Eu tinha um plano. Eu ia segui-lo à risca. Naquele fim de semana eu poderia levar o Igor mais uma vez pra casa de campo dos meus pai. Só que a gente já havia feito isso há algumas semanas. Ia aproveitar que ele estava postando na Casa dos Contos há algum tempo pra leva-lo pra Luis Correia, na casa do Marcos e da Milena. Foi o primeiro lugar que fomos juntos ainda quando estávamos nos conhecendo há meses atrás.
O Igor é sentimental. Isso ia despertar a nostalgia que eu queria. Nos últimos ele estava sério demais. Poucos sorrisos. Dormia cedo. Quase não conversava direito... Eu precisava mudar aquilo. Precisava que ele voltasse ao normal, aquilo estava me matando, acabando mesmo comigo e essa foi a única coisa que me veio à cabeça: fazê-lo lembrar de tudo.
Comecei a mexer meus pauzinhos pra desfazer aquela situação. Primeiro eu tinha que falar com a Jéssica. Poderia ter dito poucas e boas pra ela ainda no trio mas minha preocupação naquele momento era o Igor. Eu tinha que encontra-lo rápido e não foi uma tarefa fácil, vocês viram...
Na semana de provas da faculdade, apenas um dia eu consegui terminar minha prova primeiro que o Igor. Acho que porque eu só tinha uma prova e ele, duas. Havíamos combinado que quem terminasse a prova primeiro esperava o outro. Olhei no relógio e não eram nem 20h. Fui na sala dele e pelo vidro eu o vi de cabeça baixa concentrado no exame. A hora era aquela.
Voltei pro meu corredor e fui atrás da Jéssica. Naquela semana assim que voltamos do carnaval ela tentou mais um papo comigo que insistia em apenas deixa-la falando sozinho. Não queria que caísse no ouvido do Igor que eu ainda dava trela pra ela. Além do mais, o olhar da Fernanda, amiga do Igor, no intervalo pra mim não era nada legal. Ela na certa estava esperando me ver falar com a Jéssica pra contar pra ele. Como ela também estava fazendo prova eu agi rápido. Procurei pela Jéssica e fui chegando de mansinho atrás dela.
- Vai no banheiro pra deficientes. Rápido. – decidi arriscar mais – Eu tô lá sozinho.
Falei do ouvido dela e saí desconfiado com medo de alguém ter visto. Passei mais uma vez no corredor do Igor e ele continuava fazendo prova. Se ele saísse e me pegasse com a Jéssica, ia pelos ares qualquer chance que eu tinha de melhorar aquela situação. Entrei no banheiro e fiquei esperando. Me olhei no espelho já começando a suar. Se eu fosse pego alí eu tava perdido! Pouco tempo depois ela chegou.
- Sabia que depois de um beijaço daquele no trio você ia querer mais! – ela disse entrando e fechando a porta do banheiro. Mordia os lábios me olhando.
- Eu só te chamei aqui pra te dar um aviso. Fica longe de mim.
- Hã? Como assim?
- Você escutou. Fica longe de mim. Eu tenho namorado. – mostrei a aliança pra ela. Como se precisasse exibir uma aliança pra ela ser notada.
- Você o que? Namorado? – ela me olhou confusa e por fim entendeu. – Você e aquele lá... Vocês namoram?
- Sim e por sua causa naquela noite quase todo o nosso relacionamento ia por água abaixo. – eu já estava gritando nervoso. – Se você ainda não percebeu, para de me procurar, para de puxar papo, me esquece! Eu nunca quis nem nunca vou querer algo com uma pessoa como você.
- Uma pessoa como eu? Você deveria virar homem! – ela gritou de volta como uma ofensa.
- Eu sou homem. Eu respeito o meu companheiro. Já você deveria virar mulher. Se dá ao respeito garota! Pessoas como você nunca vão ter alguém como eu do lado. Você não tem amor próprio, não tem respeito pelos outros, beijando o namorado das outras pessoas! Não venha me dizer que não havia notado. – mostrei de novo a aliança – Acorda Jéssica! Eu quero distância de você. Distância de gente desse jeito. – tentei expressar todo o meu nojo por aquilo.
Ela começou a fingir um choro e aí eu senti mais medo. Pensei que ela ia sair por aquela porta e inventar que eu a havia agredido. Peguei mina mochila rápido e saí correndo do banheiro com medo do que ela poderia fazer. Desde aquela noite Jéssica nunca mais me dirigiu a palavra. Os boatos sobre Igor e eu começaram a correr aos poucos na faculdade. Mas ninguém deu os devidos créditos a ela... Pouco importava também. A maioria das pessoas nos vê como amigos mesmo...
Voltando tudo, estávamos em Luís Correia. A cidade estava completamente suja por conta do carnaval recém passado e isso tirava até um pouco da beleza das paisagens naturais. A praia estava muito suja, que povo mal educado! Naquela semana o Igor havia terminado a primeira temporada dos contos e eu aproveitei pra ler tudo de novo e conferir a visão dele de tudo. O Marcos não estava em casa. Sinal que eu estava mesmo desesperado. Jamais iria assim pra Luis Correia sem ele estar lá.
Chegamos pro almoço e enquanto tudo ficava pronto eu fui tomar um banho. Apesar de eu amar dirigir, tenho que admitir que me esgota demais. A água, que mais parecia um caldo, me queimou quando saiu e de pouco a pouco eu fui me ensaboando me sentindo um legume numa sopa. Ao terminar de me ensaboar notei que havia um problema na tubulação. A água começou a sair cada vez com menos força e eu me apressei pra tirar o shampoo e o sabonete do corpo. A água era praticamente um filete e eu fiquei alí em pé esperando o shampoo sair do cabelo.
Enquanto eu passava por aquele sufoco acho que o Igor e a Milena esqueceram de mim. A conversa deles começou a ficar um pouco mais baixa. Estavam sussurrando algo? Eu deixei aquele chuveiro inútil pra lá e todo ensaboado fui pro outro extremo do banheiro, mais perto da cozinha, tentar escutar algo. Consegui pegar trechos da conversa.
- E aí? Como estão?
- É... Foi complicado.
- Se resolveram?
- Acho que sim... Eu não estou chateado com ele nem nada, só...
- Tá triste.
- É. Foi demais. Isso serviu pra eu ver o quanto eu sou ciumento com ele. Só que reconhecer isso me faz não querer impedi-lo de fazer algo, sabe? Acho que essa tristeza passa com o tempo. – isso o Igor disse em alto e bom som.
- Passa sim. Ele não te traiu, Igor. Se isso serve de algo, o Kaio ligou sempre pro Marcos contando tudo. Que sentia sua falta, que estava com medo de você decidir terminar depois de tudo... Inclusive, foi por isso que ele quis te trazer aqui logo após essas provas. O Marcos deu a ideia ontem pra ele.
- Como assim? Ele realmente só veio falar dessa viagem ontem.
Plano viagem surpresa: por algo abaixo! Obrigado cunhada! Aff...
- Porque será? Quando o Kaio começou a se apaixonar por ti, aqui foi o primeiro lugar que ele te trouxe. Ele queria fazer você lembrar disso.
Isso gênio, me entrega de vez! Fiquei até chateado com a Milena depois disso... Poxa, ela me entregou! Terminei meu banho demorado com aquela água que insistia em não voltar à força normal e fui me trocar. No quarto eu fiquei pensando... O Igor ainda estava magoado. Toda a minha babação e bajulação desde o carnaval não estava adiantando de muita coisa. Então talvez a viagem fosse o melhor mesmo.
Passamos aquela tarde jogando vídeo game e a noite fomos jantar num restaurante perto da praia. Eu não cansava de reclamar de todo aquele lixo deixado pelos foliões. Depois que Milena voltou pra casa eu o levei pra dar um volta na areia. Até peguei na mão dele. Alí sim nós de fato conversamos. Igor pediu desculpas por ter me tratado mal. Mas era aí que estava: Igor não estava me tratando mal. Só estava indiferente. Isso é pior que qualquer mal tratamento que eu poderia receber! Só o queria de volta como sempre. Sentia falta de tudo como antes.
Sentia falta de cozinhar com ele. Das noites em que ele conversa sobre três assuntos diferentes ao mesmo tempo até que eu durmo e não lembro de nada no dia seguinte. Dele reclamando comigo sobre as mais diversas coisas. Dele usando minhas roupas super folgadas pro corpo dele. De beber vinho até os olhos dele piscarem desorientados. Dele elogiar o cheiro do meu cabelo. Dele me mandar embora da casa dele todas as vezes que ínsito em dormir lá sem ser aos sábados. Da massagem que ele fazia com raiva depois de tanto eu enjoar querendo e depois do carinho que só ele sabe fazer. Nada daquilo havia ocorrido nas últimas semanas desde o carnaval.
Depois de conversarmos e finalmente eu achar que tudo havia se resolvido voltamos pra casa. Luis Correia é um litoral lindo, mas o vento de lá vive jogando areia na boca da gente e por isso conversar era difícil. O vento frio denunciava uma chuva que não deveria demorar muito pra cair. Na cama eu o abracei como sempre. Era tão bom dormir assim. Ele era meu.
No dia seguinte eu acordei mais cedo que ele e ajudei Milena no café da manhã. Queria deixar tudo pronto pra que comêssemos e saíssemos logo. Se o Igor fosse acordar e ainda ir preparar o que comer íamos sair pra praia muito tarde. 9h ele acordou e após comer fomos pra praia curtir o sol. Algumas pessoas já estavam lá, alguns pescadores, os bares estavam começando a abrir, os barcos e tudo mais... A vida da cidade estava voltando ao normal.
Fomos pro barzinho de sempre e deixamos nossas roupas com Milena. Íamos atravessando a faixa de areia até a água e enquanto o Igor terminava de espalhar o protetor solar nos braços eu o fiquei observando. Que saudade que eu estava do corpo dele... E vê-lo só de sunga não ajudava nem um pouco. Também pude notar que ele estava mais solto, ria mais, brincava mais. Fomos pra área mais perto das pedras porque lá o movimento era menor e principalmente porque ninguém da areia conseguiria nos ver.
- A gente deixou a Milena sozinha... – ele disse.
- Que tem?
- É que a coitada fica lá no bar sem companhia alguma só assistindo a gente. Você viu o olhar dela? Ela olha pro horizonte sob o óculos escuro como se procurasse no horizonte a plataforma que o Marcos trabalha e pudesse velar por ele.
Eu prendi o riso. Eu adorava quando ele mirabolava as coisas assim. Eu fiz o que mais tinha vontade. O calei com um beijo. Um beijo que fez todos os outros beijos daquela semana irem por água abaixo, literalmente. Nenhum se comparava a aquele. Ele no começo espalmou as mãos no meu peito e gemeu tentando sair. Eu não estava nem aí. Ninguém ia ver mesmo... Ele cedeu e se entregou com os braços no meu pescoço. Como eu sentia falta daquilo... De beijo com pegada, com força, com vontade. Não aqueles selinhos sem graça das noites da semana de provas.
- Você ficou doido? – ele disse rindo, recuperando o ar.
Sim. Doido mesmo. Doido porque eu não o tinha há mais de uma semana. Doido porque aquela situação estava mesmo me deixando doido. Doido pra dar o fora dalí e ir pra casa me abraçar com ele numa cama. Doido pra enroscar nossas pernas no sexo perfeito e sentir os espasmos do corpo dele, as unhas que arranham minhas costas toda vez que o atinjo no ponto que ele gosta. Não há satisfação maior. Que falta da liberdade de se pegar onde quer que quiséssemos na fazenda dos meus pais... Queria matar essa vontade louca que eu tava dele. Minhas mãos desceram pelas suas costas e penetraram a sua sunga. Quando comecei a sentir o formato gostoso das suas nádegas no meio de cada uma das minhas mãos ele saiu dos meus braços.
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Ele só podia estar doido e pensava que ia fazer isso comigo alí no meio da praia! Que era bom era, mas alí não era o lugar e além do mais eu já via uns caras jogando vôlei alí perto por cima do ombro do Kaio. Não cedi aos instintos. Me separei dele imediatamente.
- Vamos pro bar?
- Vai você. Eu preciso me aliviar aqui... – ele falou mordendo a língua.
No bar eu fiquei batendo papo com a Milena. Pedi uma água de coco e enquanto falávamos sobre amenidades como sempre o Kaio foi retornando de entre as pernas. Ele veio andando correndo de leve na areia e eu só podia estar muito doido por sexo mesmo porque só aquilo foi o bastante pra me fazer suspirar...
- Genética boa né? – Milena disse sugando o canudo de um coco.
- O Kaio? Ô se tem... Sabe, acho que nos acertamos.
- Isso é bom. O Marcos ontem a noite perguntou de vocês.
Na caminho que o Kaio fazia estavam os rapazes jogando vôlei que falei. Ele os cumprimentou e puxou papo. Eu fiquei observando. Logo eles se dividiram em times. Aqueles caras pareciam ter em média 30 anos. O jogo começou e eles foram pontuando um encima do outro. Daí lembrei das minhas aulas de educação física no ensino médio. Eu costumava ser bom no vôlei. Não jogava com frequência mas era bom sim... Decidi ir jogar também. Que mal faria?
- Quero entrar no jogo.
- Sério?
- É. Acho que o Kaio não sabe que eu sei jogar. Mas eu quero ficar no time contrário do dele. Por isso você tem que vir torcer e colocar lenha na fogueira.
- Pra já!
Chegamos pros caras e eu pedi permissão pra jogar. Kaio olhava sem entender e logo se adiantou.
- Entra aqui. Vai um do nosso time pro time deles. – disse pra mim.
- Não! – eu disse. – Eu vou entrar no time dos rapazes que estão perdendo. Vou ver se ajudo em algo. Vai ser meio difícil, já faz tempo que não jogo, mas quem sabe...
O pessoal do time do Kaio ria. Eles eram os “fodões” do jogo até então.
Cumprimentei meus companheiros de time e nos posicionamos. Kaio veio me dar a bola e falou baixinho.
- Desde quando você joga vôlei?
- Só quero me mexer... Vocês conhecem as regras do jogo, certo? – eles se entreolharam enquanto eu segurava a bola. – O saque de vocês está muito perto da rede. Vocês não tem força de sacar não? O bloqueio tem que revezar. Não pode sempre ser as mesmas pessoas. – falei pro meu time. – Vocês perdem porque não revezam.– Fui organizando todo mundo do meu lado da rede.
Eu comecei sacando e de cara fiz um ponto. Kaio me olhou sem entender. Eu pisquei e ri de volta.
- Um a zero!! – Milena gritou.
Homens, jogo, competição, testosterona... Uma ótima combinação, não? Modéstia à parte eu carregava meu time nas costas. Os caras eram muito lentos e bastava deixar um deles no bloqueio que logo o time do Kaio fazia ponto. Eu fui tentando revidar e consegui. Kaio já estava todo suado e me olhava com mais indignação a cada jogada. A torcida de Milena ajudava a esquentar as coisas. O placar final ficou 6x10. Meu time, claro, ganhou. Os caras foram até simpáticos e agradeceram o jogo. Nos chamaram pra tomar algo mas a gente não foi. Fomos pra água.
- Você sabe jogar vôlei? – Kaio disse cansado todo suado.
- Talvez eu tenha aprendido no ensino médio na educação física...
- Safado! Deu uma surra na gente. Deu até raiva.
Após um tempo fomos pra casa almoçar. Batendo papo na mesa decidimos que ir embora naquele domingo seria melhor que dormir e esperar pra segunda. Se deixássemos pra viajar na segunda chegaríamos muito cansados na cidade e não rolaria de ir pra faculdade à noite. Milena não gostou muito mas acabamos partindo depois do almoço mesmo.
Na estrada nossa playlist era a mais alegre possível. Entre Ke$ha, Icona Pop, Brazilian Girls, The Naked and Famous, Avicii, Calvin Harris, MGMT, Plastiscines. Tinha até Lana Del Rey, que eu adoro de paixão, mas que o Kaio só escuta se tiver em forma de remix eletrônico.
Por volta das 19h nós entramos na cidade. Ele me deixou em casa e seguiu pra dele. Eu tomei um banho, passei um pós sol, engoli umas besteiras que haviam na geladeira e caí na cama. Acordei 23h com o interfone tocando loucamente.
- Alô?
- Igor, cadê esse teu celular que não me atende?
- Eu tava dormindo...
Desci as escadas tropeçando de sono e abri a porta pra ele. Ele subiu pro meu apartamento e eu fiquei fechando a porta.
- Olha, se você veio pensando em dormir aqui é melhor tirar o cavalinho da chuva porque hoje é domingo e você sabe que dia de domin...
Ele me calou com um beijo e me apertou contra seu corpo. As mãos estavam firmes em minha cintura e eu já entendi o recado.
- Vamo terminar o que a gente já começou mais cedo?
- Vamo. Só que eu tô com fome porque eu não jantei.
Saímos em plena meia noite do domingo procurando um lugar aberto. A sorte é que eu tenho um amigo que trabalha numa pizzaria no centro. Ele preparou minha preferida e já a deixou à minha espera. Ao chegar lá fomos comer. Eu notava a impaciência do Kaio enquanto eu comia.
Após “jantarmos” fizemos o caminho de volta pra casa. Ao subirmos pro meu apartamento foi instantâneo. Ele me abraçou e cheirou meu pescoço. O cheiro do cabelo dele logo me invadiu.
- Eu estava morrendo de saudade de você sabia? – ele disse.
- Eu estava morrendo de saudade de tudo.
Fomos pra cama e tiramos nossas roupas ainda entre os beijos. Dava chupadas em seu pescoço, ombro, peito, barriga. Até mordi sua cintura. Ele gemeu já colocando a mão nos meus cabelos. Mordi a sua ereção por cima da cueca. Dura, quente e pulsante. Depositei mordidas em suas coxas com poucos pelos enquanto ele tentava fazer carinho em minhas costas com os pés. Fui subindo e suguei suas bolas, o cheiro de sexo já estava alí. Kaio estava excitado há dias. Chupava suas bolas e punhetava seu pau sem parar até que por fim o pôr na boca. Ele estava tão excitado que tive que tirar parte do seu pré gozo que já era farto só para conseguir chupá-lo. Me empenhei no que eu achava ser o melhor oral possível. O chupei por um bom tempo curtindo seus gemidos que sempre me excitavam. Sua mão não saia da minha cabeça coordenando os movimentos.
Me puxou e deitou sobre mim> Aquele peso todo sobre mim era tão bom. Ele pressionava seu quadril contra o meu massageando meu pau entre nossas barrigas. Ele fez o mesmo caminho que eu até chegar no meu pau. Começou a chupar e assim que senti o contato do meu pau com sua língua lembrei dos produtos da sex shop, comprados há semanas e nunca usados! Segurei seus cabelos e puxei, ele me olhou com cara de dor.
- Vai com calma aí!
- Espera... Eu lembrei de uma coisa. Espera!
O deixei na cama e fui procurar no guarda roupas a sacolinha da sex shop. Estava, não propositalmente, entre minhas cuecas. Enquanto procurava Kaio me abraçou por trás e arfou quente em meu pescoço já roçando o pau quente em mim.
- O que é isso? – ele perguntou sobre meu pescoço enquanto o beijava.
Fiz o que a vendedora me ensinou. Coloquei na boca e esperei alguns segundos. O guiei de volta pra cama pedindo a Deus que aquilo desse certo. Em pouco tempo meus lábios ficaram estranhos, um formigamento que eu não sabia explicar. Joguei o Kaio na cama e recomecei o oral. Assim que coloquei a boca ele arfou forte e levou a cabeça preocupado.
- O que diabos é isso??
- É gostoso? – perguntei beijando o umbigo dele.
- Sua boca tá... AHH! – eu voltei a engolir. Ele se jogava na cama e apertava o lençol. Rangia os dentes. – Onde foi que tu comprou isso?
Eu não respondi só aumentei o ritmo e conforme aumentava mais ele gemia e arqueava as costas amassando a colcha da cama com as mãos. Ele colocou a mão no meu cabelo e controlava o ritmo.
– Não para! – ele falou com dificuldade.
Continuou a gemer. Com a lubrificação que a saliva dá eu comecei a fazer o famoso movimento de “oito” com as mãos enquanto o chupava. Kaio gemia cada vez mais alto e eu já até imaginava o que estava por vir. Eu nunca havia feito aquilo, nem mesmo com ele. Ele arqueou as contos levando o pau de encontro a minha boca querendo ainda mais contato, como se fosse possível.
Ele gozou na minha boca. Eu nunca imaginei que fosse tanto. Talvez por conta de tantos dias sem sexo. Eu não engoli aquilo tudo. Muito caiu na barriga dele. Ele respirava cansado enquanto eu limpava os lábios que já iam voltando à sensação normal. Para os curiosos quanto ao gosto, eu só tenho a dizer que coça um pouco o fundo da garganta.
- Desculpa... – ele falou cansado de braços abertos na cama.
Volte a subir encima dele e sentei sobre seu colo. O pau meio bomba logo abaixo de mim. Ele começou a me punhetar e com o tempo eu rebolava pra ele. Sua outra mão firme em minha bunda. Peguei o produto na cabeceira da cama e coloquei na boca dele. Ele ficou experimentando procurando o gosto mas não tinha. Quando o efeito começou foi que ele riu e entendeu o recado. Segurou forte na minha cintura e me virou.
Quando ele abocanhou meu pau eu entendi o porquê dos quase gritos dele há minutos atrás. Nossa, era demais! Não tem como descrever. Só sentindo pra saber. É como se você penetrasse a coisa mais gostosa do mundo! Arqueei minhas costas enquanto gemia, tirava a boca dele de vez em quando porque eu sabia que não ia durar muito daquele jeito.
- Se você gozar, hoje você continua? – Ele perguntou. É que depois que eu gozo eu não fico pronto pra outra tão rápido, sabem?
- Desse jeito... – suspirando – Claro que sim.
Ele fez pressão com a boca e eu então gozei. Acho que Kaio também achou estranho tanto quanto eu de deixar o outro gozar na sua boca. Ele não disse nada. Apenas veio e me beijou já se encaixando entre minhas pernas com o pau em riste.
- Espera! Tem mais na sacola.
Ele pegou a sacola e pegou o gél de massagem. Abriu e depositou uma gota no meu mamilo. Ele esfregou um pouco e soprou. Aquilo esquentou como se ele tivesse soprado fogo. Ele chupou meu mamilo e fez o mesmo com o outro. Ele passou o gél em alguns locais do meu abdome e soprou em todos eles os fazendo esquentar, logo depois ele os chupava me deixando marcas.
Ele passou o gél entre os dedos e me penetrou. Ficou um tempo assim, afinal, foram duas semanas sem sexo. Tinha que ir com calma... Quando ele viu que eu estava pronto, passou mais do gél no pau o deixando todo lambuzado e brilhoso.
Ergueu minhas pernas e com a ajuda do gél o pau deslizou pra dentro de mim me abrindo. Eu gemi e ele me calou com um beijo. Nem dois minutos ele já estava mais curvado sobre mim, com todo o seu peso sobre meu corpo, movimentando apenas o quadril. Não parávamos de nos beijar e o Kaio alternava entre bombadas mais leves e outras mais pesadas e fortes me arrancando gemidos mais altos. Quanto mais eu gemia mais ele mordia o próprio lábio inferior denunciando o quanto estava gostando daquilo.
Fiquei de quatro pra ele e olhei pra trás o chamando. Ele começou a bombar rápido. Cada estocada atingia minha próstata e logo minhas pernas cederam. Ele se deitou sobre mim e segurou minha bunda com as duas mãos sem parar os movimentos. Ele cansava e beijava meu pescoço, logo se recompunha e voltava a ficar ereto encima de mim sem parar de bombar.
Ele saiu e se deitou do meu lado me chamando com a mão. Eu subi encima dele e sentei de uma só vez em seu pau. Comecei a subir e descer sem parar. Eu sentia cada centímetro dele me preenchendo todas as vezes que ia de encontro ao seu corpo. Essa posição é a melhor pra quem quer controlar a velocidade da transa mas eu naquele instante tentava ir o mais rápido possível. O box rangia o chão com os movimentos e nós já estávamos completamente suados porque na pressa pelo sexo nem nos preocupamos em ligar o ar condicionado ou o ventilador.
Eu cansei e caí sobre ele o beijando. Ele não parou de se movimentar embaixo de mim querendo ainda mais. Segurou minhas pernas e saímos da cama. Ele não me soltou ou saiu de dentro de mim. Me levou rápido pro banheiro e me colou na parede. Lá ele voltou a se movimentar até não aguentar mais. Me colocou no chão e me virou pra parede. Num ritmo doido aquela transa finalmente acabou. Kaio mordeu meu ombro enquanto gozava e fazia os últimos movimentos.
Terminamos os dois suados e cansados. Ele ligou o chuveiro e fomos nos lavar. Demos banho um no outro e voltamos pro quarto. Mesmo sendo domingo deixei Kaio dormir aqui. Ele já tinha roupas e escova de dentes no meu armário.
Na cama ríamos sobre os produtos da sex shop. Aqui não falta mais. E por falar neles, estavam jogados alí do lado. Eu levantei e fui guarda-los no guarda roupas. Ao voltar pra cama e deitar eu percebi que ele me olhava sério.
- Eu te amo. – ele disse.
- Eu também te amo. – só que parecia não ser aquilo que ele queria escutar. Ele me beijou segurando minha nuca. – O que foi? – eu perguntei no fim do beijo.
- Só pra você não esquecer. Você não faz ideia do quanto foi difícil ficar perto de ti contigo “tão longe” de mim. – ele fez aspas com os dedos e revirou os olhos.
- Acabou... Deixa isso pra trás.
- Graças a Deus. – Ele disse e me abraçou colocando a cabeça no peito, como sempre. Eu se quiser que me vire nos trinta pra terminar de me ajeitar numa posição legal pra dormir porque depois que ele se ajeita e me agarra, pronto, não há mais como se mexer.
- Hoje as posições vão ser invertidas. – ele levantou a cabeça sem entender. Eu sorri. – Hoje você é o travesseiro.
Ele saiu de cima de mim e eu é que fui pro seu peito.
- Fique à vontade.
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Foi mal não ter respondido ninguém ontem, é que a dor de cabeça tava braba mesmo!
Mas eu tô melhor hoje e vou responder todo mundo agora. Por falar em responder? Cadê o povo do Hangouts que sumiu? Eu andei sumido porque tava viajando mas eu já voltei viu!
Docinho_: Pois é. Eu tento sempre postar mais cedo mas o sistema me obriga a reescrever mais e mais, daí quando vou ver já reescrevi tudo de novo e passa de meia noite. Tipo hoje, desde as 20h que o conto deveria ter ido ao ar. Obrigado pela torcida!
MikePedroB e ale machado: Essa é a hora que eu digo o que? kkkk Obrigado de montão, mesmo! A gente fica feliz em ver gente que compartilha do mesmo sentimento, sabe? É bom ver que as pessoas ainda amam. QUe nem o Iago, meu personagem do "Demais pra mim": É bom ver que o amor ainda está lá.
LucasSalvatore: Olha só! Segundo lugar! kkk
ale.blm: Sim, através delas que se evolui mesmo. Obrigado por acompanhar. É sempre um alívio saber que gostam de como eu narro, porque eu as vezes acho um saco, romântico demais, meloso demais... Sério, isso não é charme!
Drica (Drikita): Morro de medo de gente assim. Pra elas eu só desejo um amor verdadeiro e intenso pra que saibam o quão bom é e parem de exalar essa energia ruim que só causa problema.
Lipe_araujo: Essa música se encaixa em tuuuudo que nós fazemos! hahaha
Nina#¶: Nossa! Que legal, obrigado pela consideração! O Lucas e o Bernardo são super bestas com isso. Eles falam da mesma forma: essa tal intimidade minha e do Kaio. Sério, é uma coisa natural. Eu não noto isso no dia a dia. Eu só o trato como eu quero tratar meu namorado. ACho que ele faz o mesmo. Se a nossa cumplicidade é tanta que transparece assim então, nossa, que bom! hahaha Há um ranking no site? Gente, não sabia disso. Mas obrigado por já ter me posto no seu ranking! Isso já vale.
Agatha(1986)/Agatha28: *-* Li seu email. Sua linda.
Jhoen Jhol: Poderia mesmo! Aquele retardado... Aff. Sério, quando digo que o Kaio é lerdo pra certas coisas as pessoas acham que eu sou chato. Não é isso gente. Ele é retardadinho pra algumas coisas. Ele ia confiar no cara! Eu queria sair correndo dalí. Tanto é que nunca mais paramos nesse posto quando vamos pro litoral só por medo meu, mesmo sem ter ninguém no bar. Seu comentário sumiu??? Não fui eu, ju-ro! Não foi.Não sei se você lembra mas teve um tempo que um leitor publicou um comentário em "Um estranho" que o Kaio não gostou e daí ele veio aqui e falou um monte pra esse leitor? Pois é. Mesmo sem ter gostado eu não apaguei o comentário dele lá não. Por isso não ia fazer isso com o seu. Eu entendi o que você quis dizer e não me chateei. Será se foi o Kaio? Se tiver sido, ele vai me explicar já. Ele tá aqui pra dormir... Mas enfim, mais uma vez: O Kaio é paranóico. Doido mesmo com comida vencida. Você não vai querer vê-lo depois de ele descobrir que comeu algo vencido. Parece que ele engoliu um ET e ele vai morrer a qualquer instante. É uma frescura sem fim...
Drica Telles(VCMEDS): Pois é. Eu lembrava bastante de você e dos demais leitores que tanto comentavam lá no "Um estranho" sobre o que supostamente teria acontecido no carnaval kkkk
Lilo1984: Olha, surpresa eu não sei, mas drama... Tem sim. Nessa temporada ainda rolam mais dois problemas/momentos legais. Não escrevi uma terceira temporada. Mas nunca se sabe... Minha dedicação no momento é em reescrever esse conto e terminar os detalhes de "Demais pra mim" antes de voltar minhas aulas. Mas relaxa, ainda tem mais coisa pra rolar. Você vai gostar.
Adoro quando vocês comentam tanto!
Geomateus, kelly24, Ru/Ruanito, Lipe_araujo, LUCKASs: Sempre presentes. Meu muito obrigado!
Abraço a todos!