MENINA SURPRESA

Um conto erótico de FELIXFENIX
Categoria: Homossexual
Contém 1519 palavras
Data: 14/01/2015 06:45:59

Mais um pouco sobre mim. Era o único “garoto” na minha faixa etária na família, os outros, naquele ano de 82, tinham menos de cinco ou mais de dezoito, portanto cresci cercado de primas e as que mais me dava bem eram a Laura, 4 anos mais velha, Letícia 1 anos e Lilian, um ano e meio mais nova, filhas da minha tia Maria Luiza, irmã de mamãe. Na verdade cresci com as três brincando de boneca. Minha tia tinha um salão de beleza e com elas, aprendi a ser manicure, pedicure, maquilagem, corte, assim, tudo que se fazia no salão e quando tinha casamentos ou festas no clube e o salão enchia muito a dava uma mão pra ela.

Como contei antes, após minha irmã Mariana ir estudar em Campinas e assumir ser lésbica, facilitou minha vida, até porque, ela e a esposa sempre vinham visitar a gente. Mamãe já até tinha se conformado do fato de ter cinco filhas. A partir dos nove anos, começaram a crescer em mim, seios pequenos e que cresceram com o tempo, a ponto de aos onze anos, mamãe ficar preocupada e falar sobre o assunto com uma prima dela, que era minha pediatra e tinha consultório em Rio Preto. Ela nos explicou que em alguns garotos era até normal crescerem seios na puberdade e que a partir dos catorze ou quinze anos, começarem a diminuir e que até lá, poderiam até aumentar um pouco de tamanho. Bom, resumindo, aos doze tinha seios do mesmo tamanho de muitas meninas da minha idade. A partir daquele ano fui até dispensada das aulas de educação física.

Em 82, morávamos apenas eu e mamãe em casa, as outras três que moravam na nossa cidade já haviam se casadas e a Mariana estava casada com a Malú (Maria Lúcia), em Campinas, aliás, a Malú foi colega de classe da minha irmã Marlene em Campinas, as duas fizeram curso Normal. Foi neste ano de 82 que eu, mamãe, minhas irmãs e cunhados chegamos a um acordo, poderia viver como menina, mas somente em casa, na rua deveria ser mais “discreta”, assim, quando estava em casa, poderia usar saias, vestidinhos, blusinhas, lingerie, maquiagem, brincos (de pressão).

Acabadas as férias de julho, voltamos à rotina das aulas, estava na sétima série e quando estava em casa ficava me olhando no espelho de vestidinho e sonhando acordada com o Miro. Mamãe fazia aniversário no dia doze de novembro e neste ano completaria 50 anos, assim, comemoramos seu aniversário com um almoço no domingo seguinte, aproveitando o feriadão. Mariana e Malú também vieram e foi no sábado que conversei com ela sobre o Miro e acabei tendo uma decepção com algo que ela me disse, mas que eu já deveria ter imaginado. Ela disse mais ou menos isso: “Cé, eu acho que ele nunca vai te dar bola, se ele é gay ele goste de? Homem. E você é uma? Menina...”. Pior, ela tinha toda a razão o Miro nunca tinha nem me notado ou me dado bola.

Mariana não me deu apenas más notícias, me convidou para passar o réveillon em Campinas, onde eu teria uma surpresa e as férias de verão com ela a Malú e mais alguns casais de amigas em Ubatuba. Bom, claro que adorei poder passar todo o verão como menina e não como no verão passado que tive que passar com mamãe, irmãs, cunhados e quatro sobrinhos pentelhos no nosso ap. no Guarujá e ainda ter que ir à praia de sunga e t-shirt para “esconder” meus seios. Falando em esconder, foi Mariana que me ensinou, após perguntar a um cabeleireiro travesti em Campinas, as maneiras de “esconder” o pênis.

Chegou dezembro, Mariana não viria ao meu aniversário de 13 anos, que comemorava quase duas semanas antes do natal, dia 12, fim de ano letivo, mas compensou quando chegou no dia 20 junto com Malú, com lindos presentinhos para sua irmãzinha caçula. Foi um fim de ano maravilhoso porque todas minhas irmãs me deram presentes de menina, tanto no meu aniversário como no natal. Malú ficou em nossa casa até dia vinte e três e foi passar o natal na sua cidade, Uberlândia, com sua família, que não gostava da ideia de ela ser lésbica e voltaria dia vinte e seis ou vinte e sete para agente viajar para Campinas. Final de ano vocês sabem como é o movimento em salão de beleza né? Trabalhei muito no salão da titia, mas no dia 24, também sobrou um tempo pra me dar um trato, pé, mão, cabelos fora a graninha extra para a viagem e a surpresa dos presentinhos da titia e primas além dos esmaltes e batons, um estojo de maquiagem completo, biquínis lindos, um vestido para o reveillon branco, tomara que caia com o bustier marcado e renda em tule na barriga, mini até o meio da coxa e bem marcado na cintura e quadril, uma carteira e sandália salto dez prateadas. Amei claro.

Chegou o natal e escolhi um vestido vermelho frente única, clássico, até o joelho, brincos com pedrinhas vermelhas tipo pingente e um colar com ponto de luz vermelho também. Nos dias 26 pela manhã chegou a Malú e fomos as três para a casa da tia Maria Luíza na piscina e pegar um bronzeado, também nos dias 27 e 28, ninguém merece três caipiras branquelas na praia né? É sempre bom pegar uma cor antes de ir para a praia além de combinar com o vestidinho do réveillon. Última providencia antes da viagem, minha carteira de estudante, na época as carteirinhas eram datilografadas em letras maiúsculas e minusculas, então Mariana com uma lâmina de barbear e uma caneta preta, trocou a letra o do Marcelo pela letra e, e o ano de nascimento o número 9 pelo 8. Naquele tempo, as carteirinhas de estudante eram aceitas como documentos e com 14 anos a gente entrava em qualquer lugar, assim, Passei a me chamar Marcele.

Dia 29, após o café da manhã, seguimos viagem para campinas, no carro da Malú. Nenhuma novidade até dia 31, apenas descanso e alguns passeios pela noite em barzinhos e claro a Marcele na cozinha porque Mariana e Malú, ainda hoje são péssimas cozinhando e sempre fui muito boa no assunto. Dia 31, passei o dia fazendo as unhas e maquiando as três, e na hora de sair um toque de perfume, o meu que foi um presente da Marta Giogio Beverly Hills. Chegamos na casa da Érika, amiga da Mariana e Malú, onde ela morava com a mãe Dona Suzana e o irmão Eduardo, uma mansão próxima ao shopping Iguatemi e fomos recebidas pela dona Suzana acompanhada do namorado Celso, logo em seguida veio a Érika com a namorada Fernanda e por fim o Eduardo (lindo). Dona Suzana começou a me elogiar: “Quer dizer que você é a irmãzinha da Mari? Nossa, que linda que você é pessoalmente, muito mais que em fotografia, nossa gente com esse rostinho, estes olhos azuis e com este narizinho delicado ela não lembra Britt Ekland?”. Claro que amei receber este elogio. Apresentou outros convidados e fomos até uma mesa próxima à piscina. Foi quando Eduardo se aproximou com duas taças de champagne, me entregou uma, fizemos tin-tin e me disse que realmente eu era mesmo muito linda e que ele já tinha visto minhas fotos através de sua irmã. Neste momento Mariana cochichou no meu ouvido: “Essa era a surpresa, ele estava louco de vontade de te conhecer”. Bom, Mariana e Érika deram uma de cupido. Sentou-se ao meu lado e fiquei encantada com sua voz máscula, seus lindos olhos verdes “de família”, seus dentes perfeitos, barba super bem feita, Aquele perfume Bulgari que combinava perfeitamente com ele. O Eduardo tinha 17 anos, e faria 18 em maio, taurino, 1,88 de altura, forte, sem ser marombado, ombros largos, estava vestido com calça jeans, sapatos tipo sider, camisa branca com dois botões abertos deixando perceber o peito peludo o que já havia notado em seus braços.

Conversamos olhando nos olhos, eu encantada, quando fomos interrompidos pelo garçom que veio nos servir mais champagne, foi quando olhei a minha volta e percebi que as meninas já haviam saído da mesa e eu nem tinha me dado conta. Brindamos mais uma vez e tomamos a bebida, Edu me abraçou e me beijou longamente, meu primeiro beijo, fiquei nas nuvens não sentindo mais o chão sob meus pés, meu coração batia super rápido, sentir sua língua brincar com a minha a sensação deliciosa da ponta de sua língua acariciando meu céu da boca, nunca havia imaginado que um beijo fosse tão delicioso assim. Mais algumas taças de champanhe e nós só nos abraçando e beijando sob os olhares e sorrisos de aprovação das meninas e de sua mãe, agora poderia agradecer minha sogrinha e minha cunhadinha pelos elogios. Contagem regressiva, estouros de rolhas, alguns fogos, Eduardo me pega em seus braços, me beija e diz com um lindo sorriso “FELIZ ANO NOVO”. Tive certeza, vou ter um ano muito feliz, muito feliz mesmo, com aquele homem lindo comigo. Amei a surpresa Mariana.

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Cada comentário de vcs. me da vontade de mais relatar minha vida. Brigada mesmo.

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