O relato a seguir ocorreu no inverno de 2005. Eu constava com exatos 40 anos. Preparei-me bastante para receber minha filha que chegaria do continente africano, onde estava envolvida em uma pesquisa que iria, posteriormente, compor seu TCC e alguns anos mais tarde a sua tese de Mestrado. Tenho duas filhas: Mônica, a caçula e Sophia, a minha grande e complexa fonte de segredos e desejos. Sophia havia feito 19 anos. Tremendo orgulho meu e de minha ex-esposa. Enfim, somos todos envolvidos com educação e pesquisa, realizando o que mais amamos e profundamente resolvidos em muitas questões existências, embora, claro, com segredos muito singulares.
Sophia, em seus e-mails, deixou clara o quanto estava saudosa, pois estávamos há três meses sem nos vermos, e isto, associado aos seus estudos em uma universidade federal do Nordeste, enquanto eu fixado no Rio de Janeiro, tornavam a nossa saudade uma ferrugem emotiva sem proporções. Somos muito unidos, carinhosos e brincalhões; tudo isso estava fazendo imensa falta.
Mexi os pauzinhos no meu núcleo de pesquisas e obtive 15 dias de descanso em julho daquele ano. Aluguei uma residência mobiliada em Nova Friburgo, região serrana do Rio, onde ficaríamos. Peguei-a no aeroporto e partimos direto para a casa. Os dois primeiros dias juntos foram de descanso para Sophia. Preparei café, almoço e jantar especiais para ela (sou bom na cozinha, segundo ela). Mas, para não me alongar, foi no quarto dia, especificamente, que ocorreu o que seria o divisor de águas em nossa relação de pai e filha. Era uma tarde de terça, jamais me esquecerei daquele dia.
Após almoçarmos, ficamos numa grande sala conversando sobre mil coisas. Sophia estava de vestido longo, florido. Seus cabelos negros, cacheados até a altura das costas, deixavam-na muito sensual. A pele estava mais negra em razão da exposição solar em sua estadia na África. Ela é alta, mas delicada. Cintura cuidadosamente malhada, quadris avantajados, uma falsa magra que atraia os olhares de todos quando caminhávamos nas ruas. Sua voz suave, após um breve cochilo, me chamou: “Pai”. Eu olhei para ela de onde estava, sentado no chão, encostado no sofá onde se deitara e toquei-lhe o pescoço carinhosamente, como sempre fizera com ela, desde criança. Ela sorriu. Havia sonhado alguma coisa durante seu cochilo. Escorregou do sofá até onde eu estava sentado e disse: “Precisamos conversar... Um lance sério, capital para nossas vidas”. Eu gelei. Senti um frio no estômago. Mantive-me sério. Ela pôs a cabeça em meu ombro e me empurrou para o chão forçando-me a deitar. Puxou uma almofada do sofá, pôs debaixo de minha cabeça deixando-me bem confortável. Minha tensão aumentou, mas mantive disfarçada frieza. “O que seria? O que ela quer dizer?”, eu pensava. Seu corpo muito próximo do meu, ao mesmo tempo me anestesiava a tensão; era, igualmente, uma miríade de carinho, emoção e tensão ali próxima ao meu corpo. “lembra da casa amarela que tínhamos? Eu tinha nove anos e um dia você me levou para ouvirmos as cigarras, em algazarra... lembra?”. Eu assenti com a cabeça e fiquei ainda mais gelado. “Então, eu estava de vestidinho, calcinha branca, bem justa no meu ventre. Eu não gostava de usar calcinha folgada. Subimos no flamboyant. Você subiu comigo, me ajudou. Em vários momentos eu fiquei toda aberta, como toda menina fica desleixada... E eu notei pela primeira vez seu olhar diferente para mim...”. Eu mencionei dizer algo, mas ela interpelou com um sorriso e com um gesto de ordem. “Não. Só ouve. Fica quieto”. Senti o rosto formigar, mas procurei ficar calmo. “Aquela calcinha, guardei como troféu. Naquele dia, eu te beijei lá em cima da árvore. Beijei seus lábios, abraçada a você envolvida em seu pescoço, como sempre fiz. Meu corpinho, aos nove anos, deu o primeiro sinal. Por dentro, tudo pulsava, meu canalzinho vaginal, meu ânus, meu intestino. Tudo. Levei algum tempo para entender tudo aquilo.” Nesse momento, olhei em seus olhos, ela beijou-me no canto dos lábios, tão vagarosamente que o tempo daquele beijo pareceu demorar mais do que o real. “Ouve, só me ouve”, prosseguiu ela. “Salta no tempo. Quando meus peitinhos brotaram, você parou de me dar banho... Mas, um dia, eu já menstruando, aborrecida pra caralho com não sei o quê da vida, estava deitada na minha cama, em posição fetal, pois me aliviava as cólicas e você veio me ver, perguntar se eu queria lasanha. Chegou, sentou na borda da cama, tocou meus cabelos que estavam sobre a face e os afastou. Teus dedos correram por minha pele, tocou meu pescoço e eu fiquei toda arrepiada. O incômodo da cólica estava lá, mas o prazer que senti com teu toque em minha pele, mais uma vez norteou meus sentidos, pai. Lembra? Eu lhe pedi que massageasse meu ventre. Você o fez, delicadamente, movimentos circulares. Eu pulsava naquele momento, cheia de tesão. Doze anos, pai, doze anos. Menstruada, com cólica, confusa em meio aos desejos. Eu queria te dar, pai, eu queria te dar.” Minha mente resgatou aquele dia... “Você se contorcia de dor...” iniciei. Sophia me interpelou: “ Não. Eu estava com tesão. Lembra? Você massageava meu ventre. Abracei você forte, a cólica estava lá, mas embaixo de uma puta vontade que irrompeu em meu ventre, em meu canal vaginal. Eu me agarrei a você num dado momento e me esfreguei em tua coxa. Eu não estava gemendo de dor, pai. Eu queria que tu me varasse dentro, eu estava com a pulsação de minha xota a mil...” Nesse momento, Sophia fez uma pausa. Soprou suavemente meu ouvido. Sua mão desceu até minha calça de moletom e buscou meu pau já endurecido. Do ouvido ela suspirou em minha face e nos beijamos. Beijo suave, inicialmente, depois pressionado, molhado, longo, ensaiando uma paixão. “Devia ter me comido aos nove anos, devia ter me comido...”, sussurrou ela para o meu espanto. Minha filha montou sobre mim, suspirando e balbuciando algumas palavras ininteligíveis. Beijava-nos mais freneticamente. Por cima de mim, ela me pressionava com imensa força contra o chão, roçando-se sobre minha rola dura. Segurei sua cintura, queria sentir suas curvas, naquele momento, sobre o vestido, e fui repreendido. Sophia me olhou por um breve segundo com a face esboçando uma fúria. “Não. Me solta, não me toca”. Obedeci. Ela continuou a roçar sobre mim. Subiu o vestido até a altura da cintura. Desceu a calcinha, desnudando-a por apenas uma das penas. E voltou a roçar sobre minha rola. “Sophia...”, iniciei. “Cala a boca”, voltou a dizer em tom de ameaça e com o dedo apontado no meu rosto. “Cala a boca, porra”. Voltou a se roçar sobre mim. A coluna ereta, o vai e vem do corpo, pra frente e pra trás, a face voltada para o teto e a boca entreaberta balbuciando mais palavras ininteligíveis. Curvou o corpo e me beijou apaixonadamente. Moveu-se rápido sobre mim, desceu em parte minha calça de moletom com cueca e tudo, em um gesto brusco; meu saco ficou espremido pela calça que não havia sido totalmente arriada e desconfortavelmente tentei procurar mais conforto, sem sucesso. Sophia me empurrou o peito forçando-me a ficar quieto no chão. Minha filha segurou minha rola com força, olhou para ela, massageou a minha glande inchada e rosada, alisou o volume, segurou com força no talo do meu caralho inchado. Olhou para mim com os olhos completamente transtornados. “Devia ter me rasgado quando eu era novinha, pai.” Segurou firme no talo da minha rola, que pulsava aceleradamente e meteu cuidadosamente a cabeça em sua racha. Senti minha glande penetrando, forçando seus lábios. Sophia, minha filha, sentou em mim, mas não deixou penetrar tudo. Contraiu-se de modo a controlar a penetração. Soltou um gemido, com a boca escancarada para o alto, a face voltada para o teto. Iniciou um movimento, um ritmo ondulatório sobre mim. Um braço apoiado sobre uma de minhas pernas e outro sobre meu peio; ela possuía o controle absoluto do macho, seu pai, debaixo e dentro dela. Minha filha amada detinha experiência naqueles movimentos com maestria. À medida que gingava sobre mim, eu no meio do tesão e no desconforto do meu saco pressionado entre a calça mal arriada tentava procurar melhor posicionamento. Sophia mantinha o controle. Minha rola foi abrindo caminho no mel que enchia o canal vaginal dela e ao tocar suas paredes eu fui incendiado de mais prazer. “Tá tudo dentro de você, Sophia, tá tocando teu útero”, eu disse. Ela se curvou sobre mim, beijou-me apaixonadamente mais uma vez e voltando a postar-se com a coluna ereta, rebolava para frente e para trás. Voltava a me beijar e foi intensificando os movimentos. “Devia, devia ter me comido...”, dizia entre outras coisas que eu não ouvia mais com precisão. Ousei tocar sua cintura e dessa vez ela não fez objeção. Estava alucinada de prazer, roçando forte; ela não subia e descia, ela movimentava-se para frente e para trás, esfolando minha rola dentro dela. Começou a aumentar os gemidos e elevou a voz. “Filho da puta, pai, você é um filho da puta. Filho... da puta. Da puta, da puta”. Seus movimentos ficaram frenéticos. “Tira”, gritou. Retirei as mãos da cintura dela. Ela se apoiou como antes, uma mão estendida sobre uma das minhas pernas e outra sobre meu peito. Gemia alto em um misto de palavras inaudíveis e respiração ofegante; percebi que minha Sophia estava gozando. Fiz força com os quadris para cima, elevei um pouco meu corpo do chão para ousar mais encaixe. E Sophia, minha filha ensandecida sobre meu corpo prensado ao chão, movia seu ventre, forçando mais para frente, como se fosse partir ao meio. Minha rola, nesse momento, estava toda encaixada dentro de seu canal. Então, ela parou, de repente. Senti sua pulsação no caralho entalado dentro dela. Algumas partes de seu corpo começaram a tremer. Sua mão na minha perna apertou minha pele e a outra mão no meu peito, enterrava as unhas na minha carne. Minha filha não fez escândalo, não xingou mais. Gozou como quem estivesse em seu último suspiro de vida. Eu permanecia inchado, estufado dentro dela, o que foi proporcionando prazer em razão das contrações de sua vagina. Sophia foi arriando-se sobre meu corpo. Colou-se ao meu corpo, suada, o vestido úmido. A respiração ofegante e foi acalmando. Beijou-me afetuosamente. “Gozei, gozei pai. Sou tua...”, murmurou me abraçando. Foi escorregando para o lado, gemeu quando meu pau, ainda duro, saiu dela. “Caralho...”, outro murmúrio. Deitou-se ao meu lado, pôs a cabeça no meu ombro, aninhou-se, protegida. “Sonhei com isso tantos anos. E agora, pai? E agora?”. Eu não disse nada. Beijei-a com prazer e carinho, dando-lhe a entender que era só o começo. Ficamos quietos, abraçados, até a tarde ser substituída pela noite. Uma semana e meia pela frente nos aguardava e iria selar a nossa intimidade de um modo revolucionário e marcar os próximos dez anos de nossas vidas.