Carta que não será lida

Um conto erótico de Enchanted
Categoria: Homossexual
Contém 482 palavras
Data: 04/01/2015 04:51:55
Última revisão: 04/01/2015 05:00:01

Carta que você nunca irá ler.

Uma carta que eu poderia escrever e te enviar para ser lida em um fim de tarde num café qualquer. Uma carta que faria eu corar e sentir-me totalmente envergonhado enquanto você passasse suas pálpebras em cada palavra escrita.

Uma carta com um conteúdo que talvez você já soubesse, e fingisse não saber. Ou então apenas não se importava. Ou sabia e apenas nao se interessou, você nao tinha encontrado uma saída de emergencia para fugir naquele momento, talvez você não quisesse entrar no meu jogo. Talvez você não queria uma confusão em forma de garoto em sua vida. Ou talvez, eu e meu maldito positivismo burro, vimos amor onde inabitava sentimento algum.

Ahh o amor...

Será que aquela sensação que me causava borboletas no estômago podia ser chamada de amor?

Bem, não sei ao certo, nunca me descreveram esse tal de amor.

Dizem que é como o mar, quando a maré está agitada e você leva um caldo. Dizem que é tão bom como ouvir os pássaros cantarem na primavera. Dizem que é como uma insolação no verão, ou então, tão vazio como as folhas que caem no outono. E ainda, como a tristeza do inverno.

Chamarei de "Aquilo" as borboletas no estomago que você costumava causar.

Flashes dão voltas e mais voltas em minha cabeça e começam a me fazer lembrar como era se sentir atingido uma onda, ou ouvir os pássaros cantando na primavera.

Me lembram também como foi solitário e doloroso quando você foi embora sem olhar para trás, me deixando em lampejos ao chão.

Acho que uma boa parte de mim, sabia assim que te viu que terminariamos assim, uma parte boa e teimosa de mim.

Como um demônio fazia um papel de anjo tão bem?

Você nasceu para atuar nessa peça teatral chamada vida?

Esse caleidoscópio de lembrança faz perguntar-me quando irei me sentir assim? Quando irei sentir borboletas no estômago novamente? Quando tudo isso irá se repetir, somente mudando todos coadjuvantes ao meu redor?

Não tenho respostas. Nem nenhuma aposta do meu positivismo cego.

Por enquanto, ainda estou estou refém da cor cinza que ficou desde que você desligou o telefone no meio daquela noite de quinta-feira, naquela mesma noite, pouco tempo depois de você ter dado sua cartada final e baubuciado em meio de alguma palavras "Você é complicado demais".

Talvez eu não devia te culpar.

Talvez eu não te Culpe.

Talvez eu não seja nada disso e nós dois, fomos duas peças jogadas de forma errada nesse jogo! Nesse triste e trágico jogo.

Desde que você pegou a estrada de volta para sua vida sem mim, eu não sei o que foi pior, te perder, ou perder a mim mesmo.

Ola leitores, espero que gostem. Sei que isso não é bem um " conto".

Deixo meu contato, caso queriam me contatar de alguma maneira: henri.ferrer12@outlook.com

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