Sangue Quente: As Coisas Não São O Que Parecem

Um conto erótico de V.
Categoria: Homossexual
Contém 2605 palavras
Data: 27/01/2015 21:02:26

Inacreditável! Como as provas desse colégio são tão difíceis. Não que eu fosse burro na minha antiga escola, mas essa prova daqui é feita para ferrar com qualquer um.

Depois de uma hora, termino a prova. Eu já estava com dor de cabeça quando sou dispensado da sala. Sento na grama, olhando para o céu.

"Você só achará aquilo que procura, quando mais baixo você estiver."

Esse enigma não saia da minha cabeça. O que ele queria me dizer? Eu tentava de todas as formas, mas nada vinha na minha mete. Eu vou ficar maluco, caso isso tudo acabe, pensei.

Asad senta do meu lado. O menino ficou me encarando até eu puxar assunto com ele.

- Aconteceu alguma coisa, nick?

- Não... - Olhei para a grama. - Sabe, as vezes é difícil pensar...

- Como assim? - Perguntou o menino, chegando mais perto.

- Sei lá... As vezes o peso do mundo esta nas suas costas e você não sabe como lidar...

- Isso foi pela prova? - Nós dois rimos. - Estava mesmo difícil!

- Quem dera fosse a prova As... - Mordi o lábio. - "Você só achará aquilo que procura, quando mais baixo você estiver." O que você acha que é?

- Olha... Eu sou péssimo para charadas. - Olhou para baixo. - Porém, se me der um tempo, talvez eu consiga descobrir...

- Você faria esse favor por mim? - Segurei em sua mão.

- Cla-Claro!

- Obrigado, As - O abracei.

Passamos o tempo conversando sobre futilidades até ser hora de ir para casa. Esse era o lado bom de ter provas no final do dia.

Akira e eu fomos para casa para treinar o resto da tarde. Contudo, recebo uma mensagem no meu celular, que com toda certeza eu não esperava.

'' Me encontra no Central Park, preciso falar com você. Agora.

- C. "

Como eu ia sair do apartamento sem dar suspeitas?

- Quem é Nicco? - Falou Akira me olhando. - Você parece estar vendo um fantasma.

- Esse poder é seu Akira - Esbocei um sorriso. - Mas preciso dar uma saída...

- Por que? Vai aonde? Pensei que você não conhecia muitas coisas por aqui... - Falou o menino com um tom desconfiado.

- Por isso mesmo que eu quero dar uma saída... Eu só vou no Central Park. Daqui a pouco estou de volta. - Encarei a janela. - Não vai demorar muito.

- Você não pode mentir para mim, Niccolau! - O garoto estava no meu lado. - Sabia! - Ele pegou meu celular. - Você vai? - Balancei a cabeça confirmando. - Por quê?

- Porque, talvez, ele tenha descoberto algo sobre Thomas. Eu não posso deixar se passar muito tempo! - Eu estava tremendo. - Pelo que posso saber, o Thomas pode estar morto, e eu não vou suportar isso!

- Entendo... - O menino olhou para o chão e me entregou o celular. - Você quer que eu vá? - Neguei com a cabeça. - Tudo bem, só toma cuidado.

Balancei a cabeça e sai do salão. Fui direto para meu quarto tomar banho e me arrumar. Consegui fazer tudo em menos de meia hora. Quando eu sai, Akira falou sem voz: " Qualquer coisa, só gritar."

A rua estava muito fria e o Central Park a noite era um pouco assustador. Andei um pouco, eu podia jurar que tinha visto algo pequeno correndo de uma arvore para outra, na escuridão. Se eu fosse outra pessoa, jurava que tinha visto um gnomo! Balanceie a cabeça e continuei a andar por aquele lugar misterioso.

Caius saiu de trás de uma arvore, assim que eu virei para olhar para a estrada. Tinha um de seus sorrisos sarcásticos no rosto. Ele me olhou de baixo para cima e focou em meus olhos.

- Você está atrasado - Falou levantando uma sobrancelha.

- Perdoe-me, estava ocupado - Seu canalha, pensei.

- Tudo bem, vamos dar uma volta? - Começou a andar, me dando as costas.

- Como assim? Pensei que você tinha descoberto algo. - Declarei, quando tinha chegado ao seu lado.

- Ah - pronunciou de modo irônico. - Então não foi pelo meu charme que você veio?

- Por que as coisas sempre tem de ser assim com você? - Caius virou o rosto para me encarar, ainda absorvendo a pergunta.

- Talvez... Talvez seja... - O menino parecia procurar as palavras. - Deixa... Eu só queria fazer você pensar de mim de outra maneira.

- Isso vai ser meio difícil. - Disse de forma sarcástica.

- Então, me de esta noite par tentar mudar isso! - Ele me deu a mão. - Poderia me dar a honra?

- Por que eu deveria fazer isso?

- Porque você não tem nada melhor para essa noite, porque é sexta além de eu ser terrivelmente bonito e atraente e você não me faria essa desfeita. - Falou ele, dando uma gargalhada. - Estou certo?

- Você é sempre metido assim ou fez curso? - Segurei em sua mão.

O menino me levou para um carro estacionado em uma esquina ali perto. Bem, não era um carro comum. Era uma simples Ferrari toda negra. Parecia um felino esperando para dar um bote na sua presa. No caso, a presa seria eu.

- Pensei que você tivesse uma harley - Falei.

- Ha ha ha - riu Caius. - Sabia que tinha criado uma ótima primeira impressão em você. - Assumiu um tom mais educado. - Porém, eu pertenço a realeza dos vampiros, você acha que eu teria apenas uma moto?

- Faz sentido - cedi.

Quando dei por mim, estávamos andando a uma velocidade muito alta para se dirigir em uma cidade. Se nós batêssemos, digamos, não sobraria nada de mim para ser cremado. Contudo, aquilo não me assustava, na verdade eu estava ficando cada vez mais exitado com aquilo tudo. Era como uma droga, e eu estava gostando daquilo.

Depois de alguns minutos, Caius estacionou em frente a um restaurante. Não era elegante, porém era acolhedor. Era reservado e me lembrava de casa, por ter um ar meio rustico.

Caius e eu seguimos o garçom enquanto passávamos pelas mesas. Não me lembrava de Caius ser maior que eu. Enquanto andávamos, fiquei apenas observando a sua nuca. Chegamos a uma mesa um pouco reservada, que dava para olhar um pouco de Nova Iorque. Ele ainda me encarava, eu não sabia para onde olhar. Isso estava me dando nervoso.

- Então... - Começou a falar. - Espero que não esteja assustado. Eu não sabia onde levar você, mas se quiser, posso escolher um lugar melhor.

- Não - Acalmei-o - Por mim está ótimo. - Encarei a mesa. - Então, é aqui que você trás as suas presas? Até que é um bom lugar.

- Nicco, você acha que eu sou feito somente de caça? - Fez um pequeno drama. - Sou mais do que isso

- Ae?

- Sim, eu me divirto com elas primeiro - Eu devo ter feito uma cara horrível para Caius rir dela. - Foi uma piada.

- Sei... As vezes você é muito cômico Caius - Disse ironicamente.

- Você sempre vai usar esse tom comigo? Digo, ser sarcástico

- Bem, não é a maneira como você olha para mim? - Joguei na cara dele. - Para mim é assim que você lida com todo mundo. Sempre demonstrando superioridade. - Ele baixou a cabeça. - Mas deixa eu te contar uma coisa príncipe, as coisas não são assim.

- Eu não faço por mal, eu só quero as vezes me divertir. - Ele me olhou nos olhos. - Mas se quiser, eu posso parar de fazer isso...

- Por mim... - Chegou um minuto depois o garçom e fizemos nossos pedidos. - Então, o que viemos fazer aqui realmente?

- Eu disse, essa noite você vai mudar a sua opinião de mim. - Pisou para mim.

Depois de alguns minutos. Ele tentando puxar assunto e eu respondendo, os nossos pratos chegaram. Caius comia normalmente, era monstruoso saber que a pessoa na sua frente era um demônio chupador de sangue. Eu tentei deixar para la esses pensamentos, pois eu amava o irmão dele, que era o mesmo que ele. Mesmo Thomas não tomando mais sangue humano, mas Caius... Espera!

Veio algo na minha mente, mandando eu usar meus poderes para verificar uma coisa. Fechei meus olhos e quando os abri me concentrei no menino a minha frente. Tudo ficou esbranquiçado e a forma do menino a minha frente se formou. Era rosado, e não vermelho sangue. Como se ele não se alimentasse mais de sangue humano!

- Como assim?! - Interrompi o momento calmo.

- O que houve Nicco? - O menino estava assustado.

- Vo-Você não... - eu não conseguia processar aquilo. - Você não se alimenta mais de sangue humano?! - declarei por fim.

- Ah isso... - Ele olhou para baixo por um minuto, e depois me olhou de volta.- Bem, eu sabia que você não gostava da dieta de sangue humano. Eu andei observando meu irmão e você, principalmente, por um longo tempo. Acabei descobrindo isso, estão resolvi ver como era essa dieta nova.

- Mas isso...

- As vezes Nick, você acha que conhece uma pessoa, mas quando percebe, mal sabe sobre a vida dela.

Eu apenas encarei meu prato, a comida intocada. Não conseguia digerir mais nada. Caius havia mudado em parte, e eu o estava jugando por algo que ele não cometia mais. Será que eu o sentenciava assim tão horrivelmente? Será mesmo que ele havia mudado... E quem sabe... Por mim?

- Pelo que eu vejo, você não quer mais comer!

- Me desculpe, é que eu não estou muito bem... - Declarei.

- Você quer sair daqui? - Balancei a cabeça confirmando. - Tudo bem, eu vou pagar a conta e caímos fora. - Caius chamou o garçom e pediu a conta. Alguns minutos depois já nos encontramos no carro. - Ainda bem que você queria sair de lá, aquela comida estava horrível. - Ele sorriu para mim.

Eu apenas manifestei gratidão por ele me entender: - Ainda bem que não comi muito.

Continuei calado até ser levado para o pico de Nova Iorque. A Time Square. Era tantas luzes, tantas pessoas, tanto tudo. Eu fiquei apenas observando aquela beleza urbanizada. Passava vários táxis amarelos, de um lado para o outro. Era tudo tão lindo.

- Cuidado - Caius segurou meu braço. Eu tinha sido salvo de um atropelamento horrível por um táxi. - Esses malucos de hoje em dia, sempre com pressa.

- Falou a tartaruga, né?! - Brinquei com ele.

- Pelo que eu possa ver, já devo ter mudado os seus conceitos sobre mim. - Falou ele de um modo zombeteiro. - Até fez uma piada.

- Não vai acreditando nisso, Castellani. - Atravessei a rua e comecei a andar.

Ele me empurrou com o ombro, de forma brincalhona e nós dois começamos a rir. Caius ficava observando cada reação minhas com aquele lugar.

- Você nunca veio até aqui? - Perguntou perplexo - Mesmo morando tão perto

-Não - Confidencie. O menino deu uma risadinha e continuamos a andar.

- Bem, vamos, ainda tem um lugar que eu quero te levar. - Eu olhei para ele com cara de desconfiado. - Fica calmo, não é nenhuma masmorra...

Continuamos a andar/voar pelas ruas de Nova Iorque na Ferrari negra. O menino estacionou em um local um pouco afastado dos prédios, porém de frente para um, um pouco alto demais. O garoto saiu e meio segundo depois ele abriu a minha porta.

- Bem, agora você vai ter que confiar em mim. Consegue?

- Ainda não sei bem - Esbocei um sorriso. Segurei em seu braço e ele deu um salto. Não um salto qualquer, era quase como um voo. As Janelas eram apenas um borrão, enquanto subíamos rapidamente. Quando percebi, nos encontrávamos no terraço do prédio, olhando Nova Iorque. - Uau - Foi a única coisa que eu consegui dizer.

- Eu sei, é lindo... - Eu olhei para seus olhos negros como a vastidão da noite. Porém eu via uma cor ali, mas não consegui identificar, pois o menino havia andando alguns passos, saindo do meu lado.

- Aconteceu alguma coisa? - Falei me virando.

- Não - Ele olhou para baixo. - Eu devo ser uma pessoa horrível.

- Como assim Caius?

- Eu não devo... Mas não consigo suportar

- O que foi Caius? - Eu já estava aflito.

- E-Eu... Não é justo! - Eu conseguia ver o castelo de gelo dele caindo aos pedaços, mas do nada ele volta a ter uma mascara no rosto. - Desculpe, por isso. Não vai se repetir.- Ele olhou para o horizonte. Eu olhei com curiosidade e o menino sorriu. - Está com frio?

- Não - Mas eu estava tremendo sem perceber.

- Nick... Você tem que cumprir sua parte de não mentir para mim. - Falou e começou a gargalhar. - Vamos, já são quase 00:00 e você precisa descansar.

- Mas não é essa hora que eu durmo. - Falei cruzando os braços.

- Eu sei, porém como prometi, eu vou te levar para casa antes que comecem a desconfiar da sua saída. - Caius colocou um sorriso irônico e levantou uma sobrancelha. - A menos que você queira passar a noite comigo...

Bufei e me virei de costas para ele: Vamos logo, antes que você fique mais metido ainda. - Escutei uma gargalhada e eu sorri pra mim mesmo.

Na volta, Caius dirigia um pouco mais devagar. Ele olhava toda hora para a janela e abria a boca, tentando achar palavras para falar algo, mas acaba desistindo. Não demoramos muito para chegar no prédio de onde eu morava. Ele parou o carro e me olhou.

- Espero... - Começou a falar. - Que você tenha mudado a sua opinião de mim.

- É muito difícil Caius disso acontecer... Em uma noite...

- Então quer dizer.. - Falou ele olhando para baixo. - Você ainda me acha um mostro?

Eu abri a porta do carro. Não sabia o que responder aquele garoto. Garoto não. Aquele Deus Grego sinistro. Caius pegou no meu pulso, me fazendo parar.

- Não, eu estou começando a mudar isso... - Ele me olhou com uma feição travessa. Parecia um anjo arteiro feliz em fazer seu trabalho. Então veio algo na minha mente que eu queria ter perguntado mais esqueci. - O que você queria dizer quando falou que andava me observando?

- Tem coisas... Nick - Ele me deu um beijo na bochecha e colocou seus lábios frios na minha orelha, me fazendo minha nuca arrepiar. - Que você deve descobrir sozinho. - Falou Caius. Depois se virou de costas e foi para seu carro.

Eu me virei e entrei na portaria. Quando estava apertando o andar no elevador, percebo a pena negra na minha mão esquerda. Era uma pena tão grande e lustrosa. Me lembrava ao meu primeiro dia quando tive a primeira aparição daquele corvo estranhamente horripilante.

Foi nesse momento que tudo se encaixou . O corvo no primeiro dia, a aparição do corvo na minha janela, quase todas as noites. O corvo. Caius era o corvo! Como isso era possível? Eu apenas sorri com aquele fato. Ele sempre esteve me observando, mesmo quando eu nem sabia que ele existia, Caius estava lá. Eu olhei para as portas ainda se fechando e pude ver Caius me olhando. Ele sorriu para mim e acelerou sua Ferrari.

Eu não conseguia acreditar. Como eu pude ser tão burro esse tempo todo? Eu devia ter percebido isso antes! Fiquei encostado em uma das paredes do elevador quando meu celular vibra.

As portas se abrem e entro dentro do apartamento. Asad estava me ligando. Atendo o mais rápido possível.

- Alô? Nick? - Falou ofegante

- Oi Asad - Falei de maneira animada. - Tudo bem?

- Espero não estar perturbando

- Claro que não, aconteceu alguma coisa?

- Não - Depois de uma pausa. - Se lembra do que você me pediu hoje de manha?

- Lembro - Meu coração acelerou. - O que tem? - Será que poderia ser verdade.

- Eu acredito... - Falou o menino. - Que eu desvendei o enigma!Oi galera!!! Gostaram de mais um capitulo de Sangue Quente? Espero que tenham sim hahaha. Qual será a resposta do enigma? Alguém tem uma suspeita? Comenta aí a resposta de vocês!! Não percam os próximos capítulos, porque a ação vai começar e sem contar que já estou acabando com a segunda temporada de Sangue quente... Chorando* Porém, vai ter mais pelo caminho!!! Podem contar com isso... E no ultimo capitulo tenho uma novidade para vocês... Talvez até gostem... hahaha Bem quem gostou comenta, quem não gostou também comenta. Opinião de vocês é o que me faz escrever.

Bj Bj do V.

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Comentários

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Bem... Não gosto do Caius. Mas, ao que tudo indica o Nicco vai se deixar levar pelo charme, e pela falta de pirocadas no lombo, e ficará com o irmão de seu namorado desaparecido. Tsc tsc tsc, que vergonha. Rs. Esse enigma é difícil... Talvez algo enterrado?

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Bem... Não gosto do Caius. Mas, ao que tudo indica o Nicco vai se deixar levar pelo charme, e pela falta de pirocadas no lombo, e ficará com o irmão de seu namorado desaparecido. Tsc tsc tsc, que vergonha. Rs. Esse enigma é difícil... Talvez algo enterrado?

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