Sempre fui um rapaz estranho. Não fisicamente. Não sou o cara mais bonito do mundo, mas tenho meus atributos que chamam atenção das mulheres. E de alguns homens também.
Sou branco, tenho estatura mediana, cabelos cacheados e curtos, olhos castanhos claros e sou magro. Sempre fui um bom aluno, o que me rendeu uma vaga em um bom curso em uma universidade federal aos dezessete anos.
Porém, o que aconteceu não tem muito a ver com isso. Pelo menos não diretamente. Acontece que tive uma infância perturbadora, talvez esse fosse o principal motivo de eu ser considerado estranho, quanto a minha maneira de agir.
Quando eu tinha sete anos, meus pais faleceram em um acidente de carro e eu passei a morar com minha tia, até então, solteira, bem-sucedida e sem filhos. Ela tinha um namorado na época, um homem bom, mas com problemas de alcoolismo. A princípio, ele gostava muito de mim, embora com o passar dos anos, ele tenha passado a me enxergar como um estorvo na vida de sua futura mulher.
Minha família não é muito grande. Minha tia trabalhava o dia todo e seu namorado, que se tornara seu marido, também. Eu passava muito tempo na escola, que era de tempo integral e quando não, estava em casa, mergulhado nos livros. Quando completei quinze anos, conheci alguns amigos que me apresentaram a um mundo completamente novo. Eu tive meu primeiro porre aos quinze anos, mas logo minha tia fez com que eu me afastasse dessas amizades, mas o que ela não sabia é que eu sentia muita falta das brincadeiras e das coisas que nós fazíamos juntos.
No decorrer desses anos, minha relação com o marido da minha tia não melhorou muito. Brigávamos constantemente e piorou um pouco mais quando eles tiveram seu primeiro filho. Eu me sentia enciumado, achando que nunca teria um lugar pra mim com aquela criança em casa.
Aos dezessete anos, houve uma trégua entre nós. Ele passara em um concurso da polícia federal e conhecera alguns amigos interessantes, que passaram a frequentar nossa casa. Dos vários que apareciam, o que mais me chamava a atenção era Danilo.
Sempre tive tendências homossexuais, mas nunca demonstrei isso. Nunca fui afeminado e nunca tinha tido nenhum tipo de relação com outros homens. Mas eu sempre assistia vídeos e tinha curiosidade de saber como seria fazer sexo com outro homem.
Danilo era um homem alto, por volta dos trinta anos, usava barba e tinha um corpo que parecia ter sido escultural em algum momento de sua vida. Na época que eu o conheci, ele estava um pouco acima do peso, mas tinha o rosto muito bonito.
Certa vez, aconteceu de meu computador dar uma pane e precisar urgente de um conserto. O marido da minha tia estava em casa no momento e eu pedi ajuda pra ele, pois sabia que o Danilo era o cara que consertava os computadores da polícia. Eu imaginei que seria coisa boba, mas houve um problema sério com uma peça do computador e ele teve que resgatar todos os arquivos. Quando ele disse isso pelo telefone, meu coração gelou, pois eu sabia que havia alguns filmes que seriam bem constrangedores de ele ver.
Desde aquele dia, sempre ficou um clima tenso entre mim e Danilo, mas ao mesmo tempo, ficou no ar aquela curiosidade. Ele me olhava, às vezes, com olhos inquisidores, que me faziam sentir culpado, mas, às vezes, eu imaginava que ele estava me olhando com desejo e isso era estranho e excitante ao mesmo tempo.
Um dia, estávamos todos reunidos na casa da minha tia e Danilo estava sentado de frente para mim em uma mesa de jantar. Ele me oferecia vinho de vez em quando e eu já estava ficando meio tonto. Ele sorria e me olhava de um jeito estranho e eu imaginava que todos da mesa já estavam percebendo aquilo.
Naquela noite, Danilo não voltou para casa. Ele dizia não estar em condições de dirigir e pediu para dormir em nossa casa. O marido da minha tia prontamente disse que sim, e nós dividiríamos o quarto aquela noite. Quando fui avisado desta notícia, meu coração ficou acelerado.
Como ele não tinha levado roupas, Danilo deitou-se em minha cama só de cuecas e eu dormi em um colchonete ao lado da cama. Fiquei nervoso de saber que tinha um homem dormindo seminu na minha cama, ao meu lado, mas tentei fingir que estava dormindo.
― Sabe, cara ― ele falou e meu coração quase sai pela boca. ― Eu acho você um cara muito inteligente.
Eu sabia que ele estava meio bêbado, pois só era assim que ele, geralmente, puxava assunto comigo.
― Eu sempre quis te perguntar uma coisa, mas não quero que você me leve a mal ― ele continuou e eu fiquei calado, como se ele não estivesse falando comigo.
Ele levantou a cabeça e olhou para o colchonete no chão. O quarto não estava completamente escuro e eu pude ver que ele mostrava um sorrisinho no rosto, algo que me fez ficar corado.
― Eu encontrei alguns filmes no seu computador. Há algum tempo.
Eu congelei. Até então eu só tinha desconfianças, mas agora eu tinha certeza. Eu estava perdido. Ele iria falar (se não já tivesse falado) para minha família do meu segredinho que eu guardara durante todos esses anos.
― Não precisa ficar assustado. Eu não vou falar nada para seus tios. Você está a salvo comigo. Eu só queria perguntar se você já fez alguma coisa... Você sabe...
Eu engoli em seco. As palavras pareciam congelar na minha garganta e eu, depois de muito tempo, consegui sussurrar um “não”. E não era mentira. Apesar de todos os desejos, eu nunca tinha feito nada além de me masturbar para fotos e vídeos.
― Eu já notei que, às vezes, você me olha diferente e eu acho você um menino muito interessante, inteligente...
A essa altura, ele tinha baixado a mão dele, que acariciava meus cabelos. Eu senti um medo extremo. Alguém poderia entrar naquele quarto e nos pegar naquela situação completamente indevida.
― Eu poderia lhe beijar? ― ele perguntou, de uma maneira muito doce.
Meu coração sairia a qualquer momento pela boca e eu o sentia martelar meu peito com toda a força que lhe era dada. Danilo não esperou a minha resposta, apenas rastejou até o colchonete e me beijou. No começo, fiquei parado, apenas sentindo o hálito dele. Cheirava ao antisséptico bucal com um toque de vinho no fim.
Eu sentia sua barba roçar no meu rosto e eu senti vontade de empurrá-lo para o lado, mas eu estava tão chocado, que não parecia capaz de empurrar uma folha de papel. Então eu beijei seus lábios. Abri minha boca e senti a língua dele invadir minha boca. Eu estava alucinado e sentia todo aquele corpo peludo roçar no meu.
Ele beijou o meu pescoço e foi descendo pela minha barriga. Ele arrancou o meu pijama com a habilidade de um profissional. Passou o nariz pelo meu pau que estava em riste, mas não se deteve ali. Sua língua passou pelo meu cuzinho, que sem nenhuma premeditação, eu tinha raspado naquela manhã.
Nunca tinha sentido tal sensação. Sua língua macia lambendo as beiradas do meu cu e eu tendo que controlar para não gemer alto. Ele ficou lá por um bom tempo, fazendo movimentos com a língua que me arrancavam suspiros rápidos e deliciosos.
Em uma meia luz, vi ele se levantar e pedir pra eu ficar de joelhos na frente dele. Ele tinha uma barriguinha saliente, mas nada exagerado. Vi um volume na sua cueca e quando eu retirei pude sentir o aroma delicioso que emanava do pau dele. Ele não era muito grande, mas era grosso e tinha uma cabeçona vermelha deliciosa.
Eu já tinha entendido o que ele queria que eu fizesse, então, eu caí de boca naquela rola. Achei estranho no começo. Era um gosto diferente, mas eu estava aprendendo a gostar. Logo eu comecei a imitar aqueles atores dos filmes, chupando com ferocidade o cacete do meu macho. Ele gemia baixo e tremia todo quando eu colocava suas bolas na minha boca.
Ele me colocou deitado de frango assado e cuspiu no meu cu. Eu não sabia que ele faria aquilo, pois se soubesse, teria me preparado melhor. Quando senti a cabeça do pau dele invadir a entrada do meu cu, quase gritei, mas ele sufocou meu grito com as mãos grandes e másculas.
― Deixa eu meter, por favor ― ele pediu.
Doía como o diabo e eu sentia meu cu arder em chamas. Eu sabia que devia estar sangrando, pois já ouvira falar que sangrava um pouco, geralmente. Depois de um tempo, ele metia devagarzinho e pediu pra eu ficar de lado. Ele meteu regularmente e eu gemia de dor e de prazer. Senti meu macho esporrar dentro do meu cu e só então eu notei que ele não estava usando camisinha. Fiquei com medo, pois era muito arriscado.
Ele se afastou um pouco, nenhum de nós disse uma palavra. No meu cu escorria a porra dele e eu estava extasiado de medo e prazer. Danilo me deu um beijo na boca e me abraçou por trás. Ficamos assim por horas, até eu me levantar pra me limpar. Ele dormira como um bebê. Naquela manhã, eu o acordei com um boquete.