*Gostaria de deixar claro que esse conto é um misto de ficção e realidade, onde contarei minha historia quando entrei na faculdade é Sim acabei me apaixonando pelo cara mais marrento que se posa imaginar.
*Apenas vou mudar os nomes das pessoas envolvidas exceto o meu.
Espero que gostem ótima leituraOlá a todos, me chamo Leonardo.
Meus amigos e familiares sempre me chamaram por Leo desde cedo, tenho 19 anos e sou estudante de administração na cidade de Belo Horizonte/MG.
Como eu sou?
Simples, tenho 1,78m, com 79 kg, moreno de corpo liso sem pelos e definido devido aos treinamentos (natação, judô, ciclismo, surf) dos quais meu avô sempre me acompanhava e induziu-me a pratica desde cedo.
Apesar de nunca ter me importado tanto, meu avo sempre fez questão de me mimar, dando o de melhor (carros de luxo, roupas de grifes, viagens pelo mundo) além de me levar a frequentar os melhores ambientes e ter a mais alta companhia da sociedade.
Com o passar do tempo às praticas esportivas se tornaram intensificadas, e com os cuidados que sempre tive com a pele, acabei chamando a atenção de inúmeras mulheres, não podendo negar que me aproveitei muito, mas sempre acabava ficando com uma fixa durante algum tempo.
O mesmo acontecia com os rapazes, não que eu tenha ficado com um, não mesmo, apesar chamava a atenção de alguns, a maioria era na academia que frequentava na época que a da minha casa encontrava-se em reforma.
Podia notar a forma como me olhavam, das intenções estampadas no olhar, mas tentava ao máximo relevar. Ate um sócio do meu avo que é um homem casado e pai de família, andou me convidando pra umas aventuras, o que acabei sem querer contando pro meu avo, a já imagina a confusão.
Mas vamos ao conto...
Depois de um ano morando fora do Brasil em Nova York, resolvo retornar ao Brasil e passar uns tempos com a única família que tenho meu avô Sr.Sebastião Guerra. Um homem que mudou complete após anos de tristeza que começou com o sumiço repentino do meu irmão Gabriel, que na época tinha seus oito anos. Em uma noite de tempestade, meu pai recebeu uma ligação de uma suposta pista do paradeiro do meu irmão do qual meus pais não pensaram duas vezes em ir atrás.
Arrumaram o mais rápido e junto de minha mãe foram atrás do paradeiro do biel.
Lembro-me das palavras de minha mãe dizendo que me amava. Disse ela saindo rápido em seguida.
Pela madrugada meu avô recebe a ligação que chocou toda a família, meus pais estavam mortos.
Alguns anos se passaram e minha avó na depressão que passou a nutrir desde a morte do único filho veio também a falecer, ficando apenas meu avô, Nana e eu.
Um ano depois desembarquei do meu voo das 21horas no aeroporto de confins, no saguão era impossível não notar a alegria nos olhos fechado do meu avô mesmo com seu semblante serio, ao seu lado Nana aguardava sua vem em me abraçar, já que mal fui aproximando dos dois e meu avô foi me prendendo em seus braços.
Era bom aquele aconchego, o carinho.
Nana veio em seguida e me abraçou também, suas lagrimas caia enquanto eu apenas segurava em seus ombros e observava seu rosto.
-Menino, tu tá moço, grande. – Nana dizia entre soluços.
-É bom ver que MEU NETO MACHO voltou pra casa- Meu avô dizia com sua voz rouca e imponente
Era bom o carinho.
Após alguns minutos partimos pra casa, nana não continha a alegria e a todo o momento ficava abraçada a mim, não demorando muito a chegar em casa.
Como sentia falta daquela casa, da energia do lugar. Minha vida estava gravada naquelas paredes, sentia falta disso.
Enquanto caminhava pela sala, notei algumas fotos sobre uma das mesas, minhas fotos com família, amigos e conhecidos.
Meus amigos...Thulio e Matheus.
Sentia saudades do velho, da Nana de Thulio e Matheus meus melhores amigos, melhores mesmo.
Desde maluques somos amigos, sempre onde um estava os outros dois também, e era tudo mesmo, cinema, teatro, resenhas, surf, trilha, praia, mata, festa em casa, festa na casa do amigo de amigo, tudo mesmo. Sabíamos um da vida do outro, das ficadas e trepadas, chegamos a trocar as meninas que ficávamos pra curtir depois.
Meu avô tinha me sugerido a realizar a graduação aqui no Brasil e quando concluísse realizasse uma pós no exterior, o que concordei sem insistência.
Talvez você possa se perguntar o porquê de um cara deixar de fazer a graduação fora, em universidades melhores pra fazer uma aqui. Pra ser sincero eu não sei, acho que foi o destino que se incumbiu de mudar um pouco o rumo das coisas.
Enquanto subia as escadas, mais lembranças me vinham à cabeça, como era bom aquilo.
Abri a porta do meu antigo e que voltava a ser meu atual quarto. E as coisas estavam um pouco semelhante aos tempos antigos, porem com algumas modificações a minha idade, o que sei bem que tem dedo da Nana no meio.
Mas não me importava, estava no meu quarto, na minha casa, cercado pela minha família.
Com esse sentimento deitei em minha cama e acabei por adormecer
Acordei em manha de sábado bastante quente por sinal, quase não acredito onde estava, mas vejo que a coisa é real quando Nana entra em meu quarto da mesma forma que fazia quando eu era mais novo, abrindo as janelas e me dando um alegre bom dia. Pulei da cama e já fui a abraçando.
-Ai...Ai menino, assim tu me machuca. – disse Nana em meio a risos
-Saudades de você também mãe. – Fui terminando e lhe dando um beijo, vestindo uma bermuda na pilha de roupas limpas que ela trazia consigo e desci pro café.
Nana era minha mãe emprestada pelo destino, foi contratada pra cuidar exclusivamente apenas de mim e que demonstrou um carinho... um afeto fora do normal, por isso não só a chamo mas a considero também como minha mãe.
Enquanto descia as escadas pude ouvir a voz extremamente familiar, só podia ser o Thulio fazendo piadinhas, dizendo que meu avô queria era ser um locutor de radio pelo fato dele gostar de ler o seu jornal em voz alta como de costume e a cada noticia o que acabava gerando comentários, mas que foi interrompido assim que cheguei.
-GOSTOSA- Grita Matheus enquanto ele e Thulio levantam se da mesa e correm pra me agarrar.
Matheus e eu nos conhecemos na 7º serie, ele era o novato, e gordo, o que fez os meninos o chamarem assim, como fui a sua defesa acabaram trocando os apelidos e passaram a me chamar assim, até o dia em que nos metemos juntos na primeira briga e saímos triunfantes, por fim o babaca do Matheus continua me chamando assim.
-Para com essa merda, PARA – Comecei a gritar.
-Tá ótimo a brincadeira, mas as meninas e meu neto não tomaram o café. – Declara Sr.Sebastião com a voz grossa e firme.
-Tá vovó- Thulio finge uma voz feminina e retorna ao seu lugar a mesa enquanto Matheus simplesmente aperta a bochecha do velho e assenta.
Assim que me assentei, vi a cara de poucos amigos que meu avô estava, sei que no fundo ele tentava se segurar por mim, tenho certeza disso. Os dois começaram as perguntas das quais eu deixei pra responder em outro momento.
-E então, como ficaram sabendo da minha volta, hem – Fui logo mudando de assunto.
-Nana me contou ontem à tarde e deixamos pra vir hoje cedo – Enquanto Thulio falava com a maior tranquilidade eu me engasgava. Como a Nana sendo tão discreta diria algo sem saber se podia.
E hoje é sábado- Responde o Theu.
–Tá e o que tem? Cheguei ontem, não marquei nenhum compromisso – Respondi sem nem lembrar nenhuma data importante.
–COMO O QUE TEM? – Matheus me surpreende com a reação – Hoje é o aniversario da Vivi. Esqueceu que tínhamos combinado em ir?!
–A é? Onde? Como? Quando?
–Leo, nem vem com esse “a é”. Ou será que se esquece do que rolou entre vocês no passado cara.
Não tinha vontade de ir a tal festa, mas sabia que não teria escapatória, droga.
Relembrava minha prazerosa relação com Viviane ou apenas Vivi o tipo de garota que se sente o centro do universo, humilha as pessoas e sente prazer com isso. Seu comportamento é escroto, baixo, mas como é filha de advogado muita gente a engole. Com isso ela faz o que bem quer.
Tempo atrás a vaca conseguiu estragar minha relação com a garota que eu mais curti, mas estragou mesmo a ponto da menina nem na minha cara mais olhar. Até hoje não entendi o que ela fez pra conseguir isso, mas não importa.
–E aonde vamos? Por que pra vocês dois aparecerem por aqui há essa hora não é muito pela minha volta.
–Fecha o bico e bora as compras, preciso comprar algo que chame a atenção da Vivi só pra mim. - Thulio me interrompe pra dizer aquilo, achei que fosse algo importante.
– Anda logo, termina de se arrumar e desce que eu to de carro – O carro era do pai e Matheus falava como se fosse o dele.
–Falando em carro cadê o seu Theu? – Tive que perguntar
–Digamos que ainda no concerto – Termina meu amigo e começa a rir.
Os dois se viram e começam a sair. Imaginei que o dia seria meio longo, mas fazer comprar poderia ser até bom.
Voltei ao quarto dei uma rápida arrumada e fui saindo, vi Nana parada na porta observando os meninos e quando fui me despedir ela foi dizendo;
– Se cuida em menino. Não vai na cabeça desses dois não.
–Nana, somos amigos há anos, você sabe melhor que qualquer um que eles são assim mesmo, mas não é por mal.
–Sei menino, mas não quero que te aconteça nada.
Dei um beijo em sua testa e fui saindo.
Entrando no carro e perguntando:
–Pra onde vamos
–Os dois se entre olham no automático, como se tivessem combinado.
-Shopping - É Matheus e quem responde balançando o cartão de credito. FDP mimado.
No caminho fi
No caminho fizemos algumas piadinhas zuando um ao outro, e os meninos me fazendo muitas perguntas nesse um ano que estive fora por todo o trajeto até o shopping, perguntaram até mesmo das minhas trepadas por lá, o que não respondi claro.
Logo chegamos e na entrada do estacionamento alguns caras trabalhando em uma obra nos olhavam torto, já imaginava o que passava pela cabeça deles, mas não tinha motivo pra render assunto.
Entramos no shopping e tratamos de ir direto a TNG, loja que eu sempre curti e que em poucos minutos vejo Thulio passar com tantas peças que parecia que ia trocar o guarda-roupa inteiro.
-Porra Thulio, pra que tudo isso meu camarada – Matheus tentou evitar, mas acabou comentando. Vai fugir?
-Se vivi quiser – E fazendo cara de safado
Thulio não era o tipo de cara bonito, apesar de ter um belo corpo definido, mas tinha algo carismático que contagiava e atraia as pessoas.
Compramos mais algumas coisas, mas queria algo mais sofisticado e vi uma loja da “ Tom Ford”.
Adoro esse cara.
Terminamos as compras e fomos dar mais voltas no shopping que enquanto caminhava eu reparava como as pessoas se comportavam, em especial os casais, aquilo me causava uma sensação estranha, mas não sabia descrever no momento o que era. Em pensamentos tentava encontrar uma palavra eu descrevesse mas...
-PRECISO ESVAZIAR- Matheus tinha que me fazer voltar à realidade. Estranhei pelo grito.
-Bora donzela, também to precisando. - Concordou Thulio que já caminhava em direção ao sanitário.
Os dois entraram e eu optei por aguarda-los no lado, mas que logo tive que fazer algo já que o Theu começou uma discussão dentro do banheiro só porque o cara olhou para o seu pau, a merda estava armada. Por sorte os seguranças próximos apareceram, mas por vergonha que eu estava do Theu, convenci Thulio a irmos embora, o vendo ficar vermelho e falando feito loco.
Saímos sem dizer uma só palavra e seguimos todo o trajeto em absoluto silencio
Thulio me deixou em casa disse que me mandaria um sms com o endereço do local da festa, eu apenas concordei com a cabeça e entrei pra dentro de casa.
Nem tinha chegado direito e fui direto para o quarto me jogando na cama, por algum tempo fiquei pensando em todas aquelas pessoas juntas e me senti... me senti, merda, nem uma definição tenho. Os pensamentos não se dispersavam da minha cabeça me fazendo refletir por mais um tempo até adormecer.
Acordei em uma noite de céu limpo e iluminado, olhei no meu relógio e já passava das outo da noite, havia combinado com os meninos que nosso encontro seria as onze no loca onde Thu ficou de me enviar por mensagem, da qual já era a quinta em meu aparelho.
Theu também havia me mandado uma pedindo desculpas pelo o que rolou à tarde. Não respondi pouco me importava o que tinha acontecido naquele momento de insanidade e estupidez.
Ignorei as outras mensagens e fui comer algo, encontrando Nana que estava na cozinha na companhia de Cosme um dos motoristas.
-O que te deu menino Leonardo, sumiu e quando chega desaba na cama e dorme até essa hora.
Nana cuida de mim como uma mãe desde aquele dia, sempre me senti bem com ela, com seu carinho nunca me importando com seus questionamentos, puxões de orelha, sugestões, nada mesmo.
-Tudo bem sim, só estava cansado.
-Tem certeza?- Ela me conhece, sabe que estou escondendo algo.
-Sim, mas...
-O QUE?- Me olhou com cara de quem acaba de confessar um crime.
-To com fome. - Evitando lembrar o sentimento indefinido que carregava no momento. Vi também a expressão de preocupação se desfazer do roto de Nana ao ouvir aquilo e passar a usar o pano de prato em suas mãos pra me bater.
-Me mata de susto mesmo menino.
Voltei e dei um beijo nela,
-Também gosto muito de você. - Apesar de falar isso ela já sabia. – Arruma meu jantar ae. Tenho que sair.
Sai da cozinha a tempo dela começar novamente a cessão de coro.
Voltei pro quarto e fui tomar um banho, quando saio do banheiro vejo meu jantar em cima da minha cama, realmente ela cuida mesmo de mim.
Fiz minha refeição e terminei de me arrumar, estava beirando o horário e eu não pretendia me atrasar.
Enquanto descia as escadas pode ver a luz do escritório do meu avô acesa e ele ao telefone, acenei pra ele em despedida e sai.
No percurso vejo apenas uma mensagem do velho.
“Se cuida! Com amor vô.”
Não sei o que me seria sem ele.
Por volta das 22h já adentrava o jardim onde a festa acontecia, logo fui reconhecendo alguns rostos que vieram me cumprimentar pelo tempo que não nos víamos, outros eram novos pra mim, mas nem dei bola, estava ali pra isso... beber...curtir...ver no que da.
-Mau ae cara. -Matheus já foi me falando assim
-Já passou. -Notei que ele ficou meio sem jeito. - Bora curtir essa festa nos três. E falando nisso cadê o Thulio?
- Totó? Esta correndo atrás da Vivi
-Mas já? – Olhei com cara de espanto.
-Ele veio pra isso.
-Então nos vamos beber.
E bebemos de com força e em uma dessas bebedeiras a vontade de ir ao banheiro bate, assim que volto vejo Thulio dizem que arrumaram uma guria pra mim até bonita, mas depois de ficarmos vi que não era grandes coisas.
Já passado das quatro da manha e resolvi ir pra casa, meus amigos pediram que os esperassem, mas disputa pela mesma garota (depois do Thulio levar mais um fora pra sua coleção segundo Matheus) da qual os dois estavam me deixou impaciente em aguardar, despedi dos que conhecia na festa, peguei contato com os novos e fui embora.
Como fui sozinho a festa deixei meu carro a um quarteirão do local já que próximo não havia local pra estacionar.
Enquanto caminhava ria comigo mesmo dos meninos, como podiam discutir por uma única mulher quando tem tantas e no mesmo lugar, com isso nem notei que estava sendo seguido por três caras que assim que parei e abri a porta do carro eles deram o bote, fui surpreendido por um deles que me aplicou uma gravata, como desde novo pratico algumas modalidades de luta consegui sair dele e já fui aplicando um soco em cheio vendo os outros dois vieram pra cima. O mais baixo dos três me acertou um soco pelas costas, o terceiro me acertou no rosto do qual revidei não sendo bem sucedido já que o primeiro me acertou a barriga. Desequilibrei e cai já pensando que merda tinha feito pra tudo aquilo, porem nada me vinha à mente.
Tentei me levantar, mas outro soco no rosto me fez bater no carro, merda eu estava um pouco alto e nem consegui me defender direito.
-Ótimo vou levar uma surra sem nem saber o motivo disso tudo – Pensava comigo.
Foi quando ouvi o menor deles dizer que além de eu ser um filho da puta era franguinho metido a galo, riquinho pau no cu, entendi que era um assalto. Fui me levantando devagar com tudo doendo e me recostei à porta do veiculo
Na intenção de prepara um contra-ataque, iria pra cima do terceiro que ria cinicamente quando o segundo me acerta novamente na barriga me fazendo cair de novo. Senti a mão de um deles vasculhar meu corpo, acredito que buscava a chave do carro e algo mais pra levar.
Meu estomago doía bastante e com dificuldade de respirar fui me arrastando na intenção de me recostar em um dos pinéus.
O segundo que havia me atacado me fez levantar com uma das mãos enquanto na outra já preparava um soco pra me acertam.
Já me preparava pra dor quando sinto meu corpo sendo liberto das mãos do segundo e caindo no chão.
Um quarto cara bastante ágil por sinal aparece e coloca dois pra correr com golpes bem rápidos, o segundo por sua ganancia vendo que o terceiro largou as minhas chaves no chão se apressou pra pega-las na intenção de levar o carro.
Mas que não foi bem sucedido já que levou um verdadeiro soco nas costas, que o impulsionou a correr. O ladrãozinho largou as coisas e saiu correndo como louco.
- Você tá bem cara?- Ouvia a voz do desconhecido como se estivesse bem longe de mim. Por fim apaguei.
Acordei na manha seguinte com uma puta dor de cabeça e certo vazio, a claridade atrapalhava meus olhos de tentar capturar as coisas ao meu redor. Minha mão direita estava encachada devido à tentativa frustrada de me defender.
Nana estava ao meu lado apenas me observando e se manifestou temerosa assim que havia acordado.
-Menino... menino fala comigo, tá doendo? Tá se sentindo estranho? Fala garoto.
Notei desespero em seus olhos, mas mesmo com a mão dolorida toquei a dela.
-Urum. - Concordei com um leve aceno de cabeça.
Vejo um medico entrar no quarto e logo me examinar. Após algum tempo dizer que estava realmente bem.
Nana estava em desespero pra me levar logo pra casa, imaginava que ela mesma iniciaria seus cuidados.
Por todo o trajeto fiquei aconchegado em seus braços, ela me fazia um cafune como quando eu era criança. A principio achava que era uma preparação para algo quando chegasse em casa, mas que depois fui ver que era apenas o alivio de saber que estava bem.
Assim que chegamos fui levado ao meu quanto e fui recostado à cama por Cosme do qual assim que estava acomodado saiu me deixando apenas com Nana.
- O que aconteceu? Que fez isso com você meu menino?
Vim às lagrimas rolarem pelo rosto daquela mulher que nem meu sangue tinha, mas me tratava como fosse eu próprio filho.
Comecei a conter pra ela o que tinha acontecido enquanto a via ficar boquiaberta.
-E quem te ajudou?
-Foi?
Pera ai, também não sabia quem foi. Não tinha visto seu rosto em momento algum, apenas pude ouvir sua voz grossa e meio rouca perguntando se estava bem.
Mas depois... nada.
Nana disse que eu cheguei ao hospital acompanhado por um rapaz e desacordado, que assim que me levara pro atendimento, ele entregou meus documentos e foi sem ao menos se identificar.
Era de se imaginar, acho que também não me identificaria mesmo que fosse em um hospital.
Durante algum tempo permanecemos em silêncio do qual foi quebrado por Nana dizendo que iria se retirar do quarto pra que eu pudesse repousar.
Deitei na cama sentindo ainda as dores pelo corpo e me coloquei a pensar quem poderia ser o desconhecido que me ajudou e o porquê? Onde estava? Será que estava bem também?
-continua-