Gotas de Júpiter - NOITE INESQUECÍVEL - 01x12

Um conto erótico de Escritor Sincero
Categoria: Homossexual
Contém 1863 palavras
Data: 24/01/2015 20:23:43

Gentilmente afastei o Gustavo. Tentava digerir o que havia acontecendo, mas era impossível. Ele se afastou também e sentou do outro lado da cama. Desci para pegar o almoço dele e depois saí para encontrar meu pai. Quando cheguei no escritório a professora Elizabeth já estava me esperando.

Elizabeth: - Thiago. Graças a Deus.

Thiago: - Desculpe a demora professora. Vamos? (apertando o botão do elevador)

Elizabeth: - Obrigada pela ajuda Thiago.

Thiago: - Tudo bem professora.

Elizabeth: - E o teu pai... como ele vai reagir a toda essa história.

Thiago: - Ele vai ficar do lado da justiça. Ou seja, o nosso lado.

Elizabeth: - E como o Gustavo tá?

Thiago: - Bem... bem.. muito bem... ele... ele... está muito bem... opa chegamos.... (saindo em alta velocidade do elevador).

Hélio: - Thiago?

Thiago: - Pai. Precisamos da sua ajuda.

Hélio: - Precisamos?

Quando meu pai viu a professora Elizabeth seus olhos mudaram de expressão. Então, eu lembrei. Era ela naquela noite no parque. Meu pai ficou encantado, apesar de nunca admitir.

Hélio: - Você...

Thiago: - Pai... essa é a minha professora Eli...

Hélio: - Elizabeth. Claro. Lembro de você. Em... em que posso ajuda-la?

Elizabeth: - Podemos falar em particular?

Meu pai nos levou para seu escritório, percebi que era a primeira vez que pisava lá. Porém o assunto não era eu. A professora explicou toda sua história de vida e meu pai se esforçava para não opinar até estar por dentro de todos os detalhes.

Hélio: - Bem isso é forte. Ele tem 16 anos?

Elizabeth: - Sim.

Thiago: - Pai e tem mais um detalhe. O Gustavo levou uma surra do namorado da mãe dele e fugiu de casa.

Hélio: - Precisamos achar esse garoto e...

Thiago: - Ele não está perdido. Ele está lá em casa.

Hélio: - O Que?!!!! (gritando e chamando a atenção de quem passava em frente ao escritório)

Thiago: - Pai. Ele está ferido. Precisa de abrigo.

Elizabeth: - Por favor Hélio. A Marta é uma mulher horrível. Ela tortura meu filho de todos os jeitos. Só preciso de uns dias.

Hélio: - Você sabe que vai ser uma batalha difícil. E outra, esse garoto ao menos sabe que você é mãe dele?

Elizabeth: - Não.

Hélio: - Olha. Vou falar com uma amiga do juizado da criança... por enquanto ele pode ficar lá em casa. Pelo jeito a mãe dele não procurou as autoridades.

Thiago: (abraçando o pai) – Obrigado. O senhor é o melhor de todos.

Cheguei no Grand Prix expliquei parte da situação para o nosso chefe. Na verdade ele já sabia sobre os casos de agressão. Porém não pode fazer nada para ajudar o Gustavo. Ele me liberou e pude ir pra casa.

Nessa confusão toda fiquei por fora do andamento do baile e ainda teríamos dois ensaios naquela semana. Suzana mandou uma mensagem para o meu celular e eu não vi outra saída, além de contar para eles também.

Suzana: - Então Thiago qual o motivo da reunião?

Bruno: - Verdade. Aconteceu alguma coisa?

Thiago: - É o Gustavo...

Ludmila: - Meu Deus o que aconteceu?

Kim: - Ele está bem?

Thiago: - Na verdade não. Naquele dia que eu saí do ensaio o encontrei desmaiado no meio da rua. Descobri que a mãe dele roubou todo o dinheiro dele e o expulsou.

Ludmila: - Que horror.

Suzana: - E onde ele está?

Thiago: - Na minha casa. Ele tá melhor, mas muito abalado.

Bruno: - Droga.

Thiago: - Mas eu e o meu pai estamos dando todo apoio necessário. Eu contei para vocês, pois, são meus melhores amigos. E é uma situação muito complicada. Só não contem pra ele...

Ludmila: - Tudo bem.

Suzana: - Claro. Eu e a Ludmila conseguimos segurar a barra do baile.

Bruno: - Vamos ficar de braços cruzados?

Thiago: - Tem uma situação complicada nessa história, mas tenho certeza que meu pai vai conseguir resolver. Até lá a nossa única opção é apoiar o Gustavo.

Cheguei em casa e meu pai já estava lá. Quando ele está nervoso começa a andar de um lado para o outro.

Hélio: - Chama o teu amigo aqui.

Depois de algum tempo e com muita luta levei o Gustavo.

Hélio: - Olá Gustavo. (sentando no sofá)

Gustavo: - Oi... senhor... eu...

Hélio: - Gustavo... eu... sei que você está passando por uma situação muito delicada no momento. Mas você precisa avisar a sua mãe onde você está.

Gustavo: - Esse é o problema. Ano passado eu fiquei cinco meses dormindo no Grand Prix e ela nunca me procurou. Ela não me ama. Não sei a razão... (falou fechando os punhos)

Hélio: - Tudo bem. Vou procurar meios de você se emancipar, ou seja, assinar um documento dizendo que é responsável por você mesmo.

Gustavo: - Obrigado.

Hélio: - E você pode ficar aqui em casa o tempo que quiser. Estou contando com o apoio da sua professora Elizabeth e... (se tocando que falou demais)

Gustavo: - Professora Elizabeth? O que tem ela?

Hélio: - Ela se sensibilizou com o seu caso e está do meu lado.

Gustavo: - Bem. Isso é algo bom.

Hélio: - Thiago... posso falar a sós com ele?

Thiago: - Claro... eu... vou lá em cima.

Hélio: - Filho. Eu sei como é viver desse jeito. Estou do seu lado. Se precisar de qualquer coisa... qualquer coisa mesmo... me fale. Você tem roupa? Essas coisas?

Gustavo: - Deixei a maior parte em casa.

Hélio: - Quero que me diga o endereço. Eu vou lá.

Kim estava pensativa no seu quarto quando seu celular apitou. Era uma mensagem de Bruno.

Bruno diz:

“Que saco essa situação do Gustavo”

Kim diz

“Verdade. Queria poder fazer algo”

Bruno diz:

“Sei como é... sensação de impotência é foda”

Kim diz:

“Sim”

Bruno diz:

“E o nosso encontro ainda de pé?”

Kim diz:

“Você realmente quer?”

Bruno diz:

“Sim. Quero muito. Que tal um cinema amanhã?”

Kim diz:

“Vou pensar no teu caso. Agora eu tenho aula de francês beijos”

Bruno diz:

“Beijos”

O meu amigo esportista estava de quatro pela nerd da escola. Isso tem tudo para terminar em desastre. Bruno é um cara muito bacana e adora ajudar, mas também é alguém inseguro e caí fácil na opinião dos outros.

Ludmila resolveu comprar algumas plantas medicinais para sua horta. Ao chegar na loja ficou encantada com o vendedor. Seu nome era Alison, estudava na nossa escola, ele era veterano.

Alison: - O que eu posso oferecer para uma linda garota?

Ludmila: - Só estou olhando alguns produtos naturais.

Alison: - Toma o meu cartão. Qualquer dúvida me liga. Posso te levar para tomar um café.

Ludmila: - Adorei o serviço dessa loja.

Alison: - São para clientes muito especiais. Cuidado. Não vai perder. (piscando para a minha amiga)

Meu pai nos deixou esperando no carro e foi até a casa de Gustavo. Eu percebi que até aquele momento a gente não havia comentado sobre o beijo. Então deixei pra lá por enquanto.

Hélio: - Com licença. A senhora é a dona Marta.

Marta: - Sou quem você quiser gostoso.

Hélio: - Vim falar sobre seu filho...

Marta: - O que aquele traste já aprontou?

Hélio: - Nada. Sou o advogado dele.

Marta: (rindo alto)

Hélio: (cara séria)

Marta: - E onde aquele infeliz tirou dinheiro para te pagar?

Hélio: - A justiça me permitiu vir pegar alguns objetos pessoais do seu filho. Posso entrar?

Marta: - Você quer os objetos daquele filho da puta?! (batendo a porta na cara de Hélio)

Hélio: (batendo na porta) – Senhora. Senhora.

Marta: - (abrindo a janela) – Quer as roupas daquele desgraçado. (jogando as roupas na rua)

Hélio: (perplexo) – Deus.

Marta jogou a mochila e os materiais da escola. As únicas coisas que meu pai pegou no meio de tanta bagunça.

Gustavo: - Desculpa por isso senhora. Não queria meter vocês nessa história. (saindo do carro)

Marta: - Desgraçado. Maldita hora que eu te tive. Devia ter te matado!!!

Hélio: - Gustavo entra no carro agora. Você não precisa ouvir essas coisas.

Gustavo: - Já estou acostumado. (pegando as roupas no chão)

Hélio: - Vamos. Você não pode se prestar a isso. (pegando no ombro de Gustavo e o levando até o carro) – Quer saber... vamos ao shopping.

Fiquei assustado com aquela situação. Como o Gustavo passou 16 anos de sua vida naquela situação. E como aquela desgraçada tinha coragem de dizer que era a mãe verdadeira do meu amigo? Meu pai... nossa ele estava sendo maravilhoso. Queria poder abraçar ele.

Depois de compramos algumas roupas e calçados para o Gustavo fomos para casa.

Hélio: - Filho. Em nenhum momento acredite nas palavras daquela mulher. Você é muito especial. (pegando no ombro de Gustavo) – Agora vocês vão comer alguma coisa e depois dormir.

Alex: - Onde vocês estavam? (descendo as escadas)

Hélio: - Nada de importante. Alex... esse é o Gustavo. Ele vai ficar um tempo aqui em casa. Por favor... não seja mal educado. Gustavo se esse garoto aprontar alguma coisa me avise.

Gustavo: - Pode deixar senhor...

Alex: - Vish. Deixa eu ir para o meu quarto que eu ganho mais.

Pela primeira vez depois do beijo eu e Gustavo ficamos sozinhos. Fomos para cozinha e fizemos macarronada para jantar. Subimos e nos preparamos para dormir. Fui tomar banho e depois foi a vez dele. Enquanto dava uma olhada rápida do computador ele saiu do banheiro. Fiquei babando quando o vi sem camisa.

Gustavo: - Sabe onde tá aquele algodão? Vou passar remédio e...

Thiago: - Claro. Deixa que eu passo para você. (levantando e pegando o algodão)

Gustavo: - Ok.

Thiago: - Acho que vai arder um pouquinho. (passando o algodão no medicamento)

Gustavo: - Hug! (fechando os olhos)

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O teu rosto espelhou

Tudo que eu queria ver

Na verdade ele mostrou

Toda falta em meu ser

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Thiago: - Desculpa. Eu...

Gustavo: - Tudo bem...

Nos beijamos apaixonadamente. Caímos na cama e parecíamos dois malucos. Ele tirou minha camisa com força, olhou para mim e sorriu. Tirei sua toalha e vi aquele pênis lindo. Não esperei a permissão do Gustavo e comecei a chupá-lo.

Gustavo: - Isso... vai... continua.

Depois de um tempo ele pegou uma camisinha e pediu para eu ficar na posição de frango assado. Fiquei com medo no início, pois, fazia tempo que não transava. Ele lambeu meu ânus e deixou todo molhado. Ele começou a me penetrar com

força. Gemia e passava a mão naquele corpo lindo.

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Cuida do meu coração

Ele esta em suas mãos

Meio triste e perdido

Dê a ele a direção

Daquelas cartas de amor

De um outono sonhador

De um inverno aquecido

Primavera de uma flor

No verão dessa canção...

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Terminamos e ficamos deitados abraçados. Ele começou a chorar e eu apenas o abracei durante toda noite. Adormecemos juntos.

Do outro lado da cidade, a professora Elizabeth olhava a foto de um garotinho e chorava copiosamente. Imaginava o tempo perdido e as lágrimas derramadas.

Ludmila tomou coragem e ligou para Alison. Ela marcou uma sessão de cinema na noite seguinte. Ficou toda feliz.

Bruno falava com seu amigo no skype.

Bruno diz:

“Ei to indo dormir”

Julio diz:

“Vai fazer algo de importante amanhã?”

Bruno diz:

“Sim”

Júlio diz:

“Xiii é encontro é?”

Bruno diz:

“Não. Vou ajudar a minha mãe”

O celular do Bruno apita.

Kim diz:

“Tudo certo para o nosso encontro?”

Bruno diz:

“Sim. Está tudo certo”

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Fiz poesia da dor

Ambrosia desse fel

Me entreguei a este amor

Contando estrelas no céu

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Deitei a minha cabeça no peito de Gustavo. Adormeci. Fazia tempo que não me sentia seguro e o mundo parecia que aos poucos voltava ao lugar. Pena que tudo isso duraria pouco.

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