Sensações-3

Um conto erótico de Zackzinho
Categoria: Homossexual
Contém 3900 palavras
Data: 05/01/2015 22:35:44

“Para seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo, seu coração.Para a família,carinho.Para tudo, caridade. Para toda criança, um exemplo bom. Para você, respeito. - (Oren Arnold)”

xxx

Após ler o bilhete de Kai,sentei-me no sofá e então minha mente passou a maquinar,o que será que ele estaria pensando sobre mim e o incidente na lavanderia?Eu tinha certeza que eu deveria ter uma boa desculpa para quando ele me perguntasse sobre isto,caso ele voltasse a falar comigo,pois,ele deve ter ficado assustado com minha crise de choro e desmaio,mas,algo me dizia que no outro dia,ele falaria sim comigo e que a partir de hoje,eu teria um amigo.

Levantei-me do sofá e fui até meu quarto,chegando lá eu fui até meu guarda-roupas e peguei uma meia e a pus em meu pé,deitei na cama e enrolei-me no edredom que eu havia trazido do sofá,eu podia ainda sentir o cheiro de Kai impregnado nele,seu cheiro leve e natural,como uma flor silvestre.Peguei meu celular e coloquei os fones de ouvido,escolhi uma musica bem calma e então,fiquei ali,repassando em minha mente as sensações que tive ao acordar no colo de Kai,suas mãos quentes em volta de minha cintura,sua respiração leve em minha cabeça,suas pernas quentes em volta das minhas e seus cabelos negros sobre seu rosto pálido e sereno.Com estas cenas em minha cabeça,adormeci.Acordei e descobri minha cabeça que estava coberta pelo edredom,tirei os fones que estavam em uma altura insuportável,olhei ao redor e percebi que era noite e que meu quarto estava parcialmente iluminado apenas pelo luar,que refletia em minha janela e iluminava o ambiente,olhei no visor do celular e vi que eram 21:00 da noite,levantei em um pulo e fui até a parede ao lado da porta do quarto,acendendo em seguida a lâmpada no interruptor,destranquei a porta e coloquei a cabeça para fora,olhei no corredor e vi que estava totalmente escuro,estranhei pois,meus pais sempre a deixavam acesa,eles sabiam que eu detestava o escuro e tinha medo,lentamente pus minhas pernas para funcionar e dei dois passos no corredor,instantaneamente senti algo me observar,aquela sensação de quentura,meus pêlos dos braços e nuca arrepiaram-se e eu senti um frio aterrador ao meu redor,eu sabia o que viria a seguir e então corri,eu pensei em entrar no quarto de meus pais,só que eu ouvi vozes na parte de baixo da casa e percebi que eles não estavam no quarto,então corri até as escadas e desci rapidamente,quase tropecei no final,só que me equilibrei e passei pelo corredor do banheiro e fui até a cozinha,chegando lá tudo estava escuro e frio,quando eu ia sair dali,escutei a cadeira da cozinha se arrastar,como se alguém a puxasse para se sentar.Eu não conseguida ver nada,o breu reinava ali no ambiente,estava tão frio que eu passava as mãos em meus braços tentando aquecê-los,sem sucesso.

Permaneci parado na porta da cozinha,tinha medo de sair e a coisa que estivesse na cozinha me machucasse,eu não sabia o que fazer,minha mente não raciocinava direito,eu apenas sentia uma grande pânico,queria apenas sair dali,eu queria um lugar seguro,queria alguém para me proteger,queria alguém como o Kai.Então a luz da cozinha acendeu-se sozinha e pude ver três pessoas sentadas na mesa,havia uma mulher loira e alta sentada do lado direito da mesa,na cabeceira estava um homem jovem,assim como a mulher não deveriam ter mais que trinta anos de idade,do lado esquerdo da mesa estava ela,a garotinha que vivia percorrendo a casa,ela nunca me assustou,mas,eu também nunca me senti a vontade com essa situação,eu a via raramente e agora ao vê-la sentada na mesa,de cabeça baixa,segurando firmemente sua boneca,enquanto lágrimas caiam de seus olhos,senti um aperto no peito,ela estava triste e angustiada,olhei para as pessoas que deveriam ser os pais delas e vi que o homem estava gritando com a mulher,que chorava alto,eu não podia ouvi-los,mas,podia sentir tudo que eles sentiam,eu sentia o medo da mulher,a ira do homem e a tristeza da criança,enquanto ele gritava com a mulher,eu me virei para a garotinha e vi que ela virou o rosto em minha direção e fixou seu olhar em mim,em seguida,um nome foi sussurrado em minha mente,uma voz infantil dizia “Laura”,e como em um flash,pude ver a breve vida dela,cenas como a que eu estava vendo na mesa eram constantes na vida dela,ela tinha sempre via os pais brigando pela casa,via seu pai agredir severamente sua mãe,que chorava,mas não era ajudada.O homem parecia sempre estar bêbado e eu pude ver uma cena em que ele entra no quarto de Laura,bêbado e tenta estuprá-la,a garotinha chorava,esperneava e sua mãe tentou salvá-la,quando o homem virou-se contra ela agredindo-a com socos e chutes,em seguida arrastando-a pelos cabelos e indo até a cozinha,onde estava agora pegando uma faca na gaveta,eu vi quando ele cravou a faca no peito da mulher,vi ela engasgar com o sangue em sua boca,vi o sangue escorrer por entre os dedos do homem,quando este puxou a faca,jogando-a no chão e deixando-a suspirando,em espasmos até a morte vir e levá-la em um abraço mortal.Em seguida eu me vi entrando em um quarto escuro,com muitos objetos antigos,onde vi Laura em uma cama,com suas mãos amarradas na cabeceira,sua camisola branca estava totalmente suja de sangue,suas pernas estavam semi abertas,onde um filete de sangue escorria pela perna esquerda e formando uma poça no meio da cama,seus olhos estavam arregalados e sem brilho,seus cabelos louros como o da mãe estavam emaranhados e jogados em seu rosto,sua boneca e grande companheira estava ao lado da cama,com várias manchas de sangue e ao lado,estava ele,aquele ser imundo e nojento,que jamais deveria ter existido na face da terra,ele ainda estava levantando suas calças,eu então avancei na direção dele quando toda a cena se foi.A lembranças que Laura estava me mostrando sobre o que aconteceu com ela,havia terminado,então voltei a cozinha da minha casa e olhei novamente para a mesa,mas,nela não havia ninguém,eu fiquei abismado e olhei para trás,virei novamente para a frente e vi Laura,em cima da mesa,sorrindo,balançando sua boneca enquanto girava e pulava,ela parou de girar e me olhou,em seguida disse algo,eu não pude ouvi-la,então falei:

Jhon – O que? –Disse alto –Não consigo ouvir...não consigo!

Laura então fechou os olhos e uma voz infantil novamente em minha cabeça sussurrou:

“Agora voce sabe...”

Eu simplesmente fiquei olhando Laura,pular no chão e desaparecer em seguida.Um nó formou-se em minha garganta e um choro de angústia,tristeza e raiva,por não ter eu mesmo matado aquele monstro com minhas próprias mãos,eclodiu em mim e várias lágrimas caíram,eu chorei durante alguns minutos,soluçava.Perguntava-me,como alguém poderia ser tão cruel a este ponto?Matar alguém,estuprar e em seguida sair andando normalmente,sem remorso algum,eu não entendi,perguntei-me também e implorei a Deus naquele momento,para que tirasse essa maldição de mim,eu não queria mais ver isso,não queria mais ver o sofrimento de ninguém,não queria sofrer também...

Aos poucos me acalmei e então,fui até a geladeira,peguei um copo com água e sorvi o liquido,fiquei alguns minutos na cozinha,sentado na cadeira.Pensando em tudo que vi naquela noite,no que vi durante a tarde,enquanto Kai estava aqui,eu não agüentaria muito mais tudo isso,eu precisava ser normal.Então subi as escadas e vi que o corredor,minutos antes totalmente escuro,agora todo iluminado,fiquei totalmente confuso e então,lembrei que os frios gostavam de brincar,zombar e irritar-nos mexendo na eletricidade da casa.Odiava as noites que eles faziam tudo em casa,piscar,queimar os móveis,vários foram os prejuízos que eles já deram a meus pais,talvez fosse por isso,que meu pai me odiasse tanto.Fui até o quarto de meus pais e abri a porta lentamente,vi que ambos estavam deitados e dormiam tranquilamente,fechei a porta e fui até meu quarto,tranquei a porta e fui para minha cama,olhei no despertador ao lado da cama e era madrugada,uma da manhã.Eu não consegui dormir,rolei de um lado para o outro durante um bom tempo,quando eram três da manhã,escutei do lado de fora do meu quarto,os lamentos,choros e risadas,pude ouvir unhas arranhando minha porta,gritos de dor e sofrimento,eu rapidamente peguei minha lanterna e embrulhei-me o corpo todo,aquela madrugada seria longa,mais uma noite sem dormir direito...

Acordei com os berros de meu despertador.Na rádio tocava uma música animada,eu então joguei o edredom bem longe da cama e olhei ao redor,o sol iluminava todo o quarto,eu não havia dormido muito,apenas havia tirado um cochilo,por volta das 4:45,quase 5:00 da manhã os frios foram embora e eu pude,então adormecer,agora eram sete da manhã e eu não estava nem um pouco afim de chegar cedo demais na escola,então,peguei uma pantufa de panda que eu tinha e calcei,fui até o banheiro do meu quarto e me olhei no espelho,não haviam olheiras e eu não estava tão pálido aquela manhã,estava sentindo-me animado,com uma disposição que não era habitual,mas,que no fundo eu sabia qual era o motivo disto,era ele,Kai.

Tomei um belo banho e fui até meu guarda roupas,vesti meu uniforme e penteei meus cabelos para trás como fazia todos os dias e passei um perfume que eu havia ganhado de minha avó antes dela morrer,minha mãe odiava ele,porque ele era para crianças,bebês sendo mais especifico,minha avó tinha confundido os presentes na hora do amigo secreto no natal do ano passado,mas,eu havia gostado muito,do aroma e principalmente,porque havia sido a ultima coisa que minha querida avó tinha me dado.Após todo meu ritual matinal,peguei minha mochila e sai do quarto,enquanto descia as escadas pude ouvir as vozes de meus pais na cozinha e desta vez,eram realmente eles,assim que minha mãe me viu ela veio até mim e me abraçou,eu retribui e ela me afastou um pouco e me olhou,me fez dar um voltinha e então falou:

Maria –Pelo visto,alguém amanheceu muito bem hoje...-Disse sorrindo –Isso é tão bom meu filho!

Jhon –É sim mãe...é sim –Disse sorrindo,minha mãe não merecia ficar triste ao saber do ocorrido noite passada,eu iria manter segredo.E também,havia uma certa alegria porque hoje,eu veria Kai novamente...

Após tomar o café da manhã,sai de casa rumo a escola.O dia estava nublado,tranquilo e calmo,eu caminhava pela calçada,quando o mesmo carro do dia anterior rasgou o chão em uma velocidade tremenda,mas,ele não continuou,ele freou bruscamente em minha frente e então pude finalmente ver quem dirigia.Era Carlos,eu continuei caminhando e o carro seguia-me ao lado da calçada,eu não ousei olhar novamente,quando ele buzinou duas vezes e o ouvi gritar:

Carlos –Vamos lá...entra logo aqui! –Disse alto,irritado –È só uma carona,não irei te fazer mal...é só uma carona.

Continuei ignorando-o,ele pareceu contrariado e então escutei o carro cantar pneu,eu suspirei aliviado e prossegui caminhando,mas,fiquei pensando porque Carlos estava agindo dessa forma ultimamente,não estava implicando tanto comigo,estava até mais gentil, quase se passando por uma “pessoa normal”.Assim que cheguei em frente a escola,falei com o tio Nando e lhe desejei bom dia,entrando em seguida e indo até o corredor que levava a minha sala,vários alunos estavam fazendo algazarra do lado de fora das salas,ainda faltavam alguns minutos para o sinal tocar e os professores deveriam estar na sala de professores ainda,após caminhar um pouco cheguei até minha sala e girei a maçaneta,assim que entrei percebi que haviam apenas uns três alunos e claro,Kai.Ele estava terrivelmente tentador naquele dia,seus cabelos estavam presos em um coque perfeito,alinhando seu rosto magro,com queixo quadrado e com aquela barbinha rala,tão negra quanto seus cabelos e olhos,eu o fitei e o vi sorrir em minha direção,logo após dar um aceno,não consegui me mexer,paralisei.Estar na presença de Kai,era como se me amordaçassem e me imobilizassem,mas,fiz minhas pernas moverem-se e irem de encontro a minha cadeira,assim que puxei minha cadeira,ouvi-o dizer:

Kai –Bom dia para o senhor também! –Disse sério,mas,logo após sorriu.

Fiquei sem ação,pensei que ele fosse me ignorar ou desdenhar do que ocorreu ontem em minha casa,especificamente em meu sofá.Mas,o encarei e sorri de volta,falando:

Jhon –Bom dia Kai...de...desculpa,não ter falado com voce...achei que,Ham...esqueça –Disse gaguejando,sem jeito –Estou com muita coisa na cabeça...

Kai –Hum,voce está bem mesmo? –Franziu o cenho–O que houve com voce ontem?Porque desmaiou?...-Perguntou preocupado.

Fiquei atônito e nenhuma boa desculpa vinha a minha mente,pensei em formular uma doença terminal,crise de labirintite ou algo mais,só que,assim que eu abri a boca,ouvi a porta se abrir e uma voz séria ecoar por ela,dizendo:

Professora –Bom dia alunos...formem duplas,que hoje teremos trabalho valendo ponto –Disse séria –Vamos logo,é pra hoje!

Peguei meu livro e permaneci parado,quando sinto alguém me cutucar no ombro,fazendo-me virar para trás.Era Kai com uma fisionomia séria,ele me olhou e levantou as mãos como se perguntasse algo,eu não entendi e ele revirou os olhos,falando em seguida:

Kai –Vai demorar muito para sentar do meu lado? –Disse sorrindo –Voce é devagar demais Jhon!

Senti minhas bochechas esquentarem violentamente,ele percebeu e falou:

Kai –E também é tímido,não é?...-Disse calmo –E tão...lindo. –Disse em um sussurro.Tremi nessa hora,abaixei meu olhar na hora e minhas mãos tremeram,não sabia como agir,eu estava como um tolo apaixonado,só conseguia repetir a voz dele em minha mente falando, “lindo...lindo...lindo...” .Sai de meus pensamentos,quando senti seu ombro encostar-se no meu,ele havia colocado a cadeira dele ao meu lado,olhei para ele e ele sorriu.

Kai –“Se Maomé não vai até a montanha...” –Gargalhou alto,fazendo a professora virar-se do quadro e nos encarar com um olhar de assassina.Após ela virar-se novamente,olhamos um para o outro e começamos a rir baixinho,não mais conversamos e apenas fizemos os cálculos de matemática,no qual eu era péssimo e descobri que o mesmo era muito bom nisso,logo o sinal tocou e a professora recolheu os exercícios,poucos alunos estavam em sala e o mais estranho,era que Carlos ainda não havia entrado em sala,estranho,pois o mesmo estava com o uniforme da escola quando o via mais cedo,mas,não fiquei pensando nisto,pois,Kai estava ainda no mesmo lugar que antes,ao meu lado e eu já não conseguia mais ficar olhando para a janela,queria virar-me e encarar seu rosto,mas,tinha vergonha e medo.Um raio estrondoso formou-se no céu,iluminando toda a sala,fazendo algumas garotas gritarem e fazendo-me encolher,tremendo,eu amava a chuva,mas,odiava o que ela trazia consigo,enquanto tremia,senti um braço pousar em minha nuca e outro puxar-me pela barriga,logo senti um calor agradável e fechei os olhos,o abraço dele era maravilhoso,quente e aconchegante,como se fosse um lar perdido,um lar para qual eu retornava gradativamente.Mas,logo aquela sensação boa se foi,quando ouvimos a porta abrir e de lá Carlos falar:

Carlos –Olha só que casal lindinho...-Disse alto,fazendo os alunos virarem-se para onde estávamos –Seus veados nojentos!

Senti os braços de Kai enrijecerem e seus olhos semicerrarem-se mais do que já eram,ele iria levantar-se quando o professor,que havia entrado logo atrás de Carlos falou:

Prof° -Senhor Carlos,por favor,retire-se de minha classe...-Disse sério.

Carlos –Não irei a lugar algum,acabei de chegar...-Disse decidido –Os únicos que tem que irem embora daqui,são os veados ai no fundo...-Disse fazendo a sala rir em coro.

Prof° -SAIA AGORA! –Disse autoritário –Quem profere ordens dentro desta sala sou eu e digo,para sair.AGORA!

Carlos nos fuzilou com o olhar e mesmo contrariado,acatou o pedido do professor e saiu.Mas,antes o professor disse:

Prof° -E não pense em ir para a quadra de esportes,vagabundear por lá.Vá para a direção,agora que logo estarei lá...-Disse sério.-Anda moleque!

Carlos saiu dizendo inúmeros xingamentos ao professor e logo o Professor virou-se para nós e sorriu,piscando em seguida e saiu fechando a porta,assim que ele saiu ouvi alguns murmúrios e risadinhas,mas,não sabia de quem era pois eu estava com a cabeça baixa,encarando a parede de cor branca desgastada e com inúmeros rabiscos,os braços de Kai permaneciam ali,firmes a minha volta,sentia o seu calor,não ousei encarar ele,mas,seus braços não estavam tão tensos,sinal de que estava calmo.Permaneci assim por alguns segundos até sentir seus braços deixarem-me,rapidamente olhei para ele,que me encarou terno e falou:

Kai-Desculpe-me por ter te abraçado e feito voce passar vergonha,eu só,queria sentir seu calor,eu não...consigo ficar longe de voce,eu...preciso de voce,comigo!Quero voce só para mim,colado em mim... –Disse devagar,como se temesse por minha reação –Eu quero voce em minha vida,não importa como...

Ouvir aquilo deixou-me totalmente atordoado,jamais imaginei ouvir aquilo de Kai,ele gostava de mim,me queria para ele mesmo ou eu estava insanamente perturbado?Será que os espíritos já conseguiram me deixar tão louco assim?NÃO.Era verdade,pois,senti seus braços retornarem para o abraço de antes,eu estava calado e calado fiquei,apenas respirávamos de olhos fechados,como se a sala de aula não existisse,como se as risadas que ainda perduravam ecoassem longe,muito longe naquele momento,aquele mágico momento.Kai apertou-me um pouco mais e falou:

Kai –Desculpe falar isso,mas,eu precisava...-Disse calmo,respirando devagar –Não fala nada,sei que é estranho e novo,é só deixar-se sentir tudo isso,apenas...sinta!

Logo o professor retornou a sala de aula,mas,pediu que Kai voltasse a seu lugar habitual,Carlos não retornou com o professor,o que achei muito bom naquele momento,a aula passou e então,fomos liberados para o intervalo,só que,como haveria uma reunião de pais e mestres,decidiram liberar nossa classe e mais outras duas,sendo assim,peguei minha mochila e pus nas costas,levantei e Kai veio atrás de mim,andamos um ao lado do outro até a frente da escola,lá,nos olhamos e Kai,curvou-se para mim,como os japoneses fazem em sinal de respeito,eu sorri e ele também,acenei para ele e virei as costas,coloquei meus fones de ouvido e já estava na esquina da rua da escola,quando senti mãos em meus braços,pensei que fosse alguém tentando me assaltar,mas,era Kai que me olhou nos olhos e segurou meu queixo com sua mão esquerda puxando-me em sua direção,o vi abaixar-se um pouco,tudo foi muito rápido e então ele fechou os olhos e senti seus lábios encostarem-se nos meus,sabem quando vocês abrem uma represa e todo aquele volume de água explode?Foi assim,foi como seu uma descarga de adrenalina percorresse meu corpo em um piscar de olhos,senti sua boca mover-se,tentando abrir a minha,o qual eu deixei,logo sua língua invadiu minha boca e encontrou a minha,um baile acontecia entre elas,dançavam e enroscavam-se,eu sentia que o universo todo fluía em mim,como se cada partícula explodisse em mim,senti que ali eu era único,infinito,que eu era e sempre seria dele,seria de Kai.

O beijo foi único,inegualável e nada poderia descrever o que senti.Mas,precisávamos de ar e então,nos afastamos,eu permaneci de olhos fechados ainda sentindo o formigamento,o sabor da boca dele,ainda sentia seus dedos em meu queixo,logo,senti os braços dele envolverem-me em um casulo apertado,eu não pensava em nada,apenas sentia toda aquela alegria dentro de mim,que crescia e crescia,foi ai que aconteceu...

“Flashs,um turbilhão deles,cenas nas quais eu estava em vários lugares diferentes,com roupas diferentes,idiomas diferentes,mas,em todos eles eu estava acompanhado de alguém,de Kai.Em algumas cenas brigávamos,cavalgávamos cavalos,em outras estávamos embaixo de árvores frondosas em campos verdes,lindos,magníficos,em outras estávamos deitados em camas,nos beijávamos,sorriamos e cantávamos, só que então,as cenas passaram a adquirir um tom escuro,as cenas ficaram escuras e Kai chorava,havia sangue em suas mãos,e meu corpo ao seu lado,em outra cena Kai estava a beira de um lago,com meu corpo em seu colo,mais outras cenas onde Kai lamentava-se,chorava enquanto meu corpo estava estendido sem vida,seja afogado,esfaqueado ou até mesmo sufocado.”

Afastei-me abrupto dos braços de Kai,lágrimas caiam de minha face e logo ele perguntou:

Kai –Jhon?O que houve meu amor? –Perguntou nervoso –Voce está bem?O que houve?Me fala...por favor?Deixa eu te ajudar.

Eu não conseguida responder,aquelas cenas,me perturbaram de uma forma tremenda.Eu não queria ficar ali,com ele,ele havia me assassinado inúmeras vezes,ele era um monstro,um monstro o qual eu beijei.Não poderia ficar ali,não...

E foi assim,que o empurrei e sai correndo.O ouvi gritar meu nome,mas,não parei de correr,apenas corria,as lágrimas embaçavam minha visão,os carros buzinavam,eu só queria sair dali,precisava...

XXX

Olá,meus queridos e amados leitores.

Retornei um dia antes do confirmado,antes de mais nada,quero desejar o todos e todas,um MEGA E FELIZ ANO NOVO!(Atrasado),desejo a voces toda a gama de alegria,amor e muita prosperidade,que a sabedoria chegue até vocês e que seus caminhos sejam abençoados,gostaria de agradecer a todos que estão lendo o conto(Voces anônimos também),os que comentam sempre,agradeço muito.IRISH,minha rainha,linda,amo seus contos imensamente e fico muito feliz por ter gostado desse meu conto(Também gosto de fantasmas e esse lance todo),Ru/ruanito,voce também meu querido e todos os outros,comentem por favor?Quem quiser interagir comigo,tenho whatsapp,quem quiser é só pedir,irei postar a parte 4 terça ou quarta,ficaremos combinados assim,um dia sim e um dia não para as postagens ok?Eu sempre respondo voces nos contos,deem uma lida nos contos passados,Acho que é só isso mesmo seus lindos,uma boa e excelente noite a todos,beijos e Namastê _/\_

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Comentários

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Me senti na obrigação de criar uma conta só pra comentar esse conto.

vc como sempre, sabe como me prender a um conto né? rs

tem como não amar esse conto?

não! rs

Acho o Carlos um tremendo idiota

e tenho certeza q ele gosta do Jhon e só tá com ciúmes do kai.

continua logo cara please kk

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Continua demora mais não, o kai é o q?

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Fera, tà da hora seu conto! As visoes do carinha sao aterrorizantes, me lembra o menininho Danny de O Iluminado. O Carlos eh um asqueroso!E o Kai super fofo... Feliz Ano Novo atrasado pra ti tambem. Que seja um ano de muita gloria e amor na sua vida :D

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