Ao chegar em casa Cristian se deparou com sua amante de longa data deitada no sofá ao ouvir a chegada do amante Marisa despertou.
M: Você o matou?
C: Sim!
Então Marisa percebeu a presença do pequeno ser nos braços do amante.
M: Quem é essa menina?
C: É a filha do policial.
M: O que ela faz aqui?
C: Eu matei os pais dela, ela não tem ninguém, então eu a trouxe para cá?
M: E o que você pretende fazer com ela?
Cristian viu uma faísca de medo nos olhos de Marisa.
C: Não vou fazer nada com ela, Marisa! É apenas um bebê, vamos ficar com ela, amanhã vou pedir pro pessoal arrumar uns documentos...
Nesse momento a mãe de Cristian Lucia uma senhora ainda bonita em seus 50 anos aparece e corta a fala do filho.
L: Então ele matou meu filho e você vai criar a filha dele, é isso? Vai adotá-la? Dar a ela uma vida boa enquanto o meu filho está enterrado a sete palmos do chão?
C: O que você quer que eu faça?
L: JOGUE ESSA MALDITA MENINA NO LIXO É ISSO QUE EU QUERO QUE VOCÊ FAÇA!
C: Como você fez comigo e com o Marcelo quando éramos crianças?!
L: Eu não tinha condições de criar vocês!
C: Uma prostituta não ganhava muito naquele tempo, não é mesmo?
L: Não, naquela época como hoje quem lucra com a prostituição não são as putas e sim os cafetões, você sabe disso muito bem, suas boates dão rios de dinheiro!
C: Verdade, as boates e meus outros negócios dão muito dinheiro, dinheiro esse que sustenta essa casa e sustenta você e todos que vivem aqui, portanto eu digo quem fica e quem sai e essa menina fica!
L: Ah é e quem vai cuidar dela suas amantes, ela vai viver cercada de putas a vida inteira assim como o seu filho, essa viciada aí vai criar ela.
Ao ataque da senhora mais velha Marisa murchou, Marisa tinha um caso com Cristian há muito tempo, mas a relação deles era só isso, um caso e ela não era a única, na verdade Marisa era prostituta em uma das casas noturnas das quais Cristian era dono como a maioria das amantes dele. Cristian não tinha relacionamentos sérios ele se dedicava exclusivamente aos negócios e ao filho Lucas um lindo menino de 6 anos que ele tivera com uma de suas prostitutas que morreu pouco depois que o menino nasceu, ela era viciada em drogas e teve uma overdose de cocaína quando Lucas era um bebê de 9 meses.
C: E melhor a senhora voltar para sua casa, estou cansado, quero ficar sozinho com os meus filhos!
L: Eu vou embora mesmo, agora que já sei que você agiu como homem e vingou a morte do seu irmão.
Cristian já não perdia tempo discutindo com sua mãe, não valia a pena, ele a sustentava, não deixava que nada lhe faltasse, mas apesar disso ele não conseguia deixar de culpá-la pelo tempo que passou naquele maldito orfanato, tendo que cuidar sozinho do irmão mais novo. Agora já um homem feito com seu 28 anos e muito poderoso no mundo do crime ele fazia questão de cuidar dela financeiramente, mas amor e respeito já estavam em outra escala, isso ele não pensava que devia àquela mulher, nem a nenhuma outra.
C: Marisa, eu quero que você vá embora também, não vou precisar de você hoje.
Marisa se entristeceu e se despediu de maneira silenciosa.
Depois que ela saiu Cristian olhou para o bebê que dormia tranquilamente em seu colo pensando em todo mal que tinha feito à àquele bebezinho.
Será que um dia você vai me perdoar pelo que fiz a você, minha menina?
Cristian quis matar o policial que matou seu irmão, ele quis muito, mas ao ver aquele pedacinho de gente ele com certeza, não quis deixá-la sozinha no mundo, desprotegida de todo mal que podia atingi-la, mas não achava justo fazê-la chamar de pai o homem que tinha matado seus pais, então ele decidiu dar aquela criança a alguém que pudesse amá-la e cuidar dela sem culpa, mas perto dele, ele a queria perto dele... sempre.