Eu fiquei conversando com o João comecei a reparar melhor nele. Ele era loiro, o cabelo super estiloso, um topete. Os olhos verdes e a boca vermelhinha. Ele estava de terno, mas percebi que ele era forte e bronzeado.
- Você faz academia? – perguntei.
- Sim. – falou. – Porque?
- Nada. – falei envergonhado.
Ele estava super cheiroso. Tinha um cheiro amadeirado. Cheiro de macho.
Ele tinha um papo super legal. Era divertido e inteligente. É daquelas pessoas que nunca deixa a conversa chata. A noite foi passando e eu nem percebia. Meu pai já tinha ido pra lua de mel. Eca. Meu irmão e Julia ainda estavam na festa. Tinha pouca gente.
- Fed, nos já estamos indo. – falou Fernando com Julia no colo.
- O que aconteceu com ela? – perguntei.
- To com sono. – respondeu Julia no colo do meu irmão.
- Fernando você é tão cavalheiro. – falei rindo. – Podia me levar no colo também.
- kkkkkkkkkkk – riu. – E você é tão engraçadinho.
- Eu vou ficar um pouco com o João. – falei.
- Eu levo ele pra casa. – falou João.
- Divirtam-se. – gritou Fernando saindo da casa.
Ficamos mais um pouco conversando. Eu pedi pra ir embora e nós fomos. Minha mãe não morava muito longe de meu pai.
Ele colocou uma musica suave pra tocar. Eu estava com sono. Chegamos rápido na minha casa, ele desligou o carro e ficou olhando pra mim. Uma troca de olhares.
- Você é tão lindo. – falou.
- Obrigado. – falei. – Você também é muito bonito.
- Me beija. – falou. Então nos beijamos dentro do carro dele. Ele beijava bem, muito, muito bem. Eu ficava sem ar. Ele riu entre o beijo e nos paramos.
- Você beija bem. – falei. – Nada mal.
- E você é perfeito. – falou.
Demos mais um selinho e eu sai do carro.
Entrei em casa e estava silenciosa. Subi as escadas e fui no quarto de Nando. Estava vazio. Com certeza ele iria dormir na casa da Ju. Eles são tão perfeitos. Se conheceram em um shopping graças a mim, que esbarrei na Julia com um monte de sacola e nos dois caímos. Fernando me olhava e ria.
- Você poderia ser mais gentil e nos ajudar. – falou Julia pra Fernando que ficou serio.
- Desculpa. – falou. Ele nos ajudou e eu me desculpei. Quando nos íamos saindo, Julia entregou um cartão pro meu irmão.
- Me liga. – falou. – Julia Figueredo.
Depois daquele dia eles não se largam mais. Estão juntos há três anos.
Entrei no meu quarto e estava uma zona. Roupa jogada pra tudo que era lado. Eu sou mais organizado, mas é que eu estava procurando a roupa mais feia pra ir no casamento do meu pai. Comecei a arrumar as roupas e procurei meu pijama. Um short e uma blusa de algodão cavada. Tinha o cheiro dele. Cheiro do Patrício. Me olhei no espelho. Eu estava mais magro, não tomava sol nem que me pagassem, odiava ficar bronzeado. Ardia muito depois. Mais eu adorava quando íamos pra praia, todos os meus amigos. O Patrício. Ele ficava tão lindo bronzeado, ele e o Fernando adoravam surfar juntos. E eu adorava vê-lo sobre aquelas ondas.
Do nada me peguei pensando no beijo do João. Foi mágico. Deitei em minha cama e olhei as horas no celular. Meu papel de parede era uma foto minha e Pat na praia. Ele beijava o meu rosto. 04:55am. Dormi.
O sol batia na cortina do meu quarto. Era uma manha de domingo. 11:00am. Levantei da cama e sai cambaleando pelo quarto até o banheiro. Tirei minha roupa no caminho. Liguei a torneira, coloquei uma musica e entrei na banheira. Passei cerca de 15 minutos no banheiro. Me enxuguei e coloquei uma roupa confortável. Sai do quarto e passei na porta do quarto de Fernando. Ele estava dormindo sem camisa, com meias e a calça social.
Desci pra tomar café e mamãe estava lendo uma revista na sala.
- Acordou, lindo. – falou ela olhando pra mim.
- Bom dia mãe. – falei.
- Como foi o casamento do seu pai. – perguntou ela. – E você se comportou?
- Foi um tédio. – falei. – E não, eu não me comportei. – rimos.
- O que você fez? Não derrubou a noiva do altar, né? – rimos ainda mais.
- Depois pergunte para suas amigas. – falei. – Todas elas morreram de rir.
- Te amo. – falou.
- Também te amo mãe. – falei.
Aquela tarde estava sendo tediosa. Luana me ligou e eu contei tudo pra sobre o João.
- Fiquei sabendo que ele é o maior galinha da cidade. – falou.
- Serio? – falei. – Não pareceu. Ele foi tão gentil.
- Talvez as pessoas falem demais. – falou ela. – sabe como são as pessoas dessa cidade. Fofoqueiras nível hard. Vai ter uma vibe na casa da Linda hoje.
- Eu não sabia. – falei. – As pessoas sempre me convidam pra essas festas.
- Ela disse que nem te ligou porque achou que você não iria por causa da morte do Pat. – falou. – Tá muito recente.
- É. – mordi o lábio. Sabia que ia chorar.
- Não chora Fed. – falou. – Eu sei que você tá se segurando pra não chorar.
Consegui controlar as lagrimas.
- Eu vou. – falei.
- Pra onde? – perguntou.
- Pra festa ué. – falei.
- Te vejo lá. – falou. Desliguei o telefone e me deitei na cama. Olhai ao redor do quarto e tinha um monte de fotos minhas com ele.
Resolvi fazer uma coisa que talvez me libertasse, não totalmente, parcialmente.
Peguei uma caixa e guardei todas as fotos. Mudei os moveis de lugar. Deixei só um porta retrato na cômoda. Não queria esquece-lo, nem iria, ele mesmo disse que era pra seguir em frente. E eu vou seguir e continuarei o amando, muito.
Mudei o papel de parede do meu celular e coloquei uma foto minha. Nossa fotos juntos continuaram no meu celular, em uma pasta, “amor eterno”. Lembrei do dia em que ele me pediu em namoro. Foi mágico. Ele pediu formalmente ao meu pai. Minha mãe dizia que ele era o genro que pediu a Deus. Eu concordava. Engraçado foi o dia em que ele me beijou em uma festa. A ex dele estava lá e não parava de dar em cima dele. E a nossa primeira vez, no Chile. Aconteceu naturalmente. Ele nunca me pressionou. E agora eu guardava todas aquelas lembranças em uma pequena caixa de madeira. Pequei uma chave e risquei nossas iniciais. “P e F”. Lembrei da gargantilha que ele me deu com nossas iniciais. Passei a mão no pescoço. Ainda estava lá.
Meu celular tocou. Era Julia.
- Seu irmão tá ai Fed? – falou.
- Ainda tá dormindo. – falei.
- Ele não atende o celular. – falou. – Ele ficou estranho depois de ontem.
- O que aconteceu? – falei.
- Eu falei que estava grávida. – falou. – Eu acho que ele vai me deixar. Ele ficou tão sério.
- Claro que ele não vai te deixar Ju. – falei. - Talvez ele esteja pensando melhor.
Escutei o barulho do chuveiro ligado. Era do quarto do Nando.
- Ele acordou. – falei. – Vou falar com ele. Depois peço pra ele te ligar. Tchau.
- Tchau.
Sai do meu quarto e Fernando estava enrolado na toalha e enxugando os cabelos.
-Você deixar a Ju só por que ela tá grávida? – falei. Ele me olhou assustado. – Ela acabou de me ligar.
- Claro que eu não vou abandonar ela. – falou sentando na cama. – Eu amo aquela marrenta. – E ontem quando eu cheguei, quase não dormi pensando como será daqui pra frente. Ter um filho me deixou tão feliz. Um filho meu.
- Meu sobrinho. – falei. – Liga pra ela. Ela tá tão nervosa.
- Vou só me vestir e ir pra casa dela. – falou. – Vou aproveitar e passar em uma joalheria. Pode ir desenhando o vestido da Julia.
- Serio Fe? – falei abraçando ele.
- Claro. – falou me levantando e me girando no ar. – E você vai ser o padrinho.
É, eu realmente estava muito feliz pelo meu irmão.
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*P3dr0r!ck: Obrigado por acompanhar meu conto. Te acho um máximo. Bj.
*Atheno: Obrigado pela dica. Vou tentar melhorar.
*😇 Mariah 😇: Você é uma fofa. Obrigado pela leitura.
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Galera, vocês gostam da Taylor Swift? Eu acho ela Incrivel. 1989 é um album perfeito e toda vez que eu vou escrever colocoa a discografia dela. Me inspira muito. O titulo do conto de refere a uma musica que eu mais gosto do 1989.
