- Igor! Igor! Sua mãe... – Kaio sussurrou no domingo pela manhã.
- Ooi mãe!
- Acordem!
- Já vamos...
Eram 8h. Kaio havia ido pro colchão dele alguma hora da madrugada que eu não lembro. Não sem antes machucar minha coxa com o joelho enquanto descia da cama. Fui pra lateral da cama e vi o Kaio literalmente no chão. Todo torto e enrolado com o lençol.
- Bom dia, flor do dia! – eu disse mexendo em seu cabelo. – Vamo levantar que mamãe não chama por ninguém duas vezes.
Ele apenas voltou pro colchão e se cobriu. Eu desci da cama e subi encima dele. Minhas costas doíam muito. Era difícil me movimentar as vezes.
- Kaio?
- Hum.
- É sério. Vamo. – dei um cheirinho na nuca dele. Foi aí que ele acordou.
- Mas já amanheceu?
- Que sono é esse?
- Demorei muito pegar no sono. Muito mesmo. – ele coçou o olhou.
- Acontece comigo as vezes. Vamo, levanta.
Eu levantei e fui arrumar minha cama. Ele ficou rolando no colchão por mais um tempo. Peguei uma toalha e saí pro banheiro. Na cozinha estavam os de sempre. Dei bom dia e voltei pro quarto.
- Cadê o Kaio? – Minha mãe perguntou.
- Ficou acordando.
Voltei pro quarto e tratei logo de colocar os itens na mala.
- Cara que preguiça é essa? É sério, minha mãe tá te chamando.
- Igor, parece que um trator passou por cima de mim. Nem quando trabalho por dias seguidos com meu pai eu fico assim.
- Se isso for desculpa pra massagem eu vou logo avisando que não vou fazer.
- Não... Só tô cansado.
- Cansado de ficar numa piscina?
- Não sei o que foi. Tô com uma moleza...
- Mole eu não sei mas com uma cara horrível, isso sim.
- Vindo de alguém que acabou de tomar banho.
- Se você tomar banho passa. Vai.
Saímos pra sala. Kaio foi pro banheiro e eu pra cozinha. Fui tomar café e quando ele veio pra mesa estava com um rosto horrível! Olhos caídos, cara de quem havia passado muito sono. O que será que aconteceu?
Naquela manhã a Maria havia saído pra almoçar na casa de uma amiga. Então éramos só nós e o Jorginho.
- Kaio, que cara é essa? – Jorginho perguntou chamando a atenção da minha mãe lá no fogão.
- Demorei dormir ontem à noite... Um pouco de insônia. – ele respondeu esfregando os olhos e ajeitando o cabelo numa tentativa fracassada de melhorar a aparência.
- Vamo pro clube hoje de novo?
- Vamo. Não tem mais nada o que fazer aqui. – eu disse.
- Hoje é domingo de páscoa. Só se o Fagundes abrir. Lá só deve estar o pessoal da limpeza. – meu pai avisou.
Quando meu pai falou “domingo de páscoa” na hora lembrei do Luan. Ele iria embora naquela manhã. Não havia mais tido notícias dele. Peguei o celular rápido e tirei do modo avião conferindo se não havia nenhuma mensagem dele. Espera, eu não sabia o número dele. Mas não fazia diferença. Não havia nada lá.
- Vai ligar pro seu tio? – Kaio falou quando me viu pegar o celular tão rápido.
- Vou. Vou sim. Vou ligar. Eu peguei o celular só pra isso... – eu disse tentando não parecer nervoso – Você vem?
- Claro... – ele disse meio disperso.
Liguei pro meu tio e ele até deixou que entrássemos no clube quando a equipe de limpeza estivesse lá contanto que só usássemos as piscinas, não entrássemos em nenhuma outra área e não atrapalhássemos o pessoal. Topei.
- Ele deixou. Disse que é passar na casa dele mais tarde pra pegar as chaves.
- Não bebam hein! Depois caem na piscina e se afogam. Eu vou qualquer hora lá saber o que tá rolando.
- Mas a gente nem bebe. – Kaio disse meio preocupado.
- A gente nós dois. Jorginho bebe sim!
- De vez em quando...
- Mas a gente nem pode ir no bar. Só vamos usar as piscinas.
- Vão vir almoçar? – minha mãe perguntou.
- Vamos mas não no horário normal. Deixe a comida aí que a gente se vira quando chegar. – eu disse colocando a louça na pia.
- Juízo Igor... – ela falou preocupada demais. Eu devolvi um olhar assentindo.
- Amanhã é feriado de novo. Porque não ficam pra ir só depois do almoço? Melhor que viajar no domingo de páscoa. – meu pai perguntou pro Kaio.
Segunda seria mesmo feriado. Mas ficar mais um dia na casa dos meus pais com o Kaio seria mais 24h sobre pressão. Viajar no feriado me lembrou o Luan! Droga, o Luan! Olhei mais uma vez o celular e não havia nada dele.
- Igor! – meu pai chamou.
- Sim?
- Ficam pra segunda?
- Ficamos sim. Meus pais também não querem a gente por aí no domingo. É melhor ir amanhã mesmo. – o próprio Kaio falou. Então tá, né.
- Se troca. Rápido! – eu avisei pro Jorginho enquanto ele terminava de comer.
- Juízo! Nada de brincadeiras arriscadas, nada de ficar arremessando o outro, nada de trampolim muito alto, nem tobogã! Eu já disse que vou chegar no flagra! – meu pai avisava da cozinha.
Fomos pro quarto. Kaio entrou e deitou na minha cama.
- Que canseira é essa?
- Acho que o sol de ontem acabou comigo.
- Não vai com a gente?
- Vou... Posso usar sunga hoje?
- Pode né...
Me troquei com ele me olhando dos pés à cabeça. Ele colocou o travesseiro encima da bermuda.
- Vamo Kaio! – eu disse fingindo não ter notado.
Ele levantou meio que de mal vontade e foi se vestir. Lá fora tiramos o carro da garagem e fomos pro clube ao som de “Kiss With a First” da Florence.
- Onde é a casa do seu tio? – Kaio perguntou.
- Ah... Vira a esquerda alí.
Guiei o carro até a rua da casa do Luan. Estava fechada. Não sei se Jorginho percebeu, mas continuou calando mesmo sabendo que por alí não chegaríamos a casa do Fagundes. Quando de fato chegamos lá pegamos as chaves e seguimos pro clube.
Abri o portão maior e Kaio colocou o carro pra dentro. Eu avisei o pessoal alí eu iríamos só pra piscina. Kaio deixou o carro bem perto da grade das piscinas então escolhemos a que mais ficava próxima ao carro.
- Tudo isso aqui é só nosso?? Meu Deus! – Jorginho ia tirando a roupa assim que desceu do carro.
Kaio colocou pra tocar o CD “18 Months” do Calvin Harris e “Fell So Close” tomou de conta do clube. O único problema daquela piscina é que o tobogã não dava nela. Mas não ligamos tanto. Como havia sido limpa no início do dia a água estava mais que maravilhosa.
Começamos a falar dum montão de coisas inclusive do Luan mas o assunto não durou muito.
Notei que o Kaio coçava muito o nariz. Coçava, esfregava, mexia... Logo o nariz já estava todo vermelho. Ele começou a maltratar o nariz irritado e quando se deu por vencido sentou na lateral da piscina.
- O que é isso pai? – eu disse observando seu nariz. Jorginho revirou os olhos quando ouviu o apelido.
- Não sei. Tá vermelho?
- Muito. Acho que tá resfriando. Deve ter sido por ontem por passar tanto tempo na água.
- Mais que ótimo.
- Nem deveria entrar na piscina assim... – eu levei a mão à testa dele mas não havia febre.
- Vem pra água... Vai ficar só olhando a gente? – Jorginho perguntou.
Voltamos pra água mas eu sempre notava o nariz vermelho do Kaio. Devia estar incomodando muito. Estava tocando um remix de “Young and Beautiful” da Lana Del Rey e eu fiquei cantando perto dele.
- Tá parecendo o cão farejador do Pica-pau. – eu brinquei mas ele não riu. Puxei nas mãos dele mas ele não veio para o meio da piscina. Continuou encostado.
- Tô cansado Igor... Acho que vou dar febre. Fica com o Jorginho aí... – ele começou a se distanciar soltando minha mão.
Eu chequei sua testa mais uma vez mas não estava quente. Deu um selinho rápido.
- A gente vai já embora, tá?
- Tá... – ele saiu da piscina e foi se secar.
Eu e Jorginho juntos conversamos muita bobagem e até esquecemos do Kaio. Tempos depois decidimos ir embora porque o Kaio parecia estar mais mal. Enquanto ele dirigia de volta pra casa espirrava aos poucos. Assim que chegamos uma febre o abateu.
- Tá tão ruim assim? – eu perguntei do lado dele na cama.
- Muito. – a voz já fanhosa.
- Você tem que comer.
- Eu não quero comer. Quero ficar bom.
- Não é assim também...
A febre aumentou e eu preparei um chá com o remédio que minha mãe indicou. Ele tomou sobre um monte de protestos. Kaio estava completamente diferente. Ele não tinha paciência com nada. Reclamava do vento que passava. Não queria comer. Era um chatice em pessoa. Definitivamente, aquele ser não era o Kaio.
- O chuveiro do quarto da minha mãe é elétrico. Ela disse que você pode tomar um banho quente lá mas não molha a cabeça!
Ele não disse nada. Só puxou a tolha e saiu. Tomou o banho e volto pro quarto irritado.
- Não acredito que tô doente no meio dessa viagem? – ele jogou a toalha com raiva na cama. Foi procurar uma cueca na mala.
- Mas já vamos embora amanhã. Logo você fica bom.
- Eu nem sou de gripar assim!
- Graças a Deus, se fosse não teria quem aguentasse a chatice.
- Minhas camisas acabaram! Que merda!
- Veste a mesma de mais cedo.
- Tá suja!
- Suja? Você só usou pra dirigir pro clube e voltar!
Ele vestiu a camisa de mal gosto.
- Tá amarrotada. Passa um ferro. – ele disse já tirando a camisa.
- Não tem nada de amarrotada.
- Passa! Tá sim! Tá amarrotada.
Eu peguei a camisa e saí procurando o ferro de passar.
- Cadê o Kaio? O jantar tá pronto. – minha mãe perguntou.
- Tá caçando um jeito de eu perder a paciência e passar a cara dele com o ferro.
Disse e saí. Ela entrou no quarto, não sei o que ela disse. Passei a camisa e devolvi pra ele no quarto. Ele vestiu e fomos comer.
- Não tô bem... Não vou comer.
- Que ótima combinação! – eu ironizei. – Pega o prato.
- Não... Depois. – ele disse e saiu pro quarto.
- Ele não vai comer? – meu pai perguntou.
- Vai sim. Só tá meio gripado de ontem... Eu vou entregar o prato dele.
Fiz um prato de comida e fui pro quarto. Lá o Kaio estava na cama com os fones de ouvido.
- Você tem que comer. Nem almoçou direito.
- Não quero... Quero ficar deitado.
Eu coloquei o prato na cômoda.
- Tá com febre de novo? – eu coloquei a mão na testa dele.
- Não... Me deixa. – ele desviou a cabeça.
- Eu trouxe sua comida.
- NÃO VOU... – ele abaixou a voz – Não vou comer!
- VAI! Vai comer sim!
- Ei, o que tá acontecendo? – minha mãe veio chegando. Eu nem percebi que a porta estava aberta.
- O Kaio não quer comer.
- Mas eu preparei com tudo o que um gripado tem que comer.
- Ele vai comer, mãe... Pode deixar. Nem que eu tenha que fazer a comida e o prato descerem juntos na boca dele.
- Mas... – ele ia protestando.
- Mas nada! Você nem almoçou! Que chatice! Desde quando gripe deixa a pessoa antipática desse jeito?
Minha mãe me olhou surpreendida comigo falando daquele jeito e se calou.
- Eu não estou antipático! – ele falava emburrado como uma criança.
- Está sim! Come.
Sentei do seu lado com o prato de comida e o coloquei em suas pernas. Ele começou a comer e minha mãe saiu. Eu fiquei olhando meu celular procurando por algum sinal de vida do Luan. Não seria possível dele ir sem nem avisar que estava saindo. Não havia nada. Segundos depois de olhar uma mensagem chegou.
“Já estou saindo. Não se assuste. Não se preocupe, apesar de ter seu número eu não vou lhe ligar nem nada... Até qualquer dia, Igor. Até o dia em que vamos ficar juntos. Você está se enganando com esse passa tempo. Eu vou voltar pra ti demore o quanto demorar. Esperei 4 anos, mas se no fim for pra te ter, eu espero 40. Saudades desde já. Amo você.”
Pensei em responder mas chamar o Kaio de “passa tempo” foi covardia. É que nem minha mãe diz: Deus escreve certo por linhas tortas. Luan e eu não podemos ficar juntos. Então vamos nos conformar com a distância e pronto.
Virei pro lado e o Kaio havia terminado. Acho que demorei tempo demais pensando.
- Já pai? – eu perguntei.
- Vai me fazer engolir o prato também?
- Não. Agora não. – eu dei um beijo na testa dele.
- Sai... Vai ficar com Jorginho. Eu sou antipático, você não disse?
Que charme... Eu belisquei sua cintura e fui pra cozinha ajudar minha mãe.
- Se já tiver terminado eu mesmo lavo. – eu disse me aproximando.
- Não... Coloca aqui.
Eu coloquei o prato na pia e ela riu.
- O que foi?
- Você e o Kaio. Namoram a seis meses e você falou como ele do mesmo jeito que eu falo com seu pai. O jeito que você falou lá dentro é como se fossem um casal, brigando, discutindo, um cuidando do outro.
- A gente se dá bem.
- Você realmente assumiu um compromisso com ele né?
- A senhora ainda tinha dúvidas?
- Não é fácil absorver tudo isso Igor... Só quero você certo das suas escolhas. Daqui há um ano? Dois? Dez? Como vocês vão estar?
- Juntos, formados, empregados e ricos. Abaixo de Deus e acima de tudo eu espero! – rimos juntos.
- Se ele der febre a noite me chame tudo bem?
Na noite do domingo fomos dormir com tudo pronto pra viajar pela manhã cedo. Kaio sentiu febre apenas uma vez e com os cuidados certos ela sumiu e não voltou mais. Na segunda pela manhã ele estava melhor, apesar de ainda estar com o nariz constipado.
Aquele fim de semana havia se passado melhor que a encomenda. Kaio conheceu meus pais como queria, meus pais gostaram dele, minha mãe sabia do nosso relacionamento, nos aprovou, nos divertimos muito com o Jorginho, matei a saudade da minha família...
- Finalmente! – eu disse após tomarmos café enquanto guardávamos as roupas que ainda não estavam na mala.
- Gostou de tudo?
- Foi muito bom.
- Então?
- Acabou. Contar pra minha mãe sobre a gente me tirou um grande peso das costas.
- Não quis te pressionar a nada.
- Não pressionou.
- E o Luan?
Não sei porque ele insistia em tocar nesse assunto.
- Um dia se ele voltar ele vai ver que você não foi o passa tempo que ele dizia ser.
- Igor... – minha mãe chamou. Eu abri a porta. – Tem uma camisa sua no varal. – ela flou com a camiseta na mãe e a voz já denunciando o choro.
- Lá vem...
- Não diga nada! Você sabe que eu choro! Não vão esperar nem pro almoço?
- Não... A gente se vira na estrada. Preciso pôr minha casa em ordem antes de voltar pra faculdade.
- Kaio, eu espero que não tenha faltado nada.
- Quê isso... Nada faltou dona Flávia, foi um prazer.
- Cuide dessa gripe.
- Pode deixar.
Saímos pra sala com as malas.
- Então vão mesmo? – papai perguntou.
- Obrigado pai. – eu lhe abracei.
- Não tem o que agradecer.
- Foi um prazer. – Kaio disse cumprimentando meu pai.
- Voltei quando quiser.
Na calçada meu pai e o Kaio iam guardando as malas no carro. Jorginho me puxou pro canto.
- Como ficou tudo?
- Vou dar o tempo, que nem você falou. Obrigado pela força.
- De nada. É o melhor a se fazer, confia em mim.
Nos abraçamos.
- Vou fazer uma coisa que eu nunca fiz com outro homem.
- O que?
Ele me deu um beijo na bochecha.
- Se eu bem me lembre você já me beijou uma vez.
- Então? Por isso. Nunca fiz isso com outro homem além de você.
- Se cuida.
- Se cuida.
Fui pro carro. Abracei novamente meus pais.
- Me liga quando chegar, Igor! – minha mãe dizia.
- Não dirijam rápido. Eu vou cronometrar aqui o tempo da viagem com mais um hora por conta da parada pro almoço. Se depois disso não ligarem já sabem que eu vou atrás! – minha mãe deu um tapinha no ombro do meu pai.
- Tudo bem pai... Avisa pro pessoal que mandei abraço.
- Tá.
Saímos de casa.
Se cansar de dirigir eu tô aqui. – eu disse pro Kaio.
- Eu tô melhor.
Seguimos viagem dando fim a aquele feriado de tantas desventuras. Mas que foi bom, foi!
Daí vocês devem estar se perguntando sobre o Luan. Se eu tenho contato com ele, o que aconteceu depois. Não tenho contato nenhum com o Luan. Ele sumiu mais uma vez. Não sei de mais nada a respeito dele. Talvez seja o certo. Bom, eu encaro o Luan como um aprendizado a mais pra mim e pro meu relacionamento. Luan me amava de uma forma e eu o amava de outra. Não podíamos ficar juntos desse jeito. Naqueles deis meses eu descobri alguém que me mostrou o que é ser parceiro. Alguém que me dá os melhores presentes todos os dias da semana. Presença, alegria, sorrisos, toques, tudo do melhor. Alguém que eu quero dormir junto todas as noites, mesmo sem poder. Alguém que se mostrou disposto a mergulhar de vez no meu mundo e me incluir no dele.
Reatando o assunto de uns capítulos atrás sobre o que seria o amor, eu diria que amor são aqueles dedinhos do pé do Kaio que fazem carinho na sola dos meus pés todo sábado à noite na hora de dormir. É querer jogá-lo dois andares abaixo de cabeça pra baixo depois dele me ligar mentindo derramar café no meu livro de Direito Penal caríssimo que eu o emprestei. É ter as maiores diferenças sobre os mais diversos assuntos – e nós temos mesmo – e mesmo assim se respeitar e conviver com isso. É ter em quem confiar pra qualquer coisa a qualquer hora. Como eu já respondi várias vezes nos e-mails, é possível sim ter alguém assim do lado. Só não se preocupem tanto. Cada um é cada um. O meu relacionamento pode não ser o ideal pra o tipo de pessoa que você for. Mas seja qual for o modelo de relacionamento ideal, um dia você vai tê-lo.
Se isso for ou não for amor, eu realmente prefiro nem pensar. Mas não há certeza maior de que é com ele que eu quero estar. Hoje e sempre.
FIM.
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Acabou! Obrigado a todos que leram, acompanharam, comentaram. Obrigado pelos emails, por se manterem fieis leitores desde quando publiquei o conto pela primeira vez e também os mais recentes de "O estranho". Vocês são demais.
kaduNascimento: Sim. Eu tenho certeza que o Luan vai seguir em frente.
MikePedroB: Eu também prefiro o Kaio. kkkk
M/A: Como eu disse, um peso enorme que se foi.
Disconhecido: Como falei, nada mais de notícias dele. Nenhuma. ELe também não entrou em contato. Mas eu tenho certeza que ele está bem, trabalhando e fazendo faculdade.
Alê8: Eu tenho o álbum aqui. É legal. "Um estranho" é o conto do Lucas e do Bernardo que eu escrevi. Lê, você vai gostar. Ah, se o Luan me aparecesse sem proposta nenhuma eu já me derreteria. Mas com o que sinto pelo Kaio isso é impossível. Não dá.
Docinho_: Ele mesmo o chamou de "passa tempo".
Drica (Drikita): kkkk Lindo do Kaio é ótimo! Sim, minha mãe vê até minha alma. Não tem como esconder nada.
Tay Chris: Não tenho noticia alguma. Mas desejo do fundo do coração que ele siga em frente.
Drica Telles (VCMEDS): O Kaio ter suportado tudo foi uma recompensa maior que qualquer outra coisa. Maior até do que minha mãe ter aceitado nosso namoro. Ele foi demais.
B Vic Victorini: Só não rola porque é um combinado meu e do Kaio de não darmos redes sociais. Nosso meio de contato é o email mesmo. :/
Cândido: O Igor está com o Kaio. Não exatamente agora porque estou viajando, mas vai estar amanhã! kkkk
ale.blm: Sem notícias do Luan. Muito jogo de cintura, viu...
oPAKO: Não precisa ter vergonha de nada. Tudo tem seu tempo. Um dia você vai se sentir a vontade de falar e simplesmente não vai mais abaixar a cabeça. Não precisa ser agora. Só se dê tempo.
ale machado: Como teria sido o que? Largar o Kaio pelo Luan? Não, não ficou. Seria grotesco da minha parte abandonar o Kaio no meio de uma viagem super importante dessa por conta do Luan. Eu e o Kaio construímos muita coisa em pouquíssimo tempo. Abrir mão de tudo assim seria horrível... Meu pai nunca me perguntou diretamente sobre o Kaio. É uma coisa difícil pra ele. Mas ele já suspeita do Kaio sim. Por via das dúvidas eu não trago mais o Kaio na casa dele com frequência. No dia que ele quiser saber ao certo eu não negarei.
Jhoen Jhol: Nunca fui ativo com o Kaio. Nem tenho vontade, acredita? A gente já conversou sobre isso. Kaio não curte ser passivo. Kaio sabe que não está namorando uma mulher então eu tenho o corpo dele inteiro a minha disposição e ele não se faz de rogado em me dar prazer, mas não rola penetração ou algo do tipo porque ele não curte e eu respeito.
hewanstslove: Só não conto porque a minha história com o Luan se passou no nosso colegial. Ensino médio pra ser mais exato. Não tem muito o que falar. O que mandava naquela época era a intensidade com que nos gostávamos.
Ru/Ruanito, Geomateus, Kelly24: Obrigadão por todos os comentários.
É isso pessoal. Como disse no final de "Um estranho", "A primeira vista" é um conto que não parece real porque o romantismo que reina em mim e no Kaio faz tudo parecer um conto de fadas. Nos jogamos de cabeça nessa relação e deu super certo apesar de eu não recomendar a ninguém. Lucas e Bernardo são mais reais. São personagens que você encontra por aí, porque a relação deles não é carregada de romantismo como a minha. Nem por isso são menos felizes. Prova que romance não dita amor. Cada um tem o seu tipo de relação.
QUanto a "Demais pra mim", me deem um tempo pra me organizar. Logo os capítulos vão começar a sair e eu conto com os comentários de cada um! Sério, vou guardar os nomes na memória hein!
O conto não vai ser tão grande, talvez nem tenha 19 capítulos como este mas vai dar pra contar tudo que quero e vocês vão gostar. Assim espero. Até semana que vem! Já estou super ansioso pelas reações do conto novo.
Grande abraço a todos.
kazevedocdc@gmail.com