Boa tardeeee!!!
M/A: Eu concordo em partes contigo, só discordo da parte que você diz que ele não tem que confiar nos outros. Pensa bem, se ele confia em mim ele não precisa nem se preocupar com os outros, sou eu quem está namorando com ele e não os outros. Acho que a confiança é tudo em um relacionamento. Eu vou parafrasear o que tu falaste, só faço uma mudança: Quem CONFIA, ama, guarda, protege, confia no seu amor. Beijooo
Rafagyn: Será que ele deu em cima mesmo? Kkkk Os próximos capítulos vão esclarecer essa amizade. Abraço!
Talys: Concordo contigo, Talys! Eu não suporto essa falta de confiança, pra mim confiança é TUDO. Beijuuu
cintiacenteno: Eita, Jackie Chan! Kkkk Mas gente, a menina é o oriente em pessoa! kkk Malvado mesmo! Nesse período a coisa toda foi foda, viu? Beijuuuuu
mille***: Pedra não, uma rocha! Concordo plenamente contigo, mille***! E o Thi com certeza estava vendo coisas que não existiam, quanto ao Bruno e ao marido dele, isso vocês só vão descobrir no capítulo 29. Menina, tu ainda não viste nada! Quando eu rodo minha baiana, sai de perto! Kkkkkk Mil e um beijos!
€$: Meu caro, pobre todos somos! Só o Rafagyn que vai ser engenheiro e vai ter um montão de dinheiro. Kkkkk Verdade! Pode ser isso também, esse período foi bem difícil mesmo, o foda é que sai de um momento péssiomo e entrei em outro quase tão péssimo quanto ao primeiro. Paciência! Abraço!
Plutão: Teu comentário não foi dirigido a mim, mas me atrevo a responder. (Até por que o Thi não acessa a minha conta aqui) Eu concordo plenamente contigo também, Plutão! Acredito muito que sem confiança é impossível haver amor. Mas infelizmente, as vezes, a gente só aprende isso apanhando da vida. Um beijão pra ti, cara!
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- Eu não tô acreditando que tu estás fazendo isso.
- Não sou eu quem está fazendo alguma coisa. Quem está fazendo uma baita de uma burrada és tu, Thiago! Olha o que tu fizeste. – Falei mostrando as marcas dos dedos dele no meu braço.
- Eu não fiz isso!
- Mas que cara de pau! Quem foi que me segurou à força lá no jardim ainda pouco?
- Desculpa, desculpa, desculpa, amor! Eu jamais te feriria.
- Mas feriu não é, Thiago? Eu não quero conversar sobre isso agora, me deixa sozinho por favor?
Ele saiu do banheiro sem dizer mais nenhuma palavra. Eu já não estava mais aguentando todo aquele ciúme dele. Eu não queria brigar, não mesmo! Depois de tudo o que passamos ele faz isso? Logo agora que já está acabando?
Eu tomei meu banho rápido e fui me deitar. Eu fiquei rolando na cama por horas, não conseguia dormir de jeito nenhum. No meio da madrugada eu escuto a porta do meu quarto ser aberta e sinto alguém deitando ao meu lado.
- Eu não te falei que eu não queria que tu dormisses comigo hoje?
- Eu sei! Mas eu estou me sentindo muito mal pelo o que eu te fiz.
- Thi, eu te falei para confiar em mim. Eu nunca te dei nenhum motivo para que tu pudesses desconfiar de mim. Ciúmes do Bruno? Logo dele? Ele que fez a gente se reconciliar? Isso é muita infantilidade da tua parte.
- Eu sei, eu sei de tudo isso! Me desculpa por favor?
- Não, Thi! Eu não te desculpo! O que adianta eu te desculpar e logo depois tu cometes o mesmo erro? Acho que a gente precisa de um tempo para pensar.
- Tu estás acabando comigo? Tu estás me deixando de novo?
- Não! Eu falei que eu queria terminar, por acaso? NÃO! Não falei! Eu só quero um tempo sozinho, será que é tão difícil de me dar isso? Amor, eu te amo, te amo demais! Não me incomodo em te ter sempre ao meu lado, eu gosto disso, mas de uns meses pra cá tu estás cada dia mais descontrolado, toda hora me acusando de alguma coisa, toda hora vendo coisas que não existem. Eu, sinceramente, já não tô mais aguentando isso.
- Eu sei! Mas quando eu vejo eu já tô fazendo coisas que eu não queria fazer.
- Essa desculpa não vai colar comigo, Thiago!
- Não é desculpa! Eu só... não sei! – Ele ficou calado por um bom tempo – Eu só tenho medo de te perder!
- Eu também tenho medo de te perder, mas nem por isso eu te impeço de conversar seja lá com quem for.
- Mas tu nunca me viste quase morrer, Antoine! Eu te vi naquele hospital em coma, isso acabou comigo. Eu.. eu... eu... te amo demais para eu te perder para outra pessoa.
- Quantas milhões de vezes eu vou ter que te falar que eu jamais te trairia?
- Mas...
- Não, Tiago! Não tem justificativa nenhuma para o que tu andas fazendo.
- Amor, eu vou tentar me controlar, eu te juro!
- E se tu não conseguires, Thi?
- Eu vou conseguir!
- Thi, eu não vou ficar em uma relação onde a pessoa que eu amo não confia nem um pouquinho sequer em mim.
- Tu sempre fazes essa ameaça.
- Que ameaça?
- Essa de terminar comigo.
- Eu não estou te fazendo ameaça, Thi! Eu não quero terminar contigo, entende isso de uma vez por todas. Eu só estou te falando que se tu não confiares em mim, as coisas vão ficar bem difíceis entre nós, nosso amor vai se desgastar aos poucos.
- Eu não vou deixar isso acontecer! Eu não quero que isso aconteça!
- Eu também não, Thi! – Falei virando de frente para ele.
- Eu te amo! – Ele falou com a boca bem próxima à minha.
- Eu também te amo!
Ele me beijou.
- Posso dormir aqui agora?
- Pode! Pode, sim!
Ele me puxou para mais perto dele e ficamos abraçados, ele logo adormeceu, mas eu não conseguia dormir de jeito nenhum. Acho que a ansiedade para fazer logo o transplante não me deixaria dormir durante os próximos três dias.
*************
Quando chegou o dia 14 de dezembro, eu fui para o hospital. Eu ficaria internado lá até o dia 16, pois nesse dia seria realizado o transplante. No dia 15, a Pâmela foi me visitar.
- Oi, amigo!
- Oi, Pam!
- Tudo bem?
- Tudo sim!
- Tá ansioso?
- Tu não imaginas como.
- Ah, imagino sim! Eu também estou muito ansiosa, já não tenho mais unha. – Ela falou sorrindo.
- Pam, eu nunca vou conseguir te agradecer pelo o que tu estás fazendo por mim.
- Não, precisa me agradecer, Antoine. Eu te disse que tu poderias contar comigo, lembra?
- Lembro, sim! Mas muito obrigado, muito obrigado mesmo, Pam! Mesmo eu sabendo que não existe nada nesse mundo que seja suficiente para expressar minha gratidão por ti, eu te agradeço. – Falei chorando.
- Não precisa me agradecer, de verdade! Se não fosse eu, qualquer um dos nossos amigos fariam a mesma coisa por ti.
- Obrigado! Obrigado por tudo!
- Bom, eu só vim aqui te visitar rapidinho, eu preciso ir agora. Mas amanhã nós nos encontramos. – Ela falou me dando um sorriso e limpando minhas lágrimas.
- Até amanhã, Pam!
- Até! – Ela falou me dando um beijo na bochecha.
- Pam! – Eu chamei quando ela já estava saindo – Obrigado!
- De nada, bobo!
Quando a Pam saiu o Thi entrou no meu quarto.
- Oi, amor!
- Oi, Thi! – Falei sorrindo.
- O grande dia tá chegando...
- Nem me fale, não vejo a hora de acordar desse pesadelo.
- Posso te pedir uma coisa?
- Pode!
- Quando terminar tudo isso, vamos voltar pra nossa casa?
- Thi, eu já te disse que não sei se o Papa vai aceitar isso.
- Eu conversei com ele hoje.
- Como assim?
- Eu pedi para ele deixar tu ires morar lá comigo.
- Nossa mas tu sempre fazes as coisas sem conversar comigo! Mas o que ele falou?
- Ele disse que sim, que com esse tempo que eu fiquei lá na tua casa, ele pôde ver que não adianta ele fazer nada, nem falar nada. Nada vai mudar o que somos e o que sentimos.
- Mas ele aceitou de boa?
- Aceitou! E aí? Só depende de ti agora.
- É claro que eu quero voltar pra minha casa, tudo o que é meu está lá.
- Legal! – Ele disse me dando um selinho.
- Mas eu vou ter que ficar uns dias lá em casa depois do transplante.
- Não, senhor! Saindo daqui nós vamos direto pra casa.
- Thi!
- Antoine, já está tudo certo. Não te preocupas com nada.
- Ta, tá, tá, eu só não quero chegar e dar de cara com uma festa.
- Eu sabia que tu não tinhas gostado daquela festa.
- Não é que eu não tenha gostado, mas é no mínimo estranho a gente sair do hospital e ter que recepcionar várias pessoas. Deixa pelo menos passar alguns dias.
- Bom dia, Antoine! – Disse o Bruno ao entrar no meu quarto.
- Bom dia, Bruno! – Eu falei sorrindo para ele.
- Bom dia, Thiago! – Disse o Bruno recolhendo o sorriso dos lábios.
- Bom dia, doutor Bruno!
- Tá tudo certinho por aqui? – O médico me perguntou sentando na minha cama.
- Tudo!
- Ansioso para amanhã?
- Ansiosíssimo!
- Eu também estou! Não serei eu quem fará teu transplante, mas eu estarei assistindo.
- Poxa, eu pensava que serias tu que farias.
- Não, não! Quem vai fazer, vai ser o doutor João Teles.
- Aaaaaaah!!
- Aaaaah, digo eu que estou perdendo meu melhor paciente. – Ele disse sorrindo.
- Tu estás perdendo o paciente, mas o amigo continua.
- Ah, isso é verdade!
- Doutor, que horas vai ser o transplante amanhã? – O Thi perguntou.
- Vai ser às 9h, Thiago.
- Ah, que bom! E quando o Antoine vai poder ir pra casa?
- Bom, ele vai ficar aqui uns quatro dias em observação caso ocorra tudo bem.
- Amor, daqui a cinco dias vamos voltar a morar só nós dois na nossa casa. – O Thi disse me dando um beijo na testa.
- Verdade, Thi!
- Ah, vocês vão morar juntos, agora?
- Não, nós vamos voltar a morar juntos. Antes do Antoine adoecer nós já morávamos juntos.
- Ah, que bom! Fico feliz por vocês! – Bruno falou com um sorriso no rosto. – Bom, agora eu tenho que ver como estão meus outros pacientes. Amanhã nos vemos, Antoine!
- Até amanhã, Bruno!
Ele logo saiu do meu quarto.
O Thi atormentou tanto meus pais que eles deixaram ele passar a noite lá no hospital comigo. Ele dormiu em um micro sofá, o pobrezinho ia acordar todo dolorido. Naquela noite eu não dormiria novamente, pois ansiosidade tomou conta de mim, mas me deram um remedinho e eu apaguei.
Quando deu 8h da manhã do dia 16 de dezembro, o Bruno apareceu no meu quarto. Eu estava sozinho, o Thi já não estava mais no sofá quando eu acordei e eu não fazia a mínima ideia de onde ele estaria.
- Chegou o dia, Antoine! – Ele disse todo sorridente.
- Chegou, Brunooo!!
- Eu vim aqui antes dos enfermeiros, por que eu queria te entregar isso. – Ele disse me entregando uma caixinha.
- O que é isso?
- Ah, isso é só uma lembrança.
Quando eu abri tinha um colar com um pingente do yin-yang.
- Que bonito, Bruno! Obrigado!
- Isso aí é pra te falar que nessa nova fase da tua vida tu vais precisar de equilíbrio. Nada vai ser como antes, tu vais precisar cuidar muito mais da tua saúde, mas também não vai poder deixar de se divertir, de aproveitar a vida.
- Que lindo! Poxa, muito obrigado!
- Ah, e isso é pra ti lembrar do teu médico de vez em quando também. – Ele falou ficando vermelho.
- Posso falar a verdade?
- Claro que pode!
- Eu não quero lembrar do médico e nem desse hospital, mas eu faço questão de lembrar do meu amigo.
- Ah, que bom ouvir isso, mas tu não podes esquecer do médico, mocinho. Tu vais ter que vir sempre aqui comigo, nos primeiros meses vamos fazer um acompanhamento bem rigoroso para evitar que a doença volte.
- Deus me livre! Se é para eu me livrar de uma vez por todas dessa doença eu venho aqui todos os dias. – Eu disse sorrindo.
- Eu ia gostar muito! – Ele falou correspondendo o meu sorriso – Não é todo paciente que escuta o que a gente fala, e nem é todo paciente que se torna amigo.
- Bonjour, chéri! – Falou Maman ao entrar no quarto.
O Bruno me olhou com uma cara de “o que ela falou?” e sorri e respondi em português.
- Bom dia, Maman!
- Bom dia, doutor Bruno! – Ela o cumprimentou.
- Bom dia, Ange!
- Como nosso garoto aqui está?
- Ele está muito bem! Daqui a pouco começaremos o transplante.
- Mais c’est si bon!
- Como? – Bruno perguntou.
- Ela só está dizendo que é muito bom que o transplante já vai ser daqui a pouco.
- Preciso urgentemente aprender francês. – Ele disse sorrindo.
- Se tu começares a aprender, tu podes ir conosco conhecer Guyane. Tenho certeza que tu ias gostar, Bruno. – Maman disse ao meu médico.
- Olha, então vou procurar uma escola o mais rápido possível. Depois tu me indicas uma, Antoine?
- Claro!
- Legal! Bom, deixa eu ir, ainda vou ver como a tua doadora está.
- À bientôt, docteur! – Maman disse sorrindo
- Hãm?
- Ela só disse “até logo”, Bruno. – Falei sorrindo também.
- Ah, foi isso? Bom, então até logo, Ange! – Ele disse sorrindo e saindo do quarto.
- Vocês se tornaram amigos, não é chéri?
- Sim, maman! Pelo menos uma coisa boa essa doença me trouxe.
- Eu gosto dele!
- Eu também, mas o Thi não gosta dele, não!
- Por que? Ele é sempre tão educado e prestativo conosco.
- Pois é, mas ele botou na cabeça que o Bruno dá em cima de mim.
- Mas esse Thi é um bocó mesmo.
- Nós já brigamos várias vezes por causa do Bruno.
- Normal, mon p’tit! Quando nos casamos é assim mesmo!
- Mas eu não casei com ninguém, Maman!
- Mas vai casar! – Ela disse sorrindo.
- Não vou, não!
- Vai sim! O Thi já até conversou comigo e com ton père.
- Ah, nós vamos só morar juntos, Maman...
- Ué, vão casar, vocês só não irão assinar nenhum papel, mas vão casar.
- Hum, pensando bem, é isso mesmo.
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Quando os enfermeiros me colocaram na maca que me levaria à sala de cirurgia meu coração batia de forma muito acelerada. Eu entrei na sala e me deram uma anestesia que eu apaguei, o que me impediu de ver o que aconteceu naquela sala.