Galera, não lembro a senha da minha conta, então fiz essa outra. Quem quiser ler os capítulos anteriores, tá aqui o link:
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Eu realmente não valho nada! Nada mesmo. Sabem aquela promessa que eu fiz de só transar com um cara quando tivesse certeza que o relacionamento fosse pra valer? Pois é, já era!
Estou eu aqui, deitado ao lado do Bruno, ainda ofegante depois do sexo.
Bruno - Isso foi incrível!
Eu - Uhum...
Fico "meio" arrependido. Gostei muito de ficar com ele, gostei mesmo, mas fiz sexo com ele no primeiro encontro. Ele deve me achar a pessoa mais fácil do mundo.
Bruno - O que foi? Não gostou?
Eu - Não, não é isso. Foi ótimo.
Bruno - Porque essa carinha triste?
Ele fala acariciando meu rosto.
Eu - Nada. Tava pensando besteira... Posso ir tomar banho?
Bruno - Claro, vai lá. O banheiro fica no fim do corredor a esquerda.
Eu me levanto e vou.
Enquanto tomo banho, penso no que Luiz me disse.
"Vocês sempre saem como "amigos", mas no fim da noite, você sempre acaba na cama deles. É isso nunca acaba bem."
Acho que vou escrever musicas sobre meus relacionamentos. Vou morrer sozinho, mas vai que fico rico.
Escuto batidas na porta e saio das minhas alucinações.
Bruno entra.
Bruno - Posso me juntar a você?
Eu só balanço a cabeça de forma afirmativa.
Ele vem pra junto de mim e começa ar beijar. Ficamos alguns minutos trocando carícias em baixo d'Água. Depois disso, deixei ele terminando o banho e voltei pro quarto.
Alguns minuto depois ele volta.
Eu - Bruno, tô indo nessa.
Bruno - Calma aí, eu te levo.
Eu - Não cara, de boa, eu pego um táxi.
Bruno - Que isso rapaz, eu que fui te pegar em casa, eu te levo.
Eu - Mas...
Bruno - Mas nada! Tá decidido! Deixa só eu me vestir...
Fui em silêncio todo o caminho de volta.
Estávamos parados na frente da minha casa, ainda dentro do carro.
Eu - Ehh... Obrigado. Adorei o filme...
Bruno - Só o filme?
Ele disse baixando a cabeça, fingindo que estava triste.
Eu - Não... Adorei todo o resto também.
Bruno - Foi tudo muito bom...
Ele fala segurando minha mão. Bruno vem aproximando seu rosto do meu. Quando nossos lábios estão quase se encostando, escuto alguém buzinando atrás de nós. Era Luiz.
Bruno - Conhece?
Eu - É o Luiz. Um amigo.
Luiz continua buzinando.
Bruno - Amigo?
Eu - Sim. Me desculpa Bruno. Tenho que ver o que esse chato quer!
Bruno - Tudo bem. Boa noite.
Eu - Boa noite.
Saio do carro e Bruno vai embora.
Eu - Mas que porra é essa Luiz?
Luiz - Ora, fazia 10 minutos que eu tava aqui parado esperando. Se não chamasse sua atenção, era capaz de tu ter dado ali no carro mesmo.
Nós entramos e fomos pro meu quarto.
Eu - Tá fazendo o que aqui? Tu não tava com raiva de mim.
Luiz - E eu consigo ficar com raiva de ti, baitola? Fala ai, como foi o encontro com o desconhecido.
Fico sério.
Luiz - Pela tua cara, já sei. Tu deu pra ele e depois ele te deu o fora. Como eu disse, o de sempre!
Eu - Ele não me deu o fora...
Luiz - Ele falou alguma coisa sobre vocês sairem novamente?
Eu - Não...
Luiz - Sabia! Biscate.
Eu - Não sei o que ele iria falar, porque você interrompeu!
Ele começa a rir.
Luiz - Relaxa cara. Você vai encontrar outro ou outros, no seu caso.
Eu - Vai te fuder Luiz!
Ficamos conversando um tempão e depois ele foi embora.
Sábado não aconteceu muita coisa. Foi o de sempre. Fui a academia de manhã, a tarde fui ao clube com a galera e a noite Luiz me levou pra uma balada. Não sei que balada era aquela que só tocava sertanejo. Bem chatinha.
Antes que me perguntem, não, eu não fiquei com ninguém. Fiquei a noite inteira ao lado do Luiz.
Eu não conseguia tirar Bruno da cabeça. Sabe, eu gostei dele de verdade, mas acho que foi só eu. Talvez esse seja meu problema. Eu fantasio demais com pessoas, espero demais...
Fico olhando o celular constantemente pra ver se tem alguma coisa dele. Ligação, mensagem... Mas nada!
No dia seguinte, acordo me sentindo mal, então passo o dia todo na cama. Era dia de plantão no hospital, minha mãe saiu antes de eu acordar. Então fico sozinho.
Não lembro exatamente que horas eram, mas era a tarde, quando meu celular tocou. Era o Bruno.
Sabe, por um momento eu pensei em não atender. Pensei "ele deve tá querendo me comer de novo", mas vai que não é isso... Mas se for, é melhor encerrar isso agora.
Atendo.
Eu - Oi.
Digo meio rouco.
Bruno - Só Thiago?
Eu - Fala.
Bruno - Me desculpa?
Eu - Pelo que?
Bruno - Por ser tão clichê. Eu não te liguei no dia seguinte e tô me sentido mal por isso.
Eu - Relaxa...
Bruno - Não! Não quero que você pensem que nosso encontro não teve importância pra mim. Porque teve. Muita!
Nem preciso dizer que eu estava derretido do outro lado da linha. E ele não parava de falar.
Bruno - ...Eu passei o dia todo ontem com Lipe. Os pais dele precisaram sair e eu fiquei de babá. Meu telefone tava sem bateria... Eu sai de lá bem tarde e não quis te encomiar aquela hora da noite.
Eu - Ta tudo bem rapaz. De boa.
Bruno - Sério?
Eu - Sério.
Bruno - Então topa sair comigo agora? Pra fazer qualquer coisa.
Eu - Não vai rolar cara.
Bruno - Sabia! Você tá chateado.
Eu - Não tô. Eu adoraria sair contigo, mas eu não tô me sentido bem...
Bruno - O que cê tem?
Eu - Um pouco de febre, dor de cabeça, minha garganta tá incomodado um pouco...
Bruno - Que chato, mas ok. Melhoras aí.
Eu - Valeu.
Eu desligo.
Ele quer me ver de novo! Queria que o Luiz tivesse aqui pra eu jogar na cara dele!
Meia hora depois, escuto batidas na porta da frente.
Não sei quem é, mas me desculpe. Não vou levantar, não.
Meu celular toca de novo.
Eu - Oi.
Bruno - Vem abrir a porta. Tô aqui em baixo.
Vou abrir a porta pra ele.
Ele entra e me entrega umas sacolas.
Eu - O que é isso?
Bruno - Nessa tem remédios e na outra tem sopa. Que não ajuda muito, mas você tem que comer algo.
Eu - Você tá fazendo o que aqui?
Bruno - Não é óbvio? Eu vim cuidar de você!
Ele diz sorrindo.
Continua.
Mil desculpas pela demora e perdão pelos erros.
Quem quiser trocar uma ideia comigo, meu e-mail é tvelasco22@hotmail.com.