Capítulo Doze
EVIDÊNCIAS
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Eu entrei no apartamento de Denny e ele foi até a cozinha e me trouxe um copo de água e eu me sentei no sofá tomando um gole. Ele se sentou ao meu lado.
- se você não quer me contar tudo bem eu não pergunto mais, mas deixo claro que quando quiser conversar comigo é só chegar em mim e falar.
- obrigado – falei entregando o copo para ele e ele levou até a cozinha e se sentou ao meu lado. Eu me inclinei e deitei a cabeça no ombro dele. Eu suspirei fundo e tentei não lembrar do que tinha acontecido.
- eu durmo no sofá e você pode dormir na minha cama.
- não estou com sono – falei.
- tudo bem – falou ele.
- posso deitar no seu colo? – perguntei.
- pode – respondeu ele sem graça.
Então me deitei no colo dele e puxei a mão dele e coloquei no meu peito e fiquei alisando e fechei os olhos. Eu tinha algum problema? Eu era desejável? Era descartável? Essas eram as perguntas que sondavam minha mente. Depois de alguns minutos ele quebrou o silêncio.
- são 01h00min da manhã é melhor você ir se deitar.
Me virei de barriga para cima e olhei para o rosto dele. Eu levei minha mão até seu rosto e alisei o rosto dele que tinha uma barba rala e negra como a de Adam.
Então virei meu rosto para a barriga dele e dei um beijo nela e depois outro.
- o que você está fazendo? – perguntou Denny.
- me desculpa – falei me sentando devagar.
- eu te levo pra cama.
- pode ir pro seu quarto, eu durmo aqui. – falei.
- eu insisto, você está precisando dormir, seja lá o que aconteceu você vai se sentir melhor depois de uma boa noite de sono?
- sabe o que o eu preciso pra me sentir melhor?
- o que? – perguntou ele
Eu me aproximei e dei um selinho na boca dele e coloque ia mão em seu rosto e dei outro selinho na boca.
- o que está fazendo? – perguntou Denny calmo afastando meu rosto. – você está cansado Mike, vai se dentar, não faça algo que vai se arrepender de manhã.
- eu não ligo para o amanha – falei me aproximando e dando outro beijo dessa vez de língua. Com minha mão direita coloquei a mão no peito dele e acariciei enquanto nos beijávamos.
- tem certeza? – perguntou Denny com seu sotaque argentino – e Charley?
Quando ele disse isso eu dei outro beijo nele e dei um beijo no pescoço dele sentindo seu perfume.
- vamos pro meu quarto – falou Denny se levantando e apagando a luz da sala.
Nós fomos até o quarto e nos agarramos e nos beijamos e caímos na cama sentindo o corpo um do outro.
Fechei os olhos e Denny começou a beijar meu pescoço e eu sentia sua barba roçando em mim e em minha mente eu sentia e via Adam me beijando e roçando sua barba em meu corpo. Eu gemia loucamente imaginando Adam lambendo meus peitos e beijando minha barriga.
- Haaaa – gemi quando o ele deu mordidinhas na minha barriga e deu beijos nela e foi beijando até de lado.
Eu alisava a cabeça dele e com a outra mão eu apertava o lençol.
Ele então tirou minha roupa toda e tirou a dele e ficou em pé ao lado da cama e eu me sentei colocando o pau dele na boca. Eu chupava rápido e passava a língua quente por ele todo, eu imaginava Adam e fazia mais rápido. Era como se não possuísse o controle do meu corpo. Eu lembrei de Gray e imaginei ele alisando minha cabeça enquanto mamava sua rola.
Denny então abriu a gaveta e colocou preservativo no pênis e me fez deitar de lado e foi colocando o pau dentro de mim o tesão era tanto que nem senti dor. Era como se toda a dor que eu senti quando vi meu pai tivesse desaparecido no momento em que a rola dele entrou dentro de mim.
- me fode Denny – falei fazendo com que ele bombeasse forte. Ele dava cada estocada que me fazia ir às nuvens e voltasse.
- haaaa – gemia Denny enquanto me arrombava.
Ele me fez deitar de barriga pra baixo e veio por cima e colocou outra vez me fodendo rapidamente.
Eu estava em êxtase. Depois de bombar uns 10 minutos eu me virei de barriga pra cima e fizemos um 69. Denny colocou meu pau na boca e saboreou-o deliciosamente. Eu tirei a camisinha do dele e comecei a mamar aquela rola que estava em minhas mãos.
Ele se levantou pegou outro preservativo e colocou no pau e levantou minhas pernas em frango assado e começou a me foder outra vez.
Eu fechei os olhos e aproveitei aquele momento e eu me masturbava enquanto ele me comia graciosamente até que eu gozei na minha barriga.
- que delicia – falou Denny tirando o pau da minha bunda, tirando a camisinha e se masturbando alguns segundos e em segundos gozando na minha barriga.
Ele gemeu alto e logo caiu em cima de mim e eu senti sua respiração quente. Ele se levantou um pouco e esticou o braço pegando uma tolha e limpando nossas barrigas e logo em seguida deitando outra vez em cima de mim. Eu o abracei e comecei a acariciar suas orelhas e alisar seus cabelos. Esse é a última coisa de que me lembro de antes de cair em sono profundo.
Eu abri os olhos bem devagar e por alguns segundos não me lembrei de onde estava e nem quem era, mas logo eu fui me recordando de tudo, inclusive da noite passada. Eu olhei para o lado e não vi ninguém, mas logo reconheci o quarto de Denny. eu rapidamente levantei o cobertor e vi que estava pelado.
- meu deus, o que eu fiz? – falei baixo.
Ouvi um barulho na cozinha e rapidamente vesti minha cueca e minha calça. Olhei para o relógio e era exatamente 07h58min.
Vesti minha roupa e muito envergonhado eu fui até a cozinha e Denny estava sentado á mesa comendo algo.
- bom dia – falei.
- bom dia – respondeu ele.
Me sentei à mesa de frente para ele e não disse nada. Peguei uma torrada e dei uma mordida fazendo um barulho pequeno, mas no silêncio do local pareceu o barulho de uma bomba nuclear.
- Denny... – falei tentando quebrar o gelo.
- Mike, não precisa...
- preciso sim, foi um erro.
- um erro enorme.
- eu não devia ter te ligado.
- devia sim, eu é que não devia correspondido.
- eu estava confuso – falei – eu só precisava saber que alguém nesse mundo se importa comigo e eu escolhi logo você, meu melhor amigo, espero que isso não tenha estragado nossa amizade.
- eu estou apaixonado por você – falou Denny
Fiquei sem palavras.
- como... o que... está...
- brincadeira – falou Denny rindo.
- que susto – falei dando um empurrão de leve no ombro dele.
- fica tranquilo, isso não vai afetar nossa amizade.
- ainda bem.
- posso te perguntar uma coisa... – falou Denny
- sim.
- quem é Adam?
- meu chefe, porque?
- ontem enquanto... você sabe, tranzavamos você disse o nome dele umas três vezes.
- sério? Eu não me lembro disso.
- ele é qual? O de barba preta? – perguntou Denny.
- sim, ele estava sentado ao lado do meu pai aquele dia no bar.
Denny deu uma risada de lado.
- o que foi? Eu trabalho para ele a praticamente 5 anos, já estou acostumado em falar o nome dele.
- sei... eu até acreditaria se não fosse o fato dele ser o seu tipo.
- para de bobagem – falei pegando outra torrada e comendo.
- tudo bem – respondeu Denny dando uma pausa de 10 segundos. – você não vai me contar o que aconteceu com você?
- não hoje, não agora, talvez eu te conte um dia. Se um dia eu me sentir bem em contar o que aconteceu essa pessoa será você.
- tudo bem então – falou Denny.
Eu me lembrei do relatório.
- gente que horas é agora? – falei olhando no relógio que tinha na cozinha. – 08:17? Estou mais do que atrasado.
- você tem certeza? Está com cabeça para trabalhar?
- eu não tenho escolha – falei pegando meu celular e ligando para um taxi.
- se quiser eu te levo.
- não precisa, você já fez mais do que devia. Eu já abusei de você o suficiente por um dia.
Vesti minha roupa outra vez e depois que o taxi me buscou o trajeto até a empresa não foi longo.
Peguei os papéis fui até meu computador e continuei o trabalho. Estava difícil me concentrar, tudo o que estava em minha mente era a cena de meu pai e Charley transando e o que eu diria para eles quando os visse.
Ás 09h44min eu finalmente terminei o serviço e enviei para o e-mail de Adam. Eu peguei meu celular e liguei para ele.
- bom dia – falou Adam atendendo.
- bom dia Adam, estou ligando para te avisar que eu enviei um e-mail com o serviço.
- ótimo, obrigado Mike.
- não foi nada – respondi.
- o que foi? – perguntou Adam – porque essa voz? Aconteceu alguma coisa?
- voz? Não é nada.
- tudo bem então, te vejo na segunda.
- ok. Até mais.
Desliguei o telefone e fiquei imaginando a minha volta para casa. Eu recolhi minhas coisas desliguei tudo, liguei o alarme e peguei o elevador. Eu fui até o ponto de ônibus e logo eu estava a caminho de casa.
No caminho eu me atrevi a soltar umas lágrimas que eu limpava assim que caiam. Eu fui preso em meus pensamentos até em casa.
Eu desci no ponto e logo estava a alguns passos de casa. Eu cheguei na porta de casa e fiquei encarando o portão.
- o que eu faço? – perguntei para mim mesmo.
Eu peguei minha chave e olhei no relógio. 11h27min. Eu abri o portão e entrei em casa.
- bom dia – falou Charley vindo até mim para me dar um beijo, mas eu desviei o rosto. – o que aconteceu?
- não é nada... eu só estou cansado.
- tudo bem – falou ele dando um beijo no meu rosto.
Tremia por dentro não de raiva, mas a surpresa que eu tive ao saber que meu próprio pai tinha feito algo assim comigo.
Fui direto para as escadas apressado para não ter que ver meu pai, mas assim que eu subi três degraus ele apareceu saindo da cozinha.
- oi filho, bom dia. – falou ele com um copo de água na mão.
Fiquei olhando para ele e não consegui responder.
- você está bem? – perguntou ele.
Toda minha vida com ele passou em minha mente e parou exatamente no momento em que ele me disse que ficaria ao meu não importando o que acontece. Eu poderia matar um inocente e ele ficaria ao meu lado.
- filho? filho? – falou meu pai. – você está bem?
- estou sim pai, desculpa – falei descendo as escadas e dando um beijo no rosto dele e logo após um abraço.
- que bom – falou ele me abraçando forte e dando um beijo nos meus cabelos.
- eu vou lá em cima tomar um banho eu estou morto de tanto trabalhar.
- eu vou com você – falou Charley.
- ok – respondi.
Subi as escadas e Charley me seguiu e assim que chegamos no meu quarto ele se deitou na cama e eu peguei minha toalha e fui direto para o banheiro.
Tirei minha roupa e fui tomar um banho e Charley logo abriu a porta e entrou.
- estava com saudades, não nos vimos desde domingo.
- eu também – falei me virando de costas.
Ele foi até o box e abriu.
- vem aqui e me dá um beijo.
Me virei e dei um selinho na boca dele. Ele insistiu e colocou a mão no meu rosto e me deu outro selinho e nos beijamos de língua e vi que ele pretendia entrar no chuveiro comigo e eu logo tratei de me afastar e não beijar mais.
- Char... por... – eu me afastei finalmente – eu estou tão cansado dessa noite.
- eu te ajudo a relaxar.
- obrigado, mas eu estou falando sério. Me desculpa.
- tudo bem – falou Charley sem graça por alguns segundos – eu só quero te dizer uma coisa.
- o que foi? – perguntei indiferente.
- eu quero te apresentar para minha família.
Fiquei surpreso com aquele pedido.
- pra sua família? Seu pai não te aceita.
- eu cheguei no meu velho ontem e o enfrentei. Disse que ele precisava me respeitar e me aceitar. Disse que levaria meu namorado para a casa dele e ele devia te tratar normalmente.
- o que ele te disse?
- nada.
- e você vai me levar mesmo assim?
- meu pai vai acabar cedendo. Se ele não quisesse ele teria dito não. Quando ele se cala é como se ele estivesse dizendo sim, mas não queria admitir.
Por alguns instantes achei fofo ele ter enfrentado o pai por mim, mas logo me lembrei do que ele andava fazendo com o “meu” pai.
- tudo bem – falei respirando fundo.
- que tal u8m jantar hoje a noite? – falou ele se aproximando e dando um selinho na minha boca contra minha vontade.
- mas está tão em cima da hora.
- eu criei coragem para enfrenta-lo e sinto que se não fizer isso logo eu vou acabar me arrependendo. Por favor – falou ele apertando os lábios.
- tudo bem – falei nervoso. Tinha nojo de estar perto de Charley sabendo o que ele fez com meu pai.
- que bom – falou Charley sorrindo – vou ficar te esperando lá fora – falou Charley saindo do banheiro. Terminei de tomar o banho, vesti minha roupa e sai do banheiro. Charley não estava no meu quarto.
Fui bem devagar até as escadas e desci passo por passo esperando ver os dois no flagra se beijando, mas eu invés disso meu pai quase me matou de susto.
- Mike o Charley foi embora. Ele disse que tinha uma urgência.
- ok – falei colocando a mão no coração que batia forte.
- o que foi? Eu te assustei?
- sim – falei terminando de descer as escadas.
Fui até o sofá e me sentei só que ao invés de ligar a televisão eu fiquei perdido em meus pensamentos. Lembrando do que tinha acontecido. Minha barriga doía toda vez que eu via aquela imagem em minha mente. Eu odiava Charley. Eu tentava odiar meu pai, mas ele é mau pai eu não conseguia odiá-lo, mas por mais que eu o amasse eu não iria perdoá-lo eu iria falar para os dois que eu sabia do caso, mas antes que eles negassem eu precisava de provas. Logo surgiu uma ideia.
Eu me levantei do sofá e gritei.
- pai, eu vou sair.
- ok filho. – falou meu pai da cozinha.
Peguei meu celular, minha carteira e fui até a porta, mas eu não consegui abrir. Dei meia volta, fui até a cozinha e dei um beijo no rosto do meu pai.
- não vou demorar – falei.
- eu vou te esperar para almoçarmos juntos.
- tudo bem – falei.
Chamei um taxi e em menos de 10 minutos ele me apareceu. Eu pedi que ele me levasse para o centro da cidade.
Chegando lá eu procurei uma loja de eletrônicos e fui à sessão de câmeras.
- boa tarde – falou o vendedor.
- boa tarde, você por acaso tem aquelas mini câmeras? Tipo aquelas bem pequenininhas?
- câmeras de espionagem? – perguntou o vendedor.
- isso mesmo.
- eu tenho essas daqui. A Câmera tem 15 megapixels, grava com áudio e colorido. As imagens são enviadas diretamente para seu computador ou notebook. Acoplam-se em qualquer superfície.
- são essas mesmo – falei pegando uma. Ela tinha o tamanho de uma moeda.
- quantos o senhor vai levar?
- cinco. – falei.
- vou pegar elas, você pode ir ao caixa e pegar elas comigo.
- tudo bem – falei indo até o caixa e pagando o valor delas.
O valor ficou alto, um pouco mais de 2 mil. Eu paguei em débito em conta. Usei o dinheiro que eu guardava para emergências.
Eu paguei pelas câmeras, as peguei com o vendedor e voltei para casa. Eu almocei com meu pai, dormi a tarde e acordei ás 20h33min. Eu tomei um banho e decidi instalar as câmeras.
Peguei a sacola e fui até o quarto do meu pai, ele não estava lá. Eu entrei, tranquei a porta e joguei o pacote em cima da cama dele. Eu peguei uma das câmeras e coloquei no abajur dele. Peguei outra e coloquei em cima de um quadro que tinha no quarto dele.
Sai do quarto dele e desci as escadas. Ele estava na sala assistindo a TV. Como quem não quer nada fui até a cozinha e rapidamente peguei uma das câmeras e coloquei no armário que tinha uns copos e talheres que nunca usávamos.
Agora eu tinha que esperar meu pai sair da sala para colocar a última câmera. Eu fui para meu quarto e por volta dás 22h56min ele veio até meu quarto e me deu um beijo de boa noite. Eu esperei ele entrar no quarto e desci com a última câmera e coloquei na estante entre os livros de modo que eu tinha a visão do sofá e das escadas.
Voltei para meu quarto e abri o programa que eu tinha instalado e logo abriu uma tela que mudava de acordo com o clique do mouse. Eu vi a cozinha, depois a sala, depois vi meu pai tirando a camisa no quarto com a câmera da visão de cima e depois vi a cama dele com a visão da Câmera do Abajur.
Desliguei o notebook e me sentei na cama.
- pronto, agora eu só preciso filmá-los. – falei para mim mesmo. – só preciso filmá-los e mostrar para eles que eu sabia do caso.
Me mudaria de casa e eles poderiam viver felizes para sempre seu caso. Eu não odiava meu pai, mas eu tinha muita raiva e não iria perdoá-lo por isso. Eu ficaria ao lado dele se ele matasse alguém, eu até ajudaria ele a esconder o corpo, eu tinha que deixar de ser idiota. Ele perdeu o filho quando fodeu meu namorado. Charley vai aprender uma valiosa lição sobre traição.
Charley tinha sorte se eu não enviasse a gravação para o pai dele. Apesar de não querer muito, conhecer o pai de Charley não seria assim uma coisa tão ruim. Quem sabe eu não me vingo do jeito que ele mercê. Afinal é olho por olho e dente por dente. Se Charley fodeu com meu pai, talvez eu possa foder com o pai dele.