Desculpa pessoal, estou viajando..
Cheguei em casa e Assim que abri a porta o telefone tocou e fui atender.
-Alo!
-Filho sou eu - disse meu pai do outro lado da linha.
-Oi pai, como está? - perguntei tentando parecer normal.
-Esta tudo bem. Já cheguei aqui no hotel e amanhã começam as reuniões. Como eu não poderei te ligar amanhã, já vou te desejar Parabéns hoje.
-Ah tudo bem obg.
Ficamos mais alguns minutos no telefone. Meu pai me contou como foi o voo, o aeroporto de madri, o hotel e a cidade em que se hospedou.
Terminamos e eu fui para o meu quarto, coloquei minha sunga e desci para a piscina. Fiquei nadando e pensando na própria vida.
Ainda não tinha decidido o que fazer amanhã. Não sabia ainda se deveria ficar com a sabrina, conversar com o rafa, ou tentar se aproximar do Bruno, o Justin Bieber em pessoa. Eu estava apaixonado por ele e ainda nem o conhecia. Como isso era possível? Porque eu pensava tanto nele o dia inteiro?
Carol tinha me dito que ele não tinha cara de gay ou algo parecido, mas eu precisava acreditar que ela estava enganada, eu queria acreditar que eu tinha uma chance. Por pequena que ela fosse. E até onde eu vi, ele estava solteiro. Pelo menos não tinha nenhuma aliança na mão.
A noite estava chegando e decidi ir para a cama mais cedo, amanhã poderia ser um dia turbulento. Tomei um banho coloquei uma cueca e deitei. Fiquei pensando na sabrina ao meu lado. E que o Bruno poderia estar lá também.
-
Acordei com o celular me despertando. Já era meu aniversário. Meus dezoito anos chegou. Levantei devagar, tomei um banho e coloquei uma cueca branca. O look de hoje seria uma difícil escolha. Coloquei uma calça jeans como sempre e um tênis vermelho. Uma camisa branca e boné vermelho, com a aba para trás. A corrente, pusera e o relógio. Desci para tomar café e percebi que é bem melhor quando meu pai ou sabrina faz o café da manhã. Peguei um suco na geladeira e um pão em cima do balcão, comi rápido, escovei meu dentes e sai de casa, esperando vê-la lotada de noite.
Cheguei na escola e a Carol já pulou no meu pescoço.
-Parabéns roberto!!! - disse me abraçando.
-obrigado!
-estamos ansiosos para a festa hoje.
-Eu também estou, carol. Eu também.
Continuamos andando e no meio do caminho paramos algumas vezes para que algumas pessoas me dessem Parabéns e outras falarem que iriam a festa hoje a noite. Eu já tinha avisado todo mundo que a piscina estava liberada.
O dia passou devagar mas ainda estávamos na última aula que seria educação física. E como não estava afim de fazer nada fiquei na arquibancada conversando com a Carol. Passado dez minutos a sala do Bruno desceu para a quadra também pois, estavam de aula vaga.
-Meu gatinho, desceu! -Comentei com a Carol.
-Não se esqueça que a Sabrina vem de brinde.
-Pois é. -Eu disse meio desanimado vendo a Sabrina se aproximar.
-Oi meu lindo. -Disse sabrina me dando um beijo, sentou nas minhas pernas para que eu pudesse abraçar ela e ficamos vendo o jogo. Obviamente eu não parei de olhar o Bruno. E ele jogava muito bem. Chamando um pouco de atenção.
Bateu o sinal para irmos para casa e a Carol foi direto para a minha casa.
Passei o dia atendendo telefonemas de parentes e a Carol arrumando a festa. O que ela amava fazerChegando perto das sete eu fui tomar banho, e coloquei a mesma roupa que estava, só coloquei uma camiseta preta ao invés da branca.
Quando eu desci já encontrei a casa cheia e a piscina também. Já não saberia mais quem estava na festa ou quem estava para chegar. Poderia ser que Sabrina e Bruno já estavam ali. Melhor não pensar nisso.
Caminhei até a cozinha e lá encontrei a Carol conversando com,me pareceu ser, a Camila. Peguei um copo de refri e sai para a sala.
Assim que entrei no cômodo vi o Leo descendo rápido as escadas e indo para a piscina. Alguma coisa tinha acontecido. Pensei em ir atrás do Leo mas meus impulsos me levaram a subir as escadas.
Caminhei lentamente pelo corredor de cima, observando e tentando ouvir alguma coisa. A porta do meu quarto estava aberta. Não me recordava de ter deixado a porta aberta, muito menos fechada.
Chegando na porta abri lentamente fazendo um pouco de barulho e rangido.
-Leo eu não quero mais fal... - Começou Rafa com voz de choro.
Percebi que seus olhos estavam vermelhos e algumas lágrimas caiam.
-Desculpe, Roberto, eu,eu... - Começou Rafa e saiu andando. Mas antes que pudesse sair porta a fora, segurei seu braço, o virei e dei um abraço para tentar acalmá-lo.
-Calma Rafa! - Comecei - O que houve? - Perguntei.
-Não quero falar sobre isso.
Me afastei um pouco segurando sua mão. Rafa estava com uma calça jeans, tênis de skatista, uma camiseta preta um pouco grande, uma corrente e um boné. Se eu não soubesse que ele era gay, poderia jurar de pé junto que ele era Hetero.
-Vem aqui e se acalma. - Eu disse, arrastando ele para sentar na minha cama.
-Roberto, você tem que descer, as pessoas vão notar sua falta.
-Fica tranquilo Rafa, se eu não fui percebido até agora, ninguém vai dar minha falta.- Eu dei uma pausa. - Preciso ajudar um amigo.
-Estou bem Roberto
-Rafa, está na cara que você não está bem. O que houve?
Rafa abaixou a cabeça, ele estava visivelmente chateado com alguma coisa, e poderia apostar que era com o Leo.
-Rafa, se você não quer falar. - Comecei sem olhar nos seus olhos, apenas no seu cabelo louro. -Eu começo.
- O que houve? -Disse ele levantando a cabeça.
-Preciso te falar um negócio. Eu sou bi. E...
-Roberto, se eu soubesse disso teria feito isso antes.
-Feito o que...
Não consegui terminar a frase, a boca de Rafa já estava na minha boca , seu beijo era quente, molhado e completamente apaixonado. Me afastei.
-Rafa eu...
-Roberto eu sempre paguei pau pra você - Começou Rafa. - Sou apaixonado por você.