Devo desculpas por não ter postado antes, estava muito ocupado esses dias, fui fazer alguns exames e anoite ficava assistindo uma série e acabou não dando tempo de postar. As visualizações estou muito altas ainda, não se preocupem eu ainda vou continuar postando.
CONTINUANDO...
Ao chegar em sua antiga casa, logo lembranças invadem a cabeça de Miguel. A casa era enorme, três quartos, um seu, de sua mãe e irmão, todos com banheiro. A casa tinha piscina e um belo jardim ondem tinham vários bancos espalhados, onde Miguel havia passado horas lendo e pensando. E a parte mais perfeita da casa era que atrás dela passava um riachinho que descia uma pequena cachoeira e formava uma grande posa de agua que Rafa apelidava de "hidro natural". A vida dele nunca fora ruim, sempre teve tudo o que precisou, mas nunca foi aquele mima Dinho filho de mamãe.
-Miguel, você está bem? *Miguel volta do transe de memórias e foi puxado pela bela voz de seu pai, de alguma forma aquela voz o confortava.
-Estou, só lembrando de minha antiga vida aqui. *Disse tentando olhar tudo e lembrar de mais.
-Ok, vamos entrar? Quer ajuda?
-Acho que consigo, se ir se apoiando em alguma coisa.
-Ou alguém? *Disse Davi dando o ombro pro filho se apoiar.
-Obrigado. *Disse Miguel com vergonha, colocando a mão no ombro do pai, seu corpo era quente como um café pela manhã.
Quando os dois já estavam dentro de casa eles percebem uma coisa e dizem instantaneamente.
-Está do mesmo jeito que quando a deixamos. *Aquele coro resultou em risos.
-Mamãe sempre foi conservadora.
-Você tem razão. *disse Davi dando um sorriso.
-Vou fazer um tur. pela casa.
-Cuidado, vai devagar, eu vou pegar suas coisas.
-Não consigo acreditar que a mala ficou intacta do acidente.
-Talvez seja... Algum sinal.
-Seu bobo.
Miguel olhou cada canto do térreo, lembrou de quase tudo. Depois de ver tudo em baixo tentou subir as escadas. Mas não conseguiu.
-Deixa a que eu te ajudo. *Disse Davi se aproximando com as malas e pegando nos braços do filho e jogando no ombro.
Miguel estava muito fraco para subir.
-Acho que terei que ficar aqui em baixo.
-Claro que não, deixa que eu resolvo isso. *Disse Davi pegando o filho no colo e subindo as escadas, seu pai era forte e quente.
-Assim você me deixa sem graça.
-Ah, me desculpa nem perguntei se podia. *Disse chegando no quarto antigo do filho e abrindo a porta e colocando ele na cama.
-Obrigado de novo.
-Isso não é nada. Tenho muito pra fazer para compensar o que não fiz nesses anos passados, até carregar meu filho de 22 anos. *Disse sentando na cama ao lado de Miguel.
-Espero que algum dia sejamos grandes amigos Davi.
-Eu também Miguel. *Assim Davi deixou o filho em seu quarto com seus novos pensamentos e lembranças antigas.
A casa estava totalmente limpa, Miguel se lembra que eles tinham uma empregada que sempre limpava a casa as quintas.
Naquele dia ele dormiu bastante e aproveitou muito seu quarto. Lá pelas três da tarde Davi chega com uma bandeja de café da tarde.
-Acho que você está com fome.
-Tenho certeza que sim, só de olhar a badeja o apetite já veio.
-Que bom!
-Senta ai. *Disse Miguel apontando a mão para a cama depois de pegar a bandeja.
-Claro.
-Então como vai ser os dias daqui pra frente?
-Ainda não sei, você já está melhor? Digo da alma e mente?
-Acho que um pouco, mesmo que minha mãe e irmão tenham morrido e meu pai voltado eu estou digamos razoavelmente bom. *Disse num meio sorriso com pão na boca.
-Fico contente, peguei alguns dias de folga do trabalho e vou cuidar de você, até que esteja cem por cento.
-Cem por cento acho que não fico, mas mesmo assim obrigado por se importar.
-Que isso, você é meu único filho e é o mínimo do mínimo que eu posso fazer é cuidar de você, mesmo que seja só por alguns meses e depois se você não quiser mais me ver eu vou intender. *Disse pegando na mão de Miguel e ficando um pouco triste.
-Não precisa disso, já passou a época da rebeldia, agora eu sou mais conformado, mas ainda não entendo, se algum dia querer me contar eu ouvirei. E se você quiser morar algum tempo aqui pode ficar, a casa é sua. Só não te digo para não me abandonar pois foi o que Rafa me disse e olha o que aconteceu com ele. *Disse a última frase chorando e lembrando do irmão, de sua relação com ele, aquilo o machucava muito.
-Pode chorar, eu estou aqui agora meu filho. *Disse Davi o abraçando.
-Obrigado por ter voltado em uma hora tão delicada da minha vida. *Disse retribuindo o abraço.
-Não precisa agradecer, eu que agradeço por me aceitar de volta, você não imagina o quanto isso me deixa feliz e realizado.
-Ah, eu só fiz o que muitos não fazem, e depois perdem novamente.
-O que os outros não fazem? *Disse Davi soltando o filho e o encarando.
-Perdoam seus pais por tê-los abandonado, sendo que temos tão pouco tempo para aproveitar a vida ao lado de pessoas que amamos. Muitos demoram muito tempo para aceitar, eu mesmo demorei muito mas agora você está aqui, e temos um novo começo. Podemos construir algo bom com os momentos futuros.
Aquilo tocou o fundo do coração de Davi e as lágrimas escorreram no mesmo instante. Seu filho o entendera perfeitamente sem questionar, apenas o perdoou. Isso o fazia o homem mais realizado do mundo inteiro.
-Então você me perdoou? *Disse em lágrimas.
-Sim eu te perdoo... Pai *Aquela ultima palavra saiu involuntariamente, mas sentiu uma pontada de felicidade.
-Obrigado filho, obrigado filho, você não tem a noção do tanto que você deixa esse homem feliz e realizado. Eu achei que você nunca iria me abandonar. *Disse puxando ele para um segundo abraço.
-Eu também estou feliz... eu acho. *Disse entre sorrisos, lágrimas e abraços.
Depois de alguns minutos abraçados só ouvindo suspiros e o calor de seus corpos, os dois se soltaram.
-Você é tão bonito Miguel, sua beleza é tão natural e perfeita. *Disse limpando as lágrimas do filho com o dedão e depois segurando seu rosto com as duas mãos.
-Obrigado. *Disse olhando no fundo dos olhos do pai.
-Vamos acabar com essa comida? *Disse para olhando para a comida e depois para o pai que ainda o olhava e o segurava com as mãos.
-Vamos sim.
Os dois comeram tudo o que tinha na bandeja e depois foram para baixo, Miguel foi nos braços de Davi novamente.
-Acho que consigo me acostumar com essa vida de ser carregado. *Disse num sorrisinho.
-E eu que me ferro na história né?
-Alguém tem.
-Bobinho.
-Pai vamos para o jardim um pouco?
-Você quem manda chefe.
O jardim estava mais florido do que nunca, a piscina estava super limpa e o jardim totalmente cuidado.
-Nossa ainda cuidam do jardim da mamãe.
-Sim, está lindo não acha?
-Mais do que nunca. *Disse sorrindo
-Você tem razão. *Disse retribuindo o sorriso.
-O que acha de tomar banho de piscina?
-Ah, estou sem vontade mas você pode, vou ficar aqui na beirada.
-Tudo bem, vou colocar um sunga, já volto filho.
-Ok.
Miguel sentou na borda da piscina e esperou seu pai, o dia era lindo, fazia um belo calor. Mas ele estava sem vontade de entrar. O sol bateu em seu rosto e uma figura se aproximou dele, de começo achou que era seu pai, mas o homem estava vestido e era muito bonito, usava um macacão sem blusa por baixo.
-Você é o jardineiro? *Perguntou Miguel colocando a mão sobre o sol para ver ele melhor.
-Sou sim, e você deve ser o Miguel, filho da dona Laura?
-Sou sim, prazer. *Disse levantando um pouco tonto e apertando a mão do rapaz.
-Prazer sou o Daniel. Você está bem? *Disse se aproximando de Miguel e o segurando. Daniel era bonito e musculoso, seu corpo era bronzeado, olhos castanhos e cabelo preto e liso.
-Estou sim, só um pouco tonto, acordei a poucos dias do coma depois do acidente.
-Eu fiquei sabendo, meus sentimentos para você. Gostava muito de sua mãe e seu irmão.
-Obrigado. Acho melhor eu sentar. *Percebeu que Daniel ainda segurava ele.
-Tudo bem, vamos ali no banco.
-Obrigado Daniel, você é muito atencioso. *E bonito pensou Miguel.
-Não tem problema em ajudar. *Disse num sorriso lindo.
Logo que Daniel sentou Miguel no banco perto da piscina ele nota que o Pai se aproxima com uma sunga linda em seu corpo esbelto. Sua barriga tanquinho trincada e seus músculos a amostra. Só estava de sunga, uma toalha jogada sobre os ombros e um chinelos nos pés.
-Está tudo bem filho? *Disse se aproximando de onde o filho que Daniel estava.
-Estou sim, Daniel me ajudou, deu uma tontura lá na piscina.
-Deve ser o sol. *Disse Daniel.
-Ah sim, obrigado por ajudá-lo Daniel.
-Sem problemas Davi.
-Bom vou ir cuidar do jardim e depois ir para casa. Até mais.
-Tchau, prazer em conhece-lo Daniel.
-O prazer foi meu Miguel. *Disse num sorriso meio safado que Davi logo notou e não gostou. Assim Daniel se vira e sai.
-Vocês já se conheciam pai? *Disse Miguel vendo Daniel se afastar.
-Sim, eu que fiz a papelada de quando sua mãe e seu irmão se foram. E fiquei aqui desde o acidente, e sempre te
visitava. A partir daquele dia eu que administrei a casa e os funcionários daqui.
-Hum, intendi. *Disse apreciando o físico do pai, e que pai.
-Bom vou dar um mergulho, você vai ficar na borda?
-Vou sim, me ajuda a chegar lá?
-Claro. *E pegou o filho no colo, e sentiu aquele corpo mais quente ainda.
-Eu ainda sei andar sabia?
-Eu sei, mas não consegui me segurar. *Disse sorrindo
-Tudo bem. *Disse devolvendo o sorriso.
Colocou Miguel na borda da piscina e deu um mergulho. Mergulhou bem fundo, Miguel podia velo voltando em direção a ele. E voltando a superfície.
-Você não quer entrar? A água está perfeita, eu diria que ia lavar até sua alma.
-Nossa depois desse convite tem como recusar? *E se jogou na água.
Davi teve que segura-lo, pois ele estava ainda muito fraco.
-Relaxa que agora eu vou te segurar, tudo bem?
-Ok.
Davi pegou o filho e ficou segurando ele todo esticado e assim ficou por minutos, ele ia de um lado para o outro.
-Nossa que delicia. *Disse Miguel sentindo a mão do pai segurando suas pernas e seu ombro para ele não afundar.
-Que bom que está gostando, isso relaxa muito.
-Verdade, estou novo e folha, só um pouco fraco.
-A fraqueza com o tempo vai passar.
-Acho que quero ficar com ela, para você me carregar para todo canto no colo.
Depois daquelas palavras Davi o puxou para um abraço molhado, que acordou alguma coisa em Miguel. Será que ele se
sentia atraído pelo pai?