Olá galera tudo bem? Trago aqui para vocês o meu primeiro conto. Espero que gostem, tenho uma grande história em minha cabeça, se gostarem eu continuo, portanto avaliem e comentem por favorNaquele momento a única coisa que eu fazia era observar e sorrir para lua, aquele brilho intenso que penetrava a janela do meu quarto e inundava meus olhos me fez refletir sobre minha vida e todas as mudanças que eu tinha passado.
Começou quando eu tinha 12 anos, tinha acabado de abrir os olhos, eram 6:00 da manhã de sexta-feira, levantei e fui para o banheiro, tirei minhas roupas e olhei no espelho, lá encontrei um rosto rechonchudo com grossas sombrancelhas, olhos verdes claros que se destacavam e cabelos pretos e lisos, além de um corpo que demonstrava os problemas de um garoto que vivia de fast-foods e alimentação não balanceada. Tomei banho e vesti meu uniforme(camiseta branca com o símbolo da escola no peito e meu nome com o ano em que eu estava cursando bem nas costas, onde podia-se ler George Anthonys-7°ano A; calça jeans e tênis), coloquei meu relógio que tinha ganho do meu pai, sai do quarto e fui até a cozinha.
- Oi mãe, bom dia.- falei com o pouco de sono que ainda restava.
- Bom dia querido! Já preparei seu café, torradas com geléia e suco de laranja, não demore, saímos daqui a quinze minutos ou iremos nos atrasar.- disse ela com pressa me dando um beijo no rosto e saindo da cozinha.
Terminei meu café, subi para meu quarto peguei minhas coisas, coloquei meu fone de ouvido e fui para o carro, onde minha mãe já esperava.
Saímos de casa e eu aproveitei para olhar a paisagem com sempre fazia, morava em uma cidade do interior, mas bem movimentada e grande, cerca de 450 mil habitantes, onde levava uns 30 minutos até chegar na minha escola.
- Lembrou de pegar seus materiais para aula de inglês de hoje à tarde? – fui despertado das minhas ativades pela pergunta da minha mãe.
- Sim mãe peguei, mas não preciso mais de aulas, papai paga elas pra mim desde quando eu tinha 5 anos. – respondi impaciente.
- Eu sei que você já sabe muito sobre a língua George, mas seu pai te liga todo sábado e ele ainda não fala muito bem o português, além disso, você sabe que não gosto de conversar com ele,então é melhor você conversar. – respondeu impaciente e irritada.
- Ainda não entendo essa raiva que você sente por ele, já fazem 8 anos que vocês terminaram e ele voltou pros Estados Unidos, e ele sempre ajudou nas minhas despesas e se preocupou comigo.
- Mas nunca esteve presente nos momentos mais importantes da sua vida, nunca veio te visitar ou te dar apoio. –ela falou com se fosse um ultimato.
- O.k – terminei com a conversa, cansado de discutir sobre o mesmo assunto, ou falar sobre meu pai que me trazia vagas lmebranças e muita saudade, pensando sobre as brincadeiras de mal gosto que teria que ignorar ou enfrentar na escola por ser considerado o mais gordo e o mais esquisito (afinal não é todo garoto de 12 anos que não tem amigos e fica isolado, em vez de se divertir ou pensar em garotas, inclusive, não pensava muito em garotas, já tive sim curiosidades de sentir o gosto do beijo de uma garota, mas sempre tive mais interesse e curiosidade pra saber como era beijar um garoto).
O carro parou na entrada principal da escola, já ia descendo quando escuto a voz da minha mãe:
- George Anthonys, não se esqueceu de nada!?
Voltei, dei um beijo em seu rosto e disse:
- Te amo mãe.
- Também te amo filho, boa aula, te pego aqui as 18:00. – disse me retribuindo o beijo no rosto.
Olhei para aquele aglomerado de jovens e adolescentes entrando pelo portão e segui em frente, pensando que seria um dia normal e igual a todos os outros, infelizmente eu estava errado, entrei e fui para a sala mas tinha uma sensação estranha, um pressentimento ruim, sentei na quarta carteira da terceira fileira como sempre e fiquei esperando a professora de biologia chegar. De repente, vi uma sombra, tinha algúem parado do meu lado, era ele, Victor Bragantino, o terror da minha vida escolar, um garoto alto pra idade (1,73m, olhos castanhos, cabelos pretos, moreno, começando a definir o corpo por causa da academia e do basquete, era o melhor jogador do time júnior da escola):
- Olha quem já chegou, o porquinho da sala, mamãe deu mais comida pra fazer gordura com sua banha futuramente? – disse ele com um sorriso e um olhar maldoso. Todos da sala riam e juntaram-se em um coro “PORQUINHO! PORQUINHO! PORQUINHO!”.
Eu já nem me importava mais com aquelas brincadeiras, não dava bola, ficava quieto no meu canto, mesmo tendo 2 centímetros a mais que Victor nunca tive coragem de revidar, me sentia intimidado e submisso, aprendi a ignorar como forma de defender-me dele. Não respondi nada, continuei apenas ouvindo a palavra “PORQUINHO” de olhos fechados esperando a professora chegar, mas ele não parou por aí, e como última ofensa pegou pesado:
- O gato comeu sua língua porquinho? Ou papai não ensinou você a falar? Ah me esqueci! Papai abandonou o porquinho, deve sentir vergonha de você, de como você é: gordo e esquisito, tenho dó da sua mãe, aguentar um muleque que não traz orgulho para ninguém deve ser muito difícil!
Dessa vez não dava pra ignorar, eu me sentia estranho, senti uma lágrima escorrer do meu rosto, pela primeira vez estava com muita raiva, cerrei meus punhos involuntariamente, não queria que ele falasse isso da minha família, principalmente da minha mãe, sabia que ela sempre teve orgulho de mim e meu pai não havia me abandonado, sempre se procupou comigo, só estava longe de mim, e pelo que eu conversava com ele ainda gostava da minha mãe, não aguentaria vir e ficar perto dela sem poder tocar ou conversar com ela, levantei com raiva da cadeira olhei com muita raiva para ele e acertei um belo soco em seu nariz gritando:
- CALA A BOCA – todo mundo parou de rir, ficou sério e olhou Victor caindo no chão com a mão no nariz.
Todos ficaram boquiabertos, ninguém acreditava, nem mesmo eu, que tinha revidado uma provocação que há anos ignorava, a professora logo chegou na sala, Victor rapidamente se levantou e foi até meu ouvido:
- Isso não vai ficar assim porquinho! – diregindo-se ao seu lugar no fundo da sala e juntando-se a sua turma de depravados.
Senti muitos olhares sobre mim, mas me deparei com um garoto sorrindo, também pertencente ao time de basquete, Erico Fernandez (ruivo com algumas sardas no rosto, olhos azuis claros, corpo também começando a se definir, branco, 1,71m) e pela primeira vez em muitos anos retribui o sorriso para uma pessoa desconhecida, que era da escola e muito lindo(espera, “lindo?” enfim eu estava bem, me sentia em paz, não estava mais com sentimento de submissão e me senti alegre por alguém me obervar e sorrir pra mimCONTINUA.... Comentem galera, por favor, preciso saber a opinião de vocês.