Semestre in Love. 5 capitulo

Um conto erótico de Luckas Borges
Categoria: Homossexual
Contém 2614 palavras
Data: 20/02/2015 17:43:33

Anteriormente em GAY – Semestre in Love

(~lê: voz de narrador)

- Drogas???

Os professores encontraram um envelope esquecido na grama perto da piscina. Os entorpecentes estavam jogados no local onde os jovens reuniram-se para uma festinha na noite anterior. Quem seria o responsável?

O mistério envolveu nossa trama. Assunto para leitores com “faro” policial.

LIZI: A garota anda muito estranha (opinião de Tatiane). Sumiços, segredinhos, conversas secretas pelo celular, nervosismo, inquietação, e agora, envolvimento com algum “objeto” secreto e pessoas desconhecidas.

IAN: Ele parece um anjinho (opinião de Lizi). O garoto já chegou “causando” no colégio. Tatiane e Derick não vão com a cara dele (ou pelo menos, não iam), já Lizi gostou dos “cachinhos” desde o primeiro dia. No capítulo anterior, Derick e Kaio o flagraram procurando algo, visivelmente nervoso.

MICHAEL: Ele não é o tipo de garoto para Tatiane (opinião de Derick). Teve sua primeira aparição nesta temporada. O garoto parece interessado em Tatiane e segundo ela, as cartinhas românticas têm sido enviadas por ele. No capítulo anterior o garoto entregou algo secreto para um colega de quarto que classificou o conteúdo como: “muito boa”.

DERICK: Eu sou um coelho (opinião própria): O adolescente continua escondendo seu conflito amoroso. Após ser colocado no mesmo quarto que Ian, Kaio e Lucas, ele resolveu que seria melhor acampar sozinho na mata. No capítulo anterior revelou o local para as amigas.

TATIANE: Garotas de óculos ficam mais simpáticas (opinião de Michael): A garota está radiante com as cartinhas de seu admirador secreto “supostamente Michael”. Ela reparou que Lizi anda diferente, cheia de segredinhos e novas companhias. Está preocupada com a amiga.

LUCAS: Você não foi hétero quando me beijou (opinião de Derick): O garoto é um cretino. Deixou bem claro que as “noitadas” que tivera com Derick foi apenas “curtição”, nada sério. No último capítulo estava passando mal, talvez pelo chute que Derick o deu quando foi assediado.

KAIO: Precisa ter um lance com o Derick (opinião dos leitores inconformados): Nesta temporada estamos conhecendo um pouco mais de sua “personalidade” e aprendendo que aparência e inteligência são duas coisas distintas. No momento está ocupado tentando conquistar Tatiane através de cartinhas anônimas.

E isso é o que está acontecendo em GLEE, ops... (corrigindo) GAY (hihihhi)

Acampamento – Após o Almoço – 3º dia

- “Drogas”. Dá para acreditar? – Derick e Tatiane caminhavam perto do cercado onde os cavalos descansavam sob a luz do sol. Por mais que o coordenador tenta-se abafar o acontecido a fofoca deu um jeito de se espalhar rapidamente. – O pior, é que o traficante pode ser qualquer um por aqui. Já pensou se ele estiver armado? – Derick vira-se para a esquerda e percebe que Tatiane estava com pensamentos distantes. – Ei, você está ouvindo?!! – empurra a garota.

- Ai. Precisa empurrar?!! – Ela se assusta – Estou com uma coisa que não sai da cabeça – Os dois sentam-se sobre a cerca de madeira aproveitando a sombra dos pés de manga.

- E o que é? – Derick ajeita-se, procurando uma forma mais confortável de sentar-se – Deixe-me adivinhar – ele sorri – Michael?!! – completa desviando o assunto.

- Não é isso – Derick repara que a amiga estava preocupada.

- Então o que? – Ele esquece a brincadeira e volta a falar sério.

- É a Lizi. Está estranha. Distante. Você não reparou? – Derick desvia o olhar para o prédio ao longe. Ultimamente ocupou a mente apenas com os próprios problemas. Esqueceu-se que eram um trio, e que as amigas precisavam de sua ajuda. – Ele respirou fundo, sentiu-se mesquinho.

- Ando muito distante. Perdão – Ele olha para a amiga que observava uma manga apodrecendo no chão.

- Pelo menos você não anda guardando segredos – ela olha para o amigo que sente um nó na garganta. Infelizmente o que Tatiane falara não era totalmente verdade.

- Não vou mentir Tati. – Ele voltou a olhar para o prédio observando garotas sentadas no batente de uma janela e zombando de uns carinhas magrelos que jogavam bola por ali – Segredos todos nós temos – continuou – e se guardamos alguns, talvez seja para o bem de quem amamos – Desta vez sentia-se mais leve para falar sobre o assunto, já que não estava tão interessado em Kaio.

- Sim. Nisto você tem razão. – Ela ajeita o óculos, desce da cerca e fica de frente para o colega – Mas eu tenho medo de que estes segredinhos da Lizi estejam ligados com – ela hesitou...

- Com o que? – Derick já previa a resposta, mas ainda assim perguntou.

- Com essa coisa das Drogas – Tati completa falando baixinho.

- Nossa. Você está louca. A Lizi seria incapaz de se envolver com essas porcarias – Derick pulou da cerca preocupado com o que a amiga sugerira.

- Mas Derick – continuou – Ela anda de conversinhas escondidas e ontem à noite... – Tatiane faz uma pausa sentindo o coração apertar.

- Fale logo mulher, você quer que eu tenha um ataque – ele já estava inquieto.

- Eu a vi pegar alguma coisa com um cara no escuro – Tatiane olha ao redor certificando-se de que ninguém ouvia a conversa, então completou – perto da piscina.

Derick recusa-se a acreditar que a amiga tinha algum envolvimento, mas ainda assim, era muita coincidência já que as drogas foram encontradas no mesmo local.

- Eu conheço a Lizi desde a quinta série. Somos unha e carne, abacate e caroço – Tatiane estava ficando enraivecida pelo amigo não dar crédito, ele, entretanto, só não queria demonstrar que também estava preocupado. - Como explicar o fato dela andar mentindo sobre o que faz quando some? – Tatiane respira fundo – Eu a segui e vi tudo, depois veio com historinha de que estava com outras “amigas”. Sem falar que até a senha do celular mudou (eram intimas a ponto de uma futricar o aparelho da outra).

- Entendo você amiga – Os dois apoiam-se na cerca e observam alguns cavalos levantando-se. – Mas tenho minhas dúvidas – Derick prossegue – e digo mais, o Ian também esconde alguma coisa.

- Por quê?

- Hoje de manhã, o surpreendemos procurando algo. Quando entramos no quarto, ficou nervoso, parecendo que tinha visto a polícia.

Um instante de pausa.

- Nunca gostei desse cara. O jeito que ele nos olha é estranho. Certamente está envolvido. – Tatiane presumia coisas sobre o rapaz sem nem ao menos conhecê-lo, fazia um prejulgamento que estranhamente incomodava Derick.

***

Acampamento – Fim de tarde – 3º dia

Mais uma noite tornava a chegar. Em dois dias o acampamento terminaria, seguido de duas semanas que os estudantes passariam em casa antes do retorno ao período escolar. Derick estava sentado sozinho na calçada, observando o escurecer e pensando na vida. Nos últimos meses deixou tantas coisas de lado para se trancar em seu mundinho egoísta.

Tatiane estava apaixonada por um cara que também gostava dela. Tinham tudo para dar certo, mas Derick, mesmo sabendo que Kaio e não Michael era quem escrevia as cartas, preferia não se envolver. Mas agora, precisava acordar para a realidade, precisava ajudar a amiga alcançar seu grande amor.

E quanto a Lizi? Como que a amiga foi se envolver com drogas? Ou melhor, ainda não sabemos se essa suspeita é verdadeira. Era hora de fazer alguma coisa em relação, mas, o que? Como agir sem magoá-la?

O último raio de sol sumiu no horizonte e uma leve brisa começou a soprar. Os passarinhos depois de muito barulho calaram-se. No arredor do prédio de dormitórios o cheiro do jantar sendo preparado perfumava o ar e alguns jovens insistiam em jogar futebol ou vôlei mesmo já não sendo possível enxergar muito bem.

Derick observou os postes serem ligados e do meio da escuridão, descendo a estradinha de pedras, vinha Lucas com a mão tapando a lateral da boca. Ele caminhava em passos apressados, passou pela entrada e subiu as escadarias ao dormitório.

- Oi Coelhinho. – Lizi aproximou-se e sentou-se ao lado do garoto passando as mãos envoltas aos braços magrelos. Aquela noite seria um pouco fria.

- Oi flor. Está tudo bem?

- Nossa. Você falou como se não tivéssemos passado praticamente toda a manhã juntos – Lizi observa a noite iluminada pela luz alaranjada dos postes. Ela estava sorridente como sempre. Parecia que Lizi nunca ficava triste, a garota sempre estava de bom ânimo.

- Força do hábito – Derick sorri examinando a amiga com os olhos para ver se notava algo “estranho”. - E a Tati?

- Quando desci estava tomando banho. Você reparou que ela anda esquisita?

- Como assim? – Uma estranhando a outra? Era só o que faltava! – Derick pensava.

- Sei lá. Desde ontem ela tem feito umas perguntas diferentes, fez questão de ficar sozinha no quarto. (Tatiane aproveitava este momento para procurar alguma coisa suspeita nas coisas de Lizi).

- Deve ser por causa do Michael – Derick tenta disfarçar o motivo da “estranheza” da colega. Eles permanecem alguns minutos em silêncio e a mente de Derick insiste para que ele tente descobrir algo.

- Amiga – Derick segura a mão de Lizi – Olha para mim – Eles se encaram olho no olho e então Derick prossegue – Você sabe que pode contar comigo né? Se algum dia acontecer alguma coisa (tipo você estiver usando drogas), por mais triste que seja, pode se abrir comigo, ok?

Lizi ficou nervosa com a declaração inesperada do amigo. Ela puxou a mão e levantou-se,

- Claro que confio em você, seu bobo – Lizi sorri forçadamente – Agora vem, já vão servir o jantar. “Será que ele desconfia de algo” – pensou enquanto caminhavam para o refeitório.

***

O barulho de talheres estava alto. Todos aproveitavam os últimos dias de acampamento. A fofoca das drogas ainda pairava sobre o local, mas este não era o assunto principal.

- Você não acha que a Tatiane está demorando mais que o normal? – Lizi repara, já que a amiga sempre era a primeira a chegar no horário das refeições.

- Ela já deve descer – Derick responde observando o movimento. Repara que Lucas estava quieto sentado perto de uma janela. Ele jantava lentamente e sua boca parecia – apertou os olhos para ver melhor – parecia machucada?!! O que teria acontecido? Ao lado estava Michael e sua turminha, que riam ignorando a “solidão” do companheiro.

- Eu vou procurá-la, já volto – Lizi levantou-se e Derick ficou observando-a seguir para a saída. Na porta, a garota encontrou-se com Ian e juntos subiram para o lado dos dormitórios.

- Ian e Lizi? – Os pensamentos fluíram na mente investigativa de Derick. A cena de Ian nervoso no quarto voltara com força, Derick precisava saber por que os dois foram juntos para o dormitório, teria esse encontro sido apenas uma “coincidência”. Ele levantou-se, precisava desvendar o mistério de uma vez por todas.

***

Derick seguiu os dois cuidadosamente escondendo-se nos locais escuros. Ao chegarem à escada os garotos se despediram e cada um tomou um corredor diferente. O da esquerda dava para o dormitório masculino e o da direita para o feminino. A curiosidade ainda ardia na cabeça do garoto, então resolveu que seguiria Ian.

Ele esperou no início do corredor até ouvir a porta do quarto ser fechada. Caminhou lentamente pelo piso de madeira, olhou para os dois lados certificando-se de que não havia ninguém por ali e finalmente colocou o olho pelo buraco da fechadura. Infelizmente não era possível ver o que Ian fazia sentado no beliche, o fato era, ele remexia a mochila.

Derick continuou observando, ao mesmo tempo em que se certificava de que ninguém vinha pelo corredor. Tornou a colocar o olho na fechadura e então viu o que queria. Ian, com um copo de água e um frasquinho alaranjado de onde tirou o pequeno comprimido branco. Estava confirmado. Ian era o responsável pelas drogas.

O garoto retirou-se rapidamente para não ser percebido, seguiu pelo corredor até a escada. Ao invés de descer entrou no acesso ao corredor do dormitório feminino, algumas garotas que estava por ali estranharam, mas, não disseram nada. Derick chegou a tempo de ver Lizi nervosa e Tatiane com cara de bolacha.

Tretas no dormitório feminino

A porta do quarto foi aberta e Lizi surpreendeu Tatiane remexendo sua mochila. Antes a garota não se importaria (fazia o mesmo com a da colega quando queria algo emprestado), mas agora, era diferente. Ela escondia algo e por isso deu uma crise de tremelique ao ver a cena.

- O que está fazendo? – Perguntou observando Tatiane se afastar.

- Eu, eu... – Tatiane gaguejou.

- Eu, eu... o que? – Lizi aproxima-se da mochila um tanto nervosa.

- Só estava procurando o maiô que te emprestei – Tatiane tenta disfarçar e observa Derick entrar porta adentro.

- É o Ian – Ele disse com o coração quase saindo pela boca.

- É o Ian o que? – Tatiane pergunta não entendendo sobre o que o amigo falava.

- Que está com as drogas – Derick é direto e só então cai a ficha de que alguma coisa acabara de rolar ali – O que houve? – Perguntou.

- O que houve é que a Tatiane é muito enxerida – Lizi é direta e todos ficam atônitos.

- Ei. Desde quando querer o seu bem é enxerimento? – Tatiane não gostou da forma que Lizi falou e revidou.

- Como assim querendo o meu bem? – Lizi não entendia o que aquilo tinha a ver com ela revirar suas coisas.

- Não finge Lizi, nós já sabemos. – Tatiane é direta e após uma pausa observa a garota virar-se com os olhinhos lacrimejando.

- Me desculpe – uma lágrima tímida começa a correr – eu não resisti – Lizi observa Derick trancando a porta.

- Tudo bem amiga, vai ficar tudo bem – Ele senta-se na cama e abraça a colega que desaba as lágrimas sufocantes.

- É que ele é tão encantador – Derick olha para Tatiane que estava com o coração partido ao ver o desespero da amiga.

- Eu entendo amiga. Logo vi que vocês tinham uma amizade muito estranha. Nunca fomos com a cara deste Ian – Ele continua consolando a garota.

- Como assim o Ian? – Lizi levanta a cabeça secando as lágrimas.

- Eu segui vocês a pouco e o vi com os comprimidos no quarto.

- Comprimidos?!! – A garota não estava entendendo nada.

- Sim amiga. Como disse, já descobri que ele é o tal do traficante. Vai ficar tudo bem, depois contamos para o coordenador.

- Espera ai – Lizi levanta-se confusa – traficante, comprimidos???!!! – pensa uns minutos e só então entende tudo – Vocês estão achando que eu estou metida nessa história das drogas? – Ela encara os dois.

- E não está? – Tatiane toma a frente na conversa.

- Então era isso que você estava procurando na mochila? Drogas? – Lizi abre um sorrisinho de alívio.

- Me desculpe amiga, mas você anda muito estranha. Cheia de segredinhos, sumidinhas e tal. – Tatiane praticamente queria que a garota confessa-se algo do qual era inocente.

- Espera ai – Derick interrompe a discussão – Se você não estava chorando por causa das drogas, qual era o motivo??! – Os dois encaram a amiga que volta a ficar nervosa e lacrimejar. Ela olha para o teto e abre uma bocarra.

- Me perdoa Tati – estava inconsolável – Por favor – chora descontroladamente.

- Ai meu Deus. O que deu em você?!! – Tatiane olha para Derick, agora era ela quem estava confusa.

Ainda aos prantos Lizi abre a mochila e pega no bolso secreto dois papéis e entrega-os ao Derick.

- OMG – O garoto não sabia se sorria, se ficava sério, simplesmente foi pego de surpresa.

- O que é isso? – Tatiane já estava comovida com o choro da colega.

- Prefere que eu conte ou você conta? – Derick pergunta observando Lizi tentando se acalmar.

- Eu, eu... – ela hesita um instante olhando para o chão – Eu estou ficando com o Michael – Tatiane fica paralisada e Lizi novamente abre a bocarra inconsoladamente. Por um lado ela não conseguia esconder a felicidade de ter um namorado e por outro o peso na consciência de ter deixado a amiga se iludir.

O papel nas mãos de Derick era uma cartinha que os “amantes” trocaram na noite anterior. Sim, sim... o objeto misterioso, era uma cartinha que Michael dera para o amigo entregar para Lizi e assim não levantar suspeitas, mas Tatiane assistiu dos bastidores e entendeu tudo errado.

Leiam com muita atenção o conto capitulo 13.

Bjs!

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Comentários

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Muito bom, só deveria aumentar a história com mais detalhes. Abraços

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