SEXO NA AREIA DA PRAIA

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2717 palavras
Data: 23/01/2015 09:41:34

TAXISTA – Parte Doze

Não houve foda de despedida. Eu quis que fosse assim. Queria ter boas lembranças da morena, policial federal, que não fosse sexo após separação. Estive, realmente, apaixonado por ela. Mas era difícil competir com o meu pai. O velho sabia das coisas. A morena disse que ele havia sido a única pessoa por quem tinha sido apaixonada sem sentir ciúmes, apesar de saber que ele era casado e possuir uma longa lista de mulheres lindas e todas afim dele. Depois se apaixonara pelo gigolô saradão, que também era sustentado pela coroa que já fora miss Brasil. Também não sentia ciúmes dele. O problema era que ele vivia assediando sexualmente menores pela Internet. Isso ela não podia admitir! Portanto, teve que pedir a Cassandra que o punisse, como fazia com os tarados estrangeiros. Depois disso, perdeu o interesse por ele. No entanto, passou a ter ciúmes de mim. Era um ciúme doentio que até a levou a me colocar sob vigilância constante. Desse modo, ficou sabendo das minhas aventuras sexuais. Sentiu um ciúme tão forte como nunca sentira na vida.

Mas havia outro motivo: o disfarce que ela e o irmão travesti usavam para punir os aliciadores de menores para prostituição tinha sido descoberto e, por pouco, não perdemos nossas vidas. Cassandra havia resolvido mudar de tática e de local. Iriam morar em outro estado onde não fossem reconhecidos. O comando da polícia também havia decidido isso. E para ela era melhor pois tentaria me esquecer. Admitiu um grande amor por mim, e não estava pronta para conviver com esse sentimento. Portanto, tinha que me deixar. Vá entender as mulheres!?...

Então nos separamos definitivamente. Ela ainda quis foder uma última vez, mas eu preferi deixá-la apenas com um beijo na face. Assim seria mais fácil esquecê-la. Ficou chorando no quarto do motel onde estávamos e fui embora. A recepcionista, para minha sorte, já havia largado. Eu também não estava disposto a encará-la. Estava triste, por isso decidi antecipar meu turno. Dirigi-me para o meu ponto de táxi, na Praça do Derby. Era muito cedo e não estava lá nenhum dos meus companheiros. Mas aos poucos foram chegando e suas conversas bem-humoradas foram afastando minha tristeza.

Por volta das dez da manhã, eu ainda não havia descolado nenhum passageiro. Dei umas voltas pela cidade, em vão, e retornei ao meu ponto. Passei a ser o último de uma enorme fila de carros. Havia comprado um jornal para ler e passar o tempo, quando vi um trio de homens bem vestidos caminhando em direção ao ponto de táxis. Um deles, de terno preto, tinha um papel na mão e conferia as placas dos veículos ali estacionados. Outro, vestido com roupas idênticas, o ajudava a procurar. O do meio, mais velho que os dois, era bem mais distinto e nem se preocupava em olhar para as placas. Quando me avistou, apontou-me discretamente para os homens de preto. O que tinha o papel na mão conferiu a placa do meu carro e todos caminharam em minha direção. Fiquei cismado...

Entraram em meu carro e todos, ao mesmo tempo, me desejaram um bom dia. O tal cidadão que se distinguia entre os outros se sentou ao meu lado, olhando-me diretamente nos olhos. Perguntei se estava acontecendo algo que eu não sabia. Respondeu-me sorridente que viera até aquela capital para encontrar o namorado da sua filha, mas antes queria conhecer melhor a cidade onde ela tinha escolhido para viver. Perguntei se queriam visitar algum lugar, em especial, e o senhor respondeu-me que deixava isso por minha conta. Um dos que estavam sentados atrás, que agora me pareciam meros guarda-costas, falou que eu não me preocupasse com o valor da turnê. Agradeci e dei partida no carro, enquanto o coroa pegava o jornal para dar uma olhadela. Levei-os primeiro para conhecer a cidade de Olinda, vizinha ao Recife. Mostrei suas praias, percorremos suas ladeiras e chegamos ao Alto da Sé, ponto turístico tradicional. Lá, descemos todos e comemos umas tapiocas feitas na hora, acompanhadas de sucos de frutas frescas. Depois fomos a outra barraquinha e tomamos um caldo de cana moída naquele instante. Todos elogiaram o sabor.

Levei-os para conhecer Itamaracá, depois as praias de Maria Farinha e Pau Amarelo. O senhor distinto quis que entrássemos em uma loja de roupas e comprássemos trajes de banho. Pegamos umas toalhas, sandálias, calções e mais algumas coisinhas e saímos dispostos a curtir o esplendor do sol. Lembrei-me então da praia de Maracaípe, onde meu pai havia me levado quando eu era ainda guri. Para chegar lá, tivemos que percorrer uma trilha sinuosa por dentro da mata. Mas a caminhada a pé, carregando cadeirinhas de praia, vestidos de bermudas e camisas leves, valeu a pena. O lugar continuava belíssimo. Um verdadeiro paraíso. Armamos as cadeiras na areia e sentamos nelas. Uma ficou sobrando, como se estivéssemos esperando alguém. Avistamos por perto uma única casinha de pescador. Pouco depois, uma figura feminina, metida num vestido simples, se aproximou de nós.

Ela era uma garota de uns vinte anos, de cabelos longos e castanhos, bonita e muito bronzeada. Mas de uma beleza simples, brejeira. Cumprimentou-nos a todos e perguntou se precisávamos de algo. Um dos guarda-costas perguntou se ela tinha cervejas. Falou que havia umas poucas em temperatura natural. Mas, se quiséssemos, ela poderia mandar alguém comprar gelo. Enquanto isso, ela nos prepararia um peixe frito à moda da casa. Garantia que nós todos iríamos aprovar. O senhor distinto deu-lhe algum dinheiro e pediu que nos trouxessem uma grade de cervejas geladas. Ela disse que não teria onde armazenar tudo aquilo. Então ele deu-lhe mais alguma quantia para comprar um grande isopor e gelo suficiente. Ela agradeceu efusivamente com um beijo em seu rosto. Ele corou. Pouco tempo depois, um senhor partia num barco a motor em direção ao povoado mais próximo. Ela disse que era o seu pai, um velho pescador. E já nos trouxe a primeira amostra do que sabia fazer na cozinha: uns caldinhos de peixe deliciosos. Todos nós aprovamos a iguaria com louvor.

Quando o pai dela voltou com a grande caixa de isopor no barco, todos nós aplaudimos de pé. Os dois guardas-costas o ajudaram a trazer as cervejas imersas em muitos cubos de gelo e convidamos o dono da casa a se sentar conosco. Ele não se fez de rogado. Disse que dificilmente alguém aparecia por ali e cerveja era líquido raríssimo por aquelas bandas. Não havia energia elétrica no local. Usavam um velho gerador de tração, que fornecia energia por quatro ou cinco horas. Para nossa surpresa, mandou-nos tirar toda a roupa. Mesmo os calções de banho. Ali, costumavam estar todos nus. Só estavam vestidos porque nos viram de longe, quando nos aproximávamos. Mas, como já havia percebido que éramos cidadãos de bem, confiava na gente. Foi dizendo isso e se despindo totalmente. Gritou pedindo mais um copo à filha. Ela assomou a cabeça na janela e, vendo-o despido, quando veio trazer o copo estava toda nua também.

Foi um constrangimento geral. Fiquei de pau duro quando vi aquele corpinho bronzeado, peitinhos pequenos, mas firmes, aquela púbis de pelos claros crescidos, aquelas pernas perfeitas. Levei instintivamente as mãos ao pênis que parecia querer pular do calção. Olhei em volta e só o pai dela, nu, estava sem ereção. Ria às gargalhadas de nós, que não conseguíamos conter o tesão. Apontava para o senhor distinto, que também não conseguiu esconder seu cacete duro. A mocinha parecia achar todo aquele excitamento natural. Disse que podíamos ficar totalmente nus, como o seu pai. Ela mesma tirou a bermuda e o calção do senhor mais velho, que ficou vermelho de vergonha. Então, ele exigiu que ficássemos pelados, também. Ficamos.

Parece que a nudez nos deixou mais à vontade para falar. O senhor distinto contou ser um rico empresário, que vivera a vida toda para seu trabalho. Passava pouco tempo com a família, só pensando em ganhar dinheiro. Era viúvo, mas se amancebara logo depois com uma mulher bem mais jovem que ele, mesmo ela dizendo ser apaixonada por outro. Insistiu tanto que acabou comprando o seu amor. Mas como ele pouco lhe dava assistência sexual, cansado das longas jornadas de trabalho e viagens a negócios, ela acabou procurando outros parceiros. Tinha uma filha do casamento anterior que cobrava sempre a sua presença e já não lhe dava ouvidos. Virara uma jovem rebelde, dona de si. Agora cismara de casar e a família sequer conhecia o pretendente. Como já deserdara a atual companheira, queria saber quem era o namorado que um dia ficaria responsável pelo enorme patrimônio que ele havia construído. Sabia-se doente e que não tinha mais tanto tempo de vida. Esquecera-se de viver. Por isso resolvera fazer aquela viagem de turismo. Era a primeira vez em toda a sua vida que se dava o luxo de curtir um dia inteiro sem fazer nada que lembrasse trabalho.

Eu também fiz um resumo de minha vida (claro que escondendo as minhas aventuras sexuais recentes). O distinto senhor me olhava com grande atenção, mirando-me diretamente nos olhos, como se quisesse ver se eu estava mentindo ou não. Nesse ínterim, veio o prato principal feito pela bela mocinha: um peixe albacora enorme, fritado com uma mistura de ervas e verduras. Eu nunca havia comido algo parecido. Nem tão gostoso. Todos nós elogiamos a comida. Ela, no entanto, pegou o senhor pela mão e levou-o para o mar. O pai não pareceu se preocupar com isso. Pediu-nos segredo e disse baixinho que, como não havia muita gente nas redondezas, a filha era a única mulher em quilômetros e mais quilômetros de distância. A mãe morrera de parto do último dos quatro filhos que tiveram. A moça era a mais velha, que o ajudou desde cedo a criar os irmãos. Passou a ser sua segunda esposa, depois que cresceu e teve sua primeira menstruação. Os irmãos também a usavam para sexo, até que resolveram partir para a cidade grande. Ela, coitadinha, nunca quis ir também para não deixar o pai sozinho. Então ele, o pai, sempre torcia pela oportunidade de aparecer alguém que a levasse dali. Assim, finalmente poderia morrer feliz.

Ao ouvir isso, todos nós olhamos em direção a dupla que estava brincando no mar. Ambos pareciam muito felizes. A mocinha mergulhava e nadava para mar adentro, chamando o coroa. Este se aventurava a segui-la. Depois fugia dele, voltando em direção à praia, e ele a seguia em nado desengonçado, porém vigoroso. Em dado momento, pararam com água pela cintura e ela se atirou em seus braços. Beijou-o demoradamente na boca e ele retribuiu o beijo com fervor. Depois, escorregou pelo peito dele e agachou-se entre suas pernas. Ele olhou em nossa direção, encabulado, e todos nós viramos o rosto para o outro lado, fingindo que não estávamos vendo aquilo. Quando olhei novamente, o coroa estava de rosto para cima, curtindo a chupada que ela lhe dava no pau, contendo o fôlego por estar submersa. Emergiu, beijou-o novamente nos lábios e depois o puxou para a areia, deitando-se os dois nela.

Começou a lambê-lo desde as pontas dos dedos. Depois foi subindo entre as suas pernas até abocanhar-lhe o pênis. Chupou-o e masturbou-o com muito carinho, até perceber que seu membro pulsava firme. Então, sentou-se naquele caralho cheio de veias. Fê-lo de forma tão sensual e lasciva que mais uma vez todos ficamos de pau duro, inclusive o pai dela. O velho começou a punhetar vagarosamente seu cacete, sem tirar os olhos do casal. Tomamos coragem e fizemos o mesmo. Eu sentia cada mamada dela como se fosse no meu próprio pênis. E quando ela se enfiou no coroa, eu quase gozo fantasiando aquela buceta caliente engolindo meu mastro latejante.

Depois de ter espasmos de gozo em sua vulva, a mocinha virou-se de costas. O coroa levantou-se, ajoelhou-se perto dela e lambeu-a entre as nádegas com grande maestria. Ela se contorcia de prazer com as suas carícias. Puxou-o de encontro a si e se aninhou em seu pau. Ele, cuidadosamente, lubrificou o pênis e enfiou com carinho na bunda dela. Ela serpenteava as ancas, mantendo-o dentro de si. Ele aumentava os movimentos, segurando-a pela cintura. Nós apressamos o ritmo das nossas mãos, cada um de olhar fixo naquela cena demasiadamente excitante. O mar fez suas águas lamberem os corpos do casal, lançando uma onda mais forte sobre eles, molhando-os totalmente. O coroa gozou com um urro demorado de prazer. Cá, nós quatro ejaculamos quase ao mesmo tempo, lançando esperma longe. O pai da mocinha descansou a cabeça no encosto da cadeirinha. Os dois seguranças limparam as mãos na areia. Eu preferi pegar uma garrafa de cerveja dentre os cubos de gelo, abri-la com os dentes e tomar um grande gole do gargalo, sem me preocupar com o esperma que me lambuzava os pentelhos.

Já anoitecia quando resolvemos voltar para o Recife. O casal passara o tempo todo longe de nós, no maior amor. Ambos demonstravam estar muito felizes. Ele se despediu prometendo voltar. Ela caminhou conosco, de mãos dadas com ele, pela longa trilha entre a mata. Até chegarmos ao meu táxi, que havíamos deixado entre umas folhagens, quase invisível a quem passasse por acaso por ali. A mocinha se despediu de todos nós com um beijo na boca, mas claro que o beijo mais apaixonado foi para o coroa. Ele não disse mais nada. Apenas sorriu agradecido. Ela também lhe sorriu de uma forma muito carinhosa, com lágrimas nos olhos. Fomos embora em silêncio. Por mais de meia hora não dissemos uma só palavra. Até que o distinto coroa pediu suas vestes (estávamos agora só de calção de banho) e pegou um talão de cheques e uma caneta. Esteve por um tempo escrevendo e pediu que os dois empregados assinassem atrás da folha, como testemunhas. Fizeram isso, mostraram a ele e finalmente um deles guardou tudo no bolso de um dos paletós que estava perto. O coroa pediu-me para parar, pois estava querendo urinar. Esteve mijando em uma árvore à beira da estrada deserta, enquanto um dos seguranças saiu do carro e sentou ao meu lado. O coroa retornou, me agradeceu e aninhou-se no banco onde o empregado estivera sentado. Ali, adormeceu.

Quando já avistávamos as luzes da cidade, vindo pela rodovia de pouco movimento, eu percebi que ambos os guarda-costas tinham lágrimas nos olhos. Parei o carro e perguntei o que estava acontecendo. O que estava no banco de trás agarrou-se com o coroa, num choro convulsivo. O que vinha ao meu lado, também às lágrimas, me disse que o patrão acabara de falecer. Seu velho coração não havia aguentado as fortes emoções do dia. Mas morrera feliz, pois nunca tivera um tempo de lazer tão maravilhoso em toda a sua vida. Perguntei por que não me avisaram, para que eu fosse mais depressa, em busca de socorro, mas me afirmaram que aquele havia sido o desejo dele.

Pediram que eu me dirigisse ao aeroporto, pois precisavam cuidar do translado do corpo. Enquanto um avisava os familiares, o outro me dava um cheque cruzado ao portador com a quantia a ser sacada em branco, mas devidamente assinado e endossado pelos seguranças, com nome de todos, números das identidades e telefones. Recusei-me a receber o cheque, dizendo que só queria o valor devido por aquela turnê, mas se negaram a ter o documento devolvido. Um deles meteu a mão nos bolsos das vestes do coroa, sacou sua carteira de cédulas e retirou de lá uma foto.

Eu estava todo me tremendo. Olhei para o rosto do falecido e novamente para o senhor que abraçava a filha, na foto. Fiquei todo arrepiado. Reconheci a mocinha paraibana, que por algumas vezes fora minha amante, abraçada sorridente ao pai. Para mim, foi um grande choque. Então, era eu o namorado desconhecido que o coroa viera procurar, para saber se era digno de sua filha, a paraibana que havia inaugurado seu cuzinho virgem comigo. Exigi participar dos funerais e os dois consentiram. Aliás, esperavam mesmo que eu agisse dessa forma. Ficaram mais tranquilos em saber que o coroa não se enganara comigo. Guardei bem o cheque na minha carteira. Sabia bem como usá-lo futuramente. Deixei o táxi num box apropriado no aeroporto e, depois de resolver toda a papelada do translado, partimos finalmente para João Pessoa...

FIM DA DÉCIMA SEGUNDA PARTE

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