Eae pessoal, vou começar pedindo desculpas por esse conto ser um pouco longo, mas ele é mais como uma forma de contar uma parte da minha vida. Como um desabafo mesmo. É uma história verídica,embora somente meu nome e do carinha mais lindo sejam os verdadeiros.
Eu morava em Minas Gerais com meus pais, enquanto uma de minhas irmãs, Paolla, de 32, estava casada morando em Nova Friburgo-RJ e a outra, Graziela, de 25, outra estava no Rio de Janeiro-RJ. Meus pais são completamente homofóbicos e eu nunca me assumi pra eles por conta disso. Fui morar no Rio, com minha irmã, pois como eu morava no interior de Minas ,não teria tanto futuro profissional como esperava, então resolvi mudar de colégio e juntamente, de cidade. Bom, era dia 03 de fevereiro de 2014. Primeiro dia de aula, e eu estava totalmente perdido, afinal, não conhecia absolutamente nada daquele lugar. Como de costume, cheguei um pouco atrasado e logo depois de encontrar um dos inspetores do colégio, localizei minha sala. Eu estava no segundo ano do ensino médio. A professora já estava presente e aplicando a matéria. Sentei no primeiro lugar que eu encontrei, além de estar tudo lotado, esse era o mais perto, perto da porta, claro, e bem no fundo da sala. Foi a pior escolha que eu fiz, eu estava totalmente desorientado, fora da fila e toda vez que a porta abria ela se fechava em mim. Mas ai, aconteceu a melhor coisa da minha vida, e eu mal percebia. O cara mais lindo da minha vida estava do meu lado, eu só fui descobrir minutos depois que ele estava me encarando, mas não de cara fechada ou zangado, e sim com os olhos brilhando. Ah!! Aqueles lindos olhos de mel. Eu não consigo descrever o que eu sentia no momento, só sei que era algo forte, e bom, muito bom. Tentei me apresentar e perguntar o nome dele, mas a troca de olhares durou pouquíssimos minutos. Pra minha sorte, não tive tanto trabalho com isso. Porque no segundo tempo a professora de Português entrou em aula já perguntado o nome de todos os alunos e todas aquelas coisas. Foi quando ela me mandou sair daquele perfeito e horrível lugar que eu estava sentado pois estava desorganizando a classe. Que nada, depois daqueles olhinhos brilhantes não existia mais nada pra mim. A professora, Ana, me perguntou meu nome e essas coisas, eu disse:
(Eu)- Mathews, Mathews Garcia. Vim de Minas Gerais.
E ai começou toda a sequência de perguntas e respostas sobre nomes e antigos colégios. Na minha classe poucos eram os veteranos. E foi quando eu finalmente descobri o nome daquele cara incrivelmente lindo. Era Gabriel Mota.
Passado alguns dias, eu já havia me enturmado, andávamos sempre juntos: Eu, Rodrigo e Guilherme, primo do Rodrigo, de 19 anos. Por mera coincidência o Guilherme era irmão mais novo do Gabriel. Ele tinha 16 e o Gabriel, 18 ( eu também tinha 16, e faria 17). Depois de pegar intimidade com eles, comecei a frequentar a casa do Gu ( Guilherme ), e cada dia com mais freqüência passava a noite lá. Eu dormia na cama do Gu enquanto ele dormia na cama de casal com o irmão, o que não vejo problemas, tendo em vista que os 2 eram héteros.
Em um final de semana desses que dormi por lá, fiquei mais a vontade pra puxar um assunto com o Gabriel e perguntei, estupidamente, se ele tinha namorada ou algum compromisso, e foi quando ele levantou a mao direita e eu vi UMA PUTA DE UMA ALIANÇA NAQUELE DEDO!!! Começei ficar um pouco ofegante mas nada perceptível. Depois de voltarmos de uma social e irmos pra casa dos meninos, fiquei a noite inteira pensando naquela cena da aliança. Fomos todos tomar café, com exceção do Dig ( Rodrigo ), que havia ido embora mais cedo. Depois do café, fiquei assistindo uns filmes de ação e outros de romance com o Gu, e o Gabriel ficava no celular conversando com a namoradinha. Depois de assistirmos um top 5 de filmes românticos, perguntei ao Gu se o Gabriel já ficou ou teve algo com um homem e ele me disse:
(Gu)- Cara, não sei. Acho que não mas, se você quer mesmo saber, por que não pergunta pra ele?
(Eu)- Não, não. Mas se eu perguntar, ele leva a pergunta numa boa? Tipo, a gente não tem tanta intimidade assim cara.
(Gu)- Matt, relaxa, maninho é tranqüilo cara. Mas diz ai, você sente alguma coisa por ele ne? Eu percebi que aquele dia que você perguntou sobre relacionamento com ele você ficou todo estranho, não falava nada e muito menos dormia.
(Eu)- Ah, to completamente apaixonado por ele.
(Gu)- Ih, fudeo, hahaha.
(Eu) – Voce acha que ele notou alguma coisa?
(Gu)- Não cara, ele já teria vindo falar com você sobre o relacionamento dele.
E ai o Gu me contou que sempre que, normalmente, alguma mina dá em cima dele ele faz todo um discurso de amor, fidelidade e do sentimento que ele tem pela namorada, Juliana. É tudo parte do romantismo dele. Sempre foi assim. Depois de um tempo pensando em tudo e todo o discurso, tomei coragem e fui falar com ele. Perguntei se ele tinha alguma coisa contra gays, se ele já ficou com algum homem e tals, e ele me disse exatamente assim.....
Continua em breve....
Deixo aqui um recadinho, recomendo que não só leiam todos os contos como também leiam livros . É importante praticar a leitura e a escrita. Obrigado!!
