A ambulância tinha chegado, fiquei abraçado nele até meu pai me puxar de perto dele, eu chorava muito. Henrique tinha fugido, ele ia se arrepender. Como fazer aquilo com o próprio irmão!?
- Vamos ao hospital. Preciso ficar com o Ricardo. – Falei.
- Já chamaram os pais dele, vão querer ficar em família. Vamos para casa, a viagem é longa. – Meu pai falou.
- Não,não e não. – Teimei. – Eu preciso ficar com ele.
- Amanha você vê ele. Vamos logo, filho. – Minha mãe disse.
- Já estava com saudades de suas birras. – Meu pai sorriu. – Vamos. Amanha prometo te levar ao hospital. Ele será transferido para a cidade.
- Okay... Realmente eu estou cansado. Vamos indo, então.
Fiquei a viagem toda pensando na vida, como ela mudou de um dia para o outro. Antes minha maior preocupação era quem o Biel ficava na escola e depois que conheci aquele Adorável Chefe, ela mudou completamente. Lembrei do dia da entrevista, eu tropeçando com tudo no chão e ele indo me ajudar. –Sorri ao lembrar disso. Quando ele me fez sair de casa todo nervoso achando que iria falar com os sócios da empresa e no final acabamos ficando a sós. Acho que só aceitei ficar realmente com Henrique, porque a fisionomia dele era igual ao seu irmão. Mas, os dois só eram iguais na aparência. Henrique é completamente louco. Chegamos em casa, iria dormirDo outro lado da cidade, na sala de cirurgia do Hospital, estava Ricardo, lutando para sobreviver. Será que o amor da vida de João iria sobreviver!? Isso só Deus poderia saber...
- Doutor, ele perdeu muito sangue!! – Disse a enfermeira que também estava na sala de cirurgia.
- Vamos reanima-lô. – O doutor disse. – Ele precisa de doação de sangue.
- Qual o sangue dele, doutor!?
- AB. Temos no nosso banco de sangue!? – Ele perguntou afilto. Queria salvar aquela vida.
- Não, doutor. Teremos que pedir a sua família.
- Eles estão na sala de espera. Avise o quanto antes.
Na sala de espera, os pais dos gêmeos estavam aflitos esperando noticias sobre seu primogênito, a mãe estava a rezar e quando volta recebe a noticia.:
- Seu filho precisa de sangue, não temos em nosso banco. Algum de vocês vai ter que doar! – Os pais se olharam com uma cara de preocupação, porque isso!? Simplesmente, porque os gêmeos não eram filhos dos dois. Muito jovem, a pobre mulher descobriu que não poderia engravidar. Quando a empregada dela na época, não teve como ficar com as crianças e deu os meninos para ela. Essa empregada, anos depois, viera a falecer.
- Não somos pais biológicos, emfermeira. Luiz, ligue para o Henrique. Ele é nossa ultima esperança. – Os pais já sabiam o que ele tinha feito, mas teriam que recorrer a ele.
- Pai!? – Henrique disse. Ele ficou feliz ao saber que seu pai estava ligando...
- Meu filho! Precisamos de sua ajuda. – Ele suplicou.
- O que foi!? Pai, eu estou com medo...
- Onde você está!? Seu irmão precisa de uma doação de sangue urgente! Venha pro hospital, meu filho! Eu imploro. Henrique ficou apreensivo, apesar de tudo, ele não queria que nada acontecesse com seu irmão.
- Eu estou indo, pai. E se eu for preso!? – Ele perguntou com medo.
- Você não será, meu filho. Não se preocupe... – E no fundo ele sabia que era verdade, num país como o nosso, se ele fosse preso, na mesma noite seria solto... Ele chegou ao hospital, forneceu seus dados. Estavam esperando se o sangue era o mesmo, a resposta era óbvia, já que eram gêmeos. Deu positivo. O sangue seria coletado e salvaria a vida de seu irmão. Todos os procedimentos foram feitos, Ricardo estava salvo! Não sofreu muitos arranhões, apenas seu braço estava doendo por causa do tiro. Ele já estava no quarto dormindoEstava saindo de casa, iria ao hospital. Espero que meu amor esteja bem. Sai de casa com meus pais, cheguei lá e encontrei Henrique.
- O que você tá fazendo aqui!?!?!? – Falei com raiva no olhar.
- Você deve ser o João. Sei que namora o meu filho, Henrique salvou seu amado da morte.
- Co – Como...? – Perguntei. A mãe deles me contou tudo, agradeci á ele. Não queria o seu mal, meus pais que queriam matar ele, agora estavam felizes e tinha o perdoado. Afinal, todos cometem erros.
A enfermeira chegou com noticias!
- Quem é Joao!? – Ela perguntou.
- Sou eu. – Falei.
- O Ricardo quer te ver. Logo a família vai entrar. – Ela disse. Todos concordaram e eu fui.
- Meu amor... – Ricardo disse com uma voz rouca.
- Ricardo! – O beijei. Senti falta daqueles lábios.
- Eu te amo, João!
- Eu te amo muito mais, minha vida! – Beijei ele novamenteNo outro dia...
Fomos para a casa dele, meus pais tinha concordado em eu morar com ele. Com supervisão, claro. Biel e seu novo namorado foram nos ajudar na mudança, eles pareciam se gostar. Henrique quis recomeçar sua vida na filial de Curitiba. Iria mandar lá. Fernanda entregou a filha dos dois para Ricardo, A pequena Ana, me adorava e eu gostava muito dela. Ela estava morando com a gente. Depois ficamos nós 3 em casa.
- Pai, vamos assistir Frozen. – Ela veio com Dvd pulando pra cima de Ricardo. Ele me olhou.
- Lerigooou! – Comecei a cantar. A felicidade bateu em minha porta.!!!!!Olá meus amores, O fim chegou. Acho que esse foi o melhor conto que eu já fiz. Amei fazer ele, as vezes ficava um pouco clichê, mas isso eu melhoro com o tempo. Eu tinha programado de terminar o conto dia 25, mas demorei muito para postar. Peço mil desculpas, tive vários problemas na minha vida pessoal, desculpe.Queria agradecer ao meu querido amigo virtual Silvio, se não fosse dele, não teria terminado esse final. E por fim, agradeço a todos vocês, por me acompanharem do começo ao fim. Já estou com planos para meu próximo conto, estou com varias ideias aqui, possivelmente o nome vai ser “Meu querido Irmão”. Espero que me acompanhem, quando eu tiver escrevendo o 5°capitulo, eu começo a postar ele aqui. Vou me adiantando porque fevereiro é mês de começar a estudar. Obrigado novamente.
Beijinhos.