenho medo da nossa mãe ouvir... Dessa vez você está tendo sorte, ela está doente e não quero ela mal por minha causa.
Saí...
Dan tem que me perdoar.
Dan narrando...
Entrei no quarto do Jimmy e deitei na sua cama devagar, Lisa não estava com ele, na verdade ela tinha algo importante para fazer do seu curso e foi para casa de umas amigas, iria passar todo o fim de semana.
Continuando... Deitei devagar e comecei a chorar, não sei porque minha vida é tão complicada... Ele tinha ido longe demais, me esconder uma bomba dessas? Nem sei se o conheço mesmo, se ele realmente amou minha mãe ou se sempre foi gay...
De repente Jimmy me abraça dormindo e eu tenho um susto...
Eu o empurro: Jimmy?
Ele ressonando: Lisa...
Eu: Jimmy acorda!
Ele tem um susto...
Eu: Calma sou eu.
Jimmy: O que você está fazendo aqui?
Eu: Briguei com o papai.
Jimmy: Porquê?
Eu: Prefiro não falar.
Virei de lado e acabei dormindo...
No dia seguinte acordei com papai na cama no lugar do Jimmy...
Ele estava acordado me olhando...
Ele: Temos que conversar. Dan me fala, no que você tem tanto problema nesta história para a gente tentar resolver?
Eu: O problema é que minha cabeça deu um nó, é complicado, você tem que entender... Não sei mais se você amou minha mãe ou casou com ela para se esconder e sempre foi gay.
Ele: Dan, eu nunca faria isso... Amor eu realmente amava sua mãe, mas também te amo... Me envergonho de dizer, houve um momento, lá no inicio da minha relação com o Phil que ele ainda me tratava bem que também senti algo... Mas hoje só sinto repugnância, se voltasse atrás não teria nunca caído na sua armadilha.
Eu: Você sente atração por outros homens?
Ele: Bem, nunca prestei tanta atenção assim. Por exemplo: Quando seu amigo Taylor me beijou, não senti absolutamente nada, já você me deixa louco...
Achei fofa a maneira dele se abrir comigo.
Ele continua: Mas sinto por outras mulheres, não vou mentir para você... Porém o que sinto por você Dan é mais forte que tudo o que já senti por qualquer pessoa... Eu não sei explicar com palavras, só em te olhar, em pensar em você, eu já fico louco...
Eu: Então pode-se dizer que você é bi...
Ele: Bem, se é para rotular, sim. Mas me considero gay porque o único que quero na vida é você, pode vir 1000 mulheres e eu ainda escolho você.
Eu o abracei...- Paizinho porque esconder algo tão importante assim de mim?
Ele: Eu tinha medo da sua reação, medo de te perder.
Eu o beijei e Jimmy entrou...
Jimmy: Nada de sexo na minha cama!
Nós rimos...
Naquele mesmo dia minha avó receberia os resultados dos exames, descemos lá para baixo, sentei no colo de dele, tio phil passou por nós e papai me abraçou, estavam todos lá...
O doutor da família veio nos avisar, ele não estava com uma cara muito boa, entrou e sentou com todo mundo...
Doutor: Eu vou ser bem verdadeiro com todos, pela amizade que tenho por vocês, a Hilary(minha avó) tem câncer.
Candy: O quê?
Phil: Mas há tratamentos e podemos fazer...
Doutor: No caso dela, já não há mais cura. Deu metástase. Ela tem meses, semanas ou dias de vida...
Ela: Bem, posso lidar com isso, quero conversar com você a sós.
Doutor: Claro.
Peter narrando...
Dan balançou a cabeça em negativo...
Ele: Não. É mentira!
Eu: Calma Dan.
Ele: Não, não, não...
Saiu correndo...
Fui atrás dele...
A porta do quarto estava fechada, desci.
Eu: Candy você tem as chaves das portas?
Ela limpou as lágrimas. - Sim, estão no sótão.
Eu: Obrigado.
Eu estava um pouco aério com a noticia, mas tinha que me manter forte por o Dan.
Peguei as chaves e fui abrir a porta do nosso quarto...
Dan estava deitado com a cabeça afundada nos travesseito, chorava tanto que seu corpo se contraía pelos soluços...
Eu: Dan?
Ele se virou, seu rostinho estava vermelho e molhado...
Ele: Ela é a única mãe que tive, sei o que é ter uma mãe por causa dela e agora vou perdê-la também...
Dan sempre teve um certo problema com mortes, desde a morte da Daniela, ele era criança mas nunca esqueceu a dor.
Ele continuou: Não é justo, não é justo comigo... quem eu vou ter agora para fazer cookies para mim, para me mimar e me dá carinho?
Eu: Para te mimar e te dá carinho eu sempre estarei aqui, e com relação aos cookies eu posso aprender.
O abracei forte e ele chorou, deixei ele chorar o quanto pôde até pegar no sono.
Minha mãe: Como ele está?
Eu: Nada bem. E você?
Minha mãe: Deixe-me a sós com ele.
Eu: Ok.
Fiquei olhando por um pequeno espaço da porta ela deitando ao lado do Dan e alisando seus cabelos, cantando para ele dormir. Dan acordou e ela o abraçou...
Dan: Porquê? Porquê você vai me deixar?
Ela: Eu não vou te deixar meu bem, nunca vou te deixar... Deixe-me te contar um segredo: Você é o neto que eu mais amo.
Dan: Vovó, eu não quero que você vá, isso é tão injusto.
Ela abraçava Dan e mexia em seus cabelos...
Ela: Não é injusto Dan, eu já vivi tanto, já fui tão feliz, se já chegou minha hora eu só posso aceitar.
Dan: É injusto comigo.
Ela: Dan, esteja onde eu estiver, eu nunca vou te deixar, nunca.
Eu me retirei e os deixei conversando, fui lá para baixo e abracei Candy, nós choramos muito, Phil estava sentado chorando também...
Jimmy: Onde está o Dan?
Eu: Conversando com ela.
Candy: Vai ser difícil para ele.
Eu: Vai sim.
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Beijos gente.