Primeiro gostaria de agradecer á L.P, Nanycupcake, Haryan, Alê8, Kelly24, Geomateus, Drica Telles (VCMEDS), Plutão, Gabriel_, Aghata28, $Léo$;), esperança, Monster, Renan46a, oPAKO, Ulqui, e$, prireis822, leitor27, Mah Valério, Nefhero, Ru/Ruanito, vitinho, M(a)rcelo e a todos os outros pelos comentários.
Eu sei gente , tenho demorado muito para postar os relatos, mas vocês sabem né inicio de ano e muito trabalho e nesse momento estou ficando atrasado para o trabalho, então chega de enrolação. Há e espero que tenham passado a virada do ano muito bem, porquê como vocês saberão, eu passei muito bem.
...só paramos quando uma voz muito familiar diz;
Marcos: uau.
E a outra diz, depois de um sorriso.
Fábio: kkkk, nossa que fogo ein?
Senti meu rosto queimar e Roberto ficou tão vermelho quanto um tomate, mas recuperou a compostura e disse;
Roberto: o que há com vocês dois, nunca viram namorados se beijando?
Marcos deu um risinho e disse;
Marcos: namorados? Achei que já morassem junto.
E Fábio aproveitou o que Marcos disse e perguntou (ou pelo menos tentou);
Fábio: aliás, tenho uma dúvida, qual de vocês...
Roberto o interrompeu dizendo;
Roberto: háa, calem a boca.
E os empurrou da porta do quarto, fazendo eles o seguirem para a sala. Fiquei um tempo analisando o teor de ousadia daquela quase pergunta de Fábio, mas controlei a minha vergonha e fui pra sala, chegando lá encontro os três rindo das ''aventura de solteiro do Fábio'', tomei meu café rapidamente sem prestar muita atenção naquela conversa do Fábio (o típico hetero pegador). Saí da mesa e os deixei com seus papos, peguei meu celular junto com os meus fones, que eu tinha trago e comecei a ouvir músicas aleatórias. Depois de um tempo ouvindo música Roberto chega com um álbum de fotografias, e pede pra me, tirar os fones. Seus irmãos se reúnem conosco e fazem algo inusitado, se senta ocupando os meus dois lados, de forma que se Roberto quisesse ver as fotos ele teria que se sentar atrás de mim, e como eu estava no sofá, ele pegou um banco alto (daqueles de bar) colocando-o atrás de mim, sentou-se passando os braços pelo meu pescoço e recostando o queixo na minha cabeça, quando fez isso Marcos e Fábio soltaram risinhos discretos. A situação ficou no mínimo incomum, eu fiquei parecendo uma cadeira com aqueles três ao meu redor e então, começamos a olhar as fotos da família que mais parecia uma linha do tempo. As primeiras fotos eram deles pequenos e claro, eles já tinha traços de serem ''pequenos gigantes, mal encarados'', o engraçado e que cada foto tinha história própria, estávamos todos rindo até que chegou em uma foto de uma mulher jovem, loira, olhos negros, pele clara, usava roupa típica de passeios a cavalo (blusa branca, chapéu, botas de couro, jeans e chicote), e tinha um sorriso lindo na verdade ela era linda. Notei que eles mudaram a expressão, ficaram tristes e em silêncio por um tempo até que Roberto disse;
Roberto: essa é a mamãe.
Quando ele disse isso, notei um embargamento na sua voz, mas eles se recompuseram ou pelo menos pareceram recompostos e continuarão contando as histórias das fotos seguintes, dessa vez com mãe. Uma dessas fotos estava solta e fora do molde e de ordem, era uma foto em que eles estavam na cama de um hospital todos reunidos e sorrindo, eles ainda eram jovens, todos ao lado dela e Silvio segurando uma de suas mãos, todos eles sorriam, mas não eram sorrisos felizes, exceto a mãe deles que parecia feliz. Vendo essa foto eles falaram que a mãe deles era muito alegre ria e fazia piada de tudo, e tinha aceitado a sua doença (que preferi não perguntar) e morrido feliz. Pude perceber a dor deles por me contar isso e acabei não segurando as lágrimas, e com isso a compostura de força deles desabou e eles acabaram chorando, ficamos em silêncio e depois de um tempo limpamos as lágrimas, mas Silvio chegou acompanhado da namorada e percebe os nossos olhos vermelhos e pergunta em tom preocupado;
Silvio: aconteceu alguma coisa?
Fábio: nada, é que estávamos falando da mãe.
Depois dessa resposta, percebi Silvio também cair numa rápida tristeza e a namorada dele percebeu e fez uma cara de que não gostou e saiu furiosa e sem companhia, ele não foi atrás dela. Se sentou na nossa frente e ficou relembrando com os filhos os momentos das fotos seguintes, percebi que ele falava dela com um carinho, com um certo elo de proteção, com ternura e uma graça especial, que eu sabia exatamente o que era, pois sentia (sinto) o mesmo pelo Roberto: Amor. Ele ainda a amava e era evidente isso, um tempo depois terminamos de ver as fotos e Marcos pergunta ao pai se referindo á namorada dele;
Marcos: pai, ela vai ficar bem?
Ele ficou inexpressivo, depois colocou um sorriso dizendo;
Silvio: se ela não ficar fazer o quê né?
Se levantou e foi pra cozinha. O restante do dia foi ótimo, andamos a cavalo (tive que aprender com Roberto). Depois de uma rápida cochilada depois do almoço, eles me ensinaram a jogar pôquer diziam que eu seria um bom jogador, por ser inexpressivo. Depois de devidamente ensinado e por dentro das regras fomos jogar, usando moedas como aposta (Fábio tinha as moedas), e realmente eu ganhei muito, mas Renata (mulher de marcos) por ser estudante de psicologia e Roberto por me conhecer, descobriam alguns dos meus blefes. Jogamos, mas não até tarde pois eles iriam embora no outro dia umas 5:30 da manhã. Percebi durante esse período que a namorada de Silvio não deu o ar da graça, ou seja, tínhamos mais um solteiro na família. No dia seguinte acordamos cedo, pois a viagem seria longa de volta a BH. Como sempre acontece, fomos nos despedir deles na qual me trataram como se me conhecesse a anos e não a dois dias. Marcos apertou a minha mão e disse;
Marcos: da próxima vez, se prepara pra surra viu kkkkk.
Obviamente ele falava do jogo, e eu disse desafiando-o;
Eu: vai sonhando.
Renata chegou e me abraçou sem aviso, fiquei surpreso, porque conversamos pouca coisa e as vezes brincava um pouco comigo durante o jogo de pôquer ( acho por ser uma quase psicóloga ou talvez o Marcos tenha contado algo sobre os meus problemas), retribui o abraço e ela então, se afastou dizendo que na próxima vez viria pra conhecer a cidade. Marcos seguiu a esposa pro carro dizendo;
Marcos: até a próxima.
Leonora passou por mim dando um ''tchau'' e foi pro carro com sua mala. Depois que ela passou, o Fábio chegou e fez um gesto de vomito indicando pra ela e dando um sorriso logo depois, pegou na minha mão apertou e me deu um abraço de apenas um braço dando tapinhas no meu ombro (típico abraço de amigos) e saiu dizendo;
Fábio: até a próxima cunhadinho.
Fiz um aceno de cabeça, como um positivo. O último foi o meu sogro que também me abraçou e me deu mil recomendações pra ajudar o Roberto a escolher a nova casa na cidade (depois Roberto me explicou e era pra quando eles nos visitassem na cidade). Com isso eles partiram pra BH, porque ainda tinha que levar Fábio a outra cidade devido a faculdade. Roberto deu as últimas instruções para os empregados, arrumamos nossas coisas e viemos embora pra cidade no final da tarde daquele mesmo dia. Mal entramos na casa, fechamos a porta, jogamos nossas coisas no chão da sala e nos agarramos ali mesmo, roupas foram espalhadas pelo chão e fomos esbarrando nas coisas até chegar ao nosso quarto, ele se deita e me puxa pra cima dele, e ficamos nos beijando ardentemente até que ele me pede pra fazermos um 69, mas fiquei confuso ele deu um pequeno sorriso e me posicionou, eu comecei a chupar o pau dele de forma intensa e ele praticamente me penetrava com aquela língua quente, rápida e macia dele explorando o meu anel, dando beijo e mordiscando a minha bunda, nossos gemidos não são mais contidos e demonstram a saudade que nossos corpos sentiam por ficarem sem muito contato por quase três dias, meu pau babava muito sobre seu peitoral, depois de um tempo voltei a minha posição lambi o meu liquido do peito dele e lhe dou um beijo, em seguida coloquei o pau dele na direção do meu cú e fui sentando devagar até encostar a minha bunda na pele dele, espero um instante e começo a me movimentar , subindo e descendo suavemente nele, que geme alto e aperta meu corpo, me movimento por mais um tempo encima dele até que ele me puxa para um abraço e se vira ficando por cima de mim, sem tirar o pau de dentro, me beija e reinicia o ritmo da penetração, estávamos suados, ofegantes e gemendo alto de tanto prazer e se tiver algo que define esses momentos entre nós (sexo/transa) seria intensidade de sentimentos e desejo um pelo outro, pois quase sempre gozamos sem tocar no pau e foi exatamente isso que aconteceu, sentindo o meu gozo ele tirou o pau de dento de mim e gozou na minha barriga (não sei se é necessário dizer isso, mas nunca gozamos nem dentro e nem na boca um do outro. Eu não tenho essa vontade e pelo que parece nem ele porquê nunca pediu ou fez algo que indicasse que queria) e deitou-se sobre mim e nos abraçamos nos recuperando. A noite o pai dele ligou, avisando que chegaram bem e que já tinha levado o Fábio, conversamos um pouco com Marcos e depois ligamos para o Fábio, pra saber de sua viagem e depois fomos dormir. Nas semanas seguintes procuramos a casa, só que estava difícil achar com as exigências do Silvio, cidade pequena procurar qualquer coisa e uma tarefa no mínimo desafiadora, mas conseguimos achar, grande com uma área que desse pra fazer uma piscina, garagem pra três carros, cinco quartos, duas salas, uma cozinha e uma grande e ampla área de lazer, Roberto teve que contratar uns pedreiros e para fazer a piscina e algumas modificações na casa e nos muros a reforma durou uns 4 meses. Durante essa passagem de meses descobri mais coisas sobre a família do Roberto como por exemplo, os aniversários deles, Marcos e Silvio fazem aniversário no mês de março, Renata em abril e Fábio no mês das crianças, mais especificamente no dia delas (12 de outubro) e Roberto aproveitou a ocasião para presentear o irmão da forma mais vingativa possível (por ele ter me chamado de pirralho, Roberto disse que ele merecia isso), comprou mamadeira, chupeta e babador e mandou pra ele pelos correios com um cartão que dizia. ''apetrechos novos para meu querido, pirralhinho'' e claro que quando ele recebeu, ligou pro Roberto e o xingou de todos os nomes possíveis e Roberto riu tanto que eu achei que ele ia ter uma crise. Depois de ouvir Fábio ele ligou pro Marcos e comentou sobre isso e claro mais risadas (aliás devo dizer que nos falamos mais com a passagem dos meses, ou seja mantínhamos (mantemos) contato) e o aniversário do Roberto vocês saberão mais adiante. No final do mês de novembro mudamos definitivamente pra nossa nova casa, e claro mais contratações a se fazer. Nós tivemos que arranjar duas diaristas e uma pessoa para cuidar da piscina e que topasse trabalhar para um ''casal''(definitivamente, ou seja, contaríamos pra eles nossa relação, não que eles tivessem alguma coisa a ver com nossa vida, mas pra que eles não estranhassem nossas atitudes) de homens e sim encontramos essas pessoas (por mais raro que seja), eles nos tratam super bem, e não nos olha ''torto'' ou com reprovação quando nos vê abraçados geralmente assistindo TV (evitamos maiores contatos na presença deles que só eram três vezes na semana terça, quinta e sábado, mas eram mudados quando havia feriados). O tempo passou, mais precisamente dia 22 de dezembro de 2012, acordei e Roberto já havia ido pra fazenda dispensar os funcionários e determinar um dia pra cada um deles ir vistoriar a fazenda, já que eles teriam 2 semanas de folga devido aos feriados (natal e ano novo). Quando estava indo ao banheiro, olhei no espelho e me vi diferente, não sei se é defeito, mas dificilmente vejo mudanças em mim e ali eu me via um pouco mais, como eu posso dizer ''adulto''. Minha barba estava grande pois Roberto me pediu pra não fazer e claro já tinha umas duas semanas que eu não a fazia e devo dizer que eu gostava (gosto) dos arrepios que ela causou no Roberto durante seu crescimento, mas deixando esse assunto de lado, eu estava mais ''troncudo'', sei lá com mais músculos e pelo que parecia mais pesado e mais grande ou seja, 'academia resolvia(resolve) muita coisa', percebi que estava encarando o espelho demais e me senti ridículo. Fui fazer minha higiene e tomar meu café, quando cheguei a cozinha encontrei Dona Rosa (uma das diaristas, uma senhora de uns 54 anos negra e meio gordinha) que quando me viu, me cumprimentou;
D. Rosa: bom dia seu Clever.
Vou confessar que esse ''seu'' não combina muito com meu nome, mas seria pior se ela me chamasse de senhor, inclusive levamos quase duas semanas para tentar fazer eles nos chamarem pelos nomes, mas aí eles arranjaram esse seu e não teve jeito. Respondi;
Eu: bom dia D. Rosa
Depois que tomei o café, fui checar meu celular e tinha uma mensagem do Roberto dizendo que não tocasse na minha barba até que ele chegasse. Naquele sábado o tédio caiu sobre mim e não consegui fazer nada a não ser esperar que elas terminassem de arrumar a sala, cair no sofá e ficar assistindo filmes na sky, ao meio dia Marilene (a outra diarista e filha de D. Rosa) me pediu pra servir o almoço, eu recusei fiz meu prato almocei e falei com elas pra arrumarem tudo (não espero Roberto pro almoço quando ele vai pra fazenda ele sempre almoça lá), Seu Eduardo (o homem que cuida da piscina, um senhor de uns 50 anos, ele não era um profissional, mas sabia exatamente o que fazer) avisou que eles já haviam terminado e já estavam indo, entreguei o pagamento e uma cesta de natal pra cada um deles a mando do Roberto e os dispensei até a quinta feira. Esperei eles saírem, tranquei o portão, tirei a roupa, vesti uma sunga e pulei na piscina fiquei por lá por uns tempos (já sabia nadar muito bem ''meu professor particular'' cuidou pra que isso acontecesse). Roberto chegou umas 18:00 (horário de verão), colocou o carro na garagem e me encontrou numa cadeira, curtindo o momento, veio em minha direção e me fez levantar me dando um beijo, que depois de uns segundos começou a esquentar om meu pau começou a dar sinal de vida, coloquei a mão nas bordas da camisa dele tirando-a, quando comecei a desabotoar a bermuda jeans que ele usava, fui empurrado por ele dentro da piscina, e disse sorrindo;
Roberto: calma, tarado.
Depois que disse isso, tirou os sapatos, as meia e a bermuda junto com a cueca ficando nu, (uma das muitas modificações que Silvio quis foi deixar a casa protegida de qualquer um que quisesse bisbilhotar o quintal alheio, ou seja, muros altos e portões sem nenhuma fresta, logo uma pessoa podia ficar nua sem se preocupar com nada, dentro daqueles muros) entrou na piscina e veio em minha direção me fazendo recuar umas pequenas elevações dentro da piscina, me deixando da mesma altura que ele e disse me encarando em tom brincalhão se referindo a mim;
Roberto: você está com o rosto tão bonito com essa barba, ''tão adulto''.
Entendi a brincadeira dele e fiz outra;
Eu: então quer dizer que eu era uma criança, né?
Falei isso apertei os braços em volta dele e movi as minhas mãos pra bunda dele, apertando e em seguida dei um beijo demorado nele, até senti seu pau pulsar no meu, nesse momento ele tirou as minhas mãos e segurou em uma deles dizendo;
Roberto: vamos lá pra dentro, consertar sua barba, ''machão''.
Saímos da piscina, tirei a sunga nos secamos pra não molhar a casa e fomos pro banheiro, lá tomamos um banho e ele me pediu pra sentar em um balcão de mármore que ele pediu pra colocar acoplado a pia, ficando de costas pro espelho, pegou um barbeador junto com um creme de barbear e iniciou o procedimento, passou o creme em toda a extensão da minha barba e começou a passar o barbeador delicadamente e com cuidado para não me cortar, nas áreas que desejava tirar. Fiquei o tempo todo olhando pra ele que de vez em quando retribuía meu olhar e sorria, quando terminou me pediu pra descer e lavar o rosto e quando olhei no espelho, ele tinha deixado a minha barba como a dele um cavanhaque, fiquei completamente diferente, mais sério e sinceramente gostei do que vi e dei um sorriso, ele percebeu o meu sorriso, me virou de frente pra ele e disse;
Roberto: parece que você gostou.
Eu: é gostei, mas e você? Quis saber o que ele achava.
Roberto: achei que agora, você ficou mais gostoso, safado e ganhou uma cara de cafajeste que estou pensando seriamente em tirar essa bar...
Não falou mais nada porque eu voltei pra cima do mármore e comecei a passar minha barba recém-feita no pescoço dele e ele se arrepiou na hora, e bem vocês devem imaginar o que aconteceu depois né?. Domingo e segunda, passamos sem muito alarde, ou melhor no domingo fizemos uma sessão cinema em casa, na segunda ele me levou e buscou no trabalho, terça feira nosso primeiro natal juntos, não foi com a família inteira reunida, mas falamos com eles o dia todo, pelo celular. A tardinha Roberto começou os preparativos para uma mini ceia natalina, e eu fui ajudá-lo, até que ele fala;
Roberto: acho que você devia ligar pra ''eles''.
''Eles'' significa a minha antiga família, fiquei surpreso e perguntei;
Eu: porque eu faria isso?
Roberto: é que você não os vê faz tempo, pode ter acontecido alguma coisa.
Era verdade, não os vi mais desde o mês de junho na feira, mas...
Eu: eles mesmos pediram, pra mim não me importar ou preocupar com eles...
Fui interrompido por ele que disse;
Roberto: mas eu te conheço e sei que você se importa. Faça isso como uma tentativa, se não der certo, eu não te peço mais.
Eu podia continuar a falar que, mas ele tinha razão eu ainda me perguntava se eles estavam bem ou se tinha mudado de ideia quanto a mim, mas conhecendo aquela família eu podia esperar as piores coisas. Mesmo sabendo disso eu resolvi não transformar aquilo na nossa primeira discussão como um casal (meu relacionamento com o Roberto nunca ouve uma só discussão, e nem motivos pra ciúmes, pois sempre saímos juntos, e praticamente todos da cidade já especulavam o nosso relacionamento. Algumas desavisadas as vezes até davam em cima de um de nós, mas colocávamos elas nos seu devidos lugares) e fazer o que ele me pediu;
Eu: tudo bem, eu ligo.
Fui na sala, peguei meu celular disquei o número da minha mãe e coloquei pra chamar no viva voz ao lado dele, queria que ele ouvisse. Dois bipes depois, ela atendeu;
Mãe: alô.
Eu: alô.
Mãe: quem fala?
Fiquei sem resposta, optei apenas por;
Eu: sou eu Clever.
Mãe: não conheço nenhum Clever, na verdade a única pessoa que eu conheci com esse nome, morreu.
Eu já esperava isso, mas não pude deixar de derramar uma lágrima, e;
Eu: eu só...
Fui interrompido por ela que disse;
Mãe: olha só, você está tomando o meu tempo, tenho mais o que fazer. Tem certeza que é esse número mesmo?
Perguntou ela, em tom ríspido. Me controlei e respondi;
Eu: não, foi só um engano.
Ela me pareceu mais nervosa ainda e disse;
Mãe: da próximo vez, presta atenção no número que ligar.
Depois disso a chamada foi cortada, fiquei um tempo encarando o celular e processando aquelas palavras, colocando na cabeça definitivamente que eu não deveria mais lembrar daquelas pessoas. Esse tempo que fiquei pensando acho que foi muito pois, Roberto pousou sua mão sobre a minha, o que me fez desviar a atenção a ele, seus olhos estavam marejados, e ele me puxou pra um abraço e disse baixo;
Roberto: me perdoa?
Eu: você não tem que me pedir perdão. Respondi
Roberto: eu te fiz ouvir isso, se eu...
O interrompi dizendo;
Eu: eu tenho você e uma vida inteira pela frente, aquelas palavras, não me machucam mais depois que descobri isso.
Ele não disse mais nada, só se afastou e limpou a minha lágrima e eu fiz o mesmo, e então, voltamos a fazer o que estávamos fazendo. Eu me recuperei rápido, mas ele, mesmo depois de um tempo ainda estava com a cara triste. Vendo-o daquele jeito tive que fazer algo (na verdade uma brincadeiras as vezes de teor erótico que aprontamos um com outro), que o animasse ou talvez o deixasse puto. Fui na geladeira, peguei um cubo de gelo sem ele perceber e coloquei no balcão atrás dele, o abracei por trás e disse;
Eu: eu já disse, que não gosto de ver você desse jeito.
Roberto: tudo bem.
Depois que ele disse isso, o virei de frente pra mim e puxei a nuca dele pra que pudesse me beijar, ele não quis me abraçar pois suas mãos estavam sujas de tempero, o que facilitou o meu trabalho, peguei cuidosamente o cubo de gelo pra ele não perceber e tirei a outra mão da nuca dele, puxei um pouco o elástico do short dele junto com a cueca e coloquei o gelo dentro me afastando rapidamente dele sem conseguir conter o riso, que no mesmo instante percebeu o gelo e enfiou a mão suja de tempero (sorte que não era tempero apimentado) na cueca e tirou o gelo. Sai correndo da cozinha, mas ele foi mais rápido e conseguiu me pegar antes de eu chegar a sala, me imobilizou facilmente, porque eu não consegui controlar o riso e colocou o gelo dentro da minha cueca na parte de trás e voltou pra cozinha rindo (pelo menos isso eu consegui fazer. Ele rir). Tirei o gelo, me levantei e voltei a cozinha, joguei o gelo pra ele antes que derretesse dizendo;
Eu: toma de volta.
Ele pegou o gelo em pleno ar e colocou na boca dizendo;
Roberto: delicioso.
Eu: depois eu é que sou o tarado. Rebati
Ele não disse nada, só veio até mim e me beijou colocando a última lasquinha do gelo na minha boca, onde ele terminou de derreter. E então, ele disse;
Roberto: venha me ajudar a terminar de fazer o jantar.
Eu: estou com minha bunda molhada. Falei.
Roberto: e eu estou com o pau molhado e temperado, agora para de frescura e vem me ajudar.
Terminamos os preparativos e fomos tomar banho, para tirar o cheiro de tempero de nossas partes. Voltamos pra cozinha e finalizamos nossa pequena ceia. Fizemos nossos pratos, abrimos um vinho e comemos silenciosamente apreciando o sabor do vinho e a companhia um do outro. Na hora da troca de presentes, fiquei com cara de ''tacho'', porque ele me pediu, na verdade insistiu pra me não comprar nada pra ele, e como ele sempre vence na insistência, eu não consegui comprar nada pra ele, mas já que eu não ia comprar , eu também não queria que ele comprasse nada pra mim, mas obviamente ele não me deu ouvidos e lá estava ele com uma caixinha na mão e eu sem nada, fiquei sério na hora;
Roberto: não me olha com essa cara, senão vou ficar com medo de você me bater.
Disse ele rindo, no qual eu rebati;
Eu: bem que eu deveria. Pedi pra você não me dá nada...
Roberto: não vou te dar nada, a não ser o meu... Deixa pra lá.
Disse me interrompendo e sem parar de ri, mas eu fiquei curioso e perguntei;
Eu: então, o que é isso aí?
Roberto: isso é uma coisa que você vai me dá, se gostar é claro.
Respondeu me entregando o embrulho, que ao abrir me deparei com algo inusitado e surpreendente, era o cartão de um do melhor estúdio de tatuagem da minha cidade, junto com imagem dobrada do que seria a minha primeira e única tatuagem, um anjo, vestido e uma armadura de combate, com asas abertas e uma espada em punho, eu achei linda ( A tatuagem é muito parecida com essa link http://1.bp.blogspot.com/-NnqqV2vr6EI/T_yN3puZbFI/AAAAAAAADe0/ou6tRHI5kFo/s1600/anjo-nas-costas-1.jpg ), mas quis saber o porque de ser aquela tatuagem ele me respondeu;
Roberto: porque ele representa tudo o que vejo em você, divino e guerreiro. E também porque seria como nosso amor, imortal como minha fênix e divino como um anjo.
Eu gostei do modo de como ele disse essas palavras, e fiquei calado ainda olhando aquela imagem, até que ele disse;
Roberto: e então?
Eu: então, o quê? Respondi.
Roberto: vai me dar esse presente?
Eu não ia negar esse pedido, até porque eu já gostava de tatuagem só não tinha coragem de fazer uma por causa da dor, mas depois do que ele disse sobre o a tatuagem que ele escolheu pra mim, eu faria mesmo que tivesse que passar o tempo inteiro gritando (imaginação minha) durante a feitura da tatuagem, mas quis brincar um pouco com ele;
Eu: não sei. Isso vai doer não vai?
Ele ficou sério e disse, já tentando me convencer;
Roberto: vai, mas não vai ser muito...
Nesse momento o interrompi, lhe dando um beijo e dizendo;
Eu: tudo bem, eu faço.
Ele sorriu por eu ter aceitado, na verdade ele mal pôde conter a felicidade, mas ainda não tinha acreditado muito no que eu disse (as vezes eu mudava de ideia rapidamente sobre algo) ;
Roberto: sério amor, vai fazer mesmo?
Respondi ao pé do ouvido dele;
Eu: vou.
Ele sorriu e começou a me beijar, depois paramos o beijo e ficamos curtindo o calor do corpo um do outro, em um abraço carinhoso. Ele aproveitou esse momento e disse ;
Roberto: mal posso esperar pelo domingo, pra irmos logo pro sitio.
Silvio tem uma fazenda numa região não muito próxima de BH, mas Roberto insiste em chamá-la de sitio não sei o porque. Ele me contou tudo sobre esse lugar, disse que a sede de lá era gigante e que era usada para fazer festas ou quando o pai dele chamava algumas família de amigos ou quando levava todo a família dele pra lá, tios, primos. Ele me confidenciou que gostava muito daquele lugar, porque era de lá que a mãe mais gostava. Mas além disso ele também queria ir pra lá porque Silvio ia comemorar a virada do ano junto com o seu aniversário que é dia 31 de dezembro, e ele ao contrário de mim adora seu aniversário, diz que um dia após seu aniversário é a própria renovação (convencido) afinal, é o ano novo. E como eu já sabia, falei;
Eu: você sabe, não sou muito afim de festas, muito menos de aniversário...
Roberto: eu sei, mas do meu você vai gostar.
Disse ele me interrompendo, com um sorriso. Ele falava isso com uma convicção que eu esperava que ele tivesse razão e com essa conversa de que o seu aniversário era o melhor, acabamos dormindo. Quarta feira passou voando. Quinta e sexta sem muito alarde exceto que eu dei uma ''escapulida'' para pegar (tive que mandar fazer com quase dois meses de antecedência, porque não tinha na joalheria, mas mandariam fazer em outra cidade. O pior e que a moça que me atendeu, quando recebeu o que precisava para mandar fazer a encomenda me olhou com uma cara de recusa, mas não falou nada) o presente que eu comprei para o Roberto. Aquilo custou muito, mas nada que as economias de 3 anos de trabalho de um ex solteiro não pudesse comprar (brincadeira kkkk, não foi tão caro assim), mas voltando ao assunto, escondi aquele presente de tudo e de todos. Nos dias marcados, as mulheres foram dá uma última arrumada na casa e no domingo, partimos para o'' sítio'', em uma viagem cansativa ao som de músicas aleatórias e selecionadas que nós dois curtíamos, jota quest, Jorge e Matheus, Charlie Brown, Bruno Mars, Jessie J, Adele e muitos outros que selecionamos em um pen drive e além de ouvir tinha que controlar o Roberto pois, toda hora que via um motel de beira de estrada queria parar para ''recuperar o tempo que iríamos perder''. Avisei a ele que só transaríamos em casa,( o motivo era simples medo de que ouvissem algum barulho nosso, ou seja, gemidos) e é claro que ele concordou relutantemente e por isso toda vez que ele via um motel tinha que fazê-lo voltar pra estrada. Enfim, chegamos a fazenda depois de cansativas 12 horas de viagem e como ele mesmo disse aquela casa era(é) enorme, dois andares, inúmeros quartos, salas cozinha e muitos empregados. Quando chegamos, Silvio nos recebeu com abraços nos levou pra dentro, percebi que Roberto era amigo de quase todos naquela casa, se apresentou aos que não o conheciam e me apresentou a cada um deles literalmente (em muitos sentidos da palavra). A maioria já sabia sobre o Roberto e apenas me cumprimentou normal (eu estava caindo de vergonha) e alguns até ficaram meio desconfortáveis, mas logo apagaram isso da cara (eles não deviam estar acostumados a ver um casal de homens). Depois de um tempo Marcos chegou com Renata e Fábio, nos cumprimentamos com abraços e apertos de mão e piadinhas de Fábio sobre a minha ''nova cara de mau'', conversamos um pouco, tomamos banho, jantamos e fomos dormir porque estávamos, exaustos da viagem. Acordei cedo no dia seguinte (tipo umas 6:00 da manhã) sai da cama devagar pra não fazer um único ruído, tomei um banho rápido, vesti algo condizente e desci pra cozinha, o número de funcionários ali já era grande e todos me cumprimentaram, como se eu fosse patrão deles (me sinto estranho com esse tipo de tratamento, não tenho tendência a mandar em ninguém, ou que me vejam com superioridade), eu cumprimentei de volta e pedi uma bandeja, mas acabou que uma senhora que estava me ajudou a arrumar a bandeja de café da manhã que eu levaria pro Roberto, coloquei tudo o que ele gosta, suco de laranja, um pedaço de bolo (que pode ser qualquer um) de chocolate, torradas, e fruta (pode ser também qualquer uma) que foi morangos, agradeci a todos e fui levar o café pro meu ''gigante'', cheguei lá ele ainda estava dormindo, coloquei a bandeja no criado peguei o presente coloquei ao lado dela e fui acordá-lo. Ele estava de lado, deitei também de lado na frente dele e fiquei olhando para aquele ''rosto de indefeso'' que ele fez quando dorme, e então, comecei a passar a ponta dos dedos no seu rosto barba, nariz, testa e quando cheguei a orelha ele esboçou um sorriso, percebi que ele estava acordado e disse;
Eu: bom dia grandão.
E ele fez uma coisa típica dele, levantou da cama correndo sem dizer uma única palavra e entrou no banheiro e um tempinho depois saiu de lá, e rapidamente se deitou na mesma posição e disse;
Roberto: bom dia, meu anjo.
Depois disso me puxou pra mais perto dele me deu um beijo bem intenso e virou-se sobre mim, montando sobre minhas coxas, mas sem colocar o peso todo. Consegui parar o beijo e dizer ofegante;
Eu: feliz aniversário.
Roberto: obrigado amor. Disse ele.
Eu: trouxe um café.
Roberto: café da manhã, na cama- Disse ele surpreso (porque eu nunca havia feito isso) e completou com cara de sapeca- que delicia.
Voltou a me beijar e subiu um pouco mais pra cima ficando levemente arqueado e começou a passar a bunda sobre o meu pau, fazendo movimentos de sexo, percebi isso e o afastei dizendo uma única palavra;
Eu: chega.
Ele parou e saiu de cima de mim, indo em direção a bandeja, quando a pegou viu o presente e perguntou, já o pegando;
Roberto: o que é isso?
Eu: é uma lembrete, pra dizer que eu sempre amarei e estarei ao seu lado- ao dizer isso, fui até ele, lhe dei um beijo e completei- te amo.
Ele sorriu e disse;
Roberto: também te amo.
Abriu a caixa, lá tinha uma corrente de prata com uma plaquinha em formato quadrado também de prata;
Roberto: não precisava, você...
o interrompi colocando um dedo na sua boca e dizendo;
Eu: você ainda não abriu o presente.
Ele percebeu que a plaquinha na verdade, podia se abrir e revelar uma foto dele e uma minha lado a lado, quando viu isso ele ficou tão alegre que colocou a corrente no pescoço e ficou olhando para as duas fotos e sorrindo como um bobo, depois olhou pra mim de forma, tão penetrante que eu me senti como na nossa primeira vez, perdido nos seus olhos negros, ele me puxou mais pra perto de si e me deu um beijo mais calmo e carinhoso, depois parou e ficamos ali abraçados , apenas curtindo o momento. Até que alguém começa a esmurrar a porta e gritar em tom que parecia desesperado...
...Continua...