Rumo ao Desconhecido - Parte 5

Um conto erótico de Lucas Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 2210 palavras
Data: 06/01/2015 22:35:18
Última revisão: 06/01/2015 23:11:40
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Capítulo 5 – “Sexy Love”

Depois de quase meia hora com recomendações do Alberto ele deixou o Victor me levar pra cidade.

- Cuida bem do Lucas hein Victor!

- Pode deixar tio, não vou tirar o olho dele. – Disse Victor sorrindo pro Alberto.

- Parem com isso, não sou mais uma criança! – Aquilo estava me irritando. Sai sem me despedir de ninguém e fui em direção à caminhonete do Victor, ele estava vindo atrás e pude ver que ele estava rindo.

- Podemos ir bebezinho?

- Idiota!

- Por que ele te trata assim? – Disse abrindo a porta do carro pra mim. Deu a volta e entrou, ligou o carro e seguimos pra estrada. Depois de algum tempo pensando eu respondi.

- Sabe que eu não faço a mínima ideia! Ele deve estar tentando recuperar o tempo perdido.

- Talvez seja isso mesmo... Ou ele tem ciúmes e medo de você chegar em casa com um homem do seu lado! Kkkkk

- Se for isso ele pode se tranquilizar, quando eu chegar com um homem vai ser na minha casa, não na dele.

- Você sabe bem o que eu quis dizer!

- Eu sei, mas vamos mudar de assunto... O que basicamente você quer comigo? – Perguntei tentando não ser grosso.

- Nossa você vai sempre direto ao ponto mesmo? – Disse ele rindo.

- Em todo e qualquer caso! Hahaha.

O caminho para a cidade é curto. Em vinte minutos já havíamos chegado. Ele parou o carro em uma sorveteria e descemos.

- Victor isso está estranho! – Disse entrando com ele ao meu lado.

- Estranho por quê? Estou levando meu priminho pra passear!

- E se quiser voltar inteiro é melhor parar com gracinhas, eu não tenho paciência pra isso.

- Nossa, que criancinha rabugenta! – Ele disse rindo, mas eu dei meia volta e já estava saindo da sorveteria. Ele veio rápido pra perto de mim e segurou minha mão me puxando de volta. – Desculpe, se você não curte essas brincadeiras eu não faço mais... Prometo.

- Ok, vamos logo com isso.

Sentei-me em uma mesa e ele foi comprar o sorvete. Trouxe dois daqueles “baldinhos”... Um de baunilha pra ele e pra mim de pistache como eu havia pedido. Começamos a tomar o sorvete e ele estava tenso, como se quisesse falar alguma coisa, mas estivesse inseguro quanto a isso.

- Não vai começar a falar? Já estou ficando impaciente!

- Olha Lucas, eu não sei se deveria te contar isso. Mas eu acho que a única pessoa que pode me entender é você.

- Um primo que você acabou de conhecer?

- Não, um primo gay que eu acabei de conhecer. – Disse corando. Parei na hora. Coloquei o baldinho na mesa e encarei-o com um olhar de expectativa.

- Está pensando em se assumir? – Começamos a falar sussurrando.

- O que? Como assim? Eu por acaso pareço gay?

- E gay por acaso tem aparência? Eu sei que você é gay por causa do meu gaydar.

- Que isso? – Perguntou ele confuso.

- Aff, gay novato! Kkkkk – Ele pareceu mais confuso ainda. – Não literalmente Victor, nós nascemos assim (Uh Gaga) e devemos sentir orgulho de quem somos! Estou falando em você ser novato no mundo gay!

- Não entendi muita coisa.

- Já se entregou! – Disse gargalhando! Logo parei por que algumas pessoas olharam e Victor ficou com vergonha... Voltamos a sussurrar.

- Eu sou gay tá bom, me assumi tem uns oito meses e meus pais levaram numa boa.

- Fico feliz, você sabe que nem em todas as famílias isso acontece não é?

- Sei, sou um cara bem abençoado por ter a família que eu tenho.

- Que bom que entende isso, agora voltando aos negócios, você quer alguma coisa comigo e... – Parei de falar com ele rindo. – O que foi?

- Você entendeu tudo errado! Não é sobre isso que eu quero falar.

- Agora eu que não estou entendendo.

- Eu estou sim gostando de uma pessoa, mas não é você.

- Então fala logo quem é!

- Por enquanto eu quero que me explique essas coisas do mundo gay, eu não conheço ninguém então não sei nada sobre.

- Não é possível que você vai me deixar na vontade. Fala logo Victor.

- Depois eu conto, agora me fala mais sobre o mundo gay. – Os olhos dele brilhavam ao dizer isso.

- Primeiro: você é o que?

- Em que sentido? – Perguntou se ajeitando na cadeira.

- Ativo ou passivo?

- Que isso? Tem a ver com atitude?

- KKKKKKK Não garoto, meu gaydar diz que você é passivo...

- Passivo... – Ele pareceu pensar um pouco. – Então eu sou passivo?

- Acho que sim! Kkkkkkk Mas quando você se imagina com o tal cara que você gosta, na cama o que você faz com ele?

- Eu pego ele de jeito, aquela bunda me deixa louco. – Meu sorriso foi murchando na hora. – Que foi?

- Você é ativo! Ah pelo seu jeito todo fofo e carente eu pensei que fosse passivo.

- Eu estou entendendo. Ativo é o que come e passivo é o que dá!

- É uma forma escrota de dizer, mas exatamente.

- Eu pareço passivo?

- Já disse que não temos uma cara ou um jeito especifico de ser. Apenas sentimos isso.

- Gaydar, você já me falou isso.

- É quase isso. O gaydar serve pra você saber se outro cara é gay também. Mas como você ainda está se descobrindo no meio disso tudo você pode confundir as coisas.

- Eu estou confuso mesmo.

- É assim mesmo no começo. Mas vamos continuar que está sendo mais divertido do que eu achei que seria.

- Você achou que eu ia me declarar?

- Achei! Kkkkkkk Já estava pensando em como te dar um fora sendo gentil.

- Gosta de alguém?

- Gosto, mas ele não é gay e descobri que nem gosta de mim.

- Sei bem como se sente. – Disse Victor triste.

- Está apaixonado por um hétero? Isso nunca pode acontecer, sempre acabamos machucados nessa história, é melhor você sair dessa antes que se machuque.

- Estou tentando, mas eu gosto dele de verdade.

- Vamos deixar esse papo de lado e voltar pra animação. – Ele começou a rir e me perguntou.

- Você já não me contou tudo?

- Olha, você já sabe sobre seu gaydar, que é ativo e que está apaixonado por um hétero, assim como eu!

- Estamos ferrados! Hahaha.

- Com certeza!

- Pois é, você ainda não sabe nem da metade. Primeiro coloque uma coisa nessa sua cabeça: O mundo inteiro é gay!

- Sério?

- KKKKK Claro meu amor! Todo homem e toda mulher já tiveram desejos escondidos por pessoas do mesmo sexo... Nem que seja por curiosidade já tiveram esse desejo. Resumindo, se você quer foda com alguém do mesmo sexo, você é gay e pronto!

- Meu Deus, você é mais safado do que eu pensei.

- Ainda não viu nada e nem vai ver! Kkkkk Segundo: Você já viu pornô gay?

- Não, nunca. – Disse coçando a cabeça e abaixando o olhar.

- Gente, melhor que pornô é fazer o sexo ao vivo! Você tem que estar sempre antenado na cena gay mundial! – Ele começou a rir.

- Só se for na sua casa por que depois que me assumi meu pai vive de olho em mim.

- Credo, nem uma punheta se pode bater em paz nessa vida!

- KKKKK Juro que estou com medo de você.

- Tenha mesmo, mas vou te contar algumas coisas... Você tem que ser seletivo com o que vai ver. Não pode entrar em qualquer site e ver qualquer porcaria, se quer aprender alguma coisa tem que ver algo que preste. Você é mais conservador ou gosta de algum fetiche louco?

- Não quero ir pra cama com alguém que não ame, quero fazer uma coisa especial pra minha primeira vez.

- Você ainda é virgem?

- Não, mas seria minha primeira vez com um homem.

- Ah sim, você me parece que gosta de “fazer amor” e não do termo “foder”.

- Exatamente. – Fiquei pensando um pouco e disse um pouco mais alto.

- Colby Keller!

- O que? Fala baixo!

- Colby Keller! – Falei voltando a abaixar a voz. – Ele é perfeito.

- Já está arranjando alguém pra mim? Eu não quero, gosto de alguém já. – Disse sério.

- Claro que não! Colby é tipo meu tudo, eu jamais dividiria ele com você. Mas posso te mostrar algumas cenas dele.

- Cenas? Ele é um... – Ele me olhou assustado.

- Ele é! E você vai se apaixonar por ele.

- Não vou não!

- Claro que vai. – Olhei no relógio. – Cara, já estamos há três horas aqui, vamos embora.

Levantamo-nos, ele pagou a conta e fomos pro carro. A viagem de volta fomos em silencio, ele estava pensativo. Claro né, é muita coisa nova que ele aprendeu. Quem dera eu ter alguém que conversasse assim comigo sobre esses assuntos quando eu me aceitei. Quando chegamos ele entrou comigo, explicou ao meu pai que estávamos tomando sorvete e perdemos a hora por que a conversa estava muito boa. Alberto pareceu acreditar, mas olhou pra gente de cima embaixo pra ver se eu estava com alguma marca ou roupa amassada. Ri com a cara dele fazendo isso. Logo Victor se despediu de mim e foi embora. Disse que ele pensasse bem em tudo que conversamos e voltasse aqui em dois dias, ele iria dormir comigo e eu mostraria algumas coisas pra ele. Lógico que ele ficou inseguro, mas eu disse que não ia acontecer nada porque não gostava dele nem ele de mim, apenas iriamos conversar. No final eu o convenci.

Estava pensativo. O dia foi bem doido! Fiquei no meu quarto o resto da tarde e pedi pra Maria levar meu jantar lá pra mim. Alberto achou que eu estava passando mal e veio todo preocupado, mas eu disse que só estava com enxaqueca.

O outro dia se passou lentamente e eu morrendo de tédio. Não fui ver o Pedro, não ia ficar me machucando por um cara que nem gosta de mim. Como Alberto estava no pasto com Janaína e Felipe eu fiquei sozinho conversando com Maria na cozinha. À noite eles chegaram e jantamos, dessa vez Felipe me cumprimentou e até tentava algumas conversas comigo. Alberto deve ter falado com ele. No outro dia a mesma coisa. Não estava aguentando mais ficar sem fazer nada, decidi ir pra fora de casa tomar um ar fresco.

Estava sentado em um banco na frente de casa olhando os pássaros em uma arvore. Nem percebi quando Pedro e Camila estavam passando do meu lado. Ela perguntou:

- Não tem nada pra fazer burguesinho? – Agora é minha vez de dar o troco. Hahaha!!

- Olha aqui garota, não te dei uma resposta aquele dia por que seu namorado estava no local de trabalho dele e eu não tinha o direito de falar nada, mas agora lembre-se sempre que você está na minha fazenda e eu posso te jogar pra fora daqui pelos cabelos! Me respeita. – Pedro me olhava sério.

- Não fala assim com ela.

- Realmente não vou falar de jeito nenhum. Não quero mais ver essa garota aqui, nunca mais... – Olhei pra ela. - Se quiser ficar trate de arrumar um emprego aqui, caso contrário tchau. – Disse me virando pra frente e vendo Victor chegar ao longe na caminhonete. Pedro olhou em direção a ele e fechou a cara.

- Camila não pode mais vir aqui? É isso? – Ela já ia falar alguma coisa, estava vermelha de raiva, mas eu levantei e disse antes dela.

- Já falei o que queria... Garota, eu quero você fora daqui o mais rápido possível. Se não tem educação pra tratar as pessoas, não tem lugar pra você aqui.

Victor saiu do carro com uma mochila nas costas e veio em minha direção muito envergonhado. Não entendi isso. Ele me cumprimentou com um abraço e quando virou pra eles eu puxei ele pro meu lado e entramos na casa deixando Pedro e Camila lá fora.

- O que foi isso Lucas?

- Depois eu explico, agora vem... – O puxei pra falar com Alberto e a Jana.

Eles conversaram um pouco e por incrível que pareça o Alberto o deixou dormir no meu quarto comigo. Estava quase na hora do jantar, estávamos arrumando as coisas dele no meu quarto e um colchão pra ele dormir. Quando terminei eu fui à porta e tranquei-a. Ele me encarou sem entender.

- Pra quê trancou a porta?

- Tira a roupa! – Disse autoritário.

- Quê? – Ele disse rindo, como percebeu que eu não estava brincando ele ficou sério. – Mesmo? Mas seu pai está lá embaixo!

Não aguentei e comecei a rir... Ele depois percebeu que eu estava brincando e riu também.

- Por enquanto fica de roupa, quero te mostrar o Colby!

- O tal ator?

- Ele mesmo, se prepara pra se apaixonar, ele faz amor de um jeito tão sexy. – Disse rindo e pegando meu notebook. Parei na frente dele. – Antes eu quero saber uma coisa.

- Pode falar.

- Quem é o cara que você está gostando? – Ele pareceu incomodado com a pergunta.

- Não estou pronto pra falar, mas posso dizer que você o conhece.

- Conheço?

- Sim, ele está aqui na fazenda. – Disse ele se sentando na cama e me olhando com cara de bobo.

- Você está apaixonado. E vai me dizer quem é ele agora!

Continua...

Oi gente! Hoje cheguei mais cedo do trabalho e consegui escrever tudo e postar no horário. Finalmente né?! Hahaha. Mas enfim, espero que tenham curtido e vamos ver se vocês descobrem quem é o cara misterioso e hétero que o Victor está apaixonado. E só pra deixar bem claro... EU AMO O COLBY KELLER! Casaria com ele fácil! Kkkkk Até amanhã, beijos do Lucas.

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Comentários

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Ou seu irmão.ou o mesmo trabalhador que você curtiu.

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Continua, divou, pode ser o gemeo mala ...ou o Felipe ..faz outro de noite

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Chéri, estou adorando seu conto! Lucas é show! Agora que coloquei a leitura em dia, vai começar a ansiedade... Bisous e não demore, s'il te plaît!

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Ma gostei do Lucas se todos fossem igual a ele, não haveria tanta maldade no peito de certas pessoas que dizem serem humanas

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que nada ele ta apaixonado pelo Alberto, (hahahahah)

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Ele está apaixonado pelo Filipe, nossa, coitado estou ansioso, nota 10 continua

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Ou seu irmão.ou o mesmo trabalhador que você.

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