Felipe, Meu amor de infância (8)

Um conto erótico de Menino do Rio
Categoria: Homossexual
Contém 1521 palavras
Data: 21/01/2015 01:54:33

A caixa era de tamanho médio, o urso pequeno era um Mickey, parece infantil né? Mas sempre fui fã de desenhos animados e sem duvidas o Mickey é o favorito. Isso me deixava encabulado pois ele lembrava de detalhes que até eu havia esquecido. Foi inevitável cheirei aquele urso como se ele fosse o próprio Felipe, o cheiro era o mesmo do dia de nosso reencontro, era um cheiro forte emadeirado. Dentro da caixa havia ainda dois papeis, sendo um maior que o outro. No primeiro e menor dizia:

" No fundo da caixa você vai achar um pendrive com uma música que vai poder dizer tudo que sinto nesse momento, não leia o segundo agora, te conhecendo bem você abriu essa caixa sem ao menos chegar em casa. Fique bem, Lipe. "

Li aquele papel com um sorriso bobo no rosto, daqueles que a gente não contém. Ele me conhecia muito bem, me contive e não abri o segundo papel até mesmo por que não me sentia preparado pra isso. Cheguei em casa olhei novamente para a caixa e ainda assim não me sentia pronto. Em compensação aquele primeiro bilhete eu lia repetidas vezes sem conter o riso e algumas lágrimas.

Deitei em minha cama e fiquei ali a pensar, porque esse garoto tinha que voltar, minha vida tinha sido tão normal nos últimos anos, desde que terminará com Vitor eu não tinha namorado mais ninguém, eu tinha uns casos e pregação até porque ninguém e de ferro. Depois de tantos anos, depois de tanto tempo, por que Deus eu não tinha feito mal a ninguém pra merecer aquilo. E ainda minha mãe, eu não sabia o que ela estava pensando, ela não falava nada. Peguei o telefone e liguei pro meu pai.

- Alô? Pai?

-Oi filho, você chegou bem? Como foi de viagem?

-Bem Pai, mas e a mamãe como ela ta?

- ah filho, melhor não falar disso agora, deixa ela esfriar a cabeça e depois vocês conversam.

- ok Pai, vou dormir. - já disse isso segurando para não chorar. - tchau!

Nessa hora não segurei o choro, foi um choro doído, um choro que vinha da alma. Não tinha como aceitar aquilo. Como já estava deitado, peguei no sono de roupa e tudo. No dia seguinte pela manhã levantei, fiz minha rotina de todas as manhãs. Desci à praia corri dei um mergulho e voltei pra casa.

Acho que agora seria a hora de abrir aquela caixa e ver o que me aguardava. Peguei o Pendrivre liguei no PC e havia apenas uma música ( Porto Seguro - Banda Downhill). Tomei coragem e abri o bilhete, nele encontrei algumas letras borradas que dizia:

"Antes de ler da o Play na música que está no pendrive, quero que você sinta e saiba o que eu estou sentido e essa música diz tudo;"

Dei o Play e começou. Olha se eu fosse vocês, também ouviria, a música e linda mas cuidado alto risco de depressão. Nos primeiros acordes me arrepiei. A música já começava falando

- A felicidade me encontrou

Eu que não soube aproveitar

Eu que não soube dar valor a quem só queria me amar

E agora me arrependo por não estar com você ...

Criei coragem e comecei a ler o bilhete que continuava

" Cada segundo daquele dia em que te reencontrei só não foram os melhores da minha vida porque nem se comparam ao dia que te conheci. Eu sei que você me ama, pude ver isso na sua alma aquele dia no cruzeiro, aquele beijo foi o melhor da minha vida e da um baita banho naqueles nossos desajeitados no inicio da nossa vida. Sua mãe, nem a minha tem o direito de dizer o que ou quando faremos, você e a minha razão de viver e por todos esses anos nem se quer por um segundo eu esqueci de você. A Emilly surgiu na minha vida e me ajudou quando eu mais precisei e gosto muito dela mas e você que eu amo. Não me abandona, você e o meu porto seguro, meu começo e meu fim!"

Desabei, estava ali sozinho sem ninguém nem pra dar se quer um colo pra chorar. Olhando pro lado vi o urso o peguei e quando aproximei de mim veio o perfume dele. Nossa por um instante tomei ódio dele, ele havia pensando em tudo! Ele tinha preparado a música, o bilhete e a companhia. De fato ele me conhecia muito bem e isso e uma arma forte que ele tinha contra mim. Me levantei fechei as cortinas, tranquei a porta e me joguei em minha cama, ainda não eram nem meio-dia mas, a claridade me incomodava e sentia um mal estar muito grande. Chorar já era algo que eu não conseguia mais, não tinha mais lágrimas o que me restava era apenas uma forte dor de cabeça e a companhia de um urso de pouco mais de 20 centímetros. Num ato de loucura ou de desespero, fui ao armário de remédios e tomei uns 8 comprimidos de analgésicos, a dor que sentia era muito forte. Me deitei e dormi, acordei com 26 chamadas perdidas no celular, de um número desconhecido e a campainha tocando de forma alucinada. Ergui a cabeça do travesseiro, achava que tinha dormido algumas horas mas na realidade ja era outro dia. O relógio na parede da sala apontavam 17h do dia 28 de dezembro, custei a crê que havia dormido mais de 24 horas, o barulho da campainha me lembrava o por que de dormir tanto, a cabeça ainda latejava de dor e meu corpo parecia ter passado em um moedor de carne. Com grande dificuldade cheguei à porta e abri.

Custei a crer em quem estava ali na minha frente, senti um nó na garganta e o coração disparar.

- Que saudade!! Acabei de chegar e não pude esperar tinha que te ver. Liguei pra você milhões de vezes mas não atendeu.- disse aquele cara branquelo de cabelo meio jogado na cara, um belo cavanhaque e um corpo muito melhor do que eu havia visto da ultima vez. A altura não mudará muito cerca de 1,75 mas estava mais forte.

Eu ainda tentava me recuperar da surpresa, mais logo ele veio me abraçar. Ao me abraçar ele se assustou e disse:

-Cara tu ta muito quente! - pondo a mão na minha testa.

Eu não estava me sentindo bem de fato, a surpresa era tamanha que a única coisa que conseguir dizer foi:

- Acho que estou gripado - ainda meio perdido.

O que raios Vitor fazia ali? Mais que fase... Primeiro Felipe agora Vitor ressurgindo do rejunte do azulejo? Era praga? Castigo ?

Com cara de surpresa segui sendo arrastado por Vitor até o quarto. Lá ele me deitou em minha cama e correu a cozinha. Quando voltou veio com uma xícara na mão e um comprimido na outra. Acabei pensando alto

- Mais comprimidos

Ele sem entender perguntou o que havia falado e apenas justifiquei que estava pensando alto.

- O que você quer aqui depois de tanto tempo? - perguntei num tom meio grosseiro.

- Nossa cheguei aqui não dei nem atenção a minha família e corri pra te ver, chego aqui te vejo desse jeito te cuido e assim que você agradece? - disse ele já se levantando e indo em direção a porta.

- Desculpa, eu não estou bem - falei deixando uma lágrima cair - muita coisa acontecendo e to meio perdido.

- Porque você está assim?

Contei toda a história com Felipe, o reencontro com ele, Emilly, o modo como minha mãe estava comigo e por fim o embrulho no dia que vim embora. Ele ouviu tudo pacientemente e quando terminei ele me deu um abraço. Aquele abraço me fez me sentir vivo, amado e acolhido. Aquele abraço era tudo que eu precisava e pensando bem o Vitor sempre foi o que eu precisava nas horas e lugares certos.

Me sinta ainda dolorido mas agora ali nos braços de Vitor me sentia seguro. Ficamos juntos o resto do dia, ele sempre ria me dando ordens de repouso, se dizia médico rs Sempre necessitava lembrar a ele que ele e veterinário riamos e nisso passou o dia. A noite já me sentia bem melhor.

Ele disse que precisava ir e fui levá-lo a porta, aquela tarde havia sido muito agravei, já próximo a porta ele me puxa pelo braço e beija. Não conseguia resistir, a pegada dele é simplesmente AAH PEGADA! O beijo que então começou forte e violento ia terminando manso e tranquilo, ele me olhou e disse Boa noite indo embora.

Fui em direção a cozinha tomar uma água e fôlego, não podia acreditar que os mesmos sentimentos de anos e anos atrás voltavam mais atuais e reais do que nunca. Quando chego ao quarto vejo em cima da mesinha o Mickey, o bilhete e o pendrive... E agora o que fazer? Que caminho seguir?

Galera ta ai mais um, obrigado por todos os comentários e pelos emails de contato. Tenho maior prazer em responder e conversar com todos!!! Muito obrigado Greomateus, M/A, ale.blm, anjo apaixonado, Evan Greene, Sterlan, Ulqui, Melk Serra, Irish, Negamalandra, IceWolf, viinikauan e NickTheOne. Vejo vcs em breve!!!

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Comentários

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É muito homem para um rapaz só rsrs, sonda o teu coração e veja o que ele te diz!!!! 💓👏😍✌

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Moleque a cada capítulo uma surpresa, mas que "sofrência" hem. Não sei se está história já se consumou, ou se encontra no caminho. Mas se fosse vocês enfrentava essas duas ... ( sua mãe e a dele), você já tem o apoio de seu pai, só basta saber a posição do pai dele que ainda você não nos disse. Ele também deve parar de iludir a pobre moça se ele não a ama e viver a vida dele contigo. Abraço

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Muito bom.mais seu amor é o lipe.

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Rapaz teus contos estão incríveis, e pfvr não demora a postar o próximo, estou acompanhando viu!? Abraços!

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Hey Dan seu fofo que situação confusa e chata é essa. Já passei por algo parecido, mas que nao vem ao caso. Bem, deixa seu coração te guiar e a mente falar amigo, é a coisa certa a se fazer corretamente. Lembre-se: Quem comanda é a mente, o coração apenas noa guia ao alvo certo. Haha,confesso que chorei, sua historia é tocante. Um beijo ☆♥*^▁^*

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Na dúvida que tal um romance a três? Rsrs... (brincadeirinha), bom. Que situação né, mas se tem dois afim é melhor que nenhum na fila - se fosse comigo a coisa seria diferente, provavelmente eu escolheria o menos bonzinho dos dois - sei lá, mas os malvados me atraem perigosamente na hora H e no amor, se bem que... Poxa, agora estou confuso - o jeito é deixar que o coração diga - Beijos!

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Nao creio que o Victor voltou! Logo agora! E ainda te beija sabendo de seu amor por Felipe...

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