Alguns dias haviam se passado depois daquela noite em que Calíope sofrera o “castigo” exigido por Dante e aplicado por Dafne. E mesmo depois de tanto tempo, a jovem ainda sentia dores em seu traseiro. Jamais comentou com ninguém aquela experiência, inclusive com Urânia, que, além de sócia era sua amiga de infância. Não sabia explicar as razões, mas tinha a impressão de que aquela forma de sentir prazer não era algo socialmente correto e, portanto, algo que não poderia ser compartilhado com alguém.
Recebeu uma mensagem de texto de seu Dante que elogiou seu comportamento durante o castigo e também afirmou que, a partir daquele momento ela lhe pertencia totalmente. Calíope sentiu o coração bater mais forte, pois as palavras de Dante calaram fundo em sua alma … finalmente, ela se sentia completa! Havia se realizado como mulher da forma como sempre imaginara e desejara desde a adolescência. Enfim ela havia se encontrado!
Inexplicavelmente, Calíope sentia-se feliz e realizada e mesmo que tentasse esconder isso das pessoas, seu rosto iluminado e seu sorriso constante denunciavam aquele sentimento de fazer parte de alguma coisa … e apenas isso lhe importava.
Desde o “castigo” ela não se encontrara com Dante e muito menos com Dafne, mas tinha a sensação de que tudo estava bem … apenas sentia uma certa tristeza por não ver seu amado com mais frequência. Queria muito que ele a visitasse diariamente, que fizesse dela seu objeto de prazer, mas ela sabia que não podia exigir isso dele … aliás, não podia exigir nada!
Certa noite, ela, chegando ao edifício onde residia, foi surpreendida com a presença de Dafne; a ruiva a esperava próximo da entrada social e assim que a viu caminhou em sua direção. Imediatamente, o coração da jovem acelerou-se freneticamente, e ela sentiu uma palpitação no peito … era a ansiedade de ter notícias do seu Dante.
-Oi, doçura! – saudou a ruiva, sorrindo e aproximando-se para um beijo na face – sentiu saudades de mim?
Calíope estava em tal estado de ansiedade que a voz havia sumido; ela estava incapacitada para responder o questionamento de Dafne, que, por sua vez, não esperou pela resposta, já que tinha uma missão.
-Passei aqui para dizer-lhe olá – continuou a ruiva com um tom ameno de voz – e também para lhe dizer que Dante quer vê-la …
Calíope sentiu uma onda de calor crescer em seu interior, pois a mera menção ao nome dele era o suficiente para deixá-la excitadíssima. Dafne, sem se importar com as reações corporais de sua interlocutora permaneceu alheia a tudo isso.
-O encontro será aqui – disse ela, estendendo um pequeno envelope azul para a jovem que demorou a pegá-lo – as instruções estão ai e você deve segui-las a risca … entendeu?
Calíope reuniu forças para um aceno de cabeça afirmativo. Dafne olhou no fundo dos olhos da jovem e depois de um sorriso enigmático, beijou-a na face novamente, e partiu sem olhar para trás. Incapaz de qualquer ação, a jovem permaneceu estática na frente do edifício e depois de minutos que pareceram uma eternidade, ela correu para o apartamento, ávida e curiosa em conhecer o conteúdo do envelope que lhe fora entregue.
Mas fechou a porta atrás de si, Calíope correu até o sofá e depois de livrar-se dos sapatos, sentou-se com as pernas cruzadas, abrindo nervosamente o envelope e dele sacando um bilhete.
“Olá, meu brinquedinho! Vamos nos encontrar na próxima quarta-feira. O local é o clube que está indicado no cartão que também é um cartão de acesso. Quero você deslumbrante; use um vestido longo com fenda lateral (de preferência na cor azul-marinho ou preto), e use uma lingerie delicada de cor branca. Complete o vestuário com sapatos de salto alto e uma maquiagem discreta. E não se atrase!”
Calíope não cabia em si de tanta felicidade e excitação. Olhou o cartão. Era uma espécie de cartão magnético, de fundo azul, onde se destacava a figura de uma máscara veneziana e um par de luvas brancas. Nele havia os dizeres: “Club Desiree Vintage”. Calíope jamais ouvira falar desse clube; olhou o endereço e sabia exatamente sua localização, pois já estivera naquela área nobre da cidade. Deliciou-se com a ideia de rever Dante e de uma nova aventura e mal conseguiu dormir naquela noite.
Os dias que se seguiram, arrastaram-se modorrentos, com a impaciência tomando de assalto a alma de Calíope que não cabia em si de tanta ansiedade; Urânia, sua amiga e confidente preocupava-se com o estado da amiga e tentou, de todas as formas, descobrir a razão daquele açodamento inquietante. Todavia, a jovem preferiu fechar-se em copas, preferindo não envolver a amiga em suas aventuras “escusas”.
Depois de muito assédio de Urânia, Calíope decidiu contar-lhe uma outra versão; disse-lhe que havia conhecido alguém e que o próximo encontro estava marcado e, por isso, tanta ansiedade; Urânia, que não se convenceu daquela estória, optou por conformar-se com o que lhe fora dito deixando a amiga em paz.
Finalmente, quarta-feira! Calíope saiu mais cedo da loja e correu para casa; tomou um banho relaxante e depois vestiu-se como indicado por Dante: havia comprado uma linda lingerie branca composta por sutiã meia taça e calcinha fio dental que caiu perfeitamente em seu corpo; depois, o vestido; era um vestido azul-marinho de alças finas e fenda lateral profunda. Calçou os sapatos de saltos altíssimos e terminou por maquiar-se discretamente.
Olhou para ao relógio; eram exatamente sete horas. Desceu e acenou para o primeiro táxi que viu. Entrou e indicou o endereço. Mais uma vez, o olhar do motorista foi quase um acinte; parece que o tal clube era conhecido. Calíope empinou o nariz e fez de conta que o motorista era um orangotango treinado, esquecendo-se de tudo mais a sua volta … afinal, o que importava de verdade era seu encontro com Dante.
Calíope saltou do táxi assim que pagou a corrida e não ousou olhar para trás, pois não queria irritar-se com eventuais críticas fisionômicas infames. Ela olhou para o clube; era uma linda mansão de estilo clássico, situada em uma pequena colina e cercada por um longo e alto gradil de ferro fundido. Havia uma entrada composta por um largo portão para entrada de veículos e outra, lateral, destinada aos pedestres. No meio uma guarita que parecia uma pequena torre medieval.
Ela caminhou até lá onde foi recepcionada por um segurança vestido com um terno preto, cuja elegância e discrição eram algo notório. Ele sorriu com uma amabilidade distante e pediu pelo cartão de ingresso. Calíope estendeu-lhe o cartão que foi imediatamente inserido em uma espécie de leitor digital; segundos depois o leitor emitiu um pequeno sinal sonoro; o segurança olhou para Calíope, devolvendo-lhe o cartão e abrindo o portão de entrada.
Calíope seguiu pelo estreito corredor de pedras que, repentinamente, abria-se em uma larga calçada de ladrilhos portugueses do início do século XIX. Era um pouco longo e íngreme, mas para a jovem aquilo não representava um empecilho, já que logo estaria com o seu Dante.
Chegou à entrada principal composta por um enorme arco em estilo barroco que guardava uma pesada porta de mogno preto. Ao lado dela, outro segurança a esperava; pediu novamente o cartão e depois do mesmo ritual anterior, tomou um rádio comunicador na mão e chamou por alguém. A porta abriu-se e, para surpresa de Calíope, Dafne surgiu com o habitual sorriso enigmático. Ambas se abraçaram e a ruiva tomou a garota pelo braço, conduzindo-a para o interior da mansão.
O salão de entrada era algo de um requinte estonteante, com móveis clássicos, tapetes persas e um enorme candelabro de cristais. Elas atravessaram o salão, adentrando em um outro ambiente um pouco mais intimista. Era uma sala com vários sofás de couro marrom, uma lareira e diversos quadros com molduras douradas. Calíope ficou curiosíssima em saber se aquelas obras de arte eram verdadeiras, mas teve receio de perguntar … ela sabia que ali, naquele lugar, ela não fazia perguntas …
Chegaram uma longa escada de mármore branco em curva que levava para o piso superior. Antes de subir o primeiro degrau, Dafne segurou a jovem pelos braços da jovem e beijou-lhe a face.
-Agora é com você, doçura – disse ela com um tom quase maternal – seu homem está lá em cima a sua espera … no final do corredor … quarto azul atlântico … talvez nos vejamos mais tarde … talvez não … vá, suba …
Por um momento, Calíope sentiu que sua anfitriã a tratava como alguém muito especial, mas ela preferiu pensar em Dante e nos momentos que passaria com ele … era tudo o que ela mais queria.
Calíope subiu a escadaria e caminhou pelo longo corredor de paredes revestidas com quadros e ornadas por esculturas renascentistas, barrocas e de outros estilos de época. Ela parou no fim do corredor, em frente a porta do “quarto azul atlântico”; seu coração batia frenético e a respiração estava quase ofegante como se ela tivesse acabado de participar de uma maratona.
Cuidadosamente, a jovem bateu à porta e depois de alguns instantes ela ouviu a voz dele ordenando que entrasse. A jovem abriu a porta e entrou, trazendo consigo a parca luminosidade para dentro do quarto que permanecia em penumbra. Mesmo com pouca luz, Calíope foi capaz de ver Dante sentado em uma cadeira no fundo do quarto. Assim que o viu, a jovem sentiu ímpetos de correr até ele, de entregar-se de corpo e alma para seu dono.
-Feche a porta – a voz grave de Dante interrompeu o idílio da jovem que obedeceu imediatamente – venha até aqui.
Calíope começou a caminhar com dificuldade, já que o ambiente estava às escuras; mas, subitamente, uma luz se acendeu; era de um pequeno abajur de pedestal que jazia ao lado da cadeira onde Dante estava, cuja pobre luminescência deixava ver apenas imagens sombreadas. Dante levantou-se e abraçou sua menina, beijando-a ternamente. Calíope sentiu um fogo interior emergir violentamente, impelindo-a a tomar a iniciativa e agarrar seu parceiro.
Todavia, Dante, com movimentos ágeis, fez Calíope ficar de costas para ele, enquanto suas mãos eram aprisionadas em algemas de aço; ela podia sentir o frio do metal apertando seus pulsos, ao mesmo tempo em que sentia as mãos de seu dono passeando por seus peitos e barriga. Sem nada dizer, Dante levantou o vestido dela e passou a apalpar suas nádegas, bolinando entre elas em busca de sua fenda que já estava encharcada.
Os dedos hábeis do macho, acariciaram os grandes lábios e, sem perda de tempo, foram encontrar o clítoris que pulsava como louco. Dante massageou o pequenino músculo, apertando-o entre os dedos e fazendo sua parceira gemer baixinho; ele queria enlouquecê-la de tesão, e sabia muito bem como fazer isso; Dante, com a mão livre, abaixou as alças do vestindo, revelando a lindo sutiã meia taça.
Dante não teve dificuldades em livrar os seios de sua parceira, divertindo-se com os mamilos entumescidos e fazendo Calíope gemer ainda mais. As carícias prosseguiram, num crescendo de excitação que quase conduzia a jovem ao sétimo céu. E tão repentinamente como tudo se iniciou, Dante cessou com as carícias, tirou as algemas e empurrou Calíope, ordenando que ela ficasse de frente para ele.
-Dispa-se, cadela! – gritou ele a plenos pulmões.
Calíope teve um enorme susto com a súbita mudança de hábito de seu homem, mas, logo, compreendeu qual era o seu lugar e com movimentos nervosos e descompassados, ela tirou suas vestes, mostrando-se nua para ele. Os olhos de Dante faiscaram ao ver a exuberância de sua parceira. Calíope sentiu um poderoso arrepio eriçar-lhe toda a pele, atiçando aquilo de mais selvagem que havia dentro dela …
Dante tomou a jovem pelas mãos e conduziu-a até um dos cantos do quarto onde havia uma estranha instalação; era uma trave em forma de “X”, com presilhas pendendo de suas pontas; Dante aprisionou Calíope na trave, de tal modo que ela exibia-lhe o traseiro. Uma venda foi colocada em seus olhos e a jovem esperou pelo pior … ou, pelo melhor!
A primeira chibatada foi tão intensa que Calíope esforçou-se ao máximo para não gritar; a dor era intensa, ao mesmo tempo que a sensação de prazer seguia no mesmo caminho.
Pelo vigor dos golpes, Calíope não demorou a perceber que Dante utilizava um chicote muito mais poderoso que aquele utilizado por Dafne em seu apartamento; a cada golpe, todo o corpo da jovem estremecia e uma explosão de dor nascia em seu interior, impondo sua liberação através de gritos desmedidos; Calíope, porém, esforçava-se ao seu limite para que isso não acontecesse … a dor e o prazer eram de tal intensidade que, em sua mente, tudo se operava como se fosse algo único, exigindo dela a dedicação que seu Dante ansiava, assim como o doce sentimento de imenso e puro prazer.
O castigo continuou e a mente da jovem turvara-se, deixando-a sem noção de tempo e espaço; seu controle sobre a dor chegava ao limite, e ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, libertaria os gritos reprimidos a plenos pulmões … mas, repentinamente, tudo cessou …
Ela sentiu o corpo nu de Dante colar-se ao dela, esfregando-se nela, enquanto sua boca mordiscava seu pescoço. Mesmo sob o efeito da dor ainda intensa, Calíope deixou levar-se pela doce sensação do corpo quente e suado de seu parceiro, com as mãos percorrendo suas ancas e nádegas, causando sensações indescritíveis. Momentos depois, ela sentiu as mãos de Dante aplicando uma espécie de unguento em suas costas e nádegas, e o alívio foi quase imediato.
Dante libertou-a das amarras e puxou-a para si, beijando-a apaixonadamente. Eles se enlaçaram, com a jovem desejando que aquele beijo jamais tivesse fim. Dante tomou-a nos braços e conduziu-a até uma enorme cama, onde a depositou carinhosamente. O rapaz, então, subiu sobre ela, e com um movimento preciso, penetrou-a com seu membro duro; Calíope, imediatamente, gemeu de prazer, enlaçando Dante com suas pernas e puxando-o para si.
Eles copulavam freneticamente, com Dante chupando e lambendo os mamilos dela sem diminuir suas estocadas vigorosas; Calíope gozou … várias vezes, gemendo e pedindo mais, beijando seu parceiro e acariciando seu peito largo e musculoso. Teve ímpetos de implorar que ele gozasse dentro dela, inundando-a com seu sêmen quente e viscoso, mas conteve-se, já que se ele assim o quisesse, assim o faria.
Mais uma vez, Dante interrompeu a cópula desvairada e puxou Calíope para si; ambos de levantaram e ele a conduziu pelo quarto mal iluminado até um outro canto, onde outro “instrumento” a aguardava; era uma espécie de cavalete onde a jovem foi, novamente, aprisionada, deixando suas nádegas arrebitadas e exibidas para o macho. Calíope temeu por mais uma sessão de chicotadas e preparou-se para o pior.
Todavia, o que ela sentiu foram as mãos de Dante apertando suas nádegas e afastando uma da outra, deixando à mostra seu ânus … e não demorou para que Calíope percebesse o que estava por acontecer; mas, para sua surpresa aquela sessão não continuou … e fez-se o silêncio …
Repentinamente, alguém puxou-a pelos cabelos … era Dafne … ela estava nua ao lado de Dante e seu olhar era feroz, quase animalesco, encarnando a jovem e segurando a rola dura de Dante com uma das mãos. Ousadamente, ela masturbava o macho para a jovem, em uma clara intenção de submetê-la e inferiorizá-la … Calíope teve sensações ambíguas … de início quis chorar … depois gritar de raiva e, ao final, uma gana de livrar-se de suas amarras e esbofetear a ruiva até que ela sangrasse …
-Sossegue, garota – disse a ruiva com voz quase maternal – não é a mim que ele quer, mas sim você … eu estou apenas … amaciando … digamos assim …
Sem saber o que pensar, Calíope deu um olhar repleto de dúvidas e ficou mirando o estranho casal que estava a sua frente. Dafne, então, conduziu a rola dura de Dante até o rosto da jovem, exibindo-a acintosamente.
-Vamos, doçura! – ordenou ela com tom enérgico – chupa essa rola … e trate de deixá-la bem lambuzada para que você não sinta tanta dor …
Sem esperar por qualquer comentário, Dafne aproximou ainda mais a rola dos lábios de Calíope que, obediente, abocanhou, passando a chupar sofregamente o pau de seu Dante.
Dafne, que mantinha a jovem segura pelos cabelos, cadenciava os movimentos, fazendo-os, ora longos, ora curtos e ordenando que Calíope fizesse exatamente o que ela mandava; vez por outra, Dafne puxava os cabelos da jovem fazendo com que a rola saísse de sua boca; em seguida, ela cuspia nele e, novamente ordenava que Calíope prosseguisse em sua tarefa.
Depois de algum tempo, Dafne deu por cumprida mais essa etapa, liberando Dante para que ela retornasse à sua posição original. Calíope sentiu quando Dante, novamente, afastou suas nádegas com força, exibindo seu orifício para ele.
-Agora, cadela – disse Dafne enfática – seu dono vai te currar gostoso, enquanto você lambe a minha boceta … entendeu?
Mal Calíope teve tempo de responder e Dafne puxou um banco de madeira, sentando-se nele e oferecendo sua vagina para os lábios da garota. Antes que Calíope pudesse fazer alguma coisa, a penetração anal de Dante rasgou-lhe as pregas, introduzindo a glande, enorme e inchada, no seu interior. Calíope quis gritar, pois mesmo com toda a lubrificação, a dor foi enorme, mas Dafne não lhe permitiu tal coisa, já que puxou seus cabelos, aproximando sua boca da vagina úmida que esperava por sua língua.
Foi uma sensação totalmente nova para Calíope que, ao mesmo tempo em que era enrabada por Dante, sentia o sabor agridoce da vagina de Dafne; juntos os três harmonizavam-se quase como se fossem apenas um; Calíope sentia a penetração lenta e dolorosa da rola de Dante em seu traseiro e, mais uma vez, procurava controlar a sensação dolorosa; e quando ele começou a estocar furiosamente, Calíope optou por afundar sua boca e língua na vagina de Dafne, chupando e lambendo com extrema sofreguidão.
E os orgasmos das mulheres vieram em ondas sucessivas e contínuas, fazendo com que ambas gemessem enlouquecidas com tanto prazer. Dante, ao seu turno, deliciava-se com os gemidos de suas parceiras e gemia junto na mesma medida em que enfiava e retirava sua rola de dentro do ânus de Calíope que, àquela altura, já não sentia mais dor, apenas prazer.
Dante estocou continua e violentamente, o rabo de Calíope e somente diminuiu a intensidade de seus movimentos quando seu corpo, vencido pelo esforço, dava claros sinais de que estava prestes a gozar. Após mais uma sequência de estocadas impiedosas, o rapaz anunciou que o fim da sessão estava muito próximo.
Dafne, por sua vez, deixou a posição em que estava e correu até o rapaz, exigindo que ele retirasse sua rola das entranhas de Calíope e a seguisse. Ela, então, aproximou a rola lambuzada dos lábios de Calíope, passando a masturbá-la com vigor.
-Abre a boca, sua vadia! – ordenou ela com tom de voz ameaçador – e trate de engolir toda a seiva do seu macho …
Dafne masturbava Dante com uma violência quase animal, e assim que ele urrou, contorcendo-se e sinalizando o final de sua resistência, ela ordenou que Calíope deixasse a boca aberta para receber o sêmen do seu macho. Dante ejaculou com fúria, sentindo os espasmos percorrerem seu corpo, enquanto a rola bombeava jatos de esperma que se projetaram na boca e no rosto de Calíope.
Antes de terminar, Dante esfregou a rola ainda enrijecida no rosto de Calíope enquanto dizia a ela que seu corpo e sua alma lhe pertenciam. Calíope quis gritar que sim, que ela pertencia a ele, mas preferiu exibir sua língua para o deleite de seu parceiro que prosseguiu na esfregação indecente.
Dafne, por sua vez, colocara-se atrás de Calíope, dedilhando sua vagina e, vez por outra, apertando o buraquinho que, há pouco, fora deflorado por Dante. Mesmo achando que não havia mais nada o que fazer, ou sentir, Calíope foi surpreendida por mais uma sequência de orgasmos proporcionados pela ruiva e sua magnífica habilidade em masturbar uma fêmea.
Ao final todos estavam extenuados, mas Calíope sentia-se recompensada; Dante a libertou das amarras e os três deitaram-se na cama, desfalecendo ante o enorme cansaço que pesava sobre seus corpos.
Era tarde da noite quando, ainda sonolenta, Calíope foi acordada por Dante, que já estava vestido, assim como Dafne que permanecia ao seu lado. Juntos, o trio retirou-se do clube e já no interior do carro do rapaz, entreolharam-se satisfeitos e plenos.
Minutos depois, Dante estacionou na porta do edifício de Calíope que, submissa, desceu sem dizer qualquer palavra. Mas antes que ela pudesse entrar, ele saltou do carro e foi em sua direção. Tomou seu braço, estendendo-lhe uma caixa de couro preta, ornada com o símbolo do BDSM em metal.
Calíope pegou a caixa, abrindo-a em seguida; e seus olhos faiscaram antes de ficarem marejados de lágrimas. Dentro da caixa, havia uma delicada coleira de couro, ornada com estrelas em prata e seu nome inscrito bem no centro dela.
Antes que ela pudesse agradecer, Dante ordenou que ela olhasse a parte interior da coleira; Calíope olhou e viu uma inscrição que ampliou sua vontade de chorar.
Dentro dela estava escrito: “Eu pertenço a Dante”.
Nesse momento, Calíope sentiu os braços de Dafne envolverem seu corpo por trás enquanto a ruiva beijava seu pescoço. Dante aproximou seu rosto de Calíope e beijou-lhe os lábios com delicadeza surpreendente.
-Agora – disse ele com um tom formal e seguro – você me pertence … e a mais ninguém …
-Você é propriedade dele – emendou Dafne – e minha também … para sempre …
Calíope esforçou-se ao máximo para que as lágrimas não rolassem pelo seu rosto e depois de retribuir o beijo de seu amado, voltou-se para Dafne beijando-a na face.
Enquanto os dois subiam no carro que desapareceu em alguns minutos, Calíope permaneceu onde estava … imóvel … arrebatada … feliz … e, principalmente … realizada.
“Apaixonada e submissa”, pensou a jovem enquanto entrava em seu apartamento, ainda controlando-se para não chorar … e lembrou-se de uma frase que ouvira certa vez:
“Não resista ao desejo … não renegue o prazer … aceite-o como ele é, pois é ele que faz você ser como é …